Política de Investimentos

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1 Política de Investimentos 2013 Anexo III - Cenário Macroeconômico e Análise Setorial O cenário macroeconômico consiste na definição de determinadas premissas que permitem projetar o comportamento futuro das principais variáveis econômicas. A sua elaboração visa orientar o processo de planejamento, análise e decisão dos investimentos e fornecer ao gestor um quadro prospectivo das condições que afetam os mercados, tornando seu processo de decisão mais eficiente. 1. Cenário Externo Em 2012, o crescimento nos EUA foi negativamente influenciado pela lenta recuperação do mercado de trabalho, que deteriorou a confiança dos consumidores, empresários e investidores, prejudicando, assim, um aumento sustentável do consumo e dos investimentos. Diante desta perspectiva negativa sobre a recuperação da atividade econômica, o Banco Central dos EUA FED anunciou diversas medidas de estímulo ao crescimento. Entre elas, estão a aquisição de até U$S 40 bilhões mensais de ativos ligados a hipotecas, a manutenção dos juros inalterados até meados de 2015 e a sinalização da compra de outros ativos da dívida, caso as medidas anteriores não sejam suficientes. Na Zona do Euro, o impacto contracionista dos ajustes fiscais na região agravou a crise, sobretudo, nos países mediterrâneos, deteriorando ainda mais as expectativas dos agentes econômicos sobre a capacidade dos países de reequilibrar as contas públicas. O agravamento da crise na região levou o Banco Central Europeu BCE a continuar ampliando a liquidez, a reduzir a taxa de juros e sinalizar que sua atuação seria feita por tempo indeterminado, até haver uma recuperação da economia. Na China, o recuo da demanda global prejudicou a produção industrial e as exportações, contribuindo para uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica. Preocupado em garantir a meta de crescimento de 7,5%, o governo realizou, no segundo semestre, o primeiro corte nos juros desde dezembro de 2008, investimentos em infraestrutura e injeções de liquidez no sistema financeiro. FAPES - Política de Investimentos

2 Por isso, em função da lenta recuperação dos EUA, da recessão esperada na Zona do Euro e da desaceleração mais acentuada do crescimento da China, a FAPES projeta um crescimento mundial de 3,2% em 2012, abaixo do crescimento de 3,9% observado em As estimativas de crescimento para os EUA, Zona do Euro e China são, respectivamente, 2,0%, -0,5% e 7,8%. Neste cenário de menor crescimento, a inflação em 2012 se manteve bem comportada nos EUA e na Zona do Euro em função da fraca demanda interna e, na China, devido à diminuição nos preços dos alimentos. Para 2013, diante das medidas de estímulo adotadas em 2012 pelas principais economias do mundo, a expectativa é de que haja uma melhora gradual da atividade econômica mundial. Por isso, a FAPES projeta um crescimento do PIB mundial de 3,4%, acima do observado em 2012, puxado pelo maior crescimento dos EUA (2,3%), Zona do Euro (0,4%) e China (8,0%). No longo prazo, a FAPES projeta uma melhora no crescimento das principais economias, como também do mundo, por considerar que as medidas de estímulos monetários permitirão que os impactos dos ajustes fiscais necessários para a normalização das dívidas soberanas sobre a atividade econômica sejam suavizados. Para o período de 2014 a 2017, a taxa média do crescimento deverá ser de 4,0% para o PIB mundial, em função do crescimento médio de 2,5%nos EUA, de 1,6% na Zona do Euro e de 7,7% na China. Com relação à inflação e à taxa de juros nos EUA, as projeções da FAPES apontam para uma pequena elevação de preços e uma sinalização de normalização da política monetária, ou seja, de aumento gradual na taxa de juros a partir de Atividade Econômica Em 2012, as expectativas sobre o ritmo de recuperação da economia mundial se deterioraram ao longo do ano. No início eram mais positivas, principalmente em relação aos EUA, porém, a partir do 2º trimestre, foram piorando em função da evolução da crise na Zona do Euro e da desaceleração mais acentuada da China. Nos EUA, o ano começou com uma expectativa mais otimista em relação ao crescimento econômico. Houve inicialmente uma melhora na geração de novos postos de trabalho, o que elevou a confiança do consumidor, estimulando o consumo das famílias. Parte desta melhora refletiu a renovação do programa de desoneração sobre a folha de pagamentos, a expansão do crédito ao consumidor e a sinalização do FED de manutenção da taxa de juros entre 0,00% e 0,25% por um período prolongado. Com base nesta percepção de melhora no início do ano, o FED optou por, naquele momento, não realizar um novo afrouxamento quantitativo. No final do primeiro semestre, começou a ficar mais evidente que o ritmo de recuperação do mercado de trabalho americano seria mais lento do que o desejado, o que contribuiu para diminuir o otimismo observado no início do ano. Confirmando esta piora, a produção industrial e as vendas no varejo começaram a apresentar 2 FAPES - Política de Investimentos 2013

3 resultados abaixo do esperado, piorando a expectativa em relação ao PIB do 2º trimestre. Apesar disso, o FED apenas prorrogou a operação twist de junho para dezembro de Somente em setembro, diante da piora da produção industrial e da menor geração de novos postos de trabalho em agosto de 2012, e da perspectiva de não haver um acordo no congresso americano em relação à questão do Fiscal Cliff, o FED anunciou novas medidas de estímulo monetário. Na Zona do Euro, a crise das dívidas soberanas continuou sendo o foco ao longo de Em função da recessão na maioria dos países do bloco, exceto Alemanha e França, o BCE manteve sua forte atuação no mercado para ampliar a liquidez no sistema bancário europeu e estimular a economia, mitigando, assim, um risco de ruptura. No início do ano, a aprovação do segundo pacote de ajuda à Grécia afastou o risco de um default, mas não impediu o contágio para as demais economias, tais como Espanha e Itália. De fato, a crise bancária na Espanha se agravou, levando-a a oficializar um pedido de ajuda financeira para os bancos, elevando as incertezas sobre a economia espanhola e reforçando as perspectivas negativas para a região. A aprovação da corte alemã sobre o ESM trouxe alívio para os mercados e para os governos da região, reduzindo o pessimismo em relação à recuperação econômica do bloco. Apesar disso, as incertezas na Europa continuaram elevadas devido à inexistência de uma solução definitiva para a crise das dívidas soberanas. Na China, o recuo da atividade econômica ocorreu ao longo do ano, refletindo a ampliação de políticas restritivas de 2011 para combater a inflação e a menor demanda mundial por produtos chineses, em especial da Zona do Euro. No início do ano, em linha com perspectiva de menor crescimento mundial, o governo divulgou a redução da meta de crescimento de 2012 para 7,5%. No segundo semestre, com o arrefecimento da inflação e a desaceleração do PIB, o governo reduziu, pela primeira vez desde dezembro de 2008, a taxa de juros. Além disso, foram adotadas outras medidas de estímulo, tais como redução das reservas compulsórias e ampliação e antecipação de investimentos em infraestrutura, com o objetivo de evitar uma desaceleração mais acentuada da economia em 2012 e preservar o crescimento em Em 2013, o principal desafio dos EUA será conciliar a recuperação do mercado de trabalho e a retomada do crescimento econômico com o ajuste da dívida pública. A redução do endividamento é crucial para uma recuperação de longo prazo, mas, se não for feita de forma gradual, irá impactar negativamente a economia no curto prazo. Na Zona do Euro, a conciliação de ajustes fiscais necessários para a normalização das dívidas com um melhor desempenho econômico permanecerá sendo o principal destaque em Na China, apesar da perspectiva de fraca demanda externa, o governo deverá continuar estimulando de forma gradual a economia, visando à manutenção do crescimento. Portanto, a FAPES - Política de Investimentos

4 FAPES projeta para 2013, em seu cenário- -base, um crescimento do PIB dos EUA, Zona do Euro e China, respectivamente, de 2,3%, 0,4% e 8,0%. Além disso, projetamos um crescimento mundial de 3,4%. No longo prazo, de acordo com as projeções da Fundação, o crescimento médio dos EUA, da Zona do Euro e da China deverão se manter, respectivamente, em torno de 2,5%, 1,6% e 7,7%, contribuindo para um crescimento mundial médio de 4,0% no período de 2014 a A melhora no crescimento deverá refletir o impacto positivo sobre a atividade econômica das medidas de estímulo adotadas pelas principais economias que deverão limitar o impacto contracionista dos ajustes fiscais. Gráfico 1 Crescimento do PIB (em %) 15,0 projeção 13,0 11,0 9,0 7,0 5,0 3,0 1,0-1,0-3,0 EUA Zona do Euro China Mundo -5, Fonte: FMI / Projeções FAPES. Elaboração: FAPES. 1.2 Inflação Nos EUA e na Zona do Euro, a inflação se manteve relativamente bem comportada em 2012, refletindo o fraco desempenho da atividade econômica. Na China, o recuo dos preços dos alimentos explicou a forte desaceleração da inflação no primeiro semestre. No entanto, no segundo semestre, o choque de oferta agrícola ocorrido nos EUA comprometeu as safras de soja e milho, provocando um forte aumento nos preços destas commodities. O impacto destes choques foi menos sentido nos países desenvolvidos e mais intenso nos países emergentes, onde a parcela da renda gasta com alimentos é superior. Em 2013, os preços das commodities agrícolas não deve repetir a dinâmica de alta observada em 2012, pois, apesar dos baixos estoques mundiais, a expectativa é de que haja safra recorde de grãos no Brasil. Do lado das commodities metálicas e energéticas, ambas devem ter seus preços limitados pela retomada gradual do crescimento econômico. 4 FAPES - Política de Investimentos 2013

5 Gráfico 2 Índice de Preços de Commodities (Base: 1995=100) 600 projeção Agrícolas Metálicas Energéticas Fonte: FMI. Elaboração: FAPES. Assim, os principais riscos inflacionários em 2013 se concentrarão nos impactos resultantes da ampliação da liquidez internacional, nas questões climáticas sobre as safras agrícolas e numa recuperação da atividade mundial mais acentuada do que a esperada. Num cenário de preços de alimentos mais bem comportados e de baixo crescimento nos países desenvolvidos, a inflação mundial deverá continuar moderada. As projeções apontam uma inflação de 1,8%, 1,9% e 3,5% nos EUA, Zona do Euro e China, respectivamente, conforme o gráfico 3. Gráfico 3 Índice de Preços ao Consumidor (em %) 7,0 6,0 projeção EUA Zona do Euro China Mundo 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0, Fonte: FMI /Projeções FAPES. Elaboração: FAPES. FAPES - Política de Investimentos

6 No longo prazo, na ausência de choques de oferta e/ou de um agravamento da crise, a expectativa é de inflação baixa na Europa e nos EUA, principalmente em função do baixo crescimento. Na China, a inflação deve se manter moderada, refletindo, entre outros fatores, uma menor inflação de alimentos e a desaceleração gradual do crescimento chinês. 1.3 Política Econômica Nos EUA, o governo manteve, em 2012, a adoção de políticas fiscal e monetária expansionistas. Do lado fiscal, renovou, no início do ano, a desoneração sobre o mercado de trabalho. Do lado monetário, ampliou a operação twist até o final de 2012 e, em setembro, o FED divulgou um novo afrouxamento monetário que incluiu: a aquisição de até US$40 bilhões mensais de ativos ligados a hipotecas por um período indeterminado, a manutenção dos juros inalterados até meados de 2015 e a sinalização da compra de outros ativos da dívida caso as medidas anteriores não fossem suficientes. Tais medidas visaram ampliar a liquidez da economia, reduzir os juros de longo prazo e, principalmente, estimular o setor imobiliário, considerado estratégico para a recuperação do mercado de trabalho e do estoque de riqueza dos americanos. Nos EUA, o aumento das construções de novas residências contribuiria para o retorno ao trabalho de uma parcela considerável dos atuais desempregados. Além disso, conforme ilustrado no gráfico 4, a maior parcela da dívida dos americanos está concentrada no setor imobiliário e, por isso, a política de compra de títulos hipotecários, ao contribuir para uma queda nos juros deste setor, diminuirá o endividamento das famílias ligado às hipotecas. Desta forma, o FED cria espaço para uma redução do endividamento total das famílias, o que, no curto prazo, deve viabilizar uma ampliação do consumo. Em U$ milhões Gráfico 4 Estoque da dívida dos americanos 14,0 Outros Estudantil Cartão de Crédito Auto HE Rotativo Hipoteca 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 0,0 1T03 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 4T05 1T06 2T06 3T06 4T06 1T07 2T07 3T07 4T07 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09 1T10 2T10 3T10 4T10 1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12 2,0 Fonte: Fed. Elaboração: FAPES. 6 F A P E S - P o l í t i c a d e I n v es t i m e n t o s

7 Na Zona do Euro, o BCE manteve a política monetária de estímulo, injetando mais recursos nos setores público e privado. De fato, o BCE ampliou a ajuda ao sistema bancário e aos países em dificuldades através da aprovação para que o mecanismo de resgate da Zona do Euro (ESM) recapitalizasse diretamente os bancos em dificuldade, sem que isto elevasse a dívida dos países. Além disso, reduziu a taxa básica de juros para 0,75% a.a. e anunciou a compra de títulos soberanos sem data limite de encerramento. Com estas medidas, o BCE tentou evitar um aprofundamento da recessão esperada para 2012 e criar uma expectativa mais otimista para o crescimento em Na China, o governo manteve uma política monetária e fiscal mais restritiva no primeiro semestre visando ao combate à inflação. Entretanto, diante da desaceleração acima do esperado do PIB, o governo reverteu a condução da política econômica ao cortar a taxa de juros, reduzir as reservas compulsórias, divulgar a ampliação dos investimentos em infraestrutura e fazer a injeção de recursos no sistema financeiro. Para 2013, o espaço para a adoção de novas medidas de estímulo nos EUA e na Zona do Euro continuará limitado, pois os juros já estão em patamares mínimos históricos e o alto endividamento dos governos inviabilizará o aumento dos gastos. Na Zona do Euro e nos EUA, o processo de ajuste fiscal deve continuar representando um risco para a recuperação econômica da região. No gráfico 5, a comparação entre o resultado nominal dos principais países que estão em crise fiscal, entre os anos de 2007 (pré-crise) e a projeção para 2013, mostra deterioração acentuada na maioria dos países. As projeções apontam, também, para um aumento expressivo da dívida pública nestes países, ilustrada no gráfico 6. Gráfico 5 Resultado Nominal (em % PIB) GRÉCIA -6,7 GRÉCIA -4,6 PORTUGAL -3,7 PORTUGAL -3,0 1,9 ESPANHA -5,7 ESPANHA ITÁLIA -1,5 ITÁLIA -1,5 FRANÇA -2,8 FRANÇA -3,9 0,2 ALEMANHA -0,6 ALEMANHA EUA -2,7 EUA -6,3-7,0-6,0-5,0-4,0-3,0-2,0-1,0 0,0 1,0 2,0-7,0-6,0-5,0-4,0-3,0-2,0-1,0 0,0 Fonte: FMI. Elaboração: FAPES. FAPES - Política de Investimentos

8 Gráfico 6 Dívida Pública Bruta (em % PIB) GRÉCIA 105,4 GRÉCIA 165,3 ESPANHA 36,3 PORTUGAL 68,4 ESPANHA 84,0 PORTUGAL 115,3 ITÁLIA 103,1 ITÁLIA 123,8 FRANÇA 64,2 ALEMANHA 65,2 EUA 67, FRANÇA 90,8 ALEMANHA 77,4 EUA 110, Fonte: FMI. Elaboração: FAPES. Nos EUA, o grande risco para a recuperação da economia é a adoção de uma política fiscal menos expansionista. Apesar disto, a divulgação tanto do FED quanto do BCE, de que garantirão a liquidez necessária através da recompra de títulos, criou uma expectativa mais positiva para a recuperação econômica em Na China, onde há espaço para a adoção de novas medidas de estímulo, a expectativa é de que o governo continue adotando medidas graduais para cumprir a sua meta de crescimento econômico, apesar da perspectiva de crescimento fraco na Zona do Euro, principal mercado das exportações chinesas. No longo prazo, a expectativa da FAPES é de que haja a sinalização de uma normalização da política monetária a partir de 2015, em função do melhor desempenho da economia mundial. De fato, após anos de afrouxamento monetário e, portanto, de forte estímulo à atividade econômica, os bancos centrais, principalmente o FED e o BCE, devem começar um processo gradual de redução de liquidez. Com relação às políticas fiscais, a expectativa é de redução gradual das dívidas soberanas, refletindo a adoção dos ajustes fiscais necessários à normalização do endividamento público nos EUA e na Zona do Euro. Tabela 1 Cenário Macroeconômico Mundo 2013 ITEM Pessimista Base Otimista % 45% 20% PIB Mundo 5,3 3,9 3,2 2,8 3,4 3,8 3,9 4,1 4,0 4,0 PIB EUA 3,0 1,8 2,0 1,8 2,3 2,8 3,0 2,5 2,3 2,3 PIB Zona do Euro 1,9 1,4-0,5-0,2 0,4 0,8 1,3 1,5 1,7 1,8 PIB China 10,4 9,2 7,8 7,3 8,0 8,4 7,9 7,8 7,5 7,5 Inflação EUA (CPI) (var.%) 1,7 3,0 1,6 1,1 1,8 2,3 1,9 1,9 1,9 2,0 Juros FED Funds (em dez) A Tabela 1 a seguir apresenta um resumo das projeções da FAPES para o cenário externo no próximo ano e para o longo prazo. 0,00-0,25 0,00-0,25 0,00-0,25 0,00-0,25 0,00-0,25 0,00-0,25 0,00-0,25 0,50 1,50 2,50 CDS Brasil (5 anos) Fonte e Elaboração: FAPES. 8 FAPES - Política de Investimentos 2013

9 2. Cenário Interno A deterioração do cenário externo e a piora na confiança dos empresários, associadas a uma antecipação da produção de bens de capital e aos elevados estoques na indústria, acentuaram e prolongaram a desaceleração econômica observada desde 2011, com impactos principalmente no investimento e nas exportações. Para 2012, a expectativa da FAPES é de crescimento do PIB de 1,5%, sustentado pelo consumo das famílias. Em 2013, as expectativas de juros menores e das medidas de incentivo do governo, como os planos de investimentos em infraestrutura e as desonerações fiscais, devem contribuir para uma aceleração do crescimento. Nesse cenário, as perspectivas são de manutenção da inflação acima do centro da meta pelo quarto ano consecutivo. Para os juros, espera-se que a Selic fique estável até o último trimestre, quando as expectativas inflacionárias para 2014 e a própria dinâmica do crescimento levariam ao início do ciclo de aperto monetário. Além disso, as medidas de liquidez adotadas pelos bancos centrais dos EUA e da Zona do Euro devem contribuir, conjuntamente com o ingresso de investimento estrangeiro direto, para um forte influxo de divisas, o que deve financiar integralmente o déficit em transações correntes. No entanto, devido às perspectivas de atuação do Banco Central do Brasil BCB no mercado cambial, o cenário da FAPES projeta leve desvalorização do câmbio. Para o longo prazo, não faz parte do cenário-base da FAPES uma convergência integral da inflação para o centro da meta, o que, em conjunto com a estimativa de juros, deve fazer com que a taxa de juros real retorne para um patamar em torno de 4,5% nos próximos anos. 2.1 Atividade Econômica Ao longo de 2012, tem sido vista uma dinâmica de crescimento distinta. No primeiro semestre, observou-se uma extensão da desaceleração observada na segunda metade de 2011, associada a mudanças regulatórias no setor de transportes que afetaram os investimentos e a quebras de safras na região do sul do país que impactaram negativamente o setor agropecuário. No segundo semestre, vem sendo observada uma retomada gradual do crescimento, puxada pela recuperação do setor industrial, em conjunto com a manutenção do consumo das famílias, refletindo a renda em alta e o baixo desemprego. O ciclo de redução de juros ocorrido desde 2011 até meados de 2012 e o conjunto de medidas de incentivo do governo, como a desoneração tributária de alguns setores e o plano de investimento em infraestrutura, devem contribuir para uma retomada mais consistente da atividade em Além disso, a manutenção da taxa de desemprego em patamares mínimos, do crescimento da renda dos trabalhadores e dos investimentos com os eventos esportivos no país deve favorecer esse crescimento de 2013 bem acima do observado em Adicionalmente, vale ressaltar que uma das hipóteses do cenário-base da FAPES FAPES - Política de Investimentos

10 é de um ambiente externo sem ocorrência de rupturas, o que deve auxiliar na retomada da confiança dos empresários e na manutenção da confiança dos consumidores em alta, favorecendo o investimento e o consumo, elevando a demanda interna. Portanto, o cenário-base da FAPES trabalha com a perspectiva de alta de 4,0% em 2013, acima do crescimento potencial estimado. Para o longo prazo, a expectativa é de um crescimento de 3,8%, estimativa que leva em conta aumentos de produtividade e da taxa de investimento. Com as concessões do governo dos aeroportos, ferrovias e rodovias, crescem as expectativas de elevação dos investimentos. Gráfico 7 Taxa de Crescimento Real do PIB (em %) 8,0 projeção 7,0 6,0 Otimista 5,0 4,0 3,0 Base 2,0 1,0 Pessimista 0,0-1,0-2, Fonte: IBGE/Projeções FAPES. Elaboração: FAPES. 2.2 Inflação A quebra de safra de grãos nos EUA interrompeu o movimento de desaceleração da inflação observado desde o final de 2011, fazendo com que, em conjunto com a persistência da alta dos preços de serviços, a inflação continuasse acima do centro da meta em Com relação a 2013, a projeção é de leve aceleração da inflação em relação ao ano anterior, em função da atividade doméstica mais forte, dos juros mais baixos e da perspectiva de um cenário externo menos deflacionário. No entanto, a redução do custo da energia elétrica anunciada pelo governo deverá limitar essa alta da inflação em 2013, considerando um repasse parcial ao consumidor final, devido à possibilidade de recomposição de margem por parte das empresas. Sendo assim, o cenário-base da FAPES 10 FAPES - Política de Investimentos 2013

11 estima que o IPCA deverá ficar em 5,5% em 2013, com pressões dos itens administrados, que possuem uma alta indexação com a inflação passada, respondendo por 1,2 pontos percentuais; dos itens não comercializáveis, que correspondem, em boa parte, aos serviços que vão ser pressionados pela renda das famílias em alta, com 3,0 pontos percentuais; e dos itens comercializáveis, que irão responder à retomada da atividade e respondem por 1,3 pontos percentuais. Para o longo prazo, a perspectiva de maior comprometimento do governo com o crescimento não deverá permitir a convergência integral da inflação para o centro da meta, fazendo com que a mesma oscile em torno de 5,0%. A abertura do número mostra dinâmica similar à observada na inflação em 2013 com os preços administrados respondendo à inflação passada mais elevada, os itens não comercializáveis sendo pressionados pela inércia dos preços de serviços e os bens comercializáveis correspondendo ao desempenho da atividade econômica. Gráfico 8 IPCA acumulado em 12 meses (em %) 7,0 6,0 5,9 5,9 6,5 projeção Administrados Não Comercializáveis Comercializáveis 5,7 5,7 5,5 5,4 5,5 5,0 5,0 4,3 4,0 3,0 2,0 1,0 0, Fonte: IBGE / BCB/ Projeções FAPES. Elaboração: FAPES. 2.3 Política Econômica O ciclo de afrouxamento monetário iniciado em meados de 2011 totalizou uma queda de 525 bps até outubro de 2012, com a taxa Selic recuando para 7,25% a.a., o que na visão da FAPES é o encerramento do ciclo. Essa redução se deu em função da tentativa de estimular a economia, devido à retomada da atividade mais lenta do que o previsto e da piora do cenário externo ao longo de Em 2013, o governo deverá implementar FAPES - Política de Investimentos

12 medidas macroprudenciais ao longo do ano, para combater a aceleração da inflação e evitar uma extrapolação do teto da meta em No entanto, a expectativa da FAPES é de que somente essas medidas não serão suficientes, havendo a necessidade de um ajuste curto e gradual na taxa Selic, para conter a piora das expectativas inflacionárias em 2014, mantendo a inflação dentro da meta. Com relação ao longo prazo, o cenário- -base da FAPES considera que o comprometimento do governo com o crescimento deverá manter os juros em patamares historicamente baixos nos próximos anos, mesmo que a inflação não alcance o centro da meta. Dessa forma, a expectativa é de que os juros reais retornem gradualmente ao redor de 4,5% a.a.. Gráfico 9 Taxa Real de Juros (ex-post): Selic deflacionada pelo IPCA (em % a.a.) % 13,0 12,9 12,6 projeção 12,0 11,0 10,8 11,6 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 9,0 5,9 8,0 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 3,0 2,6 3,6 4,0 4,5 2,0 1, ,7 Fonte: Banco Central/IBGE/Projeções FAPES. Elaboração: FAPES. Para o mercado de crédito, foi mantida a visão de que o estoque de crédito deve manter uma trajetória crescente em relação ao PIB, com o ritmo de elevação moderando em comparação ao observado nos últimos anos. A redução das alíquotas adicionais de compulsórios sobre os depósitos à vista e a prazo realizada pelo BCB também deve contribuir para o crescimento do crédito, pois tal ação aumenta a liquidez do mercado interbancário, favorecendo uma expansão do estoque disponível para crédito. Espera- -se, também, que essa expansão do crédito ocorra em um ambiente de operações com prazos maiores e inadimplência em níveis controlados. A menor arrecadação de tributos, derivada da desaceleração da atividade econômica, o aumento dos gastos públicos e as renúncias fiscais adotadas com o objetivo de estimular a economia levaram a uma piora das contas fiscais ao longo de Isso pode ser observado na queda do superávit primário, que recuou de 3,1% para 2,3% do 12 FAPES - Política de Investimentos 2013

13 PIB entre dezembro de 2011 e setembro de 2012, reforçando a expectativa de não cumprimento integral da meta. Para 2013, também não é esperado o cumprimento integral da meta, tendo em vista as renúncias fiscais esperadas para o próximo ano. Por outro lado, a expectativa de retomada da atividade econômica deverá favorecer uma melhora na arrecadação, compensando parcialmente a renúncia fiscal do governo. Para o longo prazo, o cenário-base da FA- PES continuou com a expectativa de que o governo deverá manter seu compromisso com a geração de superávits primários capazes de preservar a tendência de queda da dívida líquida do setor público sobre o PIB (DLSP/PIB). 2.4 Setor Externo As contas externas apresentaram, até o terceiro trimestre de 2012, uma evolução similar à do mesmo período do ano anterior, com a forte entrada de IED, levando o BCB a revisar a sua estimativa para US$ 60 bilhões, o que deverá levar a um financiamento integral do déficit das transações correntes. A manutenção do déficit em conta corrente foi explicada pela queda da balança comercial e pela aceleração do déficit da balança de serviços. Entretanto, a menor remessa de lucros e dividendos em comparação a 2011 limitou essa piora. Para 2013, a expectativa é de que o IED continue financiando o déficit em transações correntes. Além disso, espera-se que as medidas de aumento de liquidez adotadas pelos bancos centrais europeu e norte-americano contribuam para um maior fluxo de investimentos em portfólio. Essa perspectiva de maior entrada de divisas no país deve pressionar para uma valorização do real. No entanto, diante da expectativa de atuação do governo no mercado cambial, o cenário-base não considera uma valorização do real. Gráfico 10 Taxa de Câmbio Nominal (R$/US$) média do período (venda) 2,70 projeção 2,60 2,50 2,40 2,30 2,20 2,10 2,00 1,90 1,80 1,70 1,60 1,50 mar/05 jun/05 set/05 dez/05 mar/06 jun/06 set/06 dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 jun/08 set/08 dez/08 mar/09 jun/09 set/09 dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 Fonte: Banco Central/Projeções FAPES. Elaboração: FAPES. FAPES - Política de Investimentos

14 A Tabela 2 a seguir apresenta um resumo das projeções da FAPES para o próximo ano e para o longo prazo. Tabela 2 Cenário Macroeconômico Brasil 2013 ITEM Pessimista Base Otimista % 45% 20% PIB (var.%) 7,5 2,7 1,5 2,2 4,0 5,6 3,8 3,8 3,8 3,8 IPCA (var.%) 5,9 6,5 5,4 4,5 5,5 6,7 5,7 5,7 5,5 5,0 IGP-M (var.%) 11,3 5,1 7,9 3,0 6,0 8,4 5,5 5,5 5,0 5,0 Juro Selic (em dez) 10,8 11,0 7,3 6,8 7,8 8,8 8,8 9,8 9,8 9,8 Juro Selic (média) 9,8 11,6 8,5 6,8 7,3 7,5 8,5 9,5 9,8 9,8 Juro Real (média) 3,7 4,8 3,0 2,2 1,7 0,8 2,6 3,6 4,0 4,5 Câmbio (média) 1,8 1,7 1,9 2,4 2,1 1,9 2,1 2,2 2,3 2,3 Fonte e Elaboração: FAPES. 3. Análise Setorial As expectativas setoriais apresentam síntestes de estudos setoriais propostos pela FAPES que, além de seguirem a classificação setorial da Fundação, visam subsidiar e auxiliar as decisões da área de investimentos, propiciando uma alocação mais eficiente dos recursos. 3.1 Principais Expectativas Setoriais Consumo Básico - Tendência: de Neutra a Positiva Alimentos, Agribusiness e Bebidas e Fumo (Neutra) e Saúde (Positiva) O setor consumo básico é composto pelos subsetores alimentos, agribusiness, bebidas e fumo e saúde. Perspectivas da USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) apontam a ocorrência de clima favorável no Hemisfério Sul em 2013, em razão do fenômeno climático El Niño, devendo estimular safras recordes e favorecendo a acomodação dos preços agrícolas. Dados os baixos estoques dos principais grãos, esta queda deverá ser limitada, mantendo elevados os custos dos principais insumos do subsetor de alimentos, pressionando para cima os preços deste setor. A expectativa de que a taxa de desemprego se mantenha em patamares baixos e de que a renda real continue crescendo deverá sustentar o consumo das famílias num patamar elevado, assim como permitir um maior acesso aos planos de saúde, principalmente nas classes C e D. Apesar das recentes preocupações com a desaceleração da China, as vendas externas devem continuar sendo favorecidas pela expressiva demanda chinesa por alimentos, com destaque para a soja, cuja demanda responde, atualmente, por quase 65% do total importado no mundo. Consumo Cíclico - Tendência: Positiva O setor consumo cíclico é composto pelos subsetores varejo (produtos cíclicos), shoppings e properties, tecnologia e mídia, educação, imobiliário e material de construção. A adoção de desonerações pontu- 14 FAPES - Política de Investimentos 2013

15 ais para estimular o consumo, o aumento da renda real da população, as taxas de juros em níveis mais baixos e o maior acesso ao crédito permanecerão sendo os principais fatores para a expansão do setor. O subsetor varejo seguirá sua trajetória de crescimento, impulsionado pelo aumento do PIB e pela maior capacidade de consumo das classes C e D. Em tecnologia e mídia, o crescimento deve persistir dada a escassez de mão de obra e a necessidade de aumento de produtividade para manutenção da competitividade. O subsetor shoppings e properties se beneficiará do crescimento do varejo e do país, de forma geral, estando protegido contra o risco de inflação. Os programas governamentais para educação, como FIES e Prouni, continuarão a influenciar positivamente o subsetor de educação. O mesmo ocorrerá no subsetor imobiliário, em que os programas governamentais para redução do déficit habitacional, como o Minha Casa Minha Vida, aliados à disponibilização de crédito de longo prazo com juros menores e baixa inadimplência, continuarão sendo fundamentais para seu crescimento, apesar da escassez e do custo elevado da mão de obra. O subsetor de material de construção se beneficiará do crescimento do subsetor imobiliário. Finanças - Tendência: Positiva O setor finanças é composto por bancos, serviços (meios de pagamento eletrônicos, bolsa de valores e mercado de balcão organizado) e seguradoras. Apesar da expressiva redução dos juros básicos e do empenho do governo para a queda dos spreads ao longo de 2012, as perspectivas do setor seguem positivas para 2013, em grande medida, pela expectativa de ampliação do volume e prazo das carteiras de crédito, num ambiente de inadimplência controlada. A recente redução da alíquota dos compulsórios pelo BCB e a deliberação de que até metade do total de recolhimento possa ser realizado mediante a aquisição de Letras Financeiras e carteiras de crédito devem liberar cerca de R$ 30 bilhões dos R$ 380 bilhões retidos pela autoridade monetária, aumentando a liquidez do mercado interbancário e contribuindo para reduzir a taxa de captação do sistema. Além disso, deve-se continuar observando o aumento da oferta de produtos e serviços como estratégia de capturar a fidelidade dos clientes e o acesso de quem não faz uso do sistema bancário. Indústria - Tendência: Positiva O setor industrial é representado pelas empresas dos subsetores siderurgia e metalurgia, papel e celulose, química e petroquímica, mineração e bens de capital. No subsetor siderurgia e metalurgia, o excedente de capacidade mundial e as importações de aço devem permanecer como os principais pontos a serem monitorados do setor. No Brasil, mesmo lidando com um excesso de oferta, os recentes anúncios do governo, tanto de desoneração da energia elétrica e de elevação das tarifas de importação, quanto dos programas de concessões para infraestrutura e de compras governamentais deverão, respectivamente, reduzir os custos de produção e estimular uma retomada do consumo de aço no país. Além disso, a expectativa de manutenção do bom desempenho da construção civil e dos setores de FAPES - Política de Investimentos

16 bens de consumo duráveis também deve contribuir para que a demanda interna apresente um crescimento acima do projetado para a demanda externa. As perspectivas de crescimento da economia chinesa e os preços do minério de ferro na China continuarão determinando o desempenho do subsetor mineração, já que 50% da produção exportada tem como destino o mercado chinês. Apesar da surpresa negativa com a desaceleração do crescimento da China ao longo de 2012, a expectativa é de que os esforços do governo para a aceleração das obras de infraestrutura e para alívio das condições monetárias deverão manter o crescimento da demanda chinesa por minério de ferro positiva. Embora já esperada pelo mercado, a elevação de royalties sobre o minério de ferro deverá gerar um impacto negativo sobre o faturamento das empresas do setor. Infraestrutura - Tendência: de Neutra a Positiva Logística (positiva) e Saneamento, Geração, Transmissão e Distribuição de energia (Neutra) Compõem o setor de infraestrutura os subsetores de logística, saneamento, geração, transmissão e distribuição de energia. Os recentes anúncios do governo dos programas de concessões para infraestrutura e de compras governamentais deverão estimular a atração de vultosos investimentos para o setor. Os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas, programados para serem realizados no Brasil dentro de dois e quatro anos, respectivamente, também permanecem como importantes catalisadores das iniciativas governamentais e de concessão para o capital privado atuar no setor. No subsetor logística, a expectativa de maior crescimento do PIB em 2013 e dos investimentos para ampliação da infraestrutura de mobilidade urbana deve impulsionar o ritmo de crescimento da movimentação de cargas, do tráfego nas rodovias e ferrovias, bem como do transporte aéreo. No subsetor geração, transmissão e distribuição de energia, o programa de redução dos custos de energia elétrica anunciado pelo governo para o consumidor final e para a indústria prevê, além da redução dos encargos tributários, a antecipação da renovação das concessões que vencem entre 2015 e Neste caso, a redução da tarifa será alcançada com base na indenização de ativos não depreciados e não amortizados que ainda constem nos balanços das empresas do setor, fazendo com que a nova tarifa não mais remunere essa parcela dos ativos. Como o governo deverá avaliar caso a caso, esta questão das indenizações deverá se tornar um foco de discussões entre governo e concessionárias ao longo dos próximos meses, sendo importante fonte de incertezas para as empresas do setor. Petróleo e Gás - Tendência: Positiva O governo anunciou recentemente a realização da 11ª rodada de licitações de blocos exploratórios de petróleo, prevista para ocorrer em maio de 2013 e que deve compreender 174 blocos de exploração, fora da camada do pré-sal e seguindo o 16 FAPES - Política de Investimentos 2013

17 regime de concessões. Em paralelo, o governo iniciou estudos para a realização da primeira rodada de licitações do pré-sal, sob o regime de partilha, possivelmente no mês de novembro de Essa notícia trouxe otimismo ao setor, já que desde 2008 não ocorrem leilões no Brasil. Esse otimismo se reflete na perspectiva de que os leilões atraiam elevados investimentos para o setor. No entanto, alguns pontos devem ser considerados, principalmente em relação ao leilão do pré-sal, além da questão da aprovação da nova lei dos royalties para sua realização. Entre os principais pontos estão: a capacidade financeira da Petrobrás, a disponibilidade de mão de obra qualificada, equipamentos e serviços que permitam o alcance do mínimo de 30% de todos os blocos pela empresa, assim como o monopólio de operação desses blocos, a revisão da atual política de conteúdo local e de reajustes de combustíveis. Com relação à expectativa do preço do petróleo, estimativas do FMI sinalizam que esse deverá permanecer acima de US$ 90, principalmente devido às restrições de oferta e à expectativa de ampliação da demanda com o maior crescimento econômico em Telecomunicações -Tendência: Neutra O setor telecomunicações está se encaminhando para a venda predominante de serviços agregados (móvel, fixa, TV por assinatura etc.). Esse setor é influenciado positivamente pelo aumento da renda e a expectativa é que a demanda de serviços de Telecom continue crescendo de forma acentuada, principalmente com a mudança de perfil do consumidor que deve levar à maior utilização de serviços como TV por assinatura, internet banda larga fixa e móvel 3G e 4G (recém-licitado), ainda com baixa penetração no mercado. Temos observado uma maior atuação da Anatel, principalmente em busca de melhor qualidade na prestação de serviços pelas operadoras, o que deverá representar um grande desafio para essas companhias em função da necessidade de altos investimentos num setor competitivo. FAPES - Política de Investimentos

18 Anexo IV ALM (Asset Liability Management) A atualização do estudo do ALM, realizada em maio de 2012, contemplou os dados do passivo referentes à Avaliação Atuarial de 2011 e às projeções de longo prazo formuladas para os recursos do Plano de Benefícios. O modelo leva em conta uma fronteira eficiente de maximização de superávit, que reúne um conjunto de carteiras que apresentam as melhores combinações possíveis para a estimativa de superávit e a sua volatilidade. Esse formato difere da fronteira eficiente tradicional, que leva em conta o retorno e a volatilidade dos ativos. O modelo de otimização tem como objetivo a aderência ao passivo, privilegiando-se alocações com prazos e retornos mais assemelhados à configuração dos compromissos atuariais da Fundação. A duration do passivo do Plano Básico de Benefícios, equivalente ao prazo médio ponderado pelos juros atuariais, é de 15,7 anos. Essa medida foi calculada sob a ótica das obrigações do Plano, não sendo considerado o fluxo esperado de recebimento de contribuições. Atualmente a duration dos ativos de renda fixa do mencionado Plano atinge 9,5 anos. A partir da fronteira de maximização do superávit, são selecionadas regiões de carteiras que serão utilizadas para a aplicação do modelo estocástico, quando são realizadas inúmeras simulações tanto para o ativo quanto para o fluxo do passivo. Estas regiões representam diferentes perfis de macroalocação: conservador, moderado e agressivo. Segmentos/Classes de ativos Perfis de Alocação Conservador Moderado Agressivo Renda Variável 16,0% <--> 25,0% 25,0% <--> 35,2% 35,2% <--> 45,0% IBrX 15,1% <--> 15,1% 15,1% <--> 15,2% 15,2% <--> 25,0% Small Caps 0,9% <--> 9,9% 9,9% <--> 20,0% 20,0% <--> 20,0% Renda Fixa 72,9% <--> 59,0% 59,0% <--> 43,8% 43,8% <--> 31,9% SELIC 0,3% <--> 0,3% 0,3% <--> 0,3% 0,3% <--> 0,3% IRF-M 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 1,6% IMA-B 5 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 0,0% IMA-B 5+ 72,6% <--> 58,7% 58,7% <--> 43,5% 43,5% <--> 30,0% Invest. Estruturados 3,3% <--> 6,0% 6,0% <--> 9,0% 9,0% <--> 9,0% Private Equity 3,3% <--> 6,0% 6,0% <--> 6,0% 6,0% <--> 6,0% Multimercados 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 3,0% 3,0% <--> 3,0% Invest. Exterior 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 0,0% 0,0% <--> 0,0% Imóveis 4,0% <--> 4,0% 4,0% <--> 6,0% 6,0% <--> 8,0% Operações com Participantes 3,8% <--> 6,0% 6,0% <--> 6,0% 6,0% <--> 6,0% Fonte: FAPES. Elaboração: Própria. 18 FAPES - Política de Investimentos 2013

19 O gráfico a seguir apresenta a distribuição do índice de solvência para a composição da carteira da FAPES ao final de abril de 2012 e para os diferentes perfis de macroalocação, considerando as premissas técnico-atuariais descritas no Capítulo 3 e reajustes salariais exclusivamente pela inflação. Resultados Projetados para % 260% 240% 220% Índice de Solvência 200% 180% 160% 148,4% 161,7% 140% 123,8% 131,4% 120% 113,2% 100% 80% 60% Atual Conservadora Moderada Agressiva 1 Agressiva 2 5th-25th 25th-50th 50th-75th 75th-95th Média Fonte: FAPES. Elaboração: Própria. A primeira coluna do gráfico indica a carteira da FAPES, cujo índice de solvência médio projetado para 2021 situa-se em torno de 123,8%, estando próxima à faixa de alocação considerada de risco moderado. De acordo com a performance dos ativos e a evolução do passivo nos próximos anos, esse índice poderá atingir valores entre 80% e 180%. FAPES - Política de Investimentos

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