SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
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- Débora Malheiro Ramires
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1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO ANEXO I. PROJETO DE CURTA DURAÇÃO 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Título do Projeto: Adolescência e Sexualidade: Interface saúde e educação 1.2 Câmpus de Origem: Panambi 1.3 Área: Projetos Sociais 1.4 Linha Temática: Jovens e Adultos 1.4 Outros Câmpus Envolvidos: Panambi 1.5 Outras Instituições Envolvidas: Secretaria Municipal de Saúde 1.6 Público Alvo: Alunos da rede pública de ensino, a partir de 14 anos 1.7 N Total de Pessoas a serem Beneficiadas: N Total de Pessoas da Comunidade Externa a serem Beneficiadas: Período de Realização: Abril a setembro de Local a ser Realizado: Auditório do IF Farroupilha Câmpus Panambi 1.11 Carga Horária Total do Curso de curta duração: 60 horas 1.12 Situação do Projeto: Projeto: Reoferecimento Relação com o Ensino: Nível Técnico Relação com a Pesquisa: Coordenador do Projeto: Rogéria Fatima Madaloz 2.1 Objetivos (Geral e Específicos máximo 4): 2. DADOS DO PROJETO: Geral Contribuir para a criação de um espaço de reflexão e discussão do tema sexualidade e adolescência, estimulando a autonomia e responsabilidade dos jovens, a fim de favorecer a redução de gestações indesejadas na adolescência e prevenção de DST, HIV/AIDS. Objetivos Específicos - Utilizar a escola como um espaço de reflexão e de discussão, no qual os adolescentes se situem pessoalmente, expressando suas dificuldades, resistências, dúvidas, anseios e opiniões, favorecendo a
2 construção de um saber compartilhado. - Realizar um debate sobre gênero, mitos referente ao masculino/feminino, as transformações fisiológicas da adolescência e outros assuntos relacionados à sexualidade. - Refletir sobre DSTs, HIV/AIDS e de gravidez na adolescência. Além de problematizar os motivos envolvidos na ausência/ presença de prevenção. - Falar sobre os métodos contraceptivos, informando os oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Unidade de Saúde que é referência à escola. - Estimular a criação de ações específicas para adolescentes na rede de saúde. - Expandir a reflexão para além dos adolescentes proporcionando encontros com os educadores e pais para abordar os desafios encontrados na prática em sala de aula e em casa sobre a sexualidade. - Buscar a intersetorialidade dos serviços, programas e ações de prevenção e que reforcem iniciativas das comunidades. - Avaliar e construir as condições para a formação de jovens multiplicadores como forma de ampliar o projeto 2.2 Justificativa (técnica/econômica/social): Este projeto tem por objetivo o aperfeiçoamento a uma proposta de interface entre a saúde e a educação na abordagem do tema da sexualidade na adolescência. Esta ação se assenta na necessidade de criaremse novos espaços de diálogo sobre as experiências da adolescência, principalmente daquelas que devido a uma série de dificuldades não são colocadas em espaços institucionais e nas relações com os adultos, como o tema da sexualidade. Os altos indicies de contaminação de jovens por DSTs e os crescentes índices de gravidez na adolescência também indicam a importância de espaços de abordagem da sexualidade. Em virtude da complexidade de tais fenômenos são importantes abordagens que dêem conta de pontos que vão além da informação sobre o tema, enfatizando a reflexão sobre o mesmo. A proposta deste trabalho é de fazer um trabalho de reflexão sobre o tema da sexualidade. Tal reflexão inclui a informação, mas não se centra nela. Entendemos que intervenções voltadas para a informação correm os risco de não serem efetivas em função da sua descontextualização. A partir disso, entendemos que abordar o tema da sexualidade na adolescência exige um leque de entendimentos e debates mais amplos, que envolvam as questões culturais, sociais e afetivas. Entre os temas de maior importância está o gênero e as relações de gênero. O gênero é a forma cultural e relacional das formas de ser homem e de ser mulher e influencia os comportamentos de homens e mulheres na sua sexualidade. É a partir de uma visão crítica das relações de gênero que podemos perceber as formas hegemônicas de viver o feminino e o masculino em nossa sociedade e entender que existem distintas formas de ser homem e de ser mulher. Incluem-se aqui o debate de comportamentos esperados para homens e mulheres, que geram relações esteriotipadas e sofrimento para homens e mulheres, Além disso aborda-se a diversidades no que tange a orientação sexual. A proposta é favorecer o diálogo entre meninos e meninas e favorecer a aceitação das diferentes opções dos jovens. O entendimento de adolescência também é fundamental para abordar a sexualidade na adolescência. Tal conceito vai além da puberdade, que enfatiza as transformações biológicas, para salientar a importância dos aspectos individuais e culturais desta transição. No entanto, mesmo sendo a adolescência um
3 momento de mudanças, de novas identificações, deve-se tomar cuidado de não toma-la sob a ótica do problema, e de não colocar as vivências de crise adolescente como uma obrigatoriedade. Esta transição também é vivida de formas diferentes pelos jovens. A vivência a adolescência e de seus diversos conflitos também influencia a sexualidade dos jovens. Aqui surgem dificuldades de lidar com a transição e falta de reconhecimento e de lugar nesta idade. É neste sentido que algumas jovens buscam crescer criando suas próprias famílias. Pensando-se em sexualidade e adolescência temos então um encontro tomado como perigoso. Não para nós, a questão da sexualidade na adolescência não é vista como um problema e nem tratada na ótica da abstinência. Entendemos que os jovens podem viver sua sexualidade, sendo importante destacar que a sexualidade não é sinônimo de inicio das relações sexuais. Entendemos que o inicio das relações sexuais é dado por características também individuais e que estas, quando se iniciarem, devem ser acompanhadas de maturidade emocional, vontade própria e cuidados. Desta forma o trabalho aborda a sexualidade na ótica saúde física e mental, enfatizando a dimensão do prazer e do autocuidado e não a moralidade. Da mesma forma em que atentamos a visão moralista da sexualidade percebemos também que se deve manejar a ditadura da sexualidade precoce, vivida como prova para muitos jovens. Sendo também necessário o cuidado com a visão da sexualidade como mero produto de consumo. Seguindo nossos entendimentos percebemos a gravidez na adolescência como tema a ser abordado. Entendemos que o fenômeno da gravidez na adolescência não é reflexo apenas de falta de informação e enfatizamos o fenômeno sob o ponto de vista cultural, social e afetivo. Embora entendamos que a gravidez na adolescência pode ter efeitos importantes na vida dos jovens e que não deve ser banalizada, nosso objetivo não é que os jovens necessariamente deixem de engravidar, e sim que não engravidem de forma descuidada e sem as responsabilidades pertinentes a isso. Além disso, que quando engravidem, possam ter a devida atenção. O trabalho assenta-se também na parceria institucional e na valorização do trabalho em rede como forma de qualificar o trabalho e tornar a integralidade possível. Objetiva-se uma parceria sólida entre saúde e educação. Entende-se que uma maior articulação entre escola e unidade de saúde faz com que o projeto tenha dimensões maiores de que uma intervenção pontual e que estando inserido na realidade escolar produza maiores resultados e possibilidade de continuidade.quando aos jovens, entende-se que podem ser também agentes transformadores da saúde, multiplicando as informações. 2.3 Resultados esperados: Oportunizar aos adolescentes um espaço para reflexão e discussão do tema sexualidade a partir de uma proposta interdisciplinar de promoção de saúde, buscando a autonomia desses adolescentes em relação à sua sexualidade e contribuindo para a redução da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e de gestações não desejadas. 2.4 Métodos: Encontros em formato de oficina, utilizando-se metodologias de participação ampla dos jovens e debate lúdico. O planejamento das atividades está descritas nas ações previstas (2.5). Os temas são gênero,
4 corpo, métodos contraceptivos, DST/HIV, família e gravidez. As atividades e pontos mais enfatizados dependerão dos conhecimentos da turma e de suas dúvidas. A padronização dos encontros é dada apenas sua temática e a manutenção de seus objetivos. Estes devem ter liberdade de participar ou não dos encontros. A avaliação sistemática dos encontros e registros destes possibilita o replanejamento e seguimento de novos objetivos do projeto, bem como a avaliação do mesmo. 2.5 Ações previstas: 1 e 2 Encontro Tema: Gênero Objetivo: Abordar as questões de gênero, relativizando as formas de ser masculino e feminino. Pensar os efeitos das relações estereotipadas de gênero no cotidiano dos jovens e na vivência da sexualidade. 3 e 4 Encontro Tema: Corpo Objetivo: Trabalhar questões relacionadas ao corpo, tais como: mudança corporal decorrente do crescimento, diferenças corporais entre meninos e meninas, detalhamento do corpo masculino e feminino pensando nas questões físicas e culturais envolvidas, auto-conhecimento, auto-cuidado, tabus sobre masturbação, mitos sobre as mudanças corporais a partir das relações sexuais. 5 e 6 Encontro Tema: Métodos Contraceptivos Objetivo: Retomar as questões referentes ao corpo e introduzir discussões acerca dos métodos de prevenção. 7 e 8 Encontro Tema: DST s; HIV/AIDS Objetivo: Retomar a questão do corpo e dos métodos anticoncepcionais e introduzir a discussão das DST s, HIV/AIDS, abordar as representações das doenças, abordar a questão da observação do corpo, auto-cuidado e busca da rede de saúde. 9 e 10 Encontro Tema: Família Objetivo: Abordar as diversas formas de estrutura familiar. Propor aos jovens que pensem na família que têm e na família que querem ter. 11 e 12 Encontro Tema: Gravidez Objetivo: Abordar o tema da gravidez na adolescência, propondo aos jovens uma análise critica do fenômeno da gravidez na adolescência. 2.6 Disciplinas / Ementas / Conteúdos Programáticos/ Avaliação: Ementa: A construção social da sexualidade humana: conceitos e preconceitos, medos e tabus sexuais. O desenvolvimento humano e o sexo. Anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutores. Anticoncepção. Doenças sexualmente transmissíveis. Questões de educação sexual. Conteúdo programático: Gênero, corpo, métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissível, família e gravidez na adolescência.
5 Avaliação: Será constituída de um questionário semiestruturado, aplicado durante e no final dos encontros. 2.7 Referências: BRASIL Ministério da Saúde Programa Nacional de DST e Aids Disponível em Acesso em 24 fev BUENO, Gláucia da Mota. Variáveis de Risco para a Gravidez na Adolescência. São Paulo/2000. Cartilha Fala Educadora & Fala Educador Autores: Peres, C.A.; Blessa, C.R.B; Gonçalves E.M.V; Silva, R.C; Paiva, V. Publicação e Distribuição: Organon. PORTO ALEGRE Protocolo de Assistência ao Pré Natal de Baixo Risco. Secretaria Municipal de Saúde, ASSEPLA. Porto Alegre: outubro/ Pré-Requisitos para o público alvo: Alunos da rede pública de ensino, a partir de 14 anos de idade. 2.9 Operacionalização: Cronograma: Etapas de JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Execução Preparação x x Execução x x x x x x Avaliação x x x x Certificados: Para o Coordenador do Projeto Para os Instrutores do Projeto Para os Alunos Para os Servidores de Apoio 3. DECLARAÇÃO DE CEDÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS Eu, Rogéria Fatima Madaloz, Autorizo a destinação desse Projeto ao Banco de Projetos de Extensão, de forma que possa ser utilizado por outros servidores, sem restrições de qualquer natureza, desde que citada a autoria.
ANEXO III. PROJETO DE LONGA DURAÇÃO
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