Rodada #1 Contabilidade Geral

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1 Rodada #1 Contabilidade Geral Professor Marcelo Seco Assuntos da Rodada CPC 00 - Estrutura Conceitual. CPC 46 - Mensuração do valor justo. Lei nº 6.404/1976 e suas alterações. Princípios de contabilidade (Norma Brasileira de Contabilidade NBC TSP Estrutura Conceitual/2016). Demonstrações contábeis pela legislação societária, pelos princípios da contabilidade e pronunciamentos contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Demonstração de fluxos de caixa (métodos direto e indireto). Balanço patrimonial. Demonstração do resultado do exercício. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Demonstração do Resultado Abrangente. Investimentos em coligadas e controladas. Análise econômico financeira. Indicadores de endividamento. Indicadores de estrutura de capitais. Análise vertical e horizontal.

2 Recados importantes! Não autorizamos a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até três mil vezes o valor do curso, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e à persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Você poderá fazer mais questões sobre os assuntos desta rodada no teste semanal, liberado ao final da rodada. As metas devem ser cumpridas na ordem determinada. Isso é fundamental para o perfeito aproveitamento do treinamento. Se tiver qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da Turma Elite (35) Esta rodada possui alguns vídeos. O estudo desse material não está incluído nas metas diárias que vocês recebem e os itens neles abordados já foram tratados no PDF. Trata-se de aula de reforço teórico opcional, que poderá ajudar a dirimir algumas dúvidas. Leiam a palavra do Professor, ao final da parte teórica. 2

3 a. Teoria em Tópicos 1 - Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC Caros, vamos conversar um pouco sobre o CPC e seus pronunciamentos, muito presentes no nosso futuro edital e no nosso curso Criação Criado em 2005, pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por intermédio da resolução CFC Nº 1.055/05, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), teve seus primeiros Pronunciamentos Técnicos (sim, esse é o nome correto dos documentos, mas continuemos a chamá-los de CPCs) aprovados pelo CFC em 2007 e Justificativas do CFC para a criação do CPC Internacionalização das normas contábeis e necessidade de convergência. Tendência mundial de incluir outros atores na definição das normas, além dos contadores. Maior confiança quando uma entidade centraliza o preparo e a divulgação das regras contábeis. Tendência mundial de adoção dessa entidade única. Pré-existência de grupos de entidades trabalhando nesse processo. Interesse de entidades regulatórias em criar esse Comitê. Confiança que o setor deposita no CFC para criar e manter o Comitê Composição O CPC é composto por representantes de seis importantes entidades ligadas ao mundo da contabilidade, e seu objetivo é a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade visando à uniformização e à convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais. O CPC pode também emitir Orientações e Interpretações sobre as regras contábeis. 3

4 Além dos componentes efetivos podem ser convidados a participar do CPC representantes de outras entidades, a critério do próprio Comitê. Até o momento foram convidados: Banco Central, CVM, Susep e Receita Federal. Entidades cujos representantes compõe o CPC ABRASCA Associação Brasileira das Companhias Abertas APIMEC NACIONAL Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros CFC Conselho Federal de Contabilidade IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarias e Financeiras Composição Então podemos dizer que o CPC emite normas com validade legal? Não! Os pronunciamentos do CPC, que obrigatoriamente devem ser precedidos de audiências públicas, passam a ter validade legal após sua aprovação pelo CFC, por meio da publicação de resoluções que aprovam os textos. Isso porque o CFC é o órgão que, no Brasil, tem a atribuição de emitir normas de contabilidade. Outros agentes reguladores também podem emitir resoluções aprovando os CPCs. 1.4 Processo de Convergência Para promover a convergência das normas brasileiras às normas internacionais de contabilidade o CPC toma como base os International Financial Reporting Standards (IFRS), que são os documentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), entidade cujas normas foram escolhidas como padrão pela comunidade contábil internacional. 4

5 1.5 Prevalência da Essência sobre a forma A diretiva principal do IASB na confecção dos IFRSs é a prevalência da essência sobre a forma e seu objetivo é criar normas que permitam traduzir na contabilidade a realidade dos fenômenos econômicos da maneira mais pura possível. A Convergência Essência sobre a Forma Normas Internacionais (IFRSs) IASB CPC Tradução, estudo e adequação dos IFRSs Emissão de Pronunciamentos Técnicos (CPCs) Participação no Comitê Aprovação dos pronunciamentos Edição de Resoluções CFC e Reguladores 2 - Considerações Iniciais Sempre que possível manterei fragmentos de texto do próprio CPC, isso ajudará na resolução de questões que cobrem a literalidade. Contudo, para simplificar o texto e tornar a leitura mais leve, durante a aula vou utilizar alguns termos reduzidos. Sempre que tiver dúvida, volte a esse ponto e reveja as definições. CPC é a sigla para Comitê de Pronunciamentos Contábeis, cuja formação estudaremos em aula futura. Usaremos: Demonstrações contábeis, relatórios ou simplesmente DCs, como sinônimo de relatórios contábil-financeiros de propósito geral. Informação, como informação contábil-financeira de propósito geral. É importante você ter em mente que a contabilidade não trata apenas de coisas contábeis, mas sim de contábeis e financeiras. 5

6 CPC 00, para designar a Estrutura Conceitual Para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. Entidade, no lugar de entidade que reporta a informação (ou reporting entity, termo também citado no CPC). Ou seja, a empresa que está preparando a demonstração. Administração referindo-se tanto à diretoria executiva quanto ao conselho de administração ou órgãos similares. Características qualitativas se referindo a características qualitativas da informação contábil-financeira útil. Restrições no lugar de restrições da informação contábil-financeira útil Elementos básicos da estrutura conceitual Os relatórios contábil-financeiros (DCs) se destinam primariamente aos seguintes usuários externos, sem hierarquia de prioridade: Investidores Financiadores Outros credores Note que embora existam destinatários primários, eles não são os únicos, pois as DCs se destinam a usuários externos em geral Não existe possibilidade de postergação de divulgação de informações. Prover prontamente informação fidedigna e relevante pode melhorar a confiança do usuário e promover a estabilidade econômica As características qualitativas da informação contábil-financeira são divididas em dois grupos: Qualitativas Fundamentais (RRF) Relevância (materialidade) Representação Fidedigna (neutralidade) Qualitativas de Melhoria (CCVT) Comparabilidade Compreensibilidade Verificabilidade Tempestividade 6

7 Confiabilidade não é mais considerada uma característica qualitativa, tendo sido englobada pela representação fidedigna Prevalência da essência sobre a forma não é uma característica. Trata-se de um princípio cujo atendimento deve ser perseguido pelo mundo contábil. A observância da essência sobre a forma resulta em uma informação que representa de maneira fidedigna a substância econômica do evento. A prevalência da essência sobre a forma é princípio basilar das regras internacionais de contabilidade, e foi adotada pelo Brasil. Significa abandonar, quando necessário, a forma legal do evento, e retratar a sua essência econômica de forma pura Prudência não é uma característica. Não deve ser considerada como um aspecto da representação fidedigna por ser incompatível com a neutralidade. Então acabou a Prudência na contabilidade? NÃO!!! A prudência continua existindo. Porém, sua utilização é restrita aos casos em que existe incerteza sobre a quantificação de valores e deve ser utilizado sempre buscando a neutralidade da informação. 3 - Demonstrações Contábeis e seus Usuários O CPC 00 tem como finalidade ditar o regramento básico a ser observado na elaboração das demonstrações. As DCs são elaboradas para usuários externos em geral, com finalidades distintas e necessidades diversas. O objetivo das DCs é fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações diversas por parte dos usuários em geral, sem atender a nenhuma necessidade específica. As bancas adoram afirmar que as DCs se destinam aos usuários internos ou que as autoridades tributárias podem determinar que as demonstrações sejam feitas da maneira x ou y. Isso está errado. Os usuários internos da entidade podem, sim, usar as DCs. Mas eles precisam delas? Claro que não! Eles têm acesso privilegiado a todas as informações que são utilizadas na elaboração das DCs, e podem fazer os relatórios que quiserem com elas. Por isso, não é aos usuários internos que as DCs se destinam. 7

8 Governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, podem determinar exigências para atender a seus próprios interesses? Claro que podem! Mas essas exigências devem ser atendidas em relatórios separados, pois não podem afetar as demonstrações contábeis, que devem ser elaboradas segundo os ditames do CPC Por que usuários precisam das DCs? Usuários das DCs utilizam-nas para tomar decisões referentes, por exemplo, a: Decidir quando comprar, manter ou vender instrumentos patrimoniais; Avaliar a administração da entidade; Avaliar a capacidade de a entidade pagar seus empregados e proporcionarlhes benefícios; Avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros emprestados à entidade; Determinar políticas tributárias; Determinar a distribuição de lucros e dividendos; Elaborar e usar estatísticas da renda nacional; Regulamentar as atividades das entidades. 4 - Finalidades do CPC 00 dar suporte ao desenvolvimento de novas normas (quando eu disser normas, entendam normas, interpretações e comunicados técnicos) e à revisão dos já existentes, quando necessário; dar suporte à padronização de normas e procedimentos relacionados à apresentação das demonstrações contábeis; dar suporte aos órgãos reguladores nacionais; auxiliar elaboradores das demonstrações contábeis na aplicação das normas; auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião; auxiliar os usuários na interpretação de informações contidas nas DCs; proporcionar informações sobre o enfoque adotado na formulação das normas. 8

9 4.1 CPC não é uma norma O CPC 00 não é uma norma. Não define normas ou procedimentos para qualquer questão particular de mensuração ou divulgação. Nada na Estrutura Conceitual substitui qualquer norma, interpretação ou comunicado técnico. Como assim Professor? Não é uma norma? É isso mesmo! Essa é uma orientação do próprio comitê. O CPC 00 não é uma norma que tenha precedência sobre outras normas, ele apenas define conceitos, que devem ser obrigatoriamente observados. Mas, em caso de conflitos entre o CPC 00 e qualquer outra norma, interpretação ou comunicado, devem prevalecer estes últimos. 5 - Relatório Contábil-Financeiro de Propósito Geral (DCs) O objetivo de um relatório contábil-financeiro (demonstração contábil) é fornecer informações sobre a entidade. Essas informações devem ser úteis para investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. 5.1 Usuários Primários As DCs são destinadas a usuários externos em geral, como já vimos: investidores, governo, acionistas, empregados e outros. Porém, o CPC deixa claro que três grupos de usuários devem ser olhados com mais cuidado pela entidade, os quais são chamados de usuários primários, são eles: Investidores (atuais e potenciais); Credores por empréstimo (Financiadores); Outros credores Os relatórios (DCs) não atendem a todas as informações de que os usuários necessitam. É necessário que os usuários considerem informação de outras fontes para completar a formação de suas opiniões. Os relatórios não são elaborados para se chegar ao valor da entidade. Apenas fornecem informação para ajudar os usuários primários a estimarem o valor da entidade que reporta. 9

10 O intuito das normas contidas nos CPCs é proporcionar um conjunto de informações que atenda às necessidades do número máximo de usuários primários. Contudo, nada impede que a entidade preste informações adicionais. A administração da entidade não é considerada um usuário externo. Tratase de usuários internos que não precisam apoiar-se nos relatórios, pois podem obter a informação internamente. Então a administração não pode usar as DCs? Claro que pode!!! Só que ela tem condições de obter qualquer outro tipo de relatório. Em grande parte, as informações contidas nos relatórios são baseadas em estimativas, julgamentos e modelos e não em descrições ou retratos exatos. 6 - Recursos Econômicos e Reivindicações da Entidade que Reporta Não se assuste com essa nomenclatura. Vamos mantê-la para que você se acostume aos conceitos do CPC, mas basicamente ela se refere ao seguinte: Recursos econômicos Ativo Reivindicações contra a entidade - Passivo Relatórios fornecem informação acerca da posição patrimonial e financeira da entidade, ou seja, sobre os recursos econômicos e reivindicações. Também fornecem informação sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram essa posição. Recursos + Reivindicações = Posição Posição + Transações = Nova Posição Uma posição é avaliada quanto ao seu retorno e liquidez, representando fraqueza ou vigor financeiro. 10

11 6.1 - Mudanças nos Recursos Econômicos e Reivindicações Mudanças nos recursos econômicos e reivindicações da entidade resultam da performance financeira e de outros eventos ou transações, como, por exemplo, a emissão de títulos de dívida ou de títulos patrimoniais. Informações sobre a performance financeira auxiliam os usuários a compreender o retorno que a entidade produz sobre os seus recursos econômicos. Podem também ajudar a avaliar o quão diligente a administração tem sido no desempenho de suas responsabilidades e são do mesmo modo úteis para predição de retornos futuros. Os recursos e reivindicações podem mudar por outras razões que não sejam resultantes de sua performance, como é o caso da emissão de ações. Essas informações também devem ser consideradas pelos usuários. 6.2 Avaliação da Performance da Entidade (Resultado ou Retorno) Neste ponto de sua preparação você ainda não conhece o que é o regime de competência, mas ele é o regime adotado pela contabilidade nacional. O CPC deixa claro que o regime de competência é o que retrata com propriedade os efeitos de transações e outros eventos sobre os recursos e reivindicações da entidade. O regime de competência, fornece melhor base de avaliação da performance passada e futura da entidade do que a informação puramente baseada em entradas e saídas de caixa. Em determinado momento o regime de competência é tratado pelo nome de accruals. Não se preocupe com esse nome. Apenas saiba que a banca pode vir a usá-lo como sinônimo de regime de competência, embora não seja essa a exata definição do termo. A entidade deve ser avaliada pelos usuários em função da sua capacidade de gerar fluxos de caixa por meio de suas operações e não pela obtenção de recursos adicionais de investidores e credores. Deve-se também considerar o cenário econômico em que a entidade está inserida 11

12 6.3 - Informação Contábil-Financeira Útil A informação deve ser útil para os usuários, e deve basear-se em fenômenos econômicos (recursos, reivindicações, transações, eventos). Alguns relatórios podem também incluir expectativas e estratégias da administração (forwardlooking information). A tarefa de avaliar informações futuras pode incluir variáveis e custos diversos dos que se aplicam ao tratamento da informação passada. Durante o processo de elaboração das demonstrações devem ser aplicadas, às informações, as características qualitativas e avaliada a restrição referente ao custo de gerar tais informações. Para ser considerada útil, a informação deve possuir as características fundamentais de relevância e de representação fidedigna. Veremos à frente o que são esses conceitos. Por ora, guardemos essa condição e fixemos que essa utilidade deve ser para o usuário. Não basta ter apenas uma das características fundamentais, mesmo que associada a outras. A utilidade da informação requer obrigatoriamente relevância e representação fidedigna. A presença das demais características pode melhorar a utilidade da informação, mas não tem o poder de torná-la útil se uma das duas fundamentais estiver ausente Características qualitativas fundamentais - RRF RRF - características fundamentais Para ser considerada útil, a informação deve possuir as características fundamentais de relevância e de representação fidedigna. E somente a existência simultânea dessas duas características é que permite que se considere útil uma informação Relevância Informação relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões dos usuários. Essa capacidade de fazer diferença em uma decisão independe de que o usuário decida ou não levar em consideração a informação e independe, também, de o usuário já conhecê-la por outras fontes. Em suma, a entidade deve avaliar se a informação é relevante. O que o usuário vai fazer com ela não deve ser considerado. 12

13 Para ser capaz de fazer diferença nas decisões, a informação deve ter valor preditivo, valor confirmatório ou ambos. Valor preditivo: possibilidade de ser utilizada pelos usuários para predizer futuros resultados. Valor confirmatório: possibilidade de retroalimentar avaliações prévias (confirmá-las ou alterá-las). Os conceitos de preditivo e confirmatório são avaliados pela ótica do usuário. É ele quem vai usar a informação em suas previsões e confirmações, e não a entidade. O usuário emprega uma informação de valor preditivo para fazer uma estimativa futura. Chegado esse termo futuro, utiliza a informação confirmatória para verificar se sua previsão estava correta Materialidade A materialidade não é uma característica fundamental, mas sim um aspecto da relevância. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida puder influenciar decisões. A materialidade é um conceito baseado na natureza e na magnitude dos valores no contexto de uma entidade em particular. Não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação particular. Resumindo: o que é material para uma entidade pode não ser para outra Representação Fidedigna A representação fidedigna precisa ter três atributos, que devem ser maximizados o quanto possível. A confiabilidade, que não é mais considerada característica da informação, encontra-se agora, indiretamente, contemplada pela representação fidedigna. A primazia da essência sobre a forma também é aspecto inerente à representação fidedigna. Então, confiabilidade e essência sobre a forma são aspectos da representação fidedigna? Exato, meus caros!!! 13

14 A representação fidedigna tem que ser: Completa Deve possuir toda informação necessária para que o usuário compreenda o fenômeno retratado, e até explicações sobre a forma como se chegou a ela, quando necessário (forma de cálculo de uma estimativa, por exemplo). Neutra Deve ser desprovida de viés na seleção ou na apresentação da informação. Não deve ser distorcida com maior ou menor peso, ênfase maior ou menor, ou qualquer outro tipo de manipulação. Livre de erro Representação fidedigna não significa exatidão em todos os aspectos. Um retrato livre de erros significa que não há erros ou omissões no fenômeno retratado, e que o processo utilizado para produzir a informação foi aplicado livre de erros. Uma estimativa pode ser considerada fidedigna se o montante for descrito claramente como sendo uma estimativa, se a natureza e as limitações do processo forem devidamente reveladas, e nenhum erro tiver sido cometido na seleção e aplicação do processo. Representação Fidedigna é uma representação: Completa Neutra Livre de Erro Portanto, é confiável, e representa a essência do evento econômico que se propõe a demonstrar Aplicação das características qualitativas fundamentais O CPC sugere um roteiro para avaliação dos fenômenos econômicos com o intuito de identificar informações úteis. É o seguinte: Identificar o fenômeno com potencial de ser útil. Identificar o tipo de informação que seria mais relevante se estivesse disponível e pudesse ser representado com fidedignidade. Determinar se a informação está disponível e pode ser representada com fidedignidade. 14

15 Esse processo deve ocorrer levando-se em conta as restrições de custo e os efeitos das características de melhoria, as quais veremos a seguir Características qualitativas de melhoria - CCVT Se a informação for útil, ou seja, for relevante e for representada com fidedignidade, ela poderá ser melhorada com a aplicação das características de melhoria. A análise da aderência a essas características pode também auxiliar a determinar qual de duas alternativas equivalentes de informação útil deve ser usada para retratar um fenômeno. CCVT: comparabilidade compreensibilidade verificabilidade tempestividade A presença das características de melhoria em determinada informação, por si só, não tem o poder de torná-la útil Comparabilidade A informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro período. Percebam, ela já era útil, e caso seja comparável, será melhorada, tornando-se mais útil. Comparabilidade permite que se identifiquem similaridades diferenças entre os itens. É a única das características que não está relacionada com um único item, pois, por óbvio, comparação requer no mínimo dois itens. Não podemos confundir comparabilidade com consistência. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens, tanto de um período para outro na mesma entidade, quanto para um único período entre entidades. Comparabilidade é o objetivo, é a característica desejada na informação. A consistência está relacionada aos métodos que auxiliam a alcançar esse objetivo. 15

16 Alguns pontos destacados no CPC sobre a comparabilidade: Para que a informação seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes precisam parecer diferentes. A presença das características fundamentais (RRF) facilita a obtenção da comparabilidade. O inverso não é verdade. A discricionariedade na escolha de métodos contábeis alternativos para o mesmo fenômeno econômico é válida, mas diminui a comparabilidade Compreensibilidade Informação compreensível é aquela caracterizada e apresentada com clareza. A exclusão do relatório de informações sobre fenômenos complexos não é admitida, por torná-los distorcidos. O objetivo aqui é fazer com que a informação seja clara e compreensível, mesmo que o evento retratado seja complexo. Não se pode partir da ideia de que tudo que é complicado deve ser omitido, pois se estaria criando um documento incompleto que fugiria à representação fidedigna, tornando a informação inútil. E, como já sabemos, não adianta aplicar os atributos de melhoria se os fundamentais não estiverem presentes Verificabilidade A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico. Significa que diferentes observadores podem chegar a um consenso sobre a representação fidedigna. Isso quer dizer que o usuário deve ter meios para verificar se a informação que está sendo divulgada corresponde à realidade dos fatos. A verificação pode ser direta ou indireta. Verificação direta: observação direta, como, por exemplo, por meio da contagem de caixa. Verificação indireta: checar os dados de entrada do modelo ou fórmula e recalcular os resultados obtidos por meio da aplicação da mesma metodologia. Um exemplo é a verificação dos estoques por meio da checagem dos dados de entrada e do recálculo do saldo final. 16

17 Pode não ser possível verificar informação sobre o futuro. Nesse caso, para ajudar os usuários a decidirem se desejam usar tal informação é necessário divulgar as premissas subjacentes, os métodos de obtenção e outros fatores. Por exemplo, é fácil verificar o saldo de um contrato a vencer no futuro. Já a aferição do grau de certeza de uma estimativa de retorno em função de expectativas de comportamento de mercado requer dados adicionais Tempestividade Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certas informações podem ter a tempestividade prolongada, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências Aplicação das características qualitativas de melhoria A aplicação das características qualitativas de melhoria é um processo iterativo que não segue uma ordem preestabelecida. Uma característica de melhoria pode ter que ser diminuída para maximização de outra, desde que se tenha uma perspectiva de aprimoramento da relevância ou da representação fidedigna no longo prazo Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatórios O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na entidade no processo de elaboração e divulgação das demonstrações. Não é possível que os relatórios forneçam toda e qualquer informação que todo usuário julgue ser relevante. Na aplicação da restrição do custo é feita uma avaliação para verificar se os benefícios proporcionados pela elaboração e divulgação da informação justificam os custos incorridos para fornecimento e uso. 17

18 7 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis Aqui começamos a estudar a estrutura das demonstrações Premissa subjacente Continuidade (going concern assumption) As demonstrações são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em atividade e irá manter-se em operação no futuro, ou seja, não tem intenção, nem necessidade, de entrar em processo de liquidação ou de reduzir materialmente a escala de suas operações. Se essa intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis podem ter que ser elaboradas em bases diferentes e, nesse caso, a base de elaboração utilizada deve ser divulgada Elementos das demonstrações contábeis Nas demonstrações os itens são agrupados em classes de acordo com suas características econômicas. Essas classes são denominadas de elementos das demonstrações contábeis. Elementos da posição patrimonial e financeira (BP) Ativos Passivos Patrimônio líquido Elementos da mensuração do desempenho (DRE) Receitas Despesas Os elementos são desmembrados em subclasses, a fim de mostrar as informações da maneira mais útil aos usuários. 18

19 7.3 - Posição patrimonial e financeira Os elementos da posição patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. Os seguintes termos ajudam na fixação e devem estar cristalinos durante seus estudos, a partir de agora: Ativo Recurso controlado; Resultado de eventos passados; Futuros benefícios econômicos; Passivo Obrigação presente; Derivada de eventos passados; Saída de recursos que gerariam benefícios; Patrimônio Líquido Residual dos ativos depois de deduzidos todos os seus passivos. Algumas observações: Não é pelo simples fato de possuir as características acima que um elemento vai ser reconhecido no balanço patrimonial (BP). O reconhecimento depende de critérios que veremos adiante. Mais uma vez: para encaixar o item em uma das classes devemos observar sua essência econômica, e não a sua forma legal. 19

20 Ativos O benefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou de equivalentes de caixa da a entidade. Um ativo pode ser um bem utilizado na produção, um item de caixa ou equivalentes de caixa ou ainda um item capaz de reduzir as saídas de caixa, como um novo processo industrial que reduza os custos de produção. Os benefícios econômicos podem fluir para a entidade de diversas maneiras. O ativo pode ser: Usado na produção de bens ou na prestação de serviços; Trocado por outros ativos; Usado para liquidar um passivo; Distribuído aos proprietários da entidade. A forma física não é essencial para a existência de ativo. Assim sendo, as patentes e os direitos autorais, por exemplo, são considerados ativos, caso eles sejam controlados pela entidade e possam fazer fluir benefícios econômicos para ela. O direito de legal de propriedade não é essencial para determinar a existência do ativo. Assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento mercantil será um ativo, caso a entidade o controle e benefícios econômicos sejam esperados. Segredos industriais e conhecimentos (know-how), podem ser considerados ativos? Sim. Segundo o CPC 00 podem, mas só serão reconhecidos se atenderem aos critérios. Em aulas futuras voltaremos a falar desse controverso assunto. Por ora guarde o posicionamento deste CPC. Transações previstas para o futuro não dão origem, hoje, a ativos. A intenção de adquirir estoques, por exemplo, não atende, por si só, à definição de ativo. Há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas essas atividades não são indissociáveis. Podemos ter gastos voltados para a busca por benefícios econômicos que não resultem em ativos. 20

21 De modo análogo, a ausência de gasto não impede que um item satisfaça à definição de ativo e se qualifique para reconhecimento no BP Passivos Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente, resultante de eventos passados. Obrigações podem ser legais ou oriundas de práticas usuais do negócio, de usos e costumes. Um exemplo de obrigação não legal é o passivo que se registra ao fazer uma provisão para troca de produtos cujos defeitos apareçam mesmo depois de finda a garantia. Obrigação presente é diferente de compromisso futuro. A intenção da entidade de adquirir ativos no futuro não dá origem, por si só, a uma obrigação presente. A obrigação surge somente quando o ativo é entregue ou contratos de aquisição são assinados. A liquidação de uma obrigação presente implica saída de recursos ou assunção de novas obrigações, e pode ocorrer de diversas maneiras: Pagamento em caixa; Transferência de outros ativos; Prestação de serviços; Substituição da obrigação por outra; Conversão da obrigação em item do patrimônio líquido. A obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos Patrimônio líquido (PL) O PL, embora definido como algo residual, pode ter (e tem) subclassificações no balanço patrimonial. O montante do PL que é apresentado no balanço patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. O montante agregado do patrimônio líquido somente por coincidência corresponderá ao valor de mercado agregado das ações da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos líquidos. 21

22 A definição de patrimônio líquido e os outros aspectos dessa Estrutura Conceitual que tratam do patrimônio líquido são igualmente aplicáveis aos diversos tipos de entidades. O CPC tratou superficialmente das subdivisões do PL. Não cabe aqui discorrer sobre a estrutura e o tratamento das contas do PL, que são objeto de outras aulas. No entanto, lembro que é assunto recorrente e que deve ser dominado por vocês. 7.4 Performance (Resultado) O resultado é utilizado como medida de performance ou como base para outras medidas, como o retorno do investimento ou o resultado por ação. Receitas e despesas estão diretamente relacionadas com a mensuração do resultado. O reconhecimento de receitas e despesas dependem em parte dos conceitos de capital e de manutenção de capital, os quais veremos adiante Definindo Receitas e Despesas Vamos olhar com cuidado as definições do CPC para receita e despesa. Embora sejam definições básicas da contabilidade, e também do cotidiano, pequenos detalhes e inversões podem ser inseridos em uma questão, com o objetivo de induzir o candidato a erro. Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais; Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. Da mesma forma com o que ocorre com ativo e passivo, itens de receita e despesa devem ser agrupados em classes, de acordo com sua origem e outros fatores. Também vale aqui o alerta de que as características que identificam a essência de uma receita ou despesa não devem ser confundidas com os critérios para o seu reconhecimento. Veremos isso ainda nessa aula. 22

23 Receitas A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos. A receita surge no curso das atividades usuais da entidade. Os ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem ou não surgir no curso das atividades usuais. Não se preocupem por enquanto em separar receita e ganho. Basta saber que essa diferenciação existe. Vamos a alguns exemplos apenas para ilustrar: Receita de Vendas Receita de Juros Receita de Aplicações Financeiras Ganho na Venda de Imobilizado Ganho por Desconto no Pagamento de um Passivo Em regra, os ganhos são reportados líquidos das respectivas despesas. Exemplo: A entidade vende uma máquina com ganho de 100,00, porém gasta 20,00 para removê-la do local. Vai reconhecer apenas um ganho de 80,00, e não uma receita de 100,00 e um despesa de 20,00. Atenção, isso é apenas a regra geral. Se uma assertiva disser que os ganhos são reportados líquidos das respectivas despesas, ela está correta. Mas não esqueçam que na contabilidade cada caso deve ser analisado à luz de seus regramentos específicos, e isso deve ser levado em conta na resolução de questões. Uma receita pode ser resultado do aumento de um ativo, como a entrada no caixa pelo pagamento de uma venda efetuada, ou da diminuição de um passivo, como o cancelamento de uma dívida, por exemplo. Receitas não realizadas também devem ser reconhecidas, e são apresentadas separadamente nas demonstrações. Receitas não realizadas são estudadas em nosso curso de contabilidade. São aquelas que já atenderam aos critérios para reconhecimento, mas ainda não se converteram em entrada de fluxo de caixa. O que são essas receitas não realizadas que devem ser conhecidas? 23

24 Receitas não realizadas são aquelas receitas que não se converteram ainda em fluxo de caixa, ou seja, não houve entrada financeira (e talvez essa entrada nunca venha a ocorrer). O exemplo clássico de receita não realizada é a receita de ganhos por equivalência patrimonial, ou receita do MEP. A entidade aufere essa receita, o valor aumenta o seu PL, mas ela não se traduz de imediato em entrada financeira (na verdade, se a entidade nunca vender a participação societária, a receita nunca se realizará). Não devemos confundi-las com as receitas antecipadas. Receita antecipada é um valor recebido pela entidade (já houve fluxo de caixa nesse caso), por algo que ela ainda não entregou. Esses valores ficam em contas do passivo. O exemplo clássico de receita antecipada é o pagamento recebido antecipadamente por um serviço a ser prestado no futuro Despesas A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da entidade. Perdas podem ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade. Exemplos: Despesas de Salário Despesas de Aluguel Perdas por Sinistro Perda na Venda de Imobilizado Em regra, as perdas são reportadas líquidas das respectivas receitas. Exemplo: A entidade vende uma máquina com ganho de 100,00, porém gasta 150,00 para removê-la do local. Vai reconhecer apenas uma despesa de 50,00, e não uma receita de 100,00 e um despesa de 150,00. Uma despesa pode ser resultado da diminuição de um ativo, como a saída no caixa pelo pagamento de salários, ou do aumento de um passivo, como o surgimento de uma indenização a pagar, por exemplo. Despesas não realizadas também devem ser reconhecidas, e são apresentadas 24

25 separadamente nas demonstrações. Despesas não realizadas são aquelas que já atenderam aos critérios para reconhecimento, mas ainda não se converteram em saída de fluxo de caixa. Temos também as despesas antecipadas, que ficam classificadas no ativo, Estudaremos o assunto adiante Ajustes para manutenção de capital A reavaliação ou a atualização de ativos e passivos dão margem a aumentos ou a diminuições do patrimônio líquido. Embora tais aumentos ou diminuições se enquadrem na definição de receitas e de despesas, dependendo do conceito de manutenção de capital utilizado, eles não são incluídos na demonstração do resultado. Os itens surgidos das reavaliações não devem passar pelo resultado, sendo incluídos diretamente no patrimônio líquido como ajustes para manutenção do capital, também conhecidos como ajustes de avaliação patrimonial. A orientação para esse procedimento tem como base o fato de esses aumentos ou diminuições gerados no patrimônio não terem nenhuma relação com as atividades da empresa. O CPC fala também sobre a possibilidade de incluir esses valores nas reservas de reavaliação, mas não consideraremos essa opção, pois a constituição de reserva de reavaliação está proibida pela Lei 11638/ Reconhecimento dos elementos das demonstrações contábeis Reconhecer é fazer o lançamento contábil, incorporando o item ao balanço patrimonial ou à demonstração do resultado. Envolve a descrição e mensuração de valor. Somente os itens que satisfazem os critérios de reconhecimento devem ser reconhecidos. Por outro lado, a falta de reconhecimento de um item com condições para tal é um erro que não pode ser justificado. O reconhecimento só poderá ser feito se estiverem presentes os dois critérios: Probabilidade de entrada ou saída de benefícios econômicos Mensuração Confiável Um elemento deve ser reconhecido se: 25

26 For provável que algum benefício econômico flua para a entidade ou flua da entidade (entre ou saia) e se o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade. A probabilidade de futuros benefícios econômicos deve ser avaliada com base na situação existente no momento em que são elaboradas as demonstrações. Você deve separar bem os conceitos de provável e possível. Se for apenas possível, mas não provável, o item não deve ser reconhecido. Normalmente as bancas utilizam as expressões: possível, provável, chances remotas, grande probabilidade e outras do gênero. Contudo, se um percentual for oferecido na questão, devemos avaliar pela probabilidade. Segundo as normas vigentes de auditoria, evento provável é aquele cuja chance de ocorrer é maior do que a de não ocorrer. Logo, 51% de chance de ocorrer significa evento provável, e deve ser reconhecido. A confiabilidade da mensuração não deve ser afastada caso seja necessário o uso de estimativas. Uma estimativa razoável e neutra pode ser considerada confiável. Um item que possui as características de elemento (ativo, passivo, patrimônio líquido, receita ou despesa), mas não atende aos critérios para reconhecimento pode, caso seja considerado relevante, ter sua divulgação requerida em notas explicativas, em material explicativo ou em quadros suplementares. Esse é o caso, por exemplo, de um evento que não atenda a nenhum, ou atenda apenas a um dos critérios. Imaginemos uma grande demanda judicial contra a empresa, para a qual ainda não se tenha ideia de ganho ou perda da causa (aspecto benefícios), nem do valor envolvido (aspecto mensuração). Dado o aspecto de incerteza envolvido, caso seja relevante, a existência do litígio deve ser demonstrada de forma clara nas notas explicativas Reconhecimento de ativos Um ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser mensurado com confiabilidade. Um ativo não deve ser reconhecido quando os gastos incorridos não proporcionarem a expectativa provável de geração de benefícios. Ao invés 26

27 disso, tal transação deve ser reconhecida como despesa na demonstração do resultado. Um exemplo disso é o gasto com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Enquanto não se tiver certeza razoável (provável) de que haverá retorno, os valores envolvidos devem ser classificados como despesa Reconhecimento de passivos Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída de recursos detentores benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade. Note que falamos em obrigação presente. Um pedido de compra para pagamento a prazo, por exemplo, na data em que é feito o pedido ainda não é um passivo. Será reconhecido na entrada da mercadoria, ou na assinatura de algum contrato, se for o caso Reconhecimento de receitas A receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar em aumento nos benefícios econômicos relacionado com aumento de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser mensurada com confiabilidade. O reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou da diminuição nos passivos (contrapartida do lançamento), e só deve ser efetuado se houver suficiente grau de certeza de que a receita tenha sido ganha Reconhecimento de despesas A despesa deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar em decréscimo nos benefícios econômicos, relacionado com a diminuição de um ativo ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurada com confiabilidade. O reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos passivos ou da diminuição nos ativos (contrapartida do lançamento), e só deve ser efetuado se houver suficiente grau de certeza de que a despesa ocorrerá. 27

28 7.5.5 Confrontação entre despesas e receitas Em alguns textos a confrontação entre despesas e receitas chega a ser rotulada de princípio, embora não esteja no rol dos princípios contábeis brasileiros. O que precisamos saber é que o regime de competência (que também não é mais princípio, mas continua a existir), está intimamente relacionado à confrontação entre despesas e receitas. As despesas devem ser reconhecidas por associação com os correspondentes itens de receita. Esse processo, chamado de confrontação entre despesas e receitas (regime de competência), envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas que resultem das mesmas transações ou de outras. Por exemplo, as despesas que integram o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidas no mesmo momento em que a receita da venda das mercadorias é reconhecida. Quando se espera que os benefícios sejam gerados ao longo de vários períodos e a associação com a receita somente possa ser feita de modo geral e indireto, as despesas devem ser reconhecidas com base em procedimentos de alocação sistemática e racional. Esse é o caso da depreciação, por exemplo. A despesa deve ser reconhecida imediatamente quando se constatar que o gasto não produzirá benefícios econômicos futuros. No caso de insucesso de um novo projeto, por exemplo. A despesa também deve ser reconhecida nos casos em que um passivo é incorrido sem o correspondente reconhecimento de ativo, como no caso de passivo decorrente de garantia de produto pu uma indenização, por exemplo. Como vemos, a confrontação entre despesas e receitas deve ocorrer sempre que possível, mas ela não estará presente em todos os eventos econômicos de interesse da contabilidade. 28

29 8 - Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis Mensurar consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os elementos das demonstrações devem ser reconhecidos, ou seja, encontrar o seu valor. Esse processo envolve a escolha de uma base específica de mensuração, que é o nome que o CPC dá às várias metodologias de custo autorizadas para as demonstrações. É importante saber que um mesmo conjunto de demonstrações pode utilizar combinações variadas de métodos de avaliação do custo, de acordo com as características do item representado. Alunos, esse é um assunto recorrente em provas, portanto, vamos dominá-lo!!! Custo histórico Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. 8.2 Custo Corrente Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. Custo corrente pode ser diretamente aplicável a itens do imobilizado? Diretamente não é aplicável. O CPC traz as principais bases de mensuração. Ao longo do curso aprenderemos as particularidades para avaliar cada componente patrimonial No caso dos imobilizados, por exemplo, após o reconhecimento inicial deve ser avaliado pelo custo menos perdas acumuladas por depreciação e por redução ao valor recuperável. 29

30 Em essência, isso significa que o imobilizado, no mercado, possuiria aquele valor. Na prática, equivaleria ao custo corrente. Mas você não pega o valor de mercado e joga lá, você faz o que manda a norma e espera-se que os valores sejam parecidos. Um trator depreciado por 3 anos, teoricamente, pode ser reposto pelo valor pelo qual está reconhecido pois, embora a depreciação possa ocorrer em padrões diferentes, o teste de recuperabilidade acaba levando os valores de todos os tratores de 3 anos para o mesmo patamar. 8.3 Valor Realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações. 8.4 Valor Presente (atenção, esse é o único em que os valores são descontados) Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. A referência a valor descontado significa que os valores devem ser trazidos ao valor presente, utilizando-se a taxa de juros padrão da entidade. A base mais adotada pelas entidades é o custo histórico, combinado com outras bases de mensuração. No curso de contabilidade aprenderemos qual valor deve ser aplicado a cada item. Por ora, fixemos as definições. Prestem atenção especial ao termo valores descontados. O único método que utiliza valores descontados é o do Valor Presente. Esse conhecimento é muito exigido e pode, sozinho, valer uma questão. 30

31 9 - Conceitos de capital O CPC traz dois conceitos de capital: físico e financeiro Capital Financeiro Representado pelo dinheiro investido ou o seu poder de compra investido, o capital financeiro é sinônimo de ativos líquidos ou patrimônio líquido da entidade Capital Físico Representado pela capacidade operacional, o capital físico é considerado como a capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades de produção diária. A seleção do conceito de capital apropriado para a entidade deve estar baseada nas necessidades dos usuários das demonstrações. O conceito de capital financeiro (ou monetário) é adotado pela maioria das entidades. O CPC deixa claro que não é sua intenção determinar qual modelo a entidade deve escolher. O importante é que as demonstrações sigam as diretrizes da estrutura conceitual. Passemos agora aos conceitos de manutenção de capital, que estão relacionados com a forma pela qual a entidade define o capital que ela procura manter. Eles representam um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro, pois fornecem um ponto de referência para medição do lucro. A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção de capital está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos. 9.3 Manutenção do capital financeiro Considera-se que houve lucro somente se o montante financeiro (ou dinheiro) no fim do período exceder o montante financeiro no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante. Ou seja, não requer base específica de mensuração. A escolha da base depende do tipo de capital financeiro que a entidade está procurando manter. 31

32 Neste conceito, os aumentos nos preços de ativos mantidos ao longo do período (ganhos de estocagem), são lucros. Entretanto, não são reconhecidos até que os ativos sejam realizados (vendidos). Somente a parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível geral de preços é considerada como lucro. O restante do aumento é tratado como ajuste para manutenção do capital, parte integrante do patrimônio líquido. 9.4 Manutenção do capital físico Considera-se que houve lucro somente se a capacidade física produtiva (capacidade operacional) da entidade (ou os recursos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período exceder a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital. O conceito de manutenção do capital físico requer a adoção do custo corrente como base de mensuração. Neste conceito, quando o capital é definido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento dessa capacidade ao longo do período. Todas as mudanças de preços de ativos e passivos são vistas como mudanças na mensuração da capacidade produtiva. Assim, não são consideradas lucro, e devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, parte do patrimônio líquido. 10 CPC 46 Valor Justo São objetivos do CPC 46: definir valor justo; estabelecer a mensuração do valor justo estabelecer divulgações sobre mensurações do valor justo Definição de termos Mercado ativo Mercado no qual transações para o ativo ou passivo ocorrem com frequência e volume suficientes para fornecer informações de precificação de forma contínua. 32

33 Notem que essa definição é diferente da que consta, por exemplo, no CPC dos intangíveis. Abordagem de custo Técnica de avaliação que reflete o valor que seria exigido atualmente para substituir a capacidade de serviço de um ativo (normalmente referido como o custo de substituição ou reposição). Preço de entrada Preço pago para adquirir um ativo ou recebido para assumir um passivo em uma transação de troca. Preço de saída Preço que seria recebido para vender um ativo ou pago para transferir um passivo. Fluxo de caixa esperado Média ponderada por probabilidade (ou seja, a média da distribuição) de possíveis fluxos de caixa futuros. Valor justo - nova definição Preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. Melhor uso Uso de um ativo não financeiro por participantes do mercado que maximizaria o valor do ativo ou o grupo de ativos e passivos (por exemplo, um negócio) dentro do qual o ativo seria utilizado. Abordagem de receita Técnicas de avaliação que convertem valores futuros (por exemplo, fluxos de caixa ou receitas e despesas) em um valor único atual (ou seja, descontado). A mensuração do valor justo é determinada com base no valor indicado pelas expectativas de mercado atuais em relação a esses valores futuros. 33

34 Informações (inputs) Informações podem ser observáveis ou não observáveis. Premissas que seriam utilizadas por participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo, incluindo premissas sobre risco, como, por exemplo: risco inerente a uma técnica de avaliação específica utilizada para mensurar o valor justo (por exemplo, um modelo de precificação); e risco inerente às informações da técnica de avaliação. Informações de Nível 1 Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos a que a entidade possa ter acesso na data de mensuração. Informações de Nível 2 Informações que são observáveis para o ativo ou passivo, seja direta ou indiretamente, exceto preços cotados incluídos no Nível 1. Informações de Nível 3 Dados não observáveis para o ativo ou passivo. Abordagem de mercado Técnica de avaliação que utiliza preços e outras informações relevantes geradas por transações de mercado envolvendo ativos, passivos ou grupo de ativos e passivos idênticos ou comparáveis (ou seja, similares), como, por exemplo, um negócio. Informações corroboradas pelo mercado Informações que são obtidas principalmente a partir de (ou corroboradas por) dados de mercado observáveis por meio de correlação ou por outros meios. Participantes do mercado Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo, os quais têm todas as características a seguir: 34

35 são independentes entre si, ou seja, não são partes relacionadas, conforme definido no Pronunciamento CPC 05, embora o preço em uma transação com partes relacionadas possa ser utilizado como informação (input) na mensuração do valor justo se a entidade tiver evidência de que a transação foi realizada em condições de mercado; são conhecedores, tendo entendimento razoável do ativo ou passivo e da transação com a utilização de todas as informações disponíveis, incluindo informações que possam ser obtidas por meio de esforços usuais e habituais com a devida diligência; são capazes de realizar transação com o ativo ou passivo; estão interessados em realizar transação com o ativo ou passivo, ou seja, estão motivados, mas não forçados ou obrigados a fazê-lo. Mercado mais vantajoso Mercado que maximiza o valor que seria recebido para vender o ativo ou que minimiza o valor que seria pago para transferir o passivo, após levar em consideração os custos de transação e os custos de transporte. Risco de descumprimento Risco de que a entidade não cumprirá uma obrigação. O risco de descumprimento (non-performance) inclui, entre outros, o risco de crédito próprio da entidade. Dados observáveis Informações (inputs) que são desenvolvidas utilizando-se dados de mercado, tais como informações disponíveis publicamente sobre eventos ou transações reais, e que refletem as premissas que participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo. Transação não forçada Transação que presume exposição ao mercado por um período antes da data de mensuração para permitir atividades de marketing que são usuais e habituais para transações envolvendo esses ativos ou passivos; não se trata de uma transação forçada (por exemplo, liquidação forçada ou venda em situação adversa). 35

36 Mercado principal Mercado com o maior volume e nível de atividade para o ativo ou passivo. Prêmio de risco Compensação buscada por participantes do mercado avessos ao risco por suportar a incerteza inerente ao fluxo de caixa de um ativo ou passivo. Denominada também como ajuste de risco. Custo de transação Custos para vender um ativo ou transferir um passivo no mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo que sejam diretamente atribuíveis à venda do ativo ou à transferência do passivo e que atendam ambos os seguintes critérios: resultem diretamente da transação e sejam essenciais para ela; não teriam sido incorridos pela entidade se a decisão de vender o ativo ou de transferir o passivo não tivesse sido tomada (similares aos custos para vender, conforme definido no Pronunciamento CPC 31). Custos de transporte Custos que seriam incorridos para transportar um ativo de seu local atual para o seu mercado principal (ou mais vantajoso). Unidade de contabilização Nível no qual um ativo ou passivo é agregado ou desagregado para fins de reconhecimento. Dados não observáveis Informações em relação às quais não há dados de mercado disponíveis e as quais são desenvolvidas utilizando-se as melhores informações disponíveis sobre as premissas que seriam utilizadas pelos participantes do mercado ao precificar o ativo ou o passivo. 36

37 10.2 O Valor Justo (fair value) O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração específica da entidade. Essa informação é muito importante: Valor justo é do mercado Valor presente é da entidade Com ou sem preços observáveis para comparação, o objetivo da mensuração do valor justo é sempre estimar o preço pelo qual uma transação não forçada para vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado. A definição de valor justo se concentra em ativos e passivos porque eles são o objeto primário da mensuração contábil. Pessoal, a definição literal de valor justo foi alterada. No fundo, o conceito é o mesmo, mas as palavras utilizadas são outras. Vamos ficar atentos para essa definição. E mais, temos duas novas definições!!! Primeira nova definição de valor justo Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração Segunda nova definição de valor justo (fair value) Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. 37

38 Definição antiga de valor justo (só para comparar) Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. Existem ainda os conceitos de valor justo definidos na 6404, que veremos na aula seguinte Mensuração A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade deve levar em consideração as características do ativo ou passivo que os demais participantes do mercado também consideram. Exemplo disso são a condição e a localização do ativo e restrições, se houver, para a venda ou o uso do ativo. O ativo ou o passivo mensurado ao valor justo pode ser qualquer um dos seguintes: ativo individual passivo individual grupo de ativos grupo de passivos grupo de ativos e passivos (uma unidade geradora de caixa ou um negócio). A mensuração do valor justo presume que a transação para a venda do ativo ou transferência do passivo ocorre: no mercado principal para o ativo ou passivo; ou na ausência de mercado principal, no mercado mais vantajoso. A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os possíveis mercados. Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. 38

39 A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu melhor interesse econômico. Na mensuração devem ser considerados os seguintes itens: o ativo ou passivo; o mercado principal (ou mais vantajoso) os participantes do mercado com os quais a entidade realizaria uma transação Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. Os custos de transação não incluem custos de transporte. Se a localização for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso Vamos esclarecer a questão dos custos de transação? Custos de transação São custos atribuíveis à transferência do ativo ou do passivo que: resultam diretamente da transação não ocorreriam se a transação não existisse Custos de transporte São custos incorridos para transportar o ativo até o seu mercado principal. 39

40 São dois conceitos diferentes, logo, um não pode estar dentro do outro. Por isso o CPC estabelece expressamente que custos de transação não incluem custos de transporte. Com isso, o que ocorre? Desconsideramos os custos de transporte? Não. No momento de estabelecer o valor justo você considera os dois custos: transporte e transação. Contudo, não inclui custo de transporte dentro do custo de transação. Existe outra observação feita pelo CPC: Se a localização for uma característica do ativo (como pode ser o caso para, por exemplo, uma commodity), o preço no mercado principal (ou mais vantajoso) deve ser ajustado para refletir os custos, se houver, que seriam incorridos para transportar o ativo de seu local atual para esse mercado. Nessa situação, o custo de transporte não é tratado como custo de transporte. Ele é incorporado no próprio preço do ativo. Pense bem: ninguém vai para o MS produzir soja achando que vai vender tudo lá mesmo. Ninguém vem à BM&F comprar soja produzida no MS sem saber de que o custo do transporte está incluído no preço. Esse é um exemplo típico em que a localização do ativo é uma característica determinante de seu preço. Resumindo: De uma forma ou de outra, o custo de transporte vai ser considerado. Ele apenas não pode ser incluído nos custos de transação. Ou é tratado como custo de transporte ou faz parte do preço (se o local de produção for característica típica do ativo) Melhor Uso (Highest and best use) O melhor uso possível de um ativo não financeiro leva em conta o uso do ativo que seja fisicamente possível, legalmente permitido e financeiramente viável. 40

41 O melhor uso possível é determinado do ponto de vista dos participantes do mercado, ainda que a entidade pretenda um uso diferente. O melhor uso possível de um ativo não financeiro estabelece a premissa de avaliação utilizada para mensurar o valor justo do ativo. O melhor uso possível de um ativo não financeiro pode oferecer o valor máximo aos participantes do mercado por meio de seu uso em combinação com outros ativos como um grupo (conforme instalados ou, de outro modo, configurados para uso) ou em combinação com outros ativos e passivos (por exemplo, um negócio). O melhor uso possível de um ativo não financeiro poderia fornecer o valor máximo para os participantes do mercado de forma individual. Se o melhor uso possível do ativo for utilizá-lo de forma individual, o seu valor justo deve ser o preço que seria recebido em uma transação atual pela venda do ativo a participantes do mercado que o utilizariam de forma individual. Melhor uso de ativo não financeiro leva em conta, do ponto de vista do mercado, o uso: fisicamente possível legalmente permitido financeiramente viável 10.5 Mensuração do passivo A mensuração do valor justo presume que um passivo financeiro ou não financeiro ou o instrumento patrimonial próprio da entidade (por exemplo, participações patrimoniais emitidas como contraprestação em combinação de negócios) seja transferido a um participante do mercado na data de mensuração, e que: o passivo permaneceria em aberto e o cessionário participante do mercado ficaria obrigado a satisfazer a obrigação. O passivo não seria liquidado com a contraparte nem seria, de outro modo, extinto na data de mensuração; o instrumento patrimonial próprio da entidade permaneceria em aberto e o cessionário participante do mercado assumiria os direitos e as responsabilidades a ele associados. O instrumento não seria cancelado nem, de outro modo, extinto na data de mensuração. 41

42 10.6 Resultado da avaliação a valor justo Dependendo do item que está sendo avaliado, o resultado desta avaliação a valor justo pode ser lançado em contrapartida de resultado (receita ou despes) ou contas de resultado abrangente (AAPs, por exemplo, como no caso da avaliação a valor justo dos títulos disponíveis para venda) Risco de descumprimento O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento (nonperformance). O risco de descumprimento inclui, entre outros, o risco de crédito próprio da entidade. Presume-se que o risco de descumprimento seja o mesmo antes e depois da transferência do passivo. O valor justo de um passivo reflete o efeito do risco de descumprimento com base em sua unidade de contabilização. O emitente de um passivo emitido para um instrumento de melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja contabilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da melhoria de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) na mensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito for contabilizada separadamente do passivo, o emitente deve levar em conta sua própria situação de crédito, e não a do terceiro avalista, ao mensurar o valor justo do passivo. Chega de teoria por hoje! Leiam, a seguir, algumas palavras deste Professor. 42

43 Palavra do Professor Turma, o estudo da contabilidade é complexo. Requer a apresentação dos conceitos iniciais, o aprendizado da sistemática de operação das contas, o contato com os nomes das contas e dos grupos, o entendimento da mágica que faz um evento aumentar ou diminuir o PL e, finalmente, muito, muito treino. Não dá para fazer tudo de uma vez, por isso é normal que alguns se sintam perdidos no início, principalmente aqueles que estão tendo contato inicial com a matéria. Calma, temos tempo! Este curso de contabilidade foi desenhado para tirar você do zero e prepará-lo para a prova. O início do curso é bastante pesado. Em poucas rodadas de contabilidade geral e de avançada dominaremos o essencial e tudo vai se encaixar. Depois, é só resolvermos muitas questões e irmos derrubando um novo tema por rodada. Por vezes teremos questões que requererão assuntos vistos em rodadas anteriores. Em outros momentos, talvez eu tenha que esclarecer na própria questão um ponto que é novidade. Quando necessário, incluirei vídeos resolvendo algumas questões para tratar dos assuntos fundamentais para o entendimento da matéria. Ah, não se assustem com as questões que trazem aquelas relações enormes de contas. Parecem terríveis, mas não são. E é essencial fazê-las, para ganhar intimidade com os nomes das contas. Vamos que vamos! Contabilidade se aprende resolvendo questões! Milhares delas! 43

44 b. Mapas Mentais 44

45 45

46 Custo Histórico Custo Corrente Valor Realizável Valor Presente Ativo Valor na data da aquisição Valor para adquirir na data do balanço Valor obtido pela venda de forma ordenada Valor presente do fluxo de entradas esperado no curso normal Bases de Mensuração Passivo Valor recebido ou valor para liquidar no curso normal das operações Valor para liquidar na data do balanço Valor para liquidar no curso normal das operações Valor presente do fluxo de saídas para liquidar no curso normal Valor é descontado? Não Não Não Sim Capital Financeiro Capital Físico Conceitos de Manutenção do Capital Requer base Efeito das Mudanças Definição do Lucro específica? de Preço Valor do aumento que Só há lucro se o exceder a inflação é montante financeiro for Não considerado como lucro, maior (mais dinheiro) o resto vai para ajuste. Só há lucro se a capacidade produtiva for maior Sim. Requer custo corrente Valor do aumento não é lucro. Vai tudo para ajuste de manutenção de capital. Características Qualitativas da Informação Fundamentais* RRF Relevância Representação Fidedigna *As duas juntas tornam útil a informação. De Melhoria CCVT Comparabilidade Compreensibilidade Verificabilidade Tempestividade 46

47 47

48 c. Revisão 1 Questão 1 - Cespe 2015 MPU - Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e contabilização. As despesas configuram perdas nos benefícios econômicos de uma entidade, sob a forma de redução de ativos ou acréscimo de passivos, não estando relacionadas a distribuição de recursos a sócios/acionistas. Questão 2 - Cespe 2014 Antaq - No que diz respeito ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual para elaboração e divulgação do relatório contábil-financeiro, julgue os itens que se seguem. O conjunto de relatórios contábil-financeiros elaborados de acordo com a estrutura conceitual é adequado e suficiente para o atendimento a todas as informações de que os usuários externos necessitem. Questão 3 - Cespe 2014 Câmara dos Deputados - Julgue os itens a seguir, relativos aos fundamentos de contabilidade aplicados à contabilidade empresarial. O valor de um ativo não financeiro pode variar conforme a utilização que a empresa faz dele, o que impossibilita a mensuração com base no valor justo, uma vez que um dos preceitos desse tipo de mensuração é que o mercado do item sujeito à avaliação seja estruturado. Questão 4 - Cespe 2013 TRT - Deve-se reconhecer uma provisão para passivo contingente, caso a entidade preveja a necessidade, ainda que remota, de uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar determinada obrigação. Questão 5 - Cespe O equilíbrio entre o custo e o benefício, uma das características qualitativas das demonstrações contábeis, consiste em contrabalançar a elaboração dos demonstrativos com as necessidades comuns da maioria dos usuários. Questão 6 - Cespe 2013 TRT - Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação resultará em saída de recursos da entidade. 48

49 Questão 7 Cespe 2013 AFT - Em relação ao patrimônio, julgue os itens subsequentes. Créditos incobráveis e estoques de medicamentos vencidos não representam ativos. Questão 8 Cespe 2013 AFT - A existência de uma obrigação futura é requisito essencial para a contabilização de um passivo. Questão 9 - Cespe 2013 Bacen - Com relação aos objetivos apropriados para a contabilidade quanto à utilidade da informação contábil, existem divergências de percepções entre administradores e auditores. Questão 10 Cespe 2014 Anatel - Acerca da mensuração pelo valor justo, julgue os itens subsecutivos. Para mensurar o valor justo de determinado item do imobilizado, é necessário considerar o melhor uso possível desse ativo, para a entidade ou para eventual comprador, pressupondo que esse uso seja legalmente permitido, financeiramente estável e fisicamente possível. 49

50 d. Revisão 2 Questão 11 Cespe 2014 Anatel - Se um passivo for avaliado pelo valor justo, então o valor desse passivo será igual ao valor que seria pago pela sua transferência em uma transação não forçada entre participantes do mercado, na data da liquidação. Questão 12 Cespe 2014 Anatel - Se o preço de um ativo avaliado pelo valor justo for obtido no mercado principal, então, na data da mensuração e nas condições atuais de mercado, esse preço deverá ser ajustado para refletir os custos da transação e os custos de transporte, quando existirem. Questão 13 - Cespe 2010 FHS - O Conselho Federal de Contabilidade, ao tratar da estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contábeis, menciona as doações recebidas como exemplo de um ativo, passível de reconhecimento no balanço patrimonial, pois, embora haja ausência de um gasto, há evidência de obtenção de benefícios futuros. Questão 14 - Cespe 2011 Correios - Para efeitos normativos, incluem-se, entre as demonstrações contempladas pelo CPC 00, as informações financeiras destinadas exclusivamente a fins fiscais. Questão 15 Cespe 2011 Correios A fim de viabilizar a compreensão das demonstrações pelo gestor e demais usuários da informação contábil, deve-se evitar ou mesmo excluir, das demonstrações contábeis, as informações de elevada complexidade. Questão 16 - Cespe 2010 FHS - A fim de atingir seus objetivos, as demonstrações contábeis devem ser preparadas em conformidade com o regime de caixa. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando são recebidos ou pagos. Questão 17 - Cespe 2011 Correios - São usuários das demonstrações contábeis citados na sua estrutura conceitual: investidores; empregados; credores por empréstimos; fornecedores e outros credores comerciais; clientes; governos e suas agências; e o público. 50

51 Questão 18 - Cespe 2011 Correios - Pelo princípio da continuidade, pressupõe-se que, em algum momento, toda entidade entrará em liquidação, sendo necessário o reconhecimento de tal fato para fins de avaliação de seus ativos e passivos. Questão 19 - Cespe 2011 Correios - Itens doados a uma entidade não satisfazem a definição de ativo, pois não é possível reconhecer ativos que não foram adquiridos ou produzidos pela entidade. Questão 20 - Cespe 2010 FHS - Segundo o conceito financeiro, capital é sinônimo de capacidade produtiva da entidade baseada, por exemplo, nas unidades produtivas. 51

52 e. Revisão 3 Questão 21 - Cespe 2011 Correios - Segundo o conceito financeiro de capital, o capital de uma empresa é representado pela sua situação patrimonial líquida. Questão 22 Cespe 2013 TCU - De acordo com o pronunciamento conceitual básico (R1), elaborado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue o item a seguir. A característica qualitativa da comparabilidade é obtida quando são usados os mesmos métodos para os mesmos itens, pressupondo-se que as características qualitativas de melhoria tenham sido satisfeitas. Questão 23 Cespe 2014 Anatel - Abordagem de mercado, abordagem de custo e abordagem de receita são técnicas de avaliação amplamente utilizadas para estimar o valor justo. Questão 24 Cespe 2013 Bacen - O valor justo consiste em uma mensuração a valor de saída, contrariamente ao custo histórico, que se enquadra como uma mensuração a valor de entrada. Questão 25 - Cespe ANP - O saldo positivo apresentado na conta ajustes de avaliação patrimonial, do patrimônio líquido, decorrente da avaliação a valor justo dos títulos classificados na categoria disponíveis para venda, é um item que deve ser apresentado, pelas companhias abertas, na demonstração de resultado abrangente do período. Questão 26 Professor 2017 A mensuração do valor justo destina-se a um ativo ou passivo em particular. Portanto, ao mensurar o valor justo, a entidade não deve levar em consideração as características do ativo ou passivo que os demais participantes do mercado consideram. Questão 27 Professor 2017 Compradores e vendedores do mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo não precisam entender sobre os ativos e passivos. Apenas se requer que tenham entendimento razoável da transação e das informações disponíveis. 52

53 Questão 28 Professor 2017 A entidade não necessita empreender uma busca exaustiva de todos os possíveis mercados. Na ausência de evidência em contrário, presume-se que o mercado no qual a entidade normalmente realizaria a transação é o mercado mais vantajoso. Questão 29 Professor 2017 A entidade deve utilizar técnicas de avaliação que sejam apropriadas nas circunstâncias e para as quais haja dados suficientes disponíveis para mensurar o valor justo, maximizando o uso de dados observáveis relevantes e minimizando o uso de dados não observáveis. Questão 30 Professor 2017 O emitente de um passivo emitido para um instrumento de melhoria de crédito de terceiros indissociável que seja contabilizado separadamente do passivo, não deve incluir o efeito da melhoria de crédito (por exemplo, garantia de dívida de terceiro) na mensuração do valor justo do passivo. Se a melhoria de crédito for contabilizada separadamente do passivo, o emitente deve não levar em conta sua própria situação de crédito, e sim a do terceiro avalista, ao mensurar o valor justo do passivo. 53

54 f. Normas CPC 00 (já detalhado durante a rodada) Objetivo, utilidade e limitações do relatório contábil-financeiro de propósito geral OB2. O objetivo do relatório contábil-financeiro de propósito geral é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informação (reporting entity) que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar empréstimos ou outras formas de crédito. OB5. Muitos investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, não podem requerer que as entidades que reportam a informação prestem a eles diretamente as informações de que necessitam, devendo desse modo confiar nos relatórios contábil-financeiros de propósito geral, para grande parte da informação contábil-financeira que buscam. Consequentemente, eles são os usuários primários para quem relatórios contábil-financeiros de propósito geral são direcionados. OB6. Entretanto, relatórios contábil-financeiros de propósito geral não atendem e não podem atender a todas as informações de que investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, necessitam. Esses usuários precisam considerar informação pertinente de outras fontes, como, por exemplo, condições econômicas gerais e expectativas, eventos políticos e clima político, e perspectivas e panorama para a indústria e para a entidade. OB7. Relatórios contábil-financeiros de propósito geral não são elaborados para se chegar ao valor da entidade que reporta a informação; a rigor, fornecem informação para auxiliar investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial, a estimarem o valor da entidade que reporta a informação. OB8. Usuários primários individuais têm diferentes, e possivelmente conflitantes, desejos e necessidades de informação. Este Conselho Federal de Contabilidade, ao levar à frente o processo de produção de suas normas, irá procurar proporcionar um conjunto de informações que atenda às necessidades do número máximo de usuários primários. Contudo, a concentração em necessidades comuns de informação não impede que a entidade que reporta a informação preste informações adicionais que sejam mais úteis a um subconjunto particular de usuários primários. 54

55 OB9. A administração da entidade que reporta a informação está também interessada em informação contábil-financeira sobre a entidade. Contudo, a administração não precisa apoiar-se em relatórios contábil-financeiros de propósito geral uma vez que é capaz de obter a informação contábilfinanceira de que precisa internamente. OB10. Outras partes interessadas, como, por exemplo, órgãos reguladores e membros do público que não sejam investidores, credores por empréstimo e outros credores, podem do mesmo modo achar úteis relatórios contábil-financeiros de propósito geral. Contudo, esses relatórios não são direcionados primariamente a esses outros grupos. Informação acerca dos recursos econômicos da entidade que reporta a informação, reivindicações e mudanças nos recursos e reivindicações OB12. Relatórios contábil-financeiros de propósito geral fornecem informação acerca da posição patrimonial e financeira da entidade que reporta a informação, a qual representa informação sobre os recursos econômicos da entidade e reivindicações contra a entidade que reporta a informação. Relatórios contábil-financeiros também fornecem informação sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos da entidade que reporta a informação e reivindicações contra ela. Ambos os tipos de informação fornecem dados de entrada úteis para decisões ligadas ao fornecimento de recursos para a entidade. Performance financeira refletida pelo regime de competência (accruals) OB17. O regime de competência retrata com propriedade os efeitos de transações e outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados ocorram em períodos distintos. Isso é importante em função de a informação sobre os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação, e sobre as mudanças nesses recursos econômicos e reivindicações ao longo de um período, fornecer melhor base de avaliação da performance passada e futura da entidade do que a informação puramente baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo período. Performance financeira refletida pelos fluxos de caixa passados OB20. Informações sobre os fluxos de caixa da entidade que reporta a informação durante um período também ajudam os usuários a avaliar a capacidade de a entidade gerar fluxos de caixa futuros líquidos. Elas 55

56 indicam como a entidade que reporta a informação obtém e despende caixa, incluindo informações sobre seus empréstimos e resgate de títulos de dívida, dividendos em caixa e outras distribuições em caixa para seus investidores, e outros fatores que podem afetar a liquidez e a solvência da entidade. Informações sobre os fluxos de caixa auxiliam os usuários a compreender as operações da entidade que reporta a informação, a avaliar suas atividades de financiamento e investimento, a avaliar sua liquidez e solvência e a interpretar outras informações acerca de sua performance financeira. Mudanças nos recursos econômicos e reivindicações que não são resultantes da performance financeira OB21. Os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação podem ainda mudar por outras razões que não sejam resultantes de sua performance financeira, como é o caso da emissão adicional de suas ações. Informações sobre esse tipo de mudança são necessárias para dar aos usuários uma completa compreensão do porquê das mudanças nos recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta a informação e as implicações dessas mudanças em sua futura performance financeira. 56

57 g. Gabarito C E E E E E C E C C E E C E E E C E E E C E C C E E E C C E 57

58 h. Breves comentários sobre as questões Questão 1 - Cespe 2015 MPU - Julgue o item seguinte, acerca dos componentes patrimoniais, suas características e contabilização. As despesas configuram perdas nos benefícios econômicos de uma entidade, sob a forma de redução de ativos ou acréscimo de passivos, não estando relacionadas a distribuição de recursos a sócios/acionistas. Certo. Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. Gabarito: C Questão 2 - Cespe 2014 Antaq - No que diz respeito ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual para elaboração e divulgação do relatório contábil-financeiro, julgue os itens que se seguem. O conjunto de relatórios contábil-financeiros elaborados de acordo com a estrutura conceitual é adequado e suficiente para o atendimento a todas as informações de que os usuários externos necessitem. Errado. Os relatórios (DCs) não atendem a todas as informações de que os usuários necessitam. É necessário que os usuários considerem informação de outras fontes para completar a formação de suas opiniões. Gabarito: E 58

59 Questão 3 - Cespe 2014 Câmara dos Deputados - Julgue os itens a seguir, relativos aos fundamentos de contabilidade aplicados à contabilidade empresarial. O valor de um ativo não financeiro pode variar conforme a utilização que a empresa faz dele, o que impossibilita a mensuração com base no valor justo, uma vez que um dos preceitos desse tipo de mensuração é que o mercado do item sujeito à avaliação seja estruturado. Errado. A mensuração do valor justo de um ativo não financeiro leva em consideração a capacidade do participante do mercado de gerar benefícios econômicos utilizando o ativo em seu melhor uso possível ou vendendo-o a outro participante do mercado que utilizaria o ativo em seu melhor uso. Gabarito: E Questão 4 - Cespe 2013 TRT - Deve-se reconhecer uma provisão para passivo contingente, caso a entidade preveja a necessidade, ainda que remota, de uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar determinada obrigação. Errado! Necessidade remota jamais implica reconhecimento de passivo. Lembrando, o reconhecimento de passivos requer provável (bem diferente de remota) saída de recursos e valor mensurável. Gabarito: E 59

60 Questão 5 - Cespe O equilíbrio entre o custo e o benefício, uma das características qualitativas das demonstrações contábeis, consiste em contrabalançar a elaboração dos demonstrativos com as necessidades comuns da maioria dos usuários. Errado! Restrição de custo benefício não é uma característica da informação. É uma restrição que deve ser observada na elaboração e apresentação das demonstrações. Gabarito: E Questão 6 - Cespe 2013 TRT - Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação resultará em saída de recursos da entidade. Errado. Maldade do examinador para pegar você. A definição é: Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. Para reconhecer tem que ser provável. E se é provável, pode acontecer. Mas não há certeza de que aconteça, portanto o vocábulo resultará está definindo o erro. Gabarito: E Questão 7 Cespe 2013 AFT - Em relação ao patrimônio, julgue os itens subsequentes. Créditos incobráveis e estoques de medicamentos vencidos não representam ativos. Correto. 60

61 Vejamos: CPC 00 Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; Créditos incobráveis e medicamentos vencidos não podem trazer benefícios futuros para a entidade. Pelo contrário, uma vez classificados como incobráveis, serão baixados contra a EPCLD Expectativa de Perdas com Clientes de Liquidação Duvidosa (antiga PDD Provisão para Devedores Duvidosos) passando a representar perdas que serão reconhecidas como despesas. Medicamentos vencidos também não podem proporcionar benefício e devem ser baixados do estoque para revenda. Gabarito: C Questão 8 Cespe 2013 AFT - A existência de uma obrigação futura é requisito essencial para a contabilização de um passivo. Errado. Passivo é uma obrigação presente da entidade. Vamos ver: CPC 00 Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. Obrigação presente é diferente de compromisso futuro. A intenção da entidade de adquirir ativos no futuro não dá origem, por si só, a uma obrigação presente. A obrigação surge somente quando o ativo é entregue ou contratos de aquisição são assinados. Gabarito: E 61

62 Questão 9 - Cespe 2013 Bacen - Com relação aos objetivos apropriados para a contabilidade quanto à utilidade da informação contábil, existem divergências de percepções entre administradores e auditores. Certo. As informações contábeis devem ter sua utilidade averiguada tendo como referência os usuários externos. Lembram-se do que dissemos na aula? A administração da entidade não é considerada um usuário externo. Trata-se de usuários internos que não precisam apoiar-se nos relatórios, pois podem obter a informação internamente. E os auditores? Ora, sua função é garantir que a informação esteja livre de distorções relevantes, permitindo que se obtenha uma representação fidedigna, que é uma das características fundamentais da informação contábil. Por óbvio, a administração tem, em relação às informações contábeis, uma outra preocupação, que é garantir a obtenção de informações de valor gerencial. Mas, atenção!!! Mesmo assim, a administração deve buscar a produção de informações contábeis úteis!!! As percepções da utilidade são diferentes, mas a essência da informação é a mesma. Gabarito: C Questão 10 Cespe 2014 Anatel - Acerca da mensuração pelo valor justo, julgue os itens subsecutivos. Para mensurar o valor justo de determinado item do imobilizado, é necessário considerar o melhor uso possível desse ativo, para a entidade ou para eventual comprador, pressupondo que esse uso seja legalmente permitido, financeiramente estável e fisicamente possível. 62

63 Errada. O gabarito inicial foi dado como certo. Melhor uso de ativo não financeiro leva em conta, do ponto de vista do mercado, o uso: fisicamente possível legalmente permitido financeiramente viável Isso está no CPC 46. A banca fugiu da literalidade do pronunciamento, mas esse não é o problema. A questão é que estável jamais pode ser considerado sinônimo de viável. Por exemplo: um ativo pode estar estável em uma condição de geração de prejuízo, o que não permite que ele seja viável a longo prazo. Vamos ver o que diz o Houaiss sobre essas duas palavras: Estável firme, seguro que não varia; inalterável, invariável que se mantém constante, que perdura; duradouro que obteve estabilidade em que se restaurou o equilíbrio, após rápida perturbação Viável capaz de viver, crescer, germinar ou se desenvolver que pode ser realizado; exequível, executável que pode durar; duradouro Gabarito: C 63

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