Sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Transcrição

1 Sexta-feira, 23 de dezembro de 2016 Bom dia, INCC apresenta elevação. O índice nacional de custo da construção-m (INCC-M) registrou, em dezembro, taxa de variação de 0,36%, acima do resultado do mês anterior, que foi de 0,2%. A contribuição para esta elevação veio do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços que registrou variação de 0,15% ante -0,05% no mês passado e pelo índice referente à Mão de Obra que ficou com uma variação de 0,55% contra variação de 0,36% na contagem anterior. Quatro capitais apresentaram aceleração: Brasília, Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro. Em contrapartida, Salvador e Porto Alegre registraram desaceleração. São Paulo manteve a mesma variação do mês de novembro. IPC-S apresentou elevação de 0,07 p.p.. O índice de preço ao consumidor-s (IPC-S) apresentou variação de 0,24%, 0,07 p.p. acima da taxa registrada na última divulgação. Nesta apuração, seis das oito classes de despesas que compõe o índice apresentaram aumento em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,17% para 0,35%) seguido pelo acréscimo nos grupos: Transportes (0,30% para 0,55%), Saúde e

2 Cuidados Pessoais (0,61% para 0,63%), Vestuário (0,28% para 0,46%), Despesas Diversas (0,78% para 1,14%) e Comunicação (0,06% para 0,10%). A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia , será divulgada no dia Indicadores de confiança da FGV retratam incertezas em relação à economia doméstica. As sondagens de dez/16 foram divulgadas hoje pela manhã e demonstraram que a melhora na confiança ainda está bastante tímida no final de O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 5,8 pontos neste mês e atingiu 73,3 pontos, o menor desde junho passado. O movimento foi influenciado principalmente pelo componente de expectativas e confirma a tendência de queda esboçada no mês anterior. Já o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) subiu 0,7 ponto, para 79,0, depois de cair 3,6 pontos no mês anterior. Porém, na métrica de médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo segundo mês consecutivo (-0,5 ponto). Por fim, o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,8 ponto, atingindo 71,6 pontos em dezembro, o menor desde jul/16 (70,7). Tanto no ICC, quanto no ICOM e no ICST a confiança na situação atual também apresentou deterioração nessa última leitura de Indicadores do Velho Mundo. Hoje pela manhã tivemos a divulgação da Confiança do Consumidor da Alemanha, que contrariando as expectativas do mercado avançou, indo para 9,9 na leitura para janeiro. Na leitura anterior, a confiança de dezembro havia ficado em 9,8. O resultado indica que mesmo com fatores como a eleição de Trump para a Casa Branca e o Brexit abalaram a confiança do consumidor alemão, que já inicia 2017 com ímpeto. No Reino Unido por sua vez, tivemos a divulgação da revisão do PIB, que também surpreendeu, enquanto os analistas aguardavam estabilidade frente a primeira leitura (0,5%),o resultado veio em 0,6%, expressando que pelo menos por ora, não ocorreram grandes sustos após a saída do país da União Europeia. Indicadores dos EUA. Hoje no pregão pré natal, teremos as Vendas de Moradias e o Indicador de Perfuração de Poços, o destaque do dia fica às 13h00 com a divulgação da Confiança do Consumidor de dezembro, em que a expectativa média é de tímido avanço para 98,2, ante 98 no mês anterior. Em dia de liquidez reduzida, Bolsas mundiais em queda. Na Europa a maior parte das bolsas opera próxima à estabilidade, devolvendo as altas registradas nos últimos pregões. Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em queda, seguindo o recuo nos preços do petróleo e minério de ferro. Já o índice futuro das bolsas norte americanas apontam para uma leve alta, na expectativa de divulgação de dados mais positivos ao longo do dia.

3 CCR (CCRO3) dá mais um passo para aumento de capital (ainda não confirmado). Após seu conselho de administração e assembleia de acionistas aprovarem a elevação do limite do número de ações emitidas pela companhia, deixando a porta aberta para um futuro aumento de capital, a CCR informou que a ARTESP, agência que regula a Autoban, autorizou a concessionária a mudar seu estatuto na cláusula que obrigava os controladores (Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido) a deter ao menos 51% de ações da CCR, ainda que o controle da companhia deva permanecer com esse grupo. Segundo a CCR a "proposta visa dar maior flexibilidade e agilidade caso realmente venha a ser aprovado um aumento de capital". Vale lembrar que a situação financeira de alguns controladores da CCR, envolvidos nas investigações da Lava Jato (a CCR não é alvo de investigações, vale lembrar), é delicada o que inviabilizaria a participação no aumento de capital. Nada de novo para o FIES em 2017 (ANIM3, ESTC3, KROT3 e SEER3). O Ministério da Educação (MEC) publicou ontem as regras para o programa de Financiamento Estudantil (FIES) no primeiro semestre do próximo ano que serão as mesmas do programa atual. Na portaria, o MEC não informou quantas vagas serão oferecidas, nem qual será o volume de recursos destinado ao FIES no ano que vem. Entretanto, no orçamento federal (aprovado pelo Congresso, mas que ainda pode ser modificado), há a estimativa de R$ 19,9 bilhões destinados a atender cerca 1,7 milhão de estudantes, dos quais 310 mil em razão de novas vagas. De qualquer modo, a publicação da portaria já afastou os maiores temores em relação ao FIES e levou as ações das companhias do setor a subir no

4 pregão de ontem, movimento que deve ter continuidade no curto prazo. Confirmado o desfralde da Hypermarcas (HYPE). A companhia confirmou a venda do negócio de produtos descartáveis (composto pelas marcas de fraldas infantis Pom Pom, Cremer e Sapeka, além de Bigfral, marca líder no Brasil no segmento de fraldas para incontinência), para a Ontex Group NV (Ontex). O preço de aquisição do negócio será de R$ 1,0 bilhão, a ser pago à companhia à vista na data do fechamento da transação, esperado para ocorrer no primeiro trimestre de Entretanto, a conclusão da transação está sujeita a aprovação de órgãos de defesa da concorrência. No período de doze meses encerrados em 30 de setembro de 2016, o negócio de produtos descartáveis, gerou uma receita líquida de R$ 1,2 bilhão. Desta forma, a Hypermarcas conclui o processo de reestruturação de seu portfólio, com foco no segmento farmacêutico puramente. Após a conclusão da negociação, a posição de caixa líquido pro forma da Hypermarcas, sem considerar a geração operacional de caixa, será de R$ 1,7 bilhão, estes recursos irão permitir um maior investimentos no negócio farmacêutico, que vem apresentando bom crescimento, dado o envelhecimento da população brasileira. Com isso, acreditamos que suas ações tendem a performar positivamente no pregão de hoje. Ambev (ABEV3) aprova dividendos, data ex 24 de janeiro. A Ambev anunciou a distribuição de R$ 0,07 por ação, o pagamento será efetuado a partir de 23 de fevereiro com base na posição acionária ao final do dia 23 de janeiro na Bovespa. O yield da distribuição, no entanto, é baixo, de 0,4%. Cemig (CMIG4) consegue nova liminar na justiça. O Superior Tribunal de Justiça concedeu liminar para a Cemig continuar operando a usina hidrelétrica Miranda, cuja concessão venceria hoje, nos termos do contrato de concessão original até a conclusão do julgamento que avalia a possibilidade de renovação das usinas. Essa liminar é similar a obtida para a usina hidrelétrica Jaguara, onde o processo já encontra-se no Supremo Tribunal Federal. Segundo a estatal, há negociações com governo para uma solução amigável que envolva a renovação das três concessões vencidas e não renovadas pela MP 579, sendo avaliada a possibilidade da Cemig pagar a outorga pelas mesmas sem que as usinas fossem a leilão. Ainda não há nenhuma decisão dos órgãos reguladores nesse sentido e, a nosso ver, esse é um ponto que ainda impõe risco relevante para as operações da companhia (essas três usinas correspondem a quase 30% de sua capacidade instalada). Todavia, em decorrência do potencial ganho de curto prazo com a continuidade na operação de Miranda, os papéis podem reagir de forma positiva no pregão de hoje. Copel (CPLE6) autoriza aumento de capital. Em assembleia extraordinária os acionistas da Copel aprovaram o aumento de Capital Social no valor de R$ 1,0 bilhão, por meio de capitalização da reserva de lucros oriundos do exercício de 2008 e de parte (59,6%) dos lucros referentes ao exercício de A capitalização não altera o patrimônio líquido da estatal paranaense, tampouco traz impacto econômico financeiro. Também foi aprovado à criação de uma diretoria de governança, risco e compliance, cargo que será assumido por Fabio Malina Losso. Como ambas as proposta já tinham sido anunciadas na proposta da administração divulgada há cerca de um mês, o impacto da notícia deve ser apenas marginalmente positivo no pregão de hoje.

5 Ultrapar (UGPA3) deve avaliar compra da Liquigás hoje às 14h00. Ontem a Ultrapar divulgou edital de convocação para Assembleia Geral Extraordinária que deve ser realizada ainda hoje, onde será avaliado a compra das ações representativas da totalidade do capital social da Liquigás Distribuidora, atualmente sob controle da Petrobras (PETR4). Entendemos que não há dificuldades para a aprovação de hoje, o maior risco continua em torno da necessidade de aprovação do CADE, o que ainda pode gerar ruídos ao longo do primeiro semestre do próximo ano. Logo, a aprovação de hoje não deve trazer grande influência para os papéis da Ultrapar. AGENDA DE DIVIDENDOS Bons negócios e um Feliz Natal!

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