Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia NPIQ: instrumentos para avaliação clínica Edvane B. L. De Domenico, Enfa, Profa Associada,

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Antônio Moreira de Mendonça
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1 Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia NPIQ: instrumentos para avaliação clínica Edvane B. L. De Domenico, Enfa, Profa Associada, EPE-UNIFESP Adriane Ribeiro de Souza, Enfa, Residente do Programa de Residência Multi em Oncologia da UNIFESP 2018

2 Conteúdos Conceituar a NPIQ Descrever a fisiopatologia e os agentes causais Relacionar incidência com co-morbidades Identificar sinais e sintomas Apresentar escalas que podem ser utilizadas para avaliação Descrever tratamentos possíveis Apresentar desafios para a avaliação e manejo Leituras recomendadas

3 NPIQ: conceituação É um efeito adverso comum, dose-dependente de muitos agentes quimioterápicos antineoplásicos São frequentes em pacientes com câncer com uma incidência global de aproximadamente 38% Clinicamente caracterizada por déficits na função sensorial, motora e autonômica Uma das principais causas de dor contínua em pacientes oncológicos Starobova e Vetter, Front Mol Neurosci Kerckhove et al. Long-Term Effects of CIPNs February 2017

4 NPIQ: sinais e sintomas SENSORIAIS Formigamento Dor Dormência Alterações de sensibilidade: calor e frio Ardência MOTORAS Perda da força muscular Alteração da marcha Alterações motoras finas DISTÚRBIOS AUTONÔMICOS * hipotensão * disfunção urinária e constipação

5 NPIQ: comorbidades agravantes Alcoolismo Deficiência de Vitamina B Diabetes HIV Neuropatia congênita Hipotireoidismo Acesso em 28/02/2018

6 NPIQ: RAZÕES PARA CONHECER E SABER AVALIAR A NPIQ Estratégia preventivas e terapêuticas (controle e cura): até o momento nenhuma demonstrou ser realmente eficaz Na QT adjuvante: pode ser responsável por uma diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde Na QT paliativa: menor sobrevida do paciente por diminuição ou cessação da QT ant. Muitos pacientes potencialmente sob risco: câncer de mama (taxanes), câncer colorretal (oxaliplatina) e câncer de pulmão (taxanes e cisplatina) Potencialmente persistente (crônica) em sobreviventes de câncer com diminuição da QV: câncer de mama, colorretal e no Mieloma Múltiplo Expert Opin. Drug Saf. 14(8; 2015 Canadian Family Physician Le Médecin de famille canadien Vol 63; 2017

7 e ainda Sintomas de NPIQ são bastante problemáticos para pacientes jovens (crianças, adolescentes e jovens adultos): interferência no seu próprio desenvolvimento e vida social. Sintomas a longo prazo estão associados com comorbidades: depressão, insônia, quedas, alterações de humor... Long-Term Effects, Pathophysiological Mechanisms Pharmacol., 24 February

Google image NPIQ: fisiopatologia São multifatoriais e envolvem: degeneração axônica estresse oxidativo mecanismos apoptóticos alterações na homeostase do cálcio remodelação de membrana processos

8 Google image NPIQ: fisiopatologia São multifatoriais e envolvem: degeneração axônica estresse oxidativo mecanismos apoptóticos alterações na homeostase do cálcio remodelação de membrana processos imunes e neuroinflamatórios - Os nervos sensitivos são os mais afetados por serem menos vascularizados - Fibras distais possuem maior área de superfície: início de sintomas periféricos - O mais comum é a axoniopatia: queda na amplitude e aumento na latência do potencial de ação.

9 Front Mol Neurosci

10 NPIQ: quimioterápicos indutores Afonseca; Silvio; Del Giglio. RBM Nov 10 V 67 Especial Oncologia

11 Para memorizar! GRUPO PLATINAS ALCALÓIDES DA VINCA EPOTILONAS TAXANES INIBIDORES DE PROTEASSOMA IMUNOMODULADORES QUIMIOTERAPIA ANTINEOP. OXALIPLATINA CISPLATINA CARBOPLATINA VINCRISTINA VIMBLASTINA VINORELBINE IXABEPILONE PLACLITAXEL DOCETAXEL BORTEZOMIBE TALIDOMIDA

12 NPIQ: mais dados importantes Sintomas aparecem, em média, no 3o ou 4o ciclos Oxaliplatina: pode apresentar fase aguda (80% a 100% ) nas primeiras horas de infusão, 30 a 40% desenvolverão NPIQ crônica Toxicidade tardia pode ocorrer em 15 a 20% dos pacientes, decorrente do acúmulo de doses. No caso da Oxaliplatina perfazendo-se 750 a 850mg/m2 O agravamento dos sintomas pode ocorrer meses após o ultimo ciclo de QT Canadian Family Physician Le Médecin de famille canadien Vol 63: november novembre 2017 RBM Nov 2010 V 67 Especial Oncologia

13 Primeira linha: gabapentinóides, antidepressivos tricíclicos; inibidores da recaptação de serotonina-norepinefrina Segunda linha: tramadol e os opioides (maior complexidade de acompanhamento e monitoramento) Terceira linha: canabinóides (faltam estudos bem desenhados) Quarta linha: metadona, anticonvulsivantes com menor evidência de eficácia (por exemplo: lamotrigina, lacosamida), tapentadol e toxina botulínica Existe algum suporte para combinações analgésicas OFF LABEL USE! Canadian Family Physician Le Médecin de famille canadien Vol 63: november novembre 2017

14 NPIQ: instrumentos de avaliação World Health Organization (WHO) National Cancer Information Center-Common Toxicity Criteria (NCIC-CTC) Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE) Eastern Clinical Oncology Group (ECOG) TNSc e TNSr (Italian NETox Group) Preocupação das escalas de classificação: dependes do auto-relato de sintomas do paciente Os profissionais devem usar a mesma escala de forma consistente com cada paciente Não comparar as notas de NPIQ dos pacientes quando diferentes escalas são usadas Kaplow e Iyere, Nursing2018: February Volume 47 - Issue 2 - p 67 68

16 Disponível em: Guia para notificação de reações adversas em oncologia / Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia - SOBRAFO ; Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA ed. -- São Paulo : Conectfarma Publicações Científicas,

Escala NCI- CTCAE versão 4.03 CTCAE- NCI. Disponível em: http://www.bcc

17 Escala NCI- CTCAE versão 4.03 CTCAE- NCI. Disponível em: Acesso em 28/02/2018

18 O objetivo deste estudo multicêntrico foi avaliar com versões reduzidas do Índice de Neuropatia Total (TNS), a gravidade da neurotoxicidade periférica induzida por quimioterapia (NPIQ) e comparar os resultados com os obtidos com escalas de toxicidade comuns. População: não selecionada de 428 pacientes com câncer em 11 centros diferentes, utilizando um exame composto (clínico e neurofisiológico, TNSr) ou clínico (TNSc) e com o Instituto Nacional do Câncer - Critérios Comuns de Toxicidade (NCI-CTC) 2.0 e Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG) O TNSc é uma alternativa válida se o exame neurofisiológico não for viável.

20 DOI: /j x

21 Organização Europeia de Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC), seguindo as diretrizes do EORTC, os sintomas relevantes da CIPN foram identificados a partir de uma pesquisa de literatura e entrevistas com profissionais de saúde (n = 15) e pacientes (n = 112). O módulo resultante foi o QLQ-CIPN20 é um questionário de 20 itens com três subescalas hipotetizadas para sintomas sensoriais, motores e autonômicos.

22 NPIQ: desafios Rotinizar a avaliação da NPIQ: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas Padronizar uma escala Orientar os pacientes a relatarem os sintomas Melhorar a avaliação da NPIQ continuamente, usando métodos adequados para ensaios clínicos e também para a prática clínica diária

23 NPIQ: leituras recomendadas

25 ACOLHE- ONCO: INTERDISCIPLINARIDADE NO CUIDADO INTEGRAL DO PACIENTE COM CÂNCER Programa de Extensão Universitária Parceria entre Escola Paulista de Enfermagem e Medicina Coordenadora: Profa Dra Edvane B. L. De Domenico

27 Paciente e acompanhantes orientados para lerem o folheto e realizarem a Avaliação para a próxima consulta ambulatorial.

28 EM ESTUDO

29 EM ESTUDO

30 Obrigada! Edvane De Domenico: Adriane Ribeiro (R1 Enfermagem em Oncologia):

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