RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA ALIVIO DE DOR ONCOLÓGICA: REVISÃO LITERÁRIA
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- Cláudio Correia Lima
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1 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA ALIVIO DE DOR ONCOLÓGICA: REVISÃO LITERÁRIA BACON, T. M.; HAYASHI, D. Resumo: O Instituto Nacional do Câncer (INCA) define o câncer como um conjunto de mais de 100 doenças, considerado como um problema de saúde pública, com alta taxa de morbidade e mortalidade em todo o mundo e alto crescimento para os próximos anos. A dor oncológica é um assunto que tem despertado interesses e questionamentos nas áreas de saúde interessadas. Este trabalho aborda a fisioterapia no paciente oncológico para alivio de dor através de recursos não invasivos através da revisão bibliográfica. Palavra chave: Dor, Oncológica, Fisioterapia. ABSTRACT: The National Cancer Institute (NCI) defines cancer as a set of more than 100 diseases, considered as a public health problem with high morbidity and mortality worldwide and high growth in the coming years. Cancer pain is a subject that has aroused interests and questions in the areas of health interest. This paper addresses the physical therapy in cancer patients for pain relief resources through non-invasive means of literature review. Keywords: Pain, Oncology, Physiotherapy. Introdução O Instituto Nacional do Câncer (INCA) define o câncer como um conjunto de mais de 100 doenças, que se divide em maligno e benigno. Sendo observado um alto crescimento da patologia, passando a ser um problema de saúde pública mundial. Estimativas feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2011 revelam que no ano 2030 haverá 27 milhões de novos casos. No Brasil as estimativas feitas para 2012/2013 é de casos novos de câncer (INCA, 2012). Além do crescimento preocupante, outro fator importante da patologia é a dor associada. Segundo Pena e colaboradores (2008) a dor do câncer é de difícil interpretação, e afeta principalmente a qualidade de vida desse paciente. A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) conceituou dor como experiência
2 sensitiva e emocional desagradável decorrente ou descrita em termos de lesões teciduais reais ou potenciais (KITCHEN, 2003). Presente em todos os estágios da doença neoplásica, a dor atinge cerca 60 a 80% dos pacientes com câncer, sendo 25 a 30% no diagnóstico, e 70 a 90% quando a doença já está avançada. A Organização mundial da Saúde (OMS), desde 1986 declara que a dor associada ao câncer é uma emergência médica mundial (RANGEL, TELLES, 2012). Com uma etiologia multifatorial, a dor pode estar classificada em aguda com duração previsível, e crônica com duração indeterminada (SAMPAIO, MOURA, RESENDE, 2005). O mecanismo desencadeante da dor é dividido em: nociceptiva, neuropática e complexa ou mista. A dor nociceptiva é o resultado da ativação dos nociceptores (fibras A delta e C). subdividindo-se em somática com localização precisa, e visceral de difícil localização A dor neuropática esta relacionada a uma disfunção do sistema nervoso central ou periférico, sendo persistente ou episódica, aguda ou crônica. A dor complexa ou mista será encontrada em pacientes com tumores cujo crescimento provoca inflamação e compressão (THOMAS, 2010). A dor oncológica é um assunto que tem despertado interesses e questionamentos nas áreas de saúde interessadas. O fisioterapeuta é um dos profissionais que tem contato direto com este paciente, no processo de reabilitação, fase paliativa da doença, quando a dor é o sintoma mais frequente e causa de sofrimento (SAMPAIO, MOURA, RESENDE, 2005). Florentino e colaboradores (2012) relata que os cuidados paliativos visam à melhora da qualidade de vida dos pacientes oncológicos e de suas famílias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuidado paliativo são medidas para aumentam a qualidade de vida de pacientes e seus familiares que enfrentam a doença terminal (MARCUCCI, 2005). A fisioterapia utiliza de recursos não farmacológicos para o alivio da dor em paciente neoplásico. Pouco utilizados na área da saúde, e com poucos estudos que comprovem sua eficácia, esses métodos tem mostrado beneficiar os pacientes com dor (SAMPAIO, MOURA, RESENDE, 2005).
3 A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é um desses métodos. Administrada por corrente elétrica de baixa voltagem, que através da teoria da comporta proposta por Melzack e Wall (1965), utiliza de impulsos aferentes da dor, indo para o SNC pelas fibras A e C interrompendo a passagem da dor (GROSSMANN, SIQUEIRA, 2012; KITCHEN, 2003). Muito utilizado na dor aguda e crônica, tranquilamente em paciente neoplásico, desde que a pele esteja integra, com sensibilidade tátil preservada, e não seja portadore de marcapasso cardíacos (FONSECA, BRITO, 2009). A crioterápica é aplicada com superfície gelada como gel, gelo triturado, envoltos da toalha ou plásticos, pode ser utilizado também imersão na agua e sprays (LEVENTHAL, BIANCHI, OLIVEIRA, 2010). Quando utilizado a crioterapia ocorre vasocontrição devido ao aumento da atividade simpática, reduzindo os mediadores químicos que controlam o contado dos mediadores inflamatórios com os nociceptores, reduzindo a dor (SAMPAIO, MOURA, RESENDE, 2005). Não foram encontrados estudos que comprovem a eficácia da crioterápica na analgesia do câncer. A técnica não pode ser utilizada em áreas anestesiadas, alergia ou intolerância ao frio, em indivíduos com consciência e défice da cognição, comprometimento arterial periférico, e em tumores progressivo pois pode causar diminuição da circulação local, e nas regiões de tratamento com radioterapia (SAMPAIO, MOURA, RESENDE, 2005; ABREU, SANTOS, VENTURA, 2011). A crioterápica alivia a dor se aplicada abaixo de 10 C, devido a diminuição dos impulsos dolorosos enviados para o cérebro. Atua também na estimulação sensorial no mecanismo comportamento da dor, que aplicado com uma intensidade alta libera endorfinas e encefalinas. (ABREU, SANTOS, VENTURA, 2011) A cinesioterapia é um recurso importante da fisioterapia. Por medo da dor, o paciente oncológico tende a cada vez se movimentar menos, levando a um comprometimento no condicionamento físico, na força muscular, flexibilidade desenvolvendo a síndrome o imobilismo, evoluindo para problemas circulatórios, dermatológicos, respiratórios, piorando seu estado psicológico (BOECHAT, MANHÃES, GAMA FILHO, 2012).
4 O objetivo desta pesquisa é apresentar os recursos fisioterapêuticos para o alivio da dor oncológica visando a utilização da TENS, crioterápica e cinesioterapia. Referenciais teórico-metodológicos Para a realização deste trabalho, foram consultados as bases de dados da internet como o Lilacs, Revista Brasileira de Cancerologia e Revista da Dor através do Google, INCA. Foram utilizados as descrições: Dor, Oncologia, Fisioterapia. Foram incluídos revisões literários, estudos de casos, livro e apostilas. A busca realizada foi limitada aos artigos publicados em português, espanhol e inglês, nos períodos de 2003 à A pesquisa apresentada buscou dados que mostrasse a eficácia dos recursos disponíveis e eficaz para a analgesia da dor oncológica. Conclusão Conclui-se com este trabalho que os recursos fisioterapêuticos para alivio de dor oncológica tem poucos estudos e precisa ser mais explorado, com a TENS não há trabalhos de estudo de caso que comprovem a eficácia real do aparelho, pois a técnica é aplicada associada à medicação base da dor, na crioterápica não há estudos que comprovem a eficácia na dor oncológica, porém sua utilização na dor aguda é ampla de fácil manuseio e um recurso barato, a cinesioterapia alivia a dor bloqueando a síndrome da mobilidade. Referencias ABREU, E. A. ; SANTOS, J. D. M. ; VENTURA, P. L. Analgesic effectiveness of the association of transcutaneous electrical nerve stimulation and cryotherapy for chronic low back pain. Revista Dor, São Paulo, v. 12, n. 1, mar BOECHAT, J. C. S. et al. A síndrome do imobilismo e seus efeitos sobre o aparelho locomotor do idoso Revista Cientifica Internacional, Ed. 22, v. 1, n. 5, 2012 Disponível em: FLORENTINO, D. M. et al. A fisioterapia no alívio da dor: uma visão reabilitadora em cuidados paliativos; Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, jun
5 FONSECA, J. F. D. ; BRITO, M. N. Terapias complementares como técnicas adjuvantes no controle da dor oncológica; Revista Saúde e Pesquisa, v. 2, n 3, p , dez Disponivél em: GROSSMANN, T. K. ; SIQUEIRA, J. T. T. ; O uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea na disfunção temporomandibular; Revista Dor, São Paulo, v.13, n.3, pp , set INCA ESTIMATIVA /2012 INCIDENCIA DO CANCER NO BRASIL. Disponível em: acesso dia 03/09/2013 KITCHEN, S. Eletroterapia, prática baseada em evidências- 2 ed.- Barueri: Manole, LEVENTHAL, L. C. ; BIANCHI, R. C. ; OLIVEIRA S. M. J. V. Ensaio clínico comparando três modalidades de crioterapia em mulheres não grávidas; Revista Escola de Enfermagem da USP, São Paulo 2010, v. 44 n. 2 pp abr Marcucci; F. C. I. ; O papel da fisioterapia nos cuidados paliativos a pacientes com câncer; Revista Brasileira de Cancerologia, v. 51 n. 1 pp , 2005 Disponível em: PENA, R. ; BARBOSA, L. A. ; ISHIKAWA, N. M. Estimulação elétrica transcutânea do nervo (TENS) na dor oncológica: revisão da literatura. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 54 n. 2 pp , 2008 Disponível em: RANGEL, O. ; TELLES, C. Tratamento da dor oncológica em cuidados paliativos. Revista Hospital Universitário Pedro Ermesto; Rio de Janeiro v. 11, n. 2, jun SAMPAIO, L. R. ; MOURA, C. V. ; RESENDE M. A. Recursos fisioterapêuticos no controle da dor oncológica: revisão da literatura. Revista Brasileira Cancerologia, v. 51 n. 4 pp Disponível em: THOMAZ, A. Dor oncológica: Conceitualização e tratamento farmacológico. Revista Onco ed. 1 n. 2, set Disponível em:
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