Grupo de Materiais de Construção Departamento de Construção Civil Universidade Federal do Paraná INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
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- Maria da Assunção Peralta Fernandes
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1 INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Disciplina: Construção civil I Departamento de construção civil Prof: Gabriel P. Marinho Introdução É uma indústria? 1
2 Introdução Indústria: toda atividade humana que, através do trabalho, transforma matéria-prima em outros produtos, que em seguida podem ser, ou não, comercializados. Introdução Industrialização? é o emprego, de forma racional e mecanizada, de materiais, meios de transporte e técnicas construtivas, para se conseguir uma maior produtividade. Instituto Eduardo Torroja de la Construcción y del Cemento 2
3 Introdução Quando comparado com outros ramos industriais Baixa produtividade Grande desperdício Baixo controle de qualidade Morosidade Introdução É uma indústria? Projeto complexo Sim Geralmente não Seriada? 3
4 Introdução Porque geralmente não? Fábrica de Pré-moldados Fábrica de Cimento Introdução O que é a fábrica? CANTEIRO DE OBRAS 4
5 Introdução É preciso projetar? Dificuldades? Dificuldades PRODUTO FICA E A FÁBRICA SAI Indústria de automóveis permanece no mesmo lugar durante anos produzindo o mesmo produto Na Construção Civil o produto é finalizado (um só) e a fábrica é desmobilizada. 5
6 Dificuldades USO INTENSIVO DE MÃO DE OBRA Baixos salários favorecem o uso de grande quantidade de operários. Isso torna a concepção do processo construtivo e áreas de vivência mais complexas. Dificuldades PROJETOS MENOS DETALHADOS É mais difícil conceber uma fábrica se o produto e/ou o processo não foram detalhadamente concebidos. 6
7 Dificuldades DIFERENTES PROJETOS PARA UM ÚNICO PRODUTO As atividades mudam ao longo do tempo. Escavações / Fundações / Estrutura / Alvenarias / Revestimentos (praticamente feito pelo mesmo profissional). Produto Pontes e viadutos Estradas Obras de contenção Obras de saneamento Casas Edifícios Barragens Outros 7
8 Componentes Vedos verticais Paredes Componentes Vedos verticais Divisórias 8
9 Componentes Vedos verticais Esquadrias Componentes Vedos verticais Revestimentos 9
10 Componentes Vedos verticais Pinturas Componentes Vedos horizontais Lajes Telhados 10
11 Componentes Vedos horizontais Fôrros Revestimentos Impermeabilização Componentes Fundações Sapatas 11
12 Componentes Fundações Estacas Componentes Elementos portantes Pilares Vigas 12
13 Componentes Elementos portantes Parede estrutural Componentes Instalações Louças e metais sanitários Sistemas de conforto térmico ativo Instalações elétricas Instalações Hidrossanitárias 13
14 Componentes Instalações Sistema de segurança e controle (Câmaras, alarmes, sensores) Segurança contra incêndio Sistema de comunicação (telefonia, internet) Componentes Sistemas de transporte e circulação Escadas Escada rolante 14
15 Componentes Sistemas de transporte e circulação Escadas Escada rolante Componentes Sistemas de transporte e circulação Rampas Corredores Elevadores 15
16 Especialistas Engenheiro Residente Engenheiro de Estruturas Engenheiro de Fundações Engenheiro de Instalações Engenheiro de Estradas Engenheiro de Barragem Especialistas Consultor de Concreto Consultor de Alvenaria Consultor de Revestimentos Consultor de Patologia Consultor de Pisos Dosagem e execução Obras antigas Quanto maior o avanço tecnológico, maior a necessidade de novos especialistas. 16
17 Projetos Aumento de projetos Projeto de Arquitetura Projeto Estrutural ü ü ü ü Aço Madeira Concreto Alvenaria Estrutural Projetos Projeto de Instalações Elétricas Projeto de Instalações de Telefonia Projeto de Instalações Hidrossanitárias Projeto de Canteiro de Obras 17
18 Projetos Projeto de Alvenaria Projeto de Revestimento Projeto de Piso Projeto de Recuperação estrutural Projeto de Reforço Profissionais Equipe de Obra: (direção) Engenheiro Residente Estagiário Técnico de Segurança do Trabalho Mestre de Obras 18
19 Profissionais Equipe de Obra: (subordinados) Pedreiro Carpinteiro Ferreiro Almoxarife Operador de Grua Encanador Eletricista Ajudantes Normalização: Processo de formulação e aplicação de regras para o tratamento ordenado de uma atividade industrial, comercial ou social específica. 19
20 Normalização: Pelos seus fundamentos, deve ser um processo de simplificação, baseado em resultados já consolidados da ciência, da técnica e da experiência. : Documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. Definição da ABNT 20
21 Descrevem: Conceitos Produtos Procedimentos Métodos de ensaio Símbolos - Conceito: NBR Aglomerantes de origem mineral - Terminologia - Produtos: NBR Cimento Portland composto - Especificação 21
22 - Procedimentos: NBR12655 Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento - Procedimento Métodos de ensaio: NBR10340 Agregados - Avaliação da reatividade potencial das rochas carbonáticas com os álcalis de cimento Método de ensaio - Símbolos: NBR5730 Símbolos gráficos empregados na coordenação modular da construção 22
23 Segundo L. H. Ceotto (2004), a normalização pode cooperar para reduzir problemas crônicos do Setor da Construção Civil: ü Concorrência predatória. ü Práticas ilícitas. ü Monopólios. ü Regulamentos obsoletos. ü Desconhecimento do cliente. Aumento da competitividad e setorial. Importância Econômica Padronização Permite interconexão (energia elétrica, por exemplo) Estabelece padrões de grandeza (metrologia) Facilita acesso a mercados (nacionais, internacionais) Cria ambiente competitivo Competição pode beneficiar consumidor 23
24 Importância Econômica Defesa contra concorrência desleal Redução da qualidade pode levar a redução de custo a custa de prejuízos para a sociedade Pode evitar à consolidação de cartéis Importância social Defesa do consumidor Adotada pelo Código de Defesa do Consumidor Estabelece padrão aceito de desempenho Simplificação de contratos Referência a norma técnica evita repetir descrição Facilita comunicação 24
25 Importância técnica Estabelece padrões de grandeza e formas de medir Por exemplo na metrologia: metro, grama, Volt, Watt Estabelece procedimentos padrões para os mais diversos setores Soluções confiáveis Aumenta nível de segurança de operações Facilita a avaliação e a certificação da qualidade de produtos e serviços Importância técnica Simplifica a atividade técnica Orienta, educa e protege técnicos e profissionais Auxilia vistorias e perícias em processos judiciais 25
26 Entidades de Normalização: Nacionais ABNT (Brasil) - ASTM (USA) BSI (Inglaterra) Internacionais ISO International Organization for Standardization - (fundada em 1947) Associação Mercosul de Normalização (AMN) CEN Comunidade Européia Normalização no país: a ABNT Órgão responsável pela normalização técnica no Brasil (Fórum Nacional de Normalização) Diretoria eleita pelos sócios da ABNT Pessoas físicas e Jurídicas Sociedade civil, sem fins lucrativos, iniciou as atividades em 1940, na área de Construção Civil 26
27 ABNT/CB - Comitê Brasileiro (ABNT/CB) Coordena a normalização em áreas específicas Órgão da estrutura da ABNT Superintendente eleito por sócios da ABNT inscritos ABNT/ONS - Organismo de Normalização Setorial É um organismo público, privado ou misto, sem fins lucrativos, Credenciado pela ABNT para coordenar normalização em área específica Comitês Brasileiros - construção civil CB02 Construção civil CB03 Eletricidade CB16 Transporte e tráfego CB18 Cimento, Concreto e Agregados CB22 Impermeabilização CB24 Segurança contra incêndios CB28 Siderurgia CB31 Madeiras CB35 Alumínio CB37 Vidros Planos CB39 Implementos rodoviários CB40 Acessibilidade CB55 Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento 27
28 Confecção de normas no Brasil (normalização consensual) Sequência de atividades: 1. Demanda da sociedade 2. Elabora texto-base especialista 3. Comissão de Estudos aberta paritária consumidores, produtores, neutros consenso trabalho voluntário Conflito de interesses 28
29 Sequência de atividades: 5. Votação pública 6. Análise dos votos 7. Registra NBR Dificuldades Consome muito tempo Resultado depende dos participantes Qualidade técnica não é garantida As normas ou especificações prescritivas 29
30 As normas ou especificações prescritivas: Definem características básicas dos materiais e componentes de construção tradicionais; Não podem assegurar o comportamento em serviço, ou seja, o seu desempenho; Baseadas na experiência pelo seu emprego repetitivo; As normas ou especificações prescritivas: Têm efeito de preceito, ou de determinação expressa, para efeito de fabricação ou compra; Maioria das normas de materiais e componentes para vedação e acabamento 30
31 Tendências atuais: de desempenho Focam o comportamento em serviço e englobam os conceitos de vida útil (de projeto, de serviço). Uso da abordagem de desempenho para a normalização maior flexibilidade para os usuários DIFICULDADE: Elaboração mais complexa 31
32 CONSTRUÇÃO CIVIL: Grande variedade de materiais e componentes com propriedades múltiplas para serem verificadas Como garantir a conformidade? CERTIFICAÇÃO: Certifica conformidade com norma técnica específica. Certificação de 3a parte Organismo independente, credenciado pelo INMETRO Certificacão de produtos Certificacão de sistemas Referência: 32
33 CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS: Inspeção do processo de fabricação Análise do sistema de controle de qualidade Coleta de amostras Mercado Fábrica Ensaios Compara com os requisitos da normalização Emite certificado / ou marca de conformidade (selo) Validade determinada CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS: Certificação de 3a. Parte Certificação de unidade de empresa Filial, escritório, planta Sistemas de gestão da qualidade ISO 9000 Sistema de Gestão Ambiental ISO Não analisam qualidade de produtos! 33
34 OBRIGADO Disciplina: Construção civil I Departamento de construção civil Crédito: Prof. Dr. Marcelo Medeiros 34
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