Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN
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1 Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN
2 A luta contra a fome no Brasil é bandeira política, histórica e antiga. Desde os idos dos anos 30 do século passado, o pernambucano, médico e cientista, Josué de Castro, já profetizava: denunciei a fome como flagelo fabricado pelos homens contra outros homens, no que queria deixar claro sua visão sobre a fome como fenômeno mais social e econômico, que propriamente alimentar.
3 Governo Vargas 2 medidas que deveriam ter influência na alimentação da classe trabalhadora - Salário Minimo e SAPS Década 1930 Josué de Castro CONDIÇÕES DE VIDA DAS CLASSES OPERÁRIAS Déficits calóricos e de nutrientes 1930 a 1970:
4 1930 a 1970: Situação de fome endêmica na população decorrente de: modelo de desenvolvimento econômico política de recessão achatamento salarial retração dos gastos públicos na área social Desenvolvimento de políticas compensatórias de caráter assistencialista 1950 a 1980: Implantação de diversos programas de alimentação (PNAE,PAT) 1970 a 1980:
5 1930 a 1970: Estudos epidemiológicos (ENDEF e PNDS) - verificou-se melhoria da situação de saúde das crianças (decorrente do saneamento básico, ao atendimento médico, à vacinação e ao maior contingente de profissionais de saúde na rede pública), mas não de mudanças sociais (desigualdades sociais permaneceram) A partir de 1980: Constituição Nacional (1988) SUS Conferencias Nacionais de Alimentação e Nutrição Conferencias Nacionais de Segurança Alimentar 1970 a 1980:
6 Qual era a situação de alimentação e nutrição da população brasileira? Complexa situação de alimentação e nutrição no país: características epidemiológicas e regionais muito heterogêneas, no qual coexistem problemas típicos de sociedades com profundas desigualdades sociais e de sociedades desenvolvidas. 6
7 Panorama de saúde e nutrição: Final do século XX Países em desenvolvimento: 55% das mortes infantis estão ligadas à desnutrição; 1996 (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde): 10,5% das crianças déficit de altura, (5,1% S e 17,9%, NE) Déficit peso/idade: 5,7% <5 anos N (7,7%) e NE (8,3%). Deficiências de micronutrientes, centralizadas no trinômio vitamina A/ferro/iodo: - Vitamina A: problema endêmico regiões Norte, Nordeste e Sudeste. - Anemia: problema nutricional de maior magnitude no País, acometendo sobretudo mulheres no período fértil e crianças menores de dois anos de idade. Inquérito nacional ( ) INAN: alta prevalência do bócio entre escolares de 6 a 14 anos de idade. Concentrando-se nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Acre.
8 Panorama de saúde e nutrição: Final do século XX Índices de Aleitamento materno exclusivo Evolução epidêmica da obesidade, das dislipidemias e suas relações com as doenças cardiovasculares: - Grupos de baixo nível socioeconômico: 50% dos adultos obesos - Doenças cardiovasculares: 34% de todas as causas de óbito Estimava-se que existam 5 milhões de diabéticos no País, 50% dos quais desconhecem a sua situação. Hábitos alimentares inapropriados: a multiplicação do comércio de fast food e o crescente uso de alimentos pré-cozidos, de cozimento rápido e ultraprocessados. do consumo de sódio, gorduras e açúcares simples (inclusive pelas crianças)
9 Frente a esta realidade de saúde era preciso fazer algo, elaborar um plano abrangente que pudesse direcionar as ações para tentar mudar este panorama de nutrição da população Ações: Curativas/ emergenciais Promoção da saúde e de alimentação saudável Preventivas
10 Em 1999 após ampla consulta a instituições governamentais e não governamentais Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) na qual a alimentação é, em caráter inédito, explicitamente entendida como DIREITO HUMANO BÁSICO.
11 Política Nacional de Alimentação e Nutrição Base legal: Aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde - Portaria nº 710, de 10 de junho de 1999, publicada no D.O.U. de 11 de junho de 1999, página 14, seção I.
12 A Política Nacional de Alimentação e Nutrição tem com o propósito: A garantia da qualidade dos alimentos colocados para o consumo no País (inocuidade dos alimentos em toda cadeia produtiva) A Prevenção e o Controle dos Distúrbios Nutricionais (distribuição de suplementos de Fe e retinol e capacitação dos profissionais para acompanhamento dos grupos vulneráveis, iodatação do sal cozinha, estimulo ao consumo de alimentos fontes, promoção do Aleitamento materno) Estímulo às ações Intersetoriais para garantia de acesso universal aos alimentos (cooperação entre os diversos setores do governo - distribuição de renda para permitir compra de alimentos Ministério do desenvolvimento Social, produção de alimentos de qualidade Ministério da agricultura/anvisa, alimentação do trabalhador Ministério do Trabalho) A Promoção de práticas alimentares saudáveis (para a população em geral elaboração de guias, treinamento dos profissionais de saúde, atividades em escolas, etc)
13 Compõe o conjunto das políticas de governo voltadas à compreensão do direito humano universal à alimentação e nutrição. - Aprovada na Tripartite. (integrada paritariamente por:) Representantes do Ministério da Saúde Representação do conjunto dos Secretários Estaduais de Saúde Secretários Municipais de Saúde - Integra a Política Nacional de Saúde - Ampla discussão com a sociedade civil organizada, conselhos gestores e entidades de controle social
14 FUNDAMENTOS DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL INTERSETORIALIDADE
15 DIRETRIZES: 1. Estímulo a ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos. 2. Garantia da segurança e qualidade dos alimentos. 3. Monitoramento da situação alimentar e nutricional. 4. Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis. 5. Prevenção e controle dos distúrbios e doenças nutricionais. 6. Promoção do desenvolvimento de linhas de investigação. 7. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos em saúde e nutrição
16 Diretriz 1 Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos
17 Diretriz 1 Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos Bolsa Família BF (Ministério do Desenvolvimento Social). O M.Saúde tem o compromisso de oferecer serviços básicos de saúde aos beneficiários para que eles cumpram as condicionalidades de saúde do programa e MEC oferecer vagas suficientes no ensino publico para o cumprimento das condicionalidades de educação do programa Módulo de gestão dos SISVAN (M.Saúde) permite registro da situação de saúde das famílias que recebem o BF (M.Desenvolvimento Social). BF (M.Desenvolvimento Social): propicia a melhoria da condição de segurança alimentar e nutricional (M.Desenvolvimento Social): do beneficiados a partir da condição de ter $ para a compra de alimentos.
18 Diretriz 1 Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos Incentivo ao consumo de frutas e hortaliças envolve os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento /EMBRAPA/CONAB, Meio Ambiente, Desenvolvimento Social, MEC/FNDE, Saúde/COSEA, OPAS, Ministério do Trabalho: Produção de alimentos seguros (agricultura/meio ambiente. promoção de alimentação saudável nas escolas (MEC) Promoção de Alimentação Saudável no PAT (M.Trabalho), produção de alimentos seguros Capacitação dos profissionais de saúde para as ações de promoção da alimentação saudável (M Saúde)
19 Diretriz 2 Garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços neste contexto
20 Diretriz 2 Garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços neste contexto acompanhamento do uso de agrotóxicos Rotulagem nutricional (informação correta ao consumidor) Plano de melhoria do perfil nutricional dos industrializados (legislação e fiscalização para Na, gorduras saturadas e trans, açúcar) Maior participação da sociedade nos processos regulatórios. (estimulo à cidadania e apropriação de direitos pelo cidadão - defesa do consumidor) revisão da NBCAL (atenção à propaganda e rotulagem de alimentos para o público infantil) Regulação da propaganda alimentação infantil e alimentos com teores de Na, açucares e gorduras
21 Diretriz 3 Monitoramento da situação alimentar e nutricional
22 Diretriz 3 Monitoramento da situação alimentar e nutricional SISVAN avanços SISVAN WEB: 20 mil UBS (estado nutricional + consumo de alimentos) Atualizar fontes de dados sobre condicionantes e determinantes da nutrição da população (realizar inquéritos, estudos, pesquisas PNDS, POF, chamadas nutricionais campanhas de vacinação: custos e logistica mais simples) acompanhar as mudanças no perfil nutricional da população Criação de indicadores de alimentação e nutrição em politicas de saúde
23 Diretriz 4 Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis
24 Diretriz 4 Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis Guias (população brasileira, crianças) Implementar o PSE Campanhas na mídia e produção de material educativo para a população Politica Nacional de Promoção da saúde alimentação eixo estratégico na atenção basica: população e escolas (Portaria 1010) Estimulo à alimentação saudável na 1ª infancia (aleitamento e alimentação complementar) capacitar os serviços de saúde.
25 Diretriz 4 Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis Proteção e promoção do AM licença maternidade 180 dias Bancos de leite humano Resgate e valorização da cultura alimentar Produção de materiais normativos (cadernos de AB, manual dos ACS,...) orientar as praticas dos profissionais de saúde Medidas regulatórias sobre alimentos industrializados Intersetorialidade estimulo à produção de alimentos e consumo de alimentos agroecologicos
26 Diretriz 5 Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição
27 Diretriz 5 Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição Prevenção e controle da desnutrição Distribuição emergencial de vitamina (surto de beriberi) e capacitação dos profissionais de saúde. Fortificação do sal e farinhas Programas Nacionais: Fe, Vitamina A, Iodo Obesidade e DCNT: EG
28 Diretriz 6 Desenvolvimento de Recursos Humanos
29 Diretriz 6 Desenvolvimento de Recursos Humanos superar a dissociação entre formação e acadêmica e demandas em saúde: ajustar-se para atender as demandas do SUS (mudanças curriculares e de praticas de ensino) Educação continuada para os profissionais de saúde em serviço Apoio a eventos técnicos e científicos na área de alimentação e nutrição. valorização da pratica profissional na APS Edição de Mostras de Alimentação e Nutrição no SUS, Seminário Internacional de Nutrição na APS, Foruns de Educação Alimentar e Nutricional para a Promoção da Saúde
30 Diretriz 7 Desenvolvimento de linhas de pesquisa
31 Diretriz 7 Desenvolvimento de linhas de pesquisa Perpassa todas as demais diretrizes fornece informações para diagnóstico, acompanhamento e tomada de decisão. PNDS TACO POF
32 O que foi feito desde então?
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43 DESAFIOS Gestão das ações de alimentação e nutrição - financiamento repasse fundo a fundo (superar o sub financiamento da PNAN) Elaboração de PNANs proprias diversidade loco regional da alimentação e nutrição. Nutrição na Atenção Básica NASFs, Matriz. Cobertura da APS por nutricionistas Integralidade do cuidado niveis de atenção Atenção nutricional para populações específicas Educação alimentar e nutricional.
44 2010
45 Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição PNAN 10 anos Realizado em Brasília, de 08 a 10 de junho de 2010 O Seminário Nacional foi a etapa de consolidação dos Seminários estaduais, ocorridos em 26 Estados, onde foram debatidas as 36 proposições constantes do documento base.
46 De 1999 a 2011 foram publicadas /atualizadas diversas portarias relacionadas a saúde /alimentação Política Nacional de Atenção Básica Criação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família NASF Publicação das orientações básicas para a implementação das Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional 2004 Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas Portaria Política Nacional de Promoção da Saúde 2006 Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde 2010 Atualização para consonância com a promoção da segurança alimentar e nutricional e que contribua para a garantia do direito à alimentação
47 Perfil de saúde e nutrição da população brasileira Levou a revisão da PNAN para que as ações fossem direcionadas aos problemas atuais.
48 Qual o perfil de saúde, nutrição e alimentação da população brasileira no século XXI
49 Qual o perfil de saúde, nutrição e alimentação da população brasileira no século XXI
50 PORTARIA Nº 2.715, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 Atualiza a Política Nacional de Alimentação e Nutrição
51 Art. 1º Aprova a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, cuja íntegra se encontra disponível em: Art. 2º Determinar que os órgãos e entidades do Ministério da Saúde, cujas ações se relacionem com o tema objeto da Política ora aprovada, promovam a elaboração ou a readequação de seus planos, programas, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º Fica revogada a Portaria nº 710/GM/MS, de 10 de junho de 1999, publicada no Diário Oficial da União - DOU de 11 de junho de 1999, seção 1, página 14. ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
52 PROPÓSITO Melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
53 PROPÓSITO 1999 Garantia da qualidade dos alimentos colocados para o consumo no País, a promoção de práticas alimentares saudáveis e a prevenção e controle dos distúrbios nutricionais, bem como o estímulo às ações intersetoriais que proporcionam o acesso universal aos alimentos 2011 Melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
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55 As diretrizes que integram a PNAN indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito, capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população.
56 Diretrizes da PNAN
57 Ações Estratégicas da PNAN Vigilância Alimentar e Nutricional Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais Programa Bolsa Família Pesquisa, Inovação e Conhecimento
58 Discussão das diretrizes da PNAN: Identificar 3 pontos/ ações de cada diretriz 3 alunos 3 alunos 3 alunos 3 alunos 2 alunos 2 alunos 3 alunos 2 alunos 2 alunos
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