ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
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- Leandro Marinho Pinhal
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1 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 1
2 Josué de Castro Fome como uma construção social 2
3 Nossos grandes consensos A fome que subsiste no país é, essencialmente, uma questão de acesso. Desigualdade de acesso = desigualdade de distribuição de renda Combate à fome confunde-se com o combate à pobreza 3
4 Nossos grandes consensos Segurança alimentar só será atingida com medidas estruturais, que garantam estabilidade e crescimento econômico com trabalho e renda. Mas a fome e a desnutrição não esperam. A alimentação e a nutrição adequadas são direitos humanos fundamentais. 4
5 5
6 Movimento de reforma sanitária 6
7 A Constituição Cidadã 7
8 Conceito de Saúde Constituição Federal - Art. 196 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 8
9 Lutas e avanços 9
10 Diretrizes da PNAN 1. Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos 2. Garantia da segurança e da qualidade dos produtos e da prestação de serviços na área de alimentos 3. Monitoramento da situação alimentar e nutricional 4. Promoção de práticas alimentares saudáveis 5. Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição 6. Promoção de linhas de investigação 7. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos 10
11 Conquistas a partir da PNAN 11
12 PNAN 10 anos Revisão e atualização 12
13 INSEGURANÇA ALIMENTAR OBESIDADE DESNUTRIÇÃO ADULTOS DESNUTRIÇÃO INFANTIL 13
14 CENTIS DA RENDA QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA Diversificada, alimentos de origem vegetal in natura ou minimamente processados, legumes, verduras e frutas, carnes e laticínios com menor teor de gordura, etc INADEQUADA Predomínio de alimentos refinados e processados (ricos em gordura, açúcar e sal) e de alimentos de origem animal (gordura saturada) VARIÁVEL Inadequada adequada (crianças) Adequada inadequada (adultos) INADEQUADA Ainda predomínio de alimentos de origem vegetal, mas com participação crescente de carnes/leite/ovos e de alimentos processados. Pouca variedade, quase só tubérculos e grãos (melhor com feijão). 14
15 CENTIS DA RENDA NO BRASIL SAÚDE E NUTRIÇÃO DA POPULAÇÃO ÓTIMA PRECÁRIA (tendendo a piorar para todos) DEFICIENTE (tendendo a melhorar para crianças e piorar para adultos) PRECÁRIA (tendendo a melhorar) Nutrição ótima e vida longa e saudável. Obesidade, diabetes, hipertensão, doença coronariana em adultos cada vez mais jovens. Deficiências nutricionais moderadas em crianças e obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas em adultos. Deficiência energética ( fome ) e carências nutricionais específicas 15 graves em todas as idades.
16 kcal Tendência de disponibilidade de calorias por dia para a população brasileira de 1961 a 2001 segundo dados FAO ano calorias/dia Linear (calorias/dia) 16
17 Momento das discussões da PNAN Transição nutricional: mudanças nos padrões de consumo alimentar e redução da atividade física, com forte impacto no perfil de saúde. No Brasil: processo acelerado, demandando por respostas rápidas e eficazes do setor saúde. Cenário: aumento da prevalência de sobrepeso/obesidade em especial nas famílias de baixa renda; desnutrição em áreas de concentração de pobreza. 17
18 Momento das discussões da PNAN Elevado consumo de alimentos tecnologicamente processados, geneticamente modificados, uso intensivo de agrotóxicos, etc. 18
19 Papel da Saúde Desnutrição e mortalidade infantil: reduzidas nas 3 últimas décadas não resultou da melhoria de acesso aos alimentos mas de ações de saúde implementadas (saneamento, vacinação, controle da diarréia e das IRAS, aleitamento materno e redução taxa natalidade) Obesidade: aumento acelerado ainda acompanhado de ações suficientes não 19
20 POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Base Legal Portaria nº 710 de 10/06/99 (DOU 11/06/99); Aprovada na Tripartite; Integra a Política Nacional de Saúde. 20
21 POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO FUNDAMENTOS: Garantia da Segurança Alimentar e Nutricional; Reconhecimento e concretização do direito humano universal à alimentação e nutrição adequadas; Intersetorialidade. 21
22 PROPÓSITOS: Garantir a qualidade dos alimentos colocados para consumo no País; Promover práticas alimentares saudáveis culturalmente referenciadas; Prevenir e controlar os distúrbios nutricionais; Estimular as ações intersetoriais que propiciem o acesso universal aos alimentos. 22
23 7 Diretrizes 1- Estímulo a ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos. 2- Segurança e qualidade dos alimentos. 3- Monitoramento da situação alimentar e nutricional. 4- Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis. 5- Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doença associadas à alimentação e nutrição. 6- Pesquisa promoção e apoio 7- Formação de Recursos Humanos 23
24 Promover a Alimentação Saudável e a Atividade Física A agenda do combate à pobreza deve incorporar a promoção da alimentação saudável; A promoção da alimentação saudável e da pratica da atividade física devem ser objetivos dos governos locais e da comunidade; A prevenção da obesidade deve ser definitivamente incorporada à Segurança 24 Alimentar e Nutricional.
25 Momento das discussões da PNAN Apontamentos para o resgate da cultura alimentar como estratégia de promoção da alimentação saudável Necessidade de efetivar e ampliar a Atenção Nutricional, dentro do Setor Saúde. 25
26 Novas Diretrizes da PNAN 1. Organização da Atenção Nutricional; 2. Promoção da Alimentação Saudável; 3. Articulação e Cooperação para a Segurança Alimentar e Nutricional; 4. Ampliação e Expansão da Vigilância Alimentar e Nutricional 5. Aperfeiçoamento do Controle e Regulação dos Alimentos; 6. Desenvolvimento de Recursos Humanos; 7. Estímulo à Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Nutrição; 8. Desenvolvimento Institucional, Monitoramento e Controle Social. 26
27 27
28 Um novo pensar em Nutrição Cuidado à Saúde centrado na Atenção Primária Nutricionista como membro efetivo de equipes (NASF e Unidades Básicas de Saúde) Entendimento da realidade dos territórios -- recursos alimentares disponíveis, cultura das comunidades e das famílias - como ferramenta de trabalho. 28
29 Um novo pensar em Nutrição SISVAN (avaliação antropométrica e de consumo alimentar) como instrumento de trabalho das e para as equipes. Nutricionista zela pela qualidade da coleta dos dados, participa da análise e interpretação dos resultados, propõe e constrói estratégias de transformação. 29
30 Um novo pensar em Nutrição Nutricionista participando da construção das linhas de cuidado em saúde: fortalecendo e qualificando o seu trabalho na assistência hospitalar; buscando compreender as questões vida e de alimentação que levam ao adoecimento e como, em rede (hospital & atenção primária), desenvolver a atenção integral à saúde. 30
31 Ampliando o agir em Nutrição 31
32 32
33 33
34 34
35 35
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38 PROPÓSITO 38
39 PRINCÍPIOS 39
40 40
41 9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional 41
42 Referencias Pnan Ministério da Saúde SAS - Departamento de Atenção Básica Coordenação da Política de Alimentação e Nutrição Atenção Básica. Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro 42
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