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- Fernando Barreto Garrau
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1 Edital PIBID n 11 /2012 CAPES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID Plano de Aula (PIBID/UNESPAR) Tipo do produto: Plano de aula 1 IDENTIFICAÇÃO NOME DO SUBPROJETO: POPULARIZANDO A CIÊNCIA: O MÉTODO CIENTÍFICO COMO ABORDAGEM DO ENSINO DA BIOLOGIA. COORDENADOR: ANDRÉ TREVISAN. Professor supervisor: RITA DE CÁCIA BUENO. Nome da Escola: COLÉGIO ESTADUAL BERNARDINA SCHLEDER. Licenciandos Bolsistas Nome Curso de licenciatura Alessandra Wouk alewouk@hotmail.com Ciências Biológicas Aline Mazur line.mazur@hotmail.com Ciências Biológicas Crislaine Cochak crislainecochak@hotmail.com Ciências Biológicas Fabiane Waltrick Hreçay nani_fabi@hotmail.com Ciências Biológicas Felipe Rafael de Oliveira felipebio12@hotmail.com Ciências Biológicas Jennefer Bortoluzzi Drosdoski jennefer-bp@hotmail.com Ciências Biológicas Ramiro de Campos rami_campos@hotmail.com Ciências Biológicas Sebastião Venâncio Neto sebahneto@gmail.com Ciências Biológicas DATA: 05/06/2013 DURAÇÃO: Oito horas/aulas PARTICIPANTES: Ensino Fundamental. 1. TEMA: Oficina de Ciências: Experiências em laboratório. 2. OBJETIVO GERAL: Permitir aos alunos uma maior assimilação de conteúdos como: Tensão superficial, ph, ilusão de ótica, densidade da água e reações químicas.
2 2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Compreender o funcionamento da Tensão superficial da água, e como ela pode ser quebrada. Permitir aos alunos reconhecer se substâncias utilizadas em casa é ácidas, básicas ou neutras. Perceber através da Ilusão de Ótica, como nosso cérebro pode ser enganado. Reconhecer os principais aspectos da água com ênfase em sua densidade. Explanar as principais características das reações químicas que ocorrem em cada experimento. 3. CONTEÚDO: Tensão superficial, ph, ilusão de ótica, densidade da água e reações químicas CONTEÚDO DESCRITO: EXPERIÊNCIAS A realização de experimentos, em Ciências, representa uma excelente ferramenta para que o aluno faça a experimentação do conteúdo e possa estabelecer a dinâmica e indissociável relação entre teoria e prática (REGINALDO; SHEID e GÜLLICH, 2012). O trabalho experimental torna-se importante por diferentes aspectos, mas que tragam um significado às teorias que foram estudadas, tornando-as claras, não para serem comprovadas, mas para serem estudadas, compreendidas, discutidas e, porque não, modificadas (REGINALDO; SHEID e GÜLLICH, 2012). O uso da experimentação nas aulas de Ciências e Biologia constitui uma relevante ferramenta metodológica no processo de aprendizagem dos educandos; afinal, para compreender a teoria é preciso experienciá-la (FREIRE, 1997). Em seus depoimentos, os alunos também costumam atribuir à experimentação um caráter motivador, lúdico, essencialmente vinculado aos sentidos. Por outro lado, não é incomum ouvir de professores a afirmativa de que a experimentação aumenta a capacidade de aprendizado, pois funciona como meio de envolver o aluno nos temas em pauta (GIORDAN, 1999).
3 A utilização de aulas experimentais é importante para a construção do conhecimento científico, e por isso é extremamente importante para o ensino de Ciências (REGINALDO; SHEID e GÜLLICH, 2012) A COR MISTERIOSA A cor misteriosa, também conhecida por sangue do diabo é um experimento que se baseia em conceitos de ácido-base, indicadores de ph e volatilidade. Apesar de parecer mágica para muitos, o sangue do diabo tem uma explicação científica muito simples. Quando se borrifa o sangue do diabo em um tecido claro, pode-se observar uma mancha de um vermelho forte ou em tom rosado, dando a impressão de que a coloração ficará impregnada no tecido. Porém, alguns instantes depois, esta mancha desaparece, deixando apenas uma leve mancha úmida e incolor. Isto acontece porque, quando se adiciona hidróxido de amônio, que é um composto relativamente instável, à agua, ele se decompõe em amônia e água: NH 4 OH + H 2 O -> NH3 + 2H 2 O. O experimento A Cor misteriosa ou Sangue do Diabo existe há muito tempo. Antigamente, ele era utilizado para assustar as pessoas quando a solução era jogada nas roupas das mesmas. A substância manchava a roupa, mas o que eles não sabiam que depois a coloração sumiria (FERREIRA et al.). Ele é baseado na evaporação, que é um fenômeno no qual, átomos ou moléculas no estado líquido ganham energia suficiente para passar para o estado gasoso. Assim, o objetivo foi demonstrar que o hidróxido de amônio é uma base volátil usando o indicador fenolftaleína. Para a construção deste experimento foi necessário: um béquer, hidróxido de amônia, um bastão de vidro, água, fenolftaleína e um pedaço de papel branco. No béquer misturamos água, hidróxido de amônia e em seguida fenolftaleína. Depois, coloca-se a solução no pedaço de papel branco. Quando se mistura o hidróxido de amônia com a água, não há mudança de cor. Já quando misturamos a fenolftaleína está muda sua coloração, já que em ph inferior a 8,3 permanece incolor e para ph superior a 10,0 adquire a coloração rosado (AQUINO e OLIVEIRA, 2009). Isso acontece porque a fenolftaleína como escrito anteriormente, é um
4 indicador de ph, ou seja é um indicador de ácido base dos composto químico. Mesmo quando adicionado em pequenas quantidades a uma solução, ela permite conhecer se a solução é ácido, base ou neutro. Estes corante são dotado de metacromia, que é a capacidade de mudar de coloração em função do ph do meio. Nesse caso ele reage com o hidróxido de amônia, mudando de incolor a cor rosa, em contato com o papel, a cor rosada predomina por alguns instantes, mas logo desaparece, pois a amônia é uma base volátil. Com isso, haverá a vaporização da mesma e a solução perderá seu caráter básico e passa a ter o caráter neutro. O odor característico também não ficará por conta da vaporização da amônia (SOUZA; CLARA e MOREIRA, 2011) INDICADOR DE PH Nessa atividade utilizamos o extrato de repolho roxo como indicador acido- base, testando vários compostos de uso domestico como, por exemplo, vinagre, água sanitária, leite de magnésia, suco de limão e cinza diluída em água. Segundo SILVA et al. (2009) as atividades utilizando extrato de repolho roxo apresentam uma importante forma de articulação entre o conteúdo teórico visto em sala de aula e a pratica, fortalecendo o processo de ensino aprendizagem. O repolho roxo é uma fonte de antocianina, que é a sustância responsável por sua propriedade de mudar de cor em contato com ácidos ou bases. A variação da cor acontece quando o íon hidrogênio (ácido) é adicionado ou removido da molécula. Elas produzem as cores: azul, violeta, vermelho e rosa, de flores e frutas (MARQUES et al., 2011). O repolho roxo é amplamente utilizado como indicador de ácidos-bases devido a sua ampla faixa de cor que varia de PH 1 a 12 (BERNARDINO et al., 2006). As cores que correspondem à mudança de PH do extrato de repolho roxo são:
5 3.1.4 PEIXINHO NADADOR A tensão superficial está presente nos líquidos como resultado do desequilíbrio entre as forças, agindo sobre as moléculas da superfície em relação àquelas que se encontram no interior da solução (BEHING; LUCAS e BARCELLOS; 2004). Sendo assim a superfície da água comporta-se como uma película, podendo resistir a determinadas pressões (PONZONI, 2013). A experiência com o peixinho de papel tem como principal objetivo ilustrar o efeito da tensão superficial e demonstrar como ela pode ser quebrada. Para este experimento são utilizados os seguintes materiais: peixinho de papel, que pode ser confeccionado pelos alunos, ou até mesmo impresso, contendo um furo no meio e um corte posterior (Figura 1), uma bandeja, água e uma gota de detergente. Primeiramente coloca-se a água dentro da bandeja, posteriormente o peixinho de papel, adicionando uma gota de detergente no furo central do peixinho. Figura 1. Modelo do peixinho de papel. Fonte: Após ser adicionada a gota de detergente no furo central do peixinho, espera-se que ele se mova dentro da bandeja. Isto ocorre devido ao fato de que o detergente quebra a tensão superficial da água, dentro do furo, que se espalha pelo corte posterior do peixinho, formando um jato que o impulsiona, dando a impressão de que ele está nadando (FERRAZ-NETTO, 2013) EXPERIÊNCIA DO VULCÃO D ÁGUA Experimento que procura demonstrar que a água quente é menos densa em relação coma água fria, o que faz com que permaneça na superfície, enquanto que a água fria concentra-se no fundo, como resultado vê-se que a água menos densa (quente) vai em
6 direção à superfície, dando um efeito de vulcão de água. Conforme a água quente se resfria, a solução vai se tornando homogênea. (MEDEIROS FILHO, 2010). Denomina-se de densidade relativa (specific gravity) a relação entre a densidade da água a uma determinada temperatura e sua densidade a 4 C, neste ponto definida como igual à unidade. É geralmente simbolizada pela letra grega minúscula "d ". Como é uma relação entre grandezas de mesma unidade é, portanto, adimensional. Frequentemente emprega se d = 1,0 para solução de problemas com água, principalmente nos prédimensionamentos. A água é cerca de 830 vezes mais pesada que o ar seco, porém 133 vezes mais leve na forma de vapor, sob condições normais de pressão. Quando se vaporiza ocupa um volume cerca de 1640 vezes maior que na fase líquida. Quando congela expande-se aproximadamente 9% ocupando um volume de cerca de 1,11 vezes o da fase líquida na mesma temperatura. (MEDEIROS FILHO, 2010). (figura1) Figura1: Densidade relativa da água em função da temperatura. Fonte: Para esta experiência utilizou-se os seguintes materiais: - Um recipiente transparente relativamente grande - Um Becker pequeno de vidro - Corante - Água O primeiro passo é encher o recipiente translucido com água torneira e depois colocar água quente com o corante no Becker, em seguida posiciona-se o Becker no centro do recipiente ILUSÕES DE ÓTICA
7 Damos o nome de ilusão de óptica às ilusões que enganam o nosso sistema visual. A ilusão faz com que enxerguemos qualquer coisa que não esteja presente ou faz com que enxerguemos imagens de uma forma errada. A imagem de um objeto, transmitida pela visão ao cérebro, é decodificada e interpretada. Porém, em determinadas condições, essa interpretação pode ser errônea, pois temos certa dificuldade em comparar ângulos, comprimentos e distâncias. A essa interpretação errônea do que vemos damos o nome de ilusão de óptica (MARQUES, s.d). A apresentação do tema aos alunos ocorreu de forma bastante simples. Primeiramente foi realizada uma breve explanação aos mesmos sobre alguns conceitos de Física que explicam o fenômeno da ilusão da ótica. Posteriormente, com uso de Datashow foram passados alguns exemplos de ilusão, instigando-os a perceberem o como a visão pode nos enganar. Por fim, foi distribuída uma folha a qual continha um desenho de dragão o qual produzia um efeito 3 D, usando a técnica de dobradura. (figura 2) Figura 2: Dragão 3 D confeccionado pelo alunos Fonte: 4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Explanação dos assuntos e realização dos experimentos com os alunos no laboratório de Ciências do Colégio RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS:
8 Data show, materiais e reagentes de laboratório, água, água sanitária, suco de repolho roxo, vinagre, suco de limão, leite de magnésia e cinzas. 5. RESULTADOS: Os alunos perceberam que é possível fazer diversos experimentos relativamente simples com materiais que usamos diariamente em nosso cotidiano. Além do mais os alunos adquiriram um maior conhecimento dos principais cuidados que se devem ter quando estão em um laboratório de Ciências e Biologia. 6. CONTRIBUIÇÃO DA ATIVIDADE PARA A FORMAÇÃO DOCENTE: Maior contato dos acadêmicos com os alunos da escola; prepara os acadêmicos como futuros professores, pois as experiências aproximam a teoria da prática chamando a atenção dos alunos e fugindo da rotina da sala de aula. REFERÊNCIAS: AQUINO, M. L. A.; OLIVEIRA, M. G. Indicadores ácido-base. Centro Federal De Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET MG. Departamento de Química Disponível em: < acessado em 13 de setembro de BEHRING, J. L. et al. Adaptação no método da gota para determinação da tensão superficial: um método simplificado para a quantificação da CMC de surfactantes no ensino da química. Quim. Nova, Vol. 27, No. 3, , BERNARDINO, A. M. R. et al. Antocianinas - Papel indicador de ph e estudo da estabilidade da solução de repolho roxo: Disponível em < Acesso em: 6 jun FERREIRA, F. de M. et al. de. Sangue do Diabo. SBQ Jovem. Disponível em: %20FERREIRA. Pdf. Acesso em: 6 jun FRANCISCO, V. Determinação da densidade de sólidos e líquidos. Disponível em: Acessado em: 13/09/2013 FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1997.
9 GIORDAN, M. O Papel da experimentação no ensino de Ciências. Química nova na escola. Experimentação e Ensino de Ciências N 10, novembro MARQUES, J, A.; BIAZOTO K.; FORTUNA, J; BIASI, H,L; DOMINGUINI,L. Projeto de extensão como ferramenta na difusão de conhecimentos químicos. XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) e X Encontro de Educação Química da Bahia (X EDUQUI) Salvador, BA, MARQUES, D. Ilusão de Óptica. s/d. Disponível em: Acesso em 02 out MEDEIROS, F. Abastecimento de água. Disponível em: Acessado em: 13 set NETO-FERRAZ, L. Um peixe de papel. Disponível em: Acessado em: 13 set PONZONI, R. Tensão superficial e escoamento de fluídos. Aula Disponível em: escoamento%20de%20fluidos. pdf. Acessado em: 13 set REGINALDO, C. C.; SHEID, N. J.; GÜLLICH, R. I. C. O ensino de Ciências e a experimentação. IX ANPED SUL. Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul SILVA, J. D.; SILVA S. S. A.;PACHECO V. R. BORGES L. C. E. Estudo da eficácia do extrato de repolho roxo como ácido-base. Enciclopédia Biosfera N.07, Goiânia, SOUZA, A. R.; CLARA, J. P. S.; MOREIRA, J. R. Ácidos, bases e óxidos. Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia - IFES, Aracruz ES, Disponível em: no dia 13 de setembro de THENÓRIO, I. Minivulcão submarino Disponível em: Acessado em: 13/09/2013.
10 ANEXOS Fotos da oficina de Ciências no Colégio BernardinaSchleder
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