O Gerenciamento do Planejamento de Mercado nas Distribuidoras de Energia Elétrica. Análise Econômica e Institucional de Sistemas Energéticos
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- Bianca Ana Júlia de Abreu Philippi
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1 O Gerenciamento do Planejamento de Mercado nas Distribuidoras de Energia Elétrica Análise Econômica e Institucional de Sistemas Energéticos A apresentação visa o processo de organização da indústria energética, analisando o papel dos diversos atores envolvidos, com ênfase na reestruturação atualmente em curso destacando a estruturação institucional, gestão, concessão, regulação, controle e fiscalização de sistemas energéticos, racionalização do uso de energia, modelos e sistemas tarifários. Aspectos Abordados A importância no planejamento de mercado das empresas de distribuição de energia frente às expectativas econômicas para um cenário futuro, que exercem influências sobre o planejamento energético de uma distribuidora de energia elétrica. Descreve o processo metodológico de prospecção do mercado de faturamento de energia e seu balanço energético, demonstrando o tratamento do dados para prospecção dos volumes de energia a serem adquiridos para contratação e projeção do mercado faturado de energia. Busca a capacidade existente de se prever o futuro em detrimento ao melhor planejamento de suas atividades e operações, em um ambiente regulado. 1
2 Aspectos / Problemas Abordados A Dicotomia entre o Público e o Privado A regulação como forma de garantir o equilíbrio entre os interesses dos consumidores, dos empreendedores e do governo Regulação por Custo vs. Incentivos O mercado de distribuição de energia elétrica, o novo modelo do setor e seus riscos associados Realinhamento e Modicidade tarifária Prospecção do mercado de distribuição de Energia Balanço Energético da Distribuição de Energia Mercado Faturado, Perdas e Carga Própria de Energia Forças Competitivas de Mercado Forças Competitivas de Mercado Forças Competitivas de Mercado Entrantes Análise SWOT Fornecedores Compradores Energéticos Substitutos Fonte: Michael Porter (1980) Competitive strategy: techniques for analysing industries and competitors Forças = Strengths Fraquezas= Weaknesses Oportunidades =Opportunities Ameaças= Thereats Ajuda = Helpful Atrapalha = Harmful Origem Interna (endógena) = Internal Origin Origem Externa (exógena) = External Origin Fonte: Análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard Business School: Kenneth Andrews and Roland Christensen. 2
3 Monopólio Natural - Maximização do Lucro - Economia de Escala $ D RM g P M C M g C Md Competitivo: P = Rmg = CMg Monopólio: P > Rmg = CMg No mercado competitivo: o preço se iguala ao custo marginal Em um mercado competitivo, cada empresa é tão pequena comprada com o mercado que não pode influenciar no preço do produto No Mercado Regulado: o preço é maior que o custo marginal Q M Fonte: Cap. 15,16,18 Gregory Mankiw Monopólio Natural Mercado Competitivo $ D Q A Ineficiência do Monopólio Uma vez que o monopólio cobra um preço superior ao custo marginal, nem todos os consumidores atribuem ao bem um valor superior ao custo e o compram. Assim a quantidade vendida a um monopolista é inferior ao nível social eficiente, e também provocando perdas sobre a quantidade eficiente de produção. Ocorre uma perda da quantidade ideal e eficiente de produção ou seja a planta de produção tem a eficiência comprometida. $ Demanda Peso Morto p m C Mg Q m R Mg Q eficiente Quantidade 3
4 Após a reforma do setor elétrico, adotou-se o regime de Regulação por Incentivos para regular as tarifas de eletricidade Anos 90 Reformas no Setor Elétrico Brasileiro Regulação pelo Custo do Serviço Regulação por Incentivos Fonte: Instituto Acende Brasil Fonte: Instituto Acende Brasil Ausência de incentivos à racionalidade dos custos e prudência nos investimentos Incentivos para o aumento de produtividade e compartilhamento dos ganhos com os consumidores A regulação deve garantir o equilíbrio entre os interesses dos consumidores, dos empreendedores e do governo Objetivo da Regulação Equilíbrio entre os interesses dos consumidores, dos empreendedores e do governo Consumidores Impedir preços abusivos e queda da qualidade dos serviços Governo Agências Estabelecer tarifas que remunerem adequadamente o capital investido Empreendedores Resistir a pressões político-eleitorais por tarifas artificialmente menores ou desatreladas dos custos Os processos de reajuste tarifário são os instrumentos para regular as tarifas de energia elétrica 4
5 Metodologia Propõe a estudar o mercado de energia e sua interação com a economia, destacando o registro de eventos, estatísticas econômicas e energéticas a serem utilizadas no processo de elaboração de cenários de energia. A metodologia adotada será a utilização de modelos econométricos para previsibilidade do consumo de eletricidade e análises mercadológicas. Modelos Econométricos = são aqueles que necessariamente contém as especificações (forma matemática, definição de variáveis, numero de equações) para aplicação empírica, além de incorporar um termo residual com a finalidade de levar em conta variáveis ou outros elementos que, por alguma razão, não puderam ser considerados explicitamente. Ex.: -Função consumo: C = b0 + b1y + e. ou Esta metodologia procura documentar o registro de informações e análise de discussões sobre temas energéticos que subsidiam os estudos de planejamento de longo prazo de uma distribuidora e sua interação como o Plano Nacional de Energia, a Matriz Energética Nacional, e as suas questões regulatórias, tarifárias e políticas. Metodologia O objetivo geral da elasticidade é proporcionar uma medida do grau de interrelação entre a demanda e uma variação qualquer. Pode-se chamar a elasticidade-renda da demanda de um bem () como a sensibilidade desta ante as variações da renda, podendo ser definida como: Assim, a elasticidade-renda da energia elétrica corresponde à variação percentual do consumo de energia dada a variação de 1% na renda,pib,etc... Se este valor for maior do que 1 a demanda é considerada elástica, ou seja, o consumo cresce mais do que a renda. Se for igual a 1, a demanda é unitária, sugerindo que o consumo varia exatamente igual a renda. Se for menor do que 1 a demanda é inelástica e o consumo varia menos do que a renda. Se for menor do que zero, o bem deixa de ser normal e passa a ser inferior, ou seja, seu consumo diminui quando a renda aumenta. 1 0 > 1 Demanda Elástica = 1 Elasticidade Unitária < 1 Demanda Inelástica < 0 Elasticidade Negativa Ex: Brasil Demanda Elástica AES Eletropaulo Demanda Inelástica (Região Madura) 5
6 Metodologia Tratamento da Base de Dados Consumo livre + consumo cativo sem o programa de perdas efetuado no passado e a energia interruptível Exclusão de anos atípicos (racionamento e eletrotermia) Projeção do Consumo e Carga Análise Bottom Up e Top Down Projeção consumo cativo + livre x variáveis macroeconômicas e populacionais (analise estatística e econométrica):ex.: Residencial: Renda Nominal Industrial: PIM-SP Comercial: PIB Serviços Rural: PIB Agrícola Poder Público e Serviço Público: PIB SP Iluminação Pública: População Metodologia do Consumo Bottom UP INTERRUPTÍVEL INTERRUPTÍVEL PROJEÇÃO E ANALISE ESTATÍSTICA E ECONOMÉTRICA INTERRUPTÍVEL INTERRUPTÍVEL EFICIENTIZAÇÃO Tratamento da Base Histórica Eliminação de efeitos não econômicos 6
7 Metodologia Há duas metodologias: Projeção do consumo total (inclusive programa de perdas, energia interruptível, clientes livres) + perdas de distribuição (suficiente para que o índice de perdas critério físico atinja o valor meta) cálculo por dentro da carga. Projeção carga x PIB As duas projeções são comparadas e possíveis ajustes são feitos no consumo, programa de perdas e carga Metodologia da Carga TOP DOWN META ÍNDICE PROJEÇÃO DISTRIB. INTERRUPTÍVEL CARGA FINAL CARGA ESTIMADA CARGA REALIZADA 7
8 Elasticidade da Carga 07/04/2010 Resultados Alcançados Residencial Carga Própria 8,0000 7,0000 6,0000 y = 1,90468x -0, ,0000 R 2 = 0, ,0000 3,0000 2,0000 1,0000 0,0000-1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 % ao ano do PIB Industrial Mercado Total Residencial Industrial Comercial Rural Poder Público Iluminação Pública Serviço Público Consumo Próprio Premissas Macroeconômicas Renda Nominal PIM PIB Serviços PIB Agropecuária PIB SP População Vs Elasticidade PIB SP Estimativa Própria Planejamento de Mercado Saída de Clientes para o Mercado Livre Análise de curvas de carga Mercado Cativo e Livre Mercado por estrutura de tarifa Business Plan BPG PIB Inflação Juros Desemprego Renda Balança Comercial Prod. Industrial Comércio Câmbio Indicadores Econômicos Inteligência de Perdas Clientes Corporativos Perdas Físicas Recuperação de Perdas Coordenação Black Holes Empresarial Clandestinos Reajuste Tarifário Matriz Tarifária Tipologia da Carga Mercado Cativo e Livre Mercado por estrutura de tarifa Financeiro Planejamento de Mercado Centro de Medição Unidades Planejamento Operação do Sistema Projeções de Mercado Análise do comportamento do mercado por Classe Tensão Atividade econômica Órgãos Externos Comercial. de Energia Gestão De Risco Curvas de carga por Cliente, Fronteira e Estações SAMP- ANEEL SIMPLES EPE Dados Secretaria de Energia Mercado Consumo Médio dos Clientes Livres Oferta de PCH s no sistema Previsão de Carga de Planejamento Previsão de consumo de Clientes Livres Comportamento da Carga 8
9 Conclusão Tais conhecimentos são fundamentais para a melhor assertividade dos modelos de projeção de consumo e contratação de energia elétrica Geram uma melhor percepção aos riscos envolvidos na gestão da demanda e oferta nacional em um mercado cada vez mais competitivo. Andrade & Canellas Escritório São Paulo Rua Alexandre Dumas, º andar Chácara Sto. Antonio São Paulo SP CEP Tel.: Fax: Escritório Rio de janeiro Praia Botafogo, 228 6º andar Sala 606 Botafogo Rio de Janeiro RJ CEP Tel.: / 8871 / 8483 Escritório Brasília SHS Qd. 06 Bl. E Loja 1504 / 1505 Ed. Brasil XXI Brasília DF CEP Tel.: /
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