Palestra: Panorama Econômico atual: Perspectivas Andrew Frank Storfer
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- Giovanni Oliveira Arruda
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1 Palestra: Panorama Econômico atual: Perspectivas Andrew Frank Storfer
2 24 Usinas em Operação 5 Usinas em Construção R$ 1,4 Bilhão em investimentos 5ª maior comercializadora independente do País Comercializa anualmente energia equivalente ao consumo de mais de 5 milhões de habitantes Mais de 500 grupos consumidores como clientes Gestão de 110 hospitais Redução média de custos de energia acima de 20%
3 R$ 2,5 bi de Mais de R$ 1,4 bi de investimentos em ativos de geração. Mais de 15 anos no setor elétrico 24 usinas de 500 clientes consumidores Escritórios em Faturamento geração em operação SP, MG, GO, SC e BA Uma empresa FORTE em Energia
4 Como a economia evoluiu nos últimos tempos? Governo Dilma Governo Lula Governo FHC Base Controle da Inflação Lei Responsabilidade Fiscal Agencias Reguladoras Atração de Capital Privado Pilares Macroeconômicos Metas de Inflação Superávit Primário Câmbio Flutuante Consolidação (X) Controle Contas Públicas (X) Aumento da Competitividade (X) Expansão Forte Aumento Infraestrutura (X) Onda mundial permitiu surfar Expansão pelos Investimentos (X) Inserção mais trabalhadores Aumento do Crédito Expansão pelo Consumo Porém... Início do desequilibrio mais acentuado das contas públicas pelo gasto excessivo 2º mandato... Descontrole nos Gastos Grande Intervenção na Economia Tendência Estatizante Abandono dos Pilares Desequilíbrio Macroeconômico Afastamento do Capital Privado
5 +
6 Inflação oficial (% ao ano) Brasil EUA Zona do Euro
7 Contenção artificial por meio de preços administrados. Exemplos: Gasolina Energia Elétrica Telefonia etc. e também pelo câmbio Impossibilidade de continuidade de forte represamento dos administrados (há limites) Início de acomodação de preços livres pela tendência geral Grande Influência do desemprego e influência adicional de fatores como boa safra e câmbio apreciado
8 A resistente Inflação de Serviços: - Inflação de serviços finalmente cede. - Serviços em geral são providos e consumidos localmente (não podem ser importados). - Dependem mais de renda e emprego (oferta e procura): - Reajustes indexados sustentaram renda de muitas categorias mesmo na crise. Desemprego tem que atingir altos níveis para fazer efeito.
9 Alto e crescente índice de difusão (período 2012 a 2015 mais elevado que 2008 a 2011) Desemprego foi o grande fator de ajuste
10 - Últimos anos (até 2015) complacência com a inflação. Tolerância com o teto (meta+banda). Teto NÃO é meta. - Se é uma meta, qual é o prazo para ser atingida? É preciso fazer um regime e se perder 5 kg. Mas em quanto tempo? Em 3 meses ou em 2 anos? - Inflação caminha rapidamente para a meta - Possível redução da meta/banda
11 Taxas de Juros Nominais (Junho 2016) Classificação País Taxa aa Argentina 30,25% Venezuela 21,36% Brasil 14,25% Russia 10,50% Colômbia 7,50% Turquia 7,25% África do Sul 7,00% Índia 6,50% Indonésia 6,50% China 4,35% México 4,25% Chile 3,50% Filipinas 3,00% Malásia 3,00% Austrália 1,75% Polônia 1,50% Tailândia 1,50% Taiwan 1,38% Coreia do Sul 1,25% Hungria 0,90% Hong Kong 0,75% Canadá 0,50% Estados Unidos 0,50% Reino Unido 0,50% Cingapura 0,44% Israel 0,10% República Tcheca 0,05% Alemanha 0,00% Áustria 0,00% Bélgica 0,00% Espanha 0,00% França 0,00% Grécia 0,00% Holanda 0,00% Itália 0,00% Portugal 0,00% Japão -0,10% Suécia -0,50% Dinamarca -0,65% Suíça -0,75% Taxas de Juros Reais (Junho 2016) Classificação Ex-Post País Taxa aa Brasil 5,0% Indonésia 3,0% Russia 2,8% China 2,4% Polônia 2,3% Cingapura 2,1% México 1,7% Malásia 1,4% Tailândia 1,1% Hungria 1,1% Filipinas 1,1% Israel 0,9% Espanha 0,8% Grécia 0,7% Índia 0,7% África do Sul 0,7% Taiwan 0,5% Coreia do Sul 0,5% Austrália 0,4% Itália 0,4% Japão 0,3% Holanda 0,0% Reino Unido 0,0% República Tcheca -0,1% França -0,2% Alemanha -0,3% Suíça -0,4% Turquia -0,4% Estados Unidos -0,5% Portugal -0,5% Áustria -0,6% Chile -0,7% Dinamarca -1,0% Canadá -1,0% Colômbia -1,0% Suécia -1,5% Hong Kong -1,8% Bélgica -2,1% Argentina -5,5% Venezuela -56,8% Média -1,1% Ex-Ante País Taxa aa Brasil 8,0% Russia 3,0% Indonésia 2,4% China 2,3% Polônia 2,1% Índia 1,5% México 1,3% Filipinas 1,1% Tailândia 1,0% Cingapura 0,8% Malásia 0,5% Austrália 0,4% África do Sul 0,4% Espanha 0,3% Colômbia 0,3% Taiwan 0,3% Hungria 0,3% Coreia do Sul 0,2% Grécia 0,1% Itália 0,0% Japão -0,1% Suíça -0,3% Turquia -0,3% Alemanha -0,4% França -0,4% Holanda -0,4% Chile -0,5% Portugal -0,6% República Tcheca -0,7% Israel -0,7% Canadá -1,1% Dinamarca -1,1% Áustria -1,2% Suécia -1,4% Reino Unido -1,5% Bélgica -1,7% Hong Kong -1,7% Estados Unidos -2,0% Argentina -3,5% Venezuela -68,5% Média -1,5%
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13 Juros pagos pelo setor publico representaram em 2015 cerca de 8,4 % do PIB. Em 2016 cerca de 6,5 %. Mais que o dobro de gastos com saúde, educação e investimentos diretos. O resultado primário de 2016 foi um déficit de R$ 155 bilhões. Mas pagamos de juros R$ 407 bilhões! O valor de juros pagos em 2016 pelo Governo seria suficiente para: Construir 380 mil escolas ou Construir 500 aeroportos ou Construir 250 mil km de estradas ou Construir 6 milhões de casas populares
14 Selic elevada é resultado do desajuste das contas públicas e também do perfil da dívida (alongado ou curto). Em 2015 a carteira compromissada era de R$ 1,1 trilhão (19,9% do PIB) sendo R$ 849,8 bilhões (15,1% do PIB) operações com prazo médio de 27 dias.
15 Taxa básica de juros (% ao ano) Brasil EUA Zona do Euro
16 Taxas Soberanas Pré -fixadas para 10 anos (% ao ano) Brasil
17 Juros de equilíbrio (ou juro neutro): Afetado pelos fatores citados Nas condições atuais é possível ser entre 4,0 4,5 % aa para o próximo biênio Com a previsão atual da inflação para este ano em torno de 4,0% (abaixo da meta atual de 4,5% aa) é possível Selic exante ser no final do ano algo como 8,0 8,5% aa, com tendência de baixa. O desafio é baixar o spread bancário (a diferença entre a Selic custo de captação e o juro praticado na ponta para empresas e consumidores) que no Brasil é dos mais altos do mundo.
18 Previsão 2017: rombo de R$ 139 bilhões. Previsão 2018: rombo de R$ 79 bilhões aumentado para R$ 129 bilhões. Resultado de 2017 depende de R$ 60 bilhões de receitas excepcionais (20bi concessões e vendas de ativos, 17bi leilões energia, 13bi repatriações, 10bi regularização tributária)
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20 GOVERNO CENTRAL METAS (R$ BILHÕES) ERAM REVISADAS PARA ESTATAIS FEDERAIS ESTADOS E MUNICÍPIOS SETOR PÚBLICO CONSOLIDADO
21 Desequilíbrio do INSS (em bilhões): 2015: R$ : R$ : R$ 185 Os gastos com previdência, sem reforma, evoluem de 40% do gasto primário do Governo Central em 2016 para 50% em 2020 e 65% em 2025, comprometendo teto de gastos
22 O PROBLEMA NOS ESTADOS É AINDA MAIOR
23 55% do Orçamento Público Federal vai para pagamento de aposentadorias e pensões, lembrando que o Brasil tem menos de 10% de sua população como idosos 8,5% do Orçamento vai para educação, lembrando que 30% da população tem menos de 15 anos 9,5% vai para saúde A perspectiva do envelhecimento médio da população é bastante real: A população urbana entre 1950 e 2015 foi multiplicada por 9,5 vezes (mais que China e India) O crescimento populacional médio anual foi de 3% entre 1950 e 1980 para 0,8% atualmente e com projeção de0,4% para a próxima década A expectativa de vida aumentou quase 30% neste período
24 Em meados de 1996 USD 1 = R$ 1 Uma análise parcial é a simples correção pelas inflações: a taxa de cambio seria hoje cerca de 1 USD = R$ 3,20. Porém, a análise efetiva deve ser realizada avaliando -se a cesta de moedas ponderada pela corrente de comércio (termos de troca): hoje cerca de 1 USD 3,50 = R$
25 Porém: Apesar da reversão da entrada de capitais para saída no que tange ao portfolio de renda fixa em , o desmonte das posições de hedge cambial face a uma percepção de risco menor com o novo governo a partir de 2016 compensou largamente as saídas e provocou uma baixa no câmbio O CDS (de certa forma um medidor do grau de risco) se situa em uma posição estável e com certo conforto O resultado da balança comercial é bastante positivo (para 2017 de mai de USD 52 bilhões) O resultado da conta corrente apesar de negativo é relativamente moderado (para 2017 cerca de USD 25 bilhões) e é amplamente financia pelo Investimento Estrangeiro Direto (para 2017 cerca de USD 75 bilhões) Com este quadro, a tendência do câmbio é de se manter no patama pelo menos 12 meses. Até com uma pequena probabilidade de se aprecia um pouquinho mais (tendência hoje). dea não ocorrência (ou adiamento, o reforma insuficiente) da reforma da previdência pode representar um fato de turbulência para o câmbio com leve depreciação.
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27 Condições de crédito extremamente ruins Muitas empresas não geram caixa suficiente nem para pagar os juros Inadimplência alta,em com 12% do crédito total empresas para tendo sido renegociado. Renda e emprego em baixa, atividade econômica recessiva, riscos em alta: bancos recuam fortemente na liberação de crédito BNDES com forte redução de recursos, limita empréstimos reduzindo ainda mais a atividad econômica Crédito para empresas estão 45% abaixo do pico de crédito de 2008 Spread bancário é enorme, garantias exigidas também. Resultado: poucas novas libe Porém, alguns fatores empurram para mudanças: Selic em franca queda reduzindo resultados com títulos públicos Bancos com dificuldades para fazer ativos e carteiras de crédito antigas terminando Melhorias do quadro geral com sinalização de futuro mais positivo e com menor risco Com isto, provável início de afrouxamento das restrições de crédito no último trimestre d 2017
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30 2017 ainda não é o ano de crescimento. Apenas estanca a queda. PIB nominal de 2017 deve ser quase igual ao de 2016 (crescimento entre 0,5% e zero) 2018 PIB pode crescer entre 2% e 3% Dependendo das reformas pode se manter nesta faixa por algum tempo mais longo evitando o vôo de galinha.
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32 População Milhões Em idade de trabalhar Na ativa Ocupada Desempregada Fora da força de trabalho % ativo / % ocupado / fora desempregado ,4 87,1 12,7 38,6 População Milhões Ocupada Setor Privado com carteira sem carteira Trabalhador Doméstico Empregador Trabalhador conta própria Setor Público % Ocupada % com / sem carteira 49,9 77,0 23,0 6,9 4,4 27,3 12,8
33 Brasil participa apenas em cerca de 1,3% do comércio mundial Saldo da balança comercial aumentou muito mais pela queda das importações
34 Sujeito às condições internas (juros reais, câmbio, macroeconomia), às condições mundiais (especialmente EUA) e ao rating do Brasil (grau de investimento)
35 Governo Federal investe menos que 1,5% do PIB. Governo desejava mudar o papel de indutor dos grandes investimentos para o de investidor direto. A FBCF é muito abaixo do necessário para um país como o Brasil. No Brasil a poupança é baixa e portanto a capacidade de investimento é baixa. O investimento depende do lucro das empresas. Como ele caiu, caíram os investimentos.
36 PONTOS DE ATENÇÃO SE VIVENCIA GRANDE DISTANCIAMENTO ENTRE PODER, ECONOMIA E SOCIEDADE A CRISE É ECONÔMICA, POLÍTICA E INSTITUCIONAL, MAS A ORIGEM É ECONÔMICA O PAÍS ESTÁ EM PROCESSO DE REEQUACIONAMENTO DAS VISÕES IDEOLÓGICAS A CRISE SERÁ SEVERA E PROLONGADA E DEVERÁ DEIXAR CICATRIZES EMPREGO NÃO RETORNARÁ DA MESMA FORMA QUE ERA. A REDUÇÃO DA NECESSIDADE DE MÃO DE OBRA É UMA TENDÊNCIA MUNDIAL E VEM OCORRENDO DE FORMA ACELERADA. ESTE FENÔMENO SE ACENTUA EM CENÁRIOS PÓS-CRISE. PONTOS POSITIVOS: BRASIL É O MAIS OCIDENTAL DOS BRIC, TEM GRANDE MERCADO CONSUMIDOR, ALTA NECESSIDADE DE ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS PARA INFRAESTRUTURA, ESTÁ SE VOLTANDO PARA REFORÇAR O CAMINHO DE ECONOMIA DE MERCADO, ESTÁ SE DEPURANDO NA POLÍTICA E POSSUI DEMOCRACIA CONSOLIDADA. GOVERNO COLOCOU NA PAUTA AS ESQUECIDAS REFORMAS E AJUSTES ESTRUTURAIS DO PAÍS
37 PONTOS DE ATENÇÃO O AJUSTE PELO AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA É DANOSO E COMPROMETE O FUTURO, DRENANDO MAIS RECURSOS DE UMA SOCIEDADE QUE JÁ ENFRENTA QUEDA DE PIB, RENDA E EMPREGO, COM BAIXÍSSIMO INVESTIMENTO, E TRANSFERE RECURSOS A UM ESTADO TOTALMENTE INEFICIENTE O AJUSTE PASSA PELA REDUÇÃO DO ESTADO E MELHORIA DE SUA EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE. VALE PARA GOVERNO FEDERAL, ESTADOS E MUNICÍPIOS, E TAMBÉM ESTATAIS A RETOMADA DE CRESCIMENTO PELOS INVESTIMENTOS DEPENDERÁ: DA DEFINIÇÃO DA VISÃO SOBRE O CAPITAL PRIVADO POR PARTE DO GOVERNO DA SERIEDADEDE AJUSTES MACROECONÔMICOS, PRINCIPALMENTE DAS CONTAS PÚBLICAS DA AGENDA DE REFORMAS: PREVIDÊNCIA, TRIBUTÁRIA, TRABALHISTA DA AGENDA MICROECONÔMICA, PRINCIPALMENTE NA MELHORIA (ACENTUADA) DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS
38 Obrigado Andrew Frank Storfer
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