ANO 6 NÚMERO 60 JUNHO DE 2017 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

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1 ANO 6 NÚMERO 60 JUNHO DE 2017 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Enquanto a população brasileira vive na expectativa de novos acontecimentos na seara política, com a revelação de novos escândalos financeiros, a economia não revela sinais efetivos de recuperação ou de sinalização de melhorias. Na realidade convivemos com situações mais sombrias com poucas chances de reversão de expectativas de curto prazo. Paralelamente enquanto o país não se destaca por melhorias sociais, econômicas ou políticas, estamos no front dos países mais corruptos numa pesquisa realizada entre 63 países divulgada pelo suíço IMD (International Institute for Management Develop) no Relatório Global de Competitividade Global A Economia Mundial atravessa um período de retomada de crescimento, resultante das políticas de estímulo financeiro adotadas pelos EUA (até o ano passado) e pela Zona do Euro, ainda mantida em vigor. Sintomaticamente, o abandono pelos EUA da política de Quantitative Easing e a adoção de novo ciclo de aumento da taxa de juros, fez com que a Zona do Euro e a própria União Européia venha a apresentar melhor desempenho econômico, destacando-se neste contexto a Portugal, cuja política econômica tem se dirigido, ainda que limitadamente, contra as medidas de austeridade fiscal. 2 Taxas de Investimentos no Brasil são cada vez menores Prof. Flávio Riani O ambiente político brasileiro recente tende a contribuir cada vez mais para a diminuição nas taxas de investimentos no país devido à insegurança e a imprevisibilidade que ele causa nas áreas sociais, políticas e econômicas. Tais situações têm contribuído para um desempenho cada vez menor nos níveis de investimentos no Brasil. A trajetória recente das taxas de investimentos estão destacados nos gráficos 1 e 2 seguintes que apresentam respectivamente as variações anuais e as taxas em proporção do PIB nos primeiros trimestres dos anos. EXPEDIENTE Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais: Grão-Chanceler Dom Walmor Oliveira de Azevedo Reitor Professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães Vice-Reitora Professora Patrícia Bernardes Assessor Especial da Reitoria Professor José Tarcísio Amorim Chefe de Gabinete do Reitor Professor Paulo Roberto Souza Chefia do Departamento de Economia Professora Ana Maria Botelho Coordenação do Curso de Ciências Econômicas Professora Ana Maria Botelho Coordenação Geral Professor Flávio Riani e Professor Ricardo F. Rabelo Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais: Prédio 14, sala 103 Avenida Dom José Gaspar, 500 Bairro Coração Eucarístico CEP: Tel: icegdigital@pucminas.br

2 Inicialmente o gráfico 1 destaca as variações anuais das taxas de crescimento dos investimentos a partir de ,0 21,0 20,0 19,0 18,0 17,0 16,0 15,0 14,0 13,0 20,5 18,3 Gráfico 1 - Taxa de Investimento -Brasil 1º Trim.ano -em % do PIB 17,1 20,7 15,6 As taxas apresentadas pelo gráfico 1 evidenciam o baixo nível de investimentos no país, cujo valor referente ao primeiro trimestre de 2017 é o mais baixo no período em destaque. A taxa de 15,6% distancia-se significativamente da ideal para o país, que gira em torno de 25%. O alcance desses patamares de investimentos é consequência das variações ocorridas ao longo do tempo conforme destaca o gráfico 2. Ele destaca que as variações anuais nos níveis de investimentos recentes têm sido decrescentes, o que contribuiu para o baixo nível registrado no gráfico 1. Gráfico 2 - Variação anual do Investimento - Brasil Taxa como Proporção do PIB 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0-5,0-10,0-15,0-20, Fonte: IBGE

3 3 - Baixo Investimento - Alta Taxa de Desemprego Uma das consequências imediatas do baixo nível de investimentos nas atividades produtivas é a redução ou estagnação na geração de empregos. No caso brasileiro, além de não estar havendo criação de novas oportunidades de empregos, estão havendo diminuições nas vagas hoje existentes. No primeiro ano do governo Temer, houve uma elevação de mais de 2,6 milhões de desempregados, o que representa um crescimento de 23,1% em relação ao contingente apurado no trimestre imediatamente anterior à sua posse. Segundo informações do IBGE 14 milhões de pessoas procuraram e não conseguiram empregos entre fevereiro e abril de Tal fato mostra a incapacidade do atual governo em tratar da questão uma vez, conforme mostram os dados do gráfico 3, a evolução das taxas de desemprego aumentaram após o impeachment. Gráfico 3 -Taxa de Desemprego -Brasil Porcentagem -% ,2 11,2 13,6 Fonte: IBGE 4 - SELIC x Consumo x Inflação Apesar da discreta trajetória decrescente da taxa de juros oficial (SELIC) determinada pelo Banco Central, percebe-se que ela ainda é extremamente elevada, gerando como consequência elevados ganhos ao setor financeiro e se apresentando como desestímulo ao investimento e ao consumo. Esse perfil de taxa de juros básico relativamente elevado provoca um efeito indireto em cadeia, tendo como resultado taxas extremamente altas nos diversos tipos de empréstimos, sobretudo aqueles relacionados ao consumo como é o caso dos cartões de crédito. Tal fato associado ao nível de desemprego destacado no item anterior provoca, entre outras coisas, drástica diminuição na demanda interna via consumo das famílias e do consumo em geral, como mostra o gráfico 4 seguinte.

4 Gráfico 4 Volume de Vendas com Ajuste Sazonal Índice de Base Fixa e Média Móvel Trimestral Fonte: IBGE Os dados do gráfico 4 mostram a trajetória decrescente ocorrida no volume de vendas no país. Após um período de um estável volume de consumo ocorrido entre abril/14 a dez/14, há uma mudança significativa de queda na trajetória do volume de vendas realizadas no país. Tal comportamento impacta de forma negativa na estrutura produtiva do país uma vez que a diminuição no volume de consumo afeta diretamente o segmento de produção por com efeitos negativos sobre investimentos, arrecadação fiscal, empregos, etc. O comportamento restritivo do nível de consumo tem contribuído de forma contundente para a diminuição observada nas taxas de inflação no país, medida pelo IPCA. A trajetória decrescente dessas taxas está sendo fortemente influenciada pela queda na demanda interna, ocasionada pelo arrefecimento no consumo e pela diminuição originária de investimentos, cujas taxas, conforme destacado no item 2, têm também apresentado substantivas quedas. O gráfico 5 a seguir destaca trajetória recente da taxa básica de juros (SELIC) e das taxas de inflação medidas pelo IPCA. De certa forma elas retratam os pontos aqui destacados e refletem, também, um ponto relevante que é a elevação da taxa real de juro alcançada pela diferença entre a SELIC e a taxa de inflação. Os dados revelam que as quedas observadas na SELIC têm sido menos expressivas do que as da inflação, contribuindo para o aumento na taxa de juros reais.

5 Gráfico 5 -SELIC e IPCA -Brasil Taxas Acumuladas 12 meses Selic IPCA 2 0 Real jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 jul/16 ago/16 set/16 out/16 nov/16 dez/16 jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 Fontes: BACEN e IBGE 5 - PONTO ADICIONAL ÁS DIFICULDADES ECONÔMICAS As informações destacadas nos itens anteriores mostram um quadro econômico desalentador incapaz de gerar expectativas de melhoras num curto espaço de tempo. As incertezas que pairam no campo político não permitem gerar expectativas de qualquer natureza em relação ao que se desenrolará nos próximos dois anos. Aos poucos a sociedade vai conhecendo e tomando consciência das mazelas da atual cúpula administrativa do país, desacreditando cada vez menos nela, capaz de gerar o maior índice de rejeição a um governante nacional na nossa história republicana. Para agregar outro componente a esse quadro já desalentador destacamos a seguir o resultado da pesquisa entre 63 países, realizada pelo IMD, uma das mais conceituadas escolas de administração no mundo, sediada em Lousanne, divulgado no Relatório Global de Competitividade Global em relação ao ranking dos países mais corruptos. De acordo com os critérios desse relatório, os índices são divulgados entre 0 a 10, sendo que valores maiores refletem níveis mais baixos de corrupção. Conforme se pode ver através do gráfico 6, sem grandes surpresas o Brasil se posiciona em penúltimo lugar, sendo, dentro dos países avaliados, o país menos corrupto apenas do que a Venezuela ,43 Gráfico 6 - Taxa de Corrupção Pontuação 0 a 10 (Maior menos corrupção) 0,61 Fonte: IMD (Extraído Jornal Valor Econômico 01/06/2017)

6 6- ECONOMIA MUNDIAL: RECUPERAÇÃO LIMITADA Prof. Ricardo F. Rabelo Os dados sobre a atividade econômica mundial revelam uma realidade que análises superficialmente otimistas querem esconder: não há uma recuperação em marcha, mas uma tendência geral a um crescimento baixo, travado por fatores estruturais e pelas políticas de austeridade que, infelizmente, ainda permanecem dominantes. Segundo dados do FMI, em 2016 a economia mundial cresceu 3,1% refletindo principalmente a recuperação do crescimento em economias emergentes, que foi em média de 4,1%, enquanto nos países centrais o crescimento foi mais modesto, de apenas 1,6%, em média.obviamente, há grandes diferenças dentro de cada um desses grupos. Entre os países desenvolvidos, a aceleração do crescimento foi relativamente mais acentuada nos EUA (1,6%) e na Área do Euro(2%), enquanto os dados do Japão(1,2%) mostram crescimento menor. Entre os emergentes, destacam-se o crescimento da China - de 6,7% em 2016 e da Índia, de 6,60% em 2016, tendo apresentado resultados menos expressivos o México, de 2,2%, e o da Rússia, de 0,2% ficando o Brasil, em recessão, com - 3,8% em Quando se verifica o dado de um período maior como o da Tabela abaixo, vê-se que a tendência geral é de desaceleração, seja nos países desenvolvidos, seja nos países emergentes. Tabela I Outra análise importante se refere ao desempenho do volume de comércio internacional. Durante a década de 2000, o comércio internacional revelou uma dinâmica

7 maior que a atual, com uma taxa de crescimento perto de o dobro da taxa de crescimento do PIB mundial. No entanto, desde 2011 qa performance tem piorado sensivelmente, com uma grande aproximação entre essas taxas. Os dados revelam que no período final de 2016 o volume de comércio teve uma taxa de crescimento perto dos 2% anuais, maior que a taxa do final de 2015 (1,3% anuais), porém claramente menor que a taxa média de 6,7% anual verificada entre 2002 e EVOLUÇÃO RECENTE DA ECONOMIA DOS EUA: CRESCIMENTO PERMANECE BAIXO A Economia dos Estados Unidos fechou 2016 com um crescimento de 1,6%, abaixo dos 2,6% registrados no ano anterior. É a taxa mais fraca desde A expansão no primeiro semestre do ano foi prejudicada pela queda dos preços do petróleo e pela valorização do dólar, que reduziu os lucros das empresas e pesou sobre o investimento empresarial. No quarto trimestre, a taxa anual de crescimento do PIB chegou a 1,9%, No trimestre anterior, o aumento fora de 3,5%. No quarto trimestre, as exportações caíram a uma taxa de 4,3%, revertendo o crescimento de 10% do terceiro trimestre. A queda das exportações nos últimos meses do ano passado foi a maior desde o primeiro trimestre de O investimento privado aumentou, com os gastos em equipamentos avançando a uma taxa de 3,2% após quatro quedas trimestrais seguidas. O ganho reflete aumento na exploração de gás e petróleo, em linha com a recuperação dos preços do petróleo. No caso do investimento em petróleo houve aumento de 5,6%, após seis trimestres em que a queda trimestral anualizada foi, em média, de 15,5%. Outro setor que apresentou uma retomada dos investimentos foi o da construção residencial, que teve crescimento analisado de 9,6%, voltando a exibir dinamismo após dois trimestres de queda. Por outro lado, a variação de estoques somou mais 0,9% no trimestre significando cerca de 50% do crescimento no período. A recuperação do mercado de trabalho está tendo efeito positivo sobre os salários influenciando no crescimento dos gastos do consumidor. A taxa de desemprego está próxima dos níveis anteriores à crise de Em fevereiro, foram criadas 235 mil novas vagas nos mercados de trabalho não agrícola (210 mil na media dos três últimos meses) e a taxa de desemprego recuou 0,1 ponto percentual (p.p.), para 4,7%. Os salários por hora trabalhada aumentaram, em relação a igual período do ano anterior, de 2,6% em janeiro para 2,8% em fevereiro. A continuidade do crescimento está sendo prejudicada, por outro lado, pelo aumento da taxa de juros, determinada pelo FED com base numa avaliação exageradamente otimista sobre o crescimento da economia.

8 Outro fator desfavorável é o impacto negativo da política econômica do novo governo, ao ameaçar abalar as relações econômicas do país com seus principais parceiros econômicos como México e Canadá, e importantes mercados, como a China. Por outro lado, o presidente Donald Trump não aparenta ter o mesmo ímpeto que tem na implementação de polêmicas medidas políticas, na efetivação das medidas econômicas expansionistas como os anunciados projetos de grandes investimentos em infraestrutura, que poderiam significar um avanço considerável no dinamismo da economia americana. De acordo com os novos dados divulgados pelo Departamento de Comércio do Governo americano, o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,4% no primeiro trimestre deste ano, maior que as taxas de 0,7% e 1,2% divulgadas anteriormente. É o menor índice desde o primeiro trimestre de 2016, que apresentou uma taxa de expansão de 2,1% no quarto trimestre. A variação positiva dos gastos em consumo, que significa mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foi de 0,6%, o menor número para este período desde o quarto trimestre de 2009, e após expressiva expansão de 3,5% no quarto trimestre. Por outro lado, os gastos do governo tiveram redução de 1,1% no primeiro trimestre. Gráfico 7 Evolução Trimestral do PIB - EUA /2017 3,50% 3,50% 3,00% 2,50% Em porcentagem (%) 2,00% 1,50% 1,40% 2,10% 1,40% 1,00% 0,80% 0,50% 0,00% 1o. Trim o. Trim o. Trim o. Trim o. Trim 2017 Trimestres Fonte: Departamento do Comércio Governo dos EUA 6.2 A EVOLUÇÃO RECENTE DA ECONOMIA EUROPÉIA: HÁ UMA RECUPERAÇÃO SUSTENTÁVEL? A economia da zona euro cresceu 1,7% em 2016 enquanto o conjunto dos 28 Estados membros da União Européia (UE) cresceu 1,9%, segundo o Eurostat. Já no que se

9 refere ao quarto trimestre de 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro aumentou 1,8% e o da UE 1,9%, em relação ao mesmo período de A taxa de desemprego caiu para 9,6% em dezembro na zona euro, sendo que em Portugal houve o terceiro maior recuo neste mês entre os Estados-membros, de 2%. De acordo com os dados oficiais, a taxa de desemprego da zona euro apresentou redução, em dezembro de 2016, ficando em 8,2% tanto comparação com dezembro de 2015, e em 9,7% na comparação com novembro de Já na UE, o desemprego foi de 8,2% em dezembro de 2016, estável na variação trimestral, mas em queda na comparação anual (9,0% no mesmo mês de 2015).Em relação ao PIB da Zona do Euro, o crescimento de 0,4% no último trimestre de 2016 revelou-se estável em relação ao trimestre anterior. O fator mais importante foi à expansão do consumo, em 0,4%. Gráfico 8 Evolução Trimestral do PIB da zona do Euro 2016/2017 1,90% 1,90% 1,90% 1,85% 1,80% 1,80% 1,80% Em porcentagem (%) 1,75% 1,70% 1,65% 1,60% 1,60% 1,55% 1,50% 1,45% 1o. Trim o. Trim o. Trim o. Trim o. Trim 2017 Trimestres Fonte: Eurostat Escritório Europeu de Estatísticas

10 A maior evolução, no entanto, ficou com o investimento fixo, que ampliou-se de -0,7% no terceiro trimestre para +0,6% no quarto trimestre. O bom desempenho do investimento está diretamente ligado ao aumento da oferta de crédito, resultado da política de expansão quantitativa, que determina baixas as taxas de juros de longo prazo. No setor empresarial a oferta de crédito aumentou de -0,4% em meados de 2016 para +0,5% no final do ano. O crédito para pessoas físicas já estava crescendo desde o segundo semestre de 2015, tendo alcançado 2% em janeiro de No setor externo, a expansão da demanda agregada favoreceu as importações, que cresceram 2% no quarto trimestre em comparação com a queda de -0,1% no terceiro trimestre. Embora as exportações tenham crescido de 0,3% para 1,5%, a contribuição do setor externo para o crescimento do PIB foi negativa no quarto trimestre (-0,1 p.p.), ao contrário dos últimos três trimestres, em que foi positiva. Isso deve à valorização do Euro que perdeu 30% do seu valor entre maio de 2014 e março de 2015, mas não manteve o ritmo e teve uma pequena desvalorização de 8,2% no último trimestre de 2016 e, invertendo a direção, apresentou uma valorização de 1,5% no início de Por outro lado, o risco de uma deflação na Zona do Euro, que trouxe preocupação em 2016, parece temporariamente afastado, já que ocorreu um aumento da inflação de 1,8% em janeiro, enquanto que em 2016, principalmente no primeiro semestre, registraram-se variações negativas ou muito baixas dos preços ao consumidor. Um dos fatores dessa mudança está no crescimento, em janeiro, de 2,5% dos preços de combustíveis, que caíam à taxa anual de 5,4% em julho de O núcleo da inflação (excluindo energia, alimentos, álcool e tabaco) apresentou uma taxa de crescimento de 0,9%, bem inferior à meta de 2% do Banco Central Europeu. Em 2017, no 1º. Trimestre em relação ao 4º. Trimestre de 2016, o crescimento econômico da Zona do Euro foi revisado ligeiramente para cima, a 0,6%, segundo a Eurostat. Já em relação ao primeiro trimestre de 2016, o PIB cresceu 1,9% na zona do euro. Em termos comparativos, o crescimento na Zona do Euro foi o dobro do dos EUA no primeiro trimestre de A grande questão que se coloca é se essa retomada de crescimento é sustentável ou passageira. Se o Banco Central Europeu (BCE) entender que a zona do euro está estabilizada, poderá começar a retirar as medidas excepcionais de estímulo ao crédito. Em períodos anteriores houve experiências negativas: dois anos depois da criação da Zona do euro, em 1999, o euro perdeu quase 20% de seu valor. Houve decepção também após a crise de 2008, quando o bloco econômico, apesar de ter saído da crise da crise financeira com bom crescimento econômico, experimentou uma nova crise após 2011, quando o BCE elevou as taxas de juros no início de Alguns fatores vão no sentido positivo, pois em comparação com os EUA, o crescimento na zona do euro foi mais dinâmico, sendo que nos últimos dois anos e meio, a região cresceu 5,1%, ante 4,6% dos EUA.As previsões adotadas por quase todos analistas

11 para o crescimento da zona do euro em 2017 subiram de menos de 1,4% para mais de 1,7%., e apontam a queda contínua do desemprego, de 12,1% em 2013 para 9,3% em abril deste ano como um dos fatores importantes. Outro fator, contraditoriamente, é a queda da taxa de inflação anual, de 1,9% em abril para 1,4% em maio. Após temer-se a deflação, esta queda parece influenciar o BCE para continuar comprando 60 bilhões em títulos até o final deste ano, o que é importante para a manutenção de estímulos financeiros ao crescimento. Em recente comunicado, o Banco aposta em um crescimento sólido na zona do euro no segundo trimestre e indica a recuperação do crescimento global após uma trajetória difícil. Segundo o BCE, há uma série de fatores impulsionando a demanda agregada e o investimento como condições de financiamento favoráveis e taxas de juros baixas em um contexto do aumento dos lucros. Não há, no entanto, uma trajetória assegurada rumo ao crescimento. O principal fator negativo é a persistência das políticas de austeridade econômica nos países centrais e de resgate econômico na periferia da região. Há um grande contraste entre as anunciadas medidas de reforma trabalhista do Governo Macron na França, e os importantes resultados da política do atual governo português, que fez o país despontar com os maiores índices de crescimento da Zona do Euro. A política econômica de Portugal tem buscado fugir, de forma ainda limitada, aos ajustes neoliberais, o que já tem dado resultados práticos.

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