A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DA CIÊNCIA CARTESIANA

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1 A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DA CIÊNCIA CARTESIANA Paulo Rogerio Sequeira de Carvalho Bacharel e licenciado em filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pósgraduado em Filosofia Medieval pela Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro Resumo: O trabalho se concentrará no pensamento cartesiano que foi um dos principais arquitetos da própria noção de pensamento científico, tal como hoje a entendemos, com parte de sua visão voltada para aspectos metafísicos que contribuíram para sua tentativa de fundamentação dessa nova ciência. Palavras-chave: ciência, metafísica, ontologia. O projeto filosófico-científico inaugurado por Descartes faz uma defesa do novo modelo de ciência inaugurado por Copérnico, Kepler e Galileu contra a concepção escolástica de inspiração aristotélica em vigor no final da Idade Média. A defesa desse novo modelo de ciência depende da possibilidade de mostrar que a nova ciência se encontra no caminho certo, ao passo que a ciência antiga havia adotado concepções falsas e errôneas, como, por exemplo, o sistema geocêntrico de cosmo. O conflito entre os dois modelos de ciência, o antigo e o moderno, havia suscitado já no Século XVI sérias questões acerca da própria ideia de ciência. O nome René Descartes é sinônimo de nascimento da Idade Moderna. Os novos filósofos, o nome pelo qual ele e seus seguidores eram chamados no Século XVII, inauguram um deslocamento fundamental no pensamento científico, cujos efeitos ainda hoje estão presentes entre nós. Descartes é considerado o pai da filosofia moderna. Em suas obras Discurso do método e Meditações metafísicas trata da questão ou problema do conhecimento. O ponto de partida do filósofo a ser tratado é principalmente a dúvida, constitutiva de seu método. Começa duvidando de tudo, das testemunhas dos sentidos e das informações da consciência, da realidade do mundo exterior e da realidade de seu próprio corpo. Descartes só interrompe sua cadeia de dúvidas diante de seu próprio ser que duvida, daí surge a famosa afirmação cartesiana: Cogito, ergo sum. Este é o ponto de partida da construção de toda sua filosofia. Este eu é puro pensamento (res cogitans), já que a realidade exterior (res extensa) foi posta em questão, em um primeiro momento. Partindo da distinção entre ideias confusas e duvidosas e ideias claras e distintas, Descartes chega a

2 questão da intuição primeira da existência de Deus. Por intuição o filósofo entende a concepção de um espírito atento onde nenhuma dúvida paire sobre o que compreendemos. As ideias claras e distintas são gerais e não derivam do particular, encontram-se no espírito, como fundamentação para a apreensão de outras verdades. São idéias inatas, não sujeitas a erro, não são ideias que veem de fora e sim da razão. São inatas porque são inerentes a nossa capacidade de cognição. A primeira das ideias inatas é o cogito, onde é apreendido a res cogitans. Também são ideias inatas as noções de infinitude, perfeição divina e as ideias de extensão e movimento, que constituem o mundo físico. Mais tarde Descartes formulará seu argumento, denominado ontológico e formulado nas Meditações Metafísicas, que buscam demonstrar a priori a existência de Deus. Embora este conceito de ideias claras e distintas resolva alguns problemas relacionados ao conhecimento, não oferecem nenhuma garantia da existência destes objetos pensados fora do pensamento, como uma realidade exterior. Resta ainda uma questão: como sair do âmbito do puro pensamento e recuperar a realidade do mundo cuja existência havia sido posta em questão? E justamente para responder a esta pergunta, Descartes faz uso do argumento ontológico, este pensamento é a ideia de um ser perfeito e se um ser é perfeito deve ter a perfeição da existência, caso contrário lhe faltaria algo para ser perfeito, conclui-se então que ele tem necessariamente que existir. Conclui-se também que se Deus é infinitamente perfeito, não me engana, o que afasta a hipótese do Gênio maligno. A existência de Deus garante que os objetos pensados por ideias claras e distintas são reais, logo o mundo tem realidade. E dentre essas coisas do mundo cuja realidade está garantida, encontra-se eu mesmo como ser corpóreo. O argumento ontológico parte primeiramente da definição para afirmar a existência daquilo que é definido, e é a necessidade da afirmação dessa existência que caracteriza o argumento como ontológico, um argumento a priori. E como a ideia de Deus é inata, Descartes pode partir do cogito sem supor algo de externo. A partir daí Descartes pode afirmar a existência de algo fora do cogito, surgindo aí uma estreita relação entre a teoria do conhecimento cartesiana e sua metafísica, onde uma reafirma a outra e lhe dá justificativa. Com a afirmação da existência de Deus, Descartes rompe com o solipsismo, onde só eu existo e mais nada fora de mim, de que fora acusado e passa a admitir uma realidade exterior ao próprio pensamento, daí a grande significância da questão metafísica na teoria do conhecimento de Descartes. Descartes rompe de certo modo com a tradição, inaugurando um novo tipo de pensamento. Embora exista um grande número de estudos já feitos e em andamento sobre a obra de Descartes, este tema nunca é esgotado pela complexidade e sua necessária relação

3 com o pensamento de outros filósofos, tanto anteriores como, Santo Anselmo, como posteriores, como Kant. Descartes transmite à filosofia moderna o argumento anselmiano sem, no entanto, fazer uma menção explícita, talvez pelo fato de não ter tido um contato direto com sua obra, possivelmente através da crítica tomista. Na Quinta Meditação há uma retomada do argumento ontológico formulado por Anselmo, mas com uma diferença decisiva: a ideia de Deus é a ideia da essência que inclui em si a própria existência, é uma ideia cuja natureza pertence o existir. A natureza de Deus é a existência e sua essência está em seu próprio existir, pelo fato de ser Deus um ser sumamente perfeito, cuja essência não está fora, mas em seu próprio ser. Outra questão no pensamento de Descartes que requer uma atenção especial é o inatismo. É um elemento básico na abordagem cartesiana que o conhecimento claro e distinto pode ser constituído com base em recursos inatos da mente humana. Notei certas leis que de tal modo Deus determinou na natureza, e das quais imprimiu tais noções em nossa mente, que, depois de uma reflexão adequada, não nos restará dúvidas de que são exatamente observadas em tudo o que existe e ocorre no mundo (AT VI 41: CSM I 131). Descartes contrapõe as ideias inatas com as ideias adventícias (adquiridas por meio dos sentidos) e com as ideias que são criadas pelo indivíduo. Estas noções são fundamentais, posto que a ideia de perfeição é, segundo Descartes, uma ideia inata. Toda esta argumentação está ligada à questão da existência de Deus e sua fundamentação. Há uma relação entre a teoria do conhecimento cartesiana e sua metafísica ou ontologia de forma que a importância desta segunda na concepção de uma teoria do conhecimento que se baseie na ideia de Deus como justificativa primeira de uma realidade exterior que dê sustento e justificação do saber. O título Prova ontológica não é anselmiana nem cartesiana, mas foi cunhada por Kant sob a formulação de ontologia dada por Wolff, onde se entende ontologia por estudo do ente enquanto ente, onde o exemplo mais antigo encontrar-se-ia na filosofia primeira aristotélica. Estas concepções foram fundamentais para a formação do pensamento de Descartes e de toda a filosofia moderna. O termo ontológico é um termo usado para indicar algo de relativo ao ser ou seu discurso. A prova é chamada de ontológica, pois examina apenas o ser de Deus, sua essência. Ao examinar sua substância e natureza conseguiríamos demonstrar sua existência. Também pode ser chamada de ontológica porque como ontologia ocupa-se com os primeiros princípios do ser sem recorrer à experiência, sendo um argumento a priori. As meditações cartesianas se dirigem justamente a este princípio, de se ocupar da primeira filosofia. Este

4 aspecto receberá uma atenção especial, pois é essencial não só à onto-teo-logia, mas à teoria do conhecimento cartesiana por complementar e justificar todo conjunto de sua produção relativa ao modo de apreensão das coisas, dando base e fundamentação. Um ponto que merece uma atenção especial é a questão do inatismo cartesiano. Este é um elemento básico constitutivo da teoria a respeito das ideias claras e distintas e a respeito da fundamentação de realidades externas ao corpo. Ligando-se ao problema da existência de Deus por ser, segundo Descartes, uma capacidade que se encontra na mente humana desde o nascimento, onde diz na carta a Hyperaspistes de agosto de 1641 (AT III 424: CSMK 190): a mente da criança tem em si as ideias de Deus, de si própria e de todas as verdades ditas imediatamente evidentes, do mesmo modo que os seres adultos têm tais ideias quando não as estão considerando; não adquire mais tarde quando cresce. Não tenho dúvidas de que, se libertada da prisão do corpo, encontra-las dentro de si. Encontramos neste trecho uma menção muito forte e que carrega consigo um peso e necessidade de fundamentação a qual merece um estudo muito cuidadoso no que se refere à questão da verdade. O argumento ontológico está intrinsecamente ligado a esta concepção de verdade e de ideias, e integra inexoravelmente a teoria do conhecimento cartesiana de tal forma afirmativa que talvez não seja encontrada em nenhum outro filósofo posteriormente. É relevante a questão da intuição em sua obra, intuição do puro intelecto, onde a imaginação encontra apenas um papel auxiliar, prevalecendo um forte teor intelectualista na filosofia de Descartes, observada ao longo de toda sua obra. Descartes não procurava unicamente provar a existência de Deus, mas encontrar também uma correspondência entre ideias e coisas, pensamento e extensão, a minha mente e as realidades exteriores. Para Descartes a existência de Deus é a garantia dessa correspondência entre as ideias e as coisas, não é o principal em seu estudo, mas é um caminho para atingir seu objetivo: unir pensamento e extensão. Justificamos assim a estreita relação entre a teoria do conhecimento cartesiana e a ontologia, dada a relevância da metafísica neste aspecto de um estudo aprofundado das Meditações metafísicas de Descartes, especialmente a Quinta Meditação. Com a intenção de apresentar uma delimitação temática clara e objetiva, trataremos o tema a partir de quatro hipóteses fundamentais: 1ª Hipótese: Embora haja uma clara semelhança entre os argumentos cartesiano e anselmiano, há uma diferença fundamental entre os dois.

5 A saber: a ideia de Deus como ser perfeitíssimo em Descartes tem conotação diferente em relação a Anselmo. Anselmo falava em um ser de que não podemos pensar algo de maior. Descartes insere a ideia de ser perfeito e ligado ao infinito. E não só a ideia de um ser perfeitíssimo, mas também a ideia de um ser ativo, criador, onipotente e infinito. Também no filósofo moderno, o pressuposto principal não é mais a fé e sim a dúvida universal entendida como método de alcance de conhecimento. Em Descartes a ideia de Deus está no interior do cogito. 2ª Hipótese: Descartes considerava necessário contribuir para as inúmeras provas já existentes da existência de Deus, embora sua intenção fosse a de justificar e validar o conhecimento dos objetos exteriores a nós. Neste ponto de meu trabalho abordarei uma questão de suma importância para a metafísica e teoria do conhecimento cartesiana que é o papel da existência de Deus na fundamentação do conhecimento, embora não se manifeste de forma explícita em seus escritos. Sobre a questão das leis da natureza encontramos um ponto importante no que se refere à possibilidade de modificação de tais leis, tal como também é analisado por Hume. Descartes entende que estas leis são imutáveis, visto que embora possa modificá-las, isto dependeria de sua vontade, qualidade esta que Deus não possuiria. Deus não possui vontade ou mudança de ideia, isto implicaria alguma imperfeição anterior, o que exclui a possibilidade de mudança, se compreendemos que estas leis foram criadas por Deus e regidas por Ele. Em uma carta a Mersenne de 15 de abril de 1630, Descartes afirma: Ele pode modificá-las, tal como um rei modifica suas leis, ao que retrucarei que sim, se Sua vontade puder modificar-se. Mas entendo que elas são eternas e imutáveis e eu diria o mesmo de Deus. Mais uma vez neste trecho encontramos uma clara referência a Deus quanto à justificação do conhecimento, neste caso fazendo uma referência a imutabilidade das leis da natureza. É sobre este ponto que abordarei a questão metafísica coadunada com a questão do conhecimento. Para tal estudo se faz necessária a análise das formulações cartesianas expressas tanto nas Meditações metafísicas como no Discurso do Método. 3ª Hipótese: A partir da demonstração da existência de um criador perfeito, o homem passa de um conhecimento de si isolado ao conhecimento do mundo. Vejo claramente que a certeza e a verdade de todo o conhecimento dependem unicamente de meu próprio conhecimento do verdadeiro Deus (AT VII 71: CSM II 49). O

6 conhecimento de acordo com Descartes depende do poder do intelecto para distinguir a verdade por meio das percepções claras e distintas e também pela vontade do indivíduo de ater-se a essas percepções. O intelecto humano é uma das coisas criadas por Deus, e tendo sido criado por um ser perfeitíssimo não pode ser um instrumento naturalmente incerto para o alcance da verdade. 4ª Hipótese: A ideia de Deus em mim depende de uma causa exterior. Deus como causa exterior garante o conhecimento verdadeiro. Deus que é causa de sua própria ideia em nós, usando a metáfora cartesiana, como o selo impresso do artífice em sua obra. Há em mim uma ideia da qual não sou o autor, a ideia de infinito. A ideia de infinito corresponde fora de mim a uma realidade que possui tanta perfeição quanto à ideia que representa, ou seja, Deus. Sou um ser imperfeito que, no entanto, possuo a ideia de um ser perfeito, não posso ser autor de minha própria existência e nem causa desta ideia. E por Deus ser um ser extremamente perfeito não me enganaria jamais, afastando a hipótese tanto de um deus enganador como validando de acordo com sua veracidade a legitimidade do conhecimento. Sou responsável pelo erro a partir do momento em que faço mau uso de minha faculdade de querer, a vontade por si só não é responsável pelo erro, mas a afirmação de uma ideia que não é clara e distinta, neste caso sou responsável pelo meu erro. A existência é uma das perfeições de Deus, se não existisse lhe faltaria uma perfeição, pois é próprio da natureza de Deus ser perfeito. Na Quinta Meditação também temos a demonstração da natureza da matéria como extensão, um ponto crucial e que nos leva novamente a relacionar a metafísica cartesiana a sua teoria do conhecimento, ponto principal de minha pesquisa e a qual pretendo dar atenção especial devido a grande importância não só para a filosofia de Descartes, como para toda a posteridade. Fica clara, então, a íntima relação do argumento ontológico como a questão do conhecimento do mundo e o papel central que Deus desempenha no sistema filosófico de Descartes, em sua validação do conhecimento. Referências bibliográficas: Obras de Descartes: DESCARTES, René. Discurso do Método: Introdução, Análise e Notas de Etienne Gilson, Martins Fontes, Princípios da Filosofia, Edições 70, 2006.

7 . Meditações Metafísicas, Martins Fontes, Sobre Descartes: ALQUIÉ, Ferdinand. A filosofia de Descartes, Biblioteca de textos Universitários, Editorial Presença/ Martins Fontes, Lisboa, BEYSSADE, Jean Marie, A teoria cartesiana da substância. Equivocidade ou analogia?, Analytica, vol. 2, n.2, 1997, Sobre o círculo cartesiano, Analytica, vol.2, n.1, 1997, CURLEY, Edwin. De volta ao argumento ontológico, Analytica, vol.2, n.2, 1997, DADCAL, M. Signos e Pensamentos segundo Leibniz, Hobbes, Locke e Descartes, S.Paulo, Separata da Revista Discurso, N. 6, DONATELLI, Marisa. A necessidade da certeza na explicação científica cartesiana e o recurso à experiência, Cadernos de História e Filosofia da Ciência, série 3, vol. 12, n. 1-2, 2002, GAUKROGER, Stephen. Descartes: uma biografia intelectual, Eduerj, Rio de Janeiro, KOYRÉ, Alexandre. Considerações sobre Descartes, Editorial Presença, Lisboa, LEOPOLDO E SILVA, Franklin. Descartes: a Metafísica da Modernidade, Moderna, RODIS-LEWIS, Genevieve. Descartes, Record, TOMATIS, Francesco. Argumento Ontológico, O, Paulus, 2003.

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