LEI /14 E SEUS PRINCIPAIS REFLEXOS NO IRPJ E DEMAIS TRIBUTOS FEDERAIS AFRFB MARCO ROGÉRIO BORGES
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1 LEI /14 E SEUS PRINCIPAIS REFLEXOS NO IRPJ E DEMAIS TRIBUTOS FEDERAIS AFRFB MARCO ROGÉRIO BORGES
2 Origem da /14 A Lei , de 28/12/2007, a Lei , de 27/05/2009, e Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC, aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários CVM e Conselho Federal de Contabilidade CFC, introduziram novos métodos e critérios contábeis. Fica instituído o RTT Regime Tributário de Transição.
3 A convergência da contabilidade brasileira às normas ternacionais de contabilidade (IFRS international financial reporting standards) foi promovida pela Lei /07. Contudo, atentar que temos os: -CPCs Completos: CIA de capital aberto, de ativo > R$ 240 mi ou RB > 300 mi -CPC PME NBC TG 1000: Contabilidade para pequenas e médias empresas -ITG 1000 Modelo simplificado para MEs e EPPs
4 O RTT objetivava: -Neutralidade Tributária -Diferença entre o lucro societário e para fins fiscais -Foco da tributação: modelo contábil antigo
5 O RTT foi optativo nos anos-calendário de 2008 e 2009, e obrigatório a partir do ano-calendário de O RTT foi revogado pela Lei /2014, que entrou em vigor em 01/01/2015. As PJs, entretanto, puderam optar por antecipar a aplicação da Lei /2014 já para o anocalendário de 2014 (opção na DCTF em agosto/14 entregue até 07/11/14) A Lei /14 veio a criar a ideia do RTD Regime Tributário Definitivo.
6 Pessoas Jurídicas Sujeitas ao RTT: PJs que Optaram pelo RTT Todas as PJs PJs que não optaram por antecipar a aplicação da Lei A partir de 2015, todas as pessoas jurídicas de lucro real estão obrigadas ao RTD, quando houver necessidade de ajustes do contábil com o fiscal.
7 A Lei , de 13/05/2014 (conversão da MP 627, de 11/11/2013), em seus arts. 1º, 2º e 4º a 71, dá tratamento tributário definitivo aos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pelas Leis /2007 e /2009 e Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do CPC. A Lei é o resultado de um minucioso estudo dos métodos e critérios contábeis prescritos pelos IFRS e dos seus respectivos reflexos tributários. Pauta-se pela neutralidade tributária e busca reduzir o nível de interferência das regras tributarias sobre a escrituração comercial das pessoas jurídicas.
8 HISTÓRICO Até a Legislação Societária Contabilidade Brasileira Lei 6.404/76 Contabilidade Internacional / /2009 Contabilidade Internacional / /2009 Contabilidade Internacional / / /2014 Legislação Tributária RIR/99 Dec. 3000/99 Ajustes: Lalur RIR/99 Dec. 3000/99 Ajustes: RTT Fcont (anular efeitos) Opção antecipada (ECF) Ou Mantém Fcont e mais ECF RTD Lei /14 E IN 1515/14 Ajustes: ECF
9 Adoção Inicial A Lei /2014 entrou em vigor em 01/01/2015, mas as PJs puderam optar por antecipar sua aplicação já para o ano-calendário de 2014 (IN RFB 1.469, de 28/05/2014 DCTF referente aos fatos geradores ocorridos em dezembro de 2014). Para as PJs que optaram pela antecipação, a data da adoção inicial da Lei /2014 é 01/01/2014, e para as que não optaram, é 01/01/2015.
10 Adoção Inicial Para as operações ocorridas anteriormente à data da adoção inicial, permanece a neutralidade tributária estabelecida nos arts. 15 e 16 da Lei /2009, e a PJ deverá proceder, nos períodos de apuração a partir dessa data, aos respectivos ajustes na base de cálculo do IRPJ conforme apresentado a seguir.
11 Adoção Inicial Diferença no Ativo a Adicionar A diferença positiva na data da adoção inicial entre o valor de ativo na ECD e no FCONT deve ser adicionada na determinação do lucro real na data da adoção inicial, salvo se a PJ evidenciar esta diferença em subconta, para ser adicionada à medida da realização do ativo.
12 Adoção Inicial Diferença no Ativo a Adicionar Exemplo 1: Caso a PJ faça, antes da data da adoção inicial, avaliação a valor justo AVJ em ativo, o ganho respectivo não será tributado (será neutralizado pelo RTT), e na data da adoção inicial o valor do ativo na ECD será maior que no FCONT. A adição da diferença neutralizará o efeito do aumento no valor a realizar por depreciação, alienação, baixa, etc.
13 Adoção Inicial Diferença no Ativo a Adicionar Exemplo 2: No caso de bem depreciável, se a PJ considerar um prazo de vida útil na ECD maior que no FCONT (isto é permitido pelo Parecer Normativo 01, de 29/07/2011), na data da adoção inicial o valor do bem na ECD será maior que no FCONT. A adição da diferença compensará o valor a maior já deduzido fiscalmente antes da data da adoção inicial.
14 Adoção Inicial Diferença no Ativo a Excluir A diferença negativa na data da adoção inicial entre o valor de ativo na ECD e no FCONT não poderá ser excluída na determinação do lucro real, salvo se a PJ evidenciar esta diferença em subconta, para ser excluída à medida da realização do ativo.
15 Adoção Inicial Diferença no Ativo a Excluir Exemplo: Caso a PJ adquira um bem a prazo antes da data da adoção inicial e faça ajuste a valor presente AVP, na data da adoção inicial o valor do bem na ECD será menor que no FCONT. A exclusão da diferença neutralizará o efeito da diminuição no valor a realizar por depreciação, alienação, baixa, etc.
16 Premissas básicas! A Lei /14 é pautada pelos princípios da REALIZAÇÃO (tributação ou dedução com efeito caixa) e da RASTREABILIDADE (controle de AVP, AVJ, dentre outros, em subcontas específicas)
17 Lei /14 Principais aspectos fiscais Receitas - Definição de Receita Bruta. altera artigo 12 do DL 1598/77: - Produto nas venda de bens nas operações de conta própria - Preço da prestação de serviços em geral - Resultado auferido nas operações de conta alheia e - Receitas da atividade/objeto principal não compreendidas anteriormente (novidade reduzir divergências conceituais (por ex. aluguéis)) - Juros decorrentes do ajuste a valor presente (busca seu valor nominal). Equipara faturamento (para fins da BC Pis/Cofins) à Receita Bruta artigo 52 que altera artigo 3º da 9.718/98 fixação de único conceito. Busca uma definição mais objetiva uma receita tributária que não se confunde com a receita contábil. Alteração do conceito se deu mais para fins contábeis.
18 Lei /14 Principais aspectos fiscais Ajuste a Valor Presente (AVP) - Alteração do critério de avaliação de elementos do ativo e do passivo nas operações de longo prazo ou quando houver efeito relevante. - Objetiva evitar distorções nas demonstrações em razão dos juros embutidos nos valores das operações a prazo. - O AVP não gerará efeitos tributários, em função do grau de subjetividade associada às taxas de desconto utilizadas, bem como à definição dos elementos atingidos. - Neutralização dos efeitos tributários mediante adições e exclusões no LALUR. - PIS/Cofins neutralização dos efeitos com a inclusão dos juros do AVP na Receita Bruta.
19 Lei /14 Principais aspectos fiscais Ajuste a Valor Presente (AVP) - Alteração do critério de avaliação de elementos do ativo e do passivo nas operações de longo prazo ou quando houver efeito relevante. - Objetiva evitar distorções nas demonstrações em razão dos juros embutidos nos valores das operações a prazo. - O AVP não gerará efeitos tributários, em função do grau de subjetividade associada às taxas de desconto utilizadas, bem como à definição dos elementos atingidos. - Neutralização dos efeitos tributários mediante adições e exclusões no LALUR. - PIS/Cofins neutralização dos efeitos com a inclusão dos juros do AVP na Receita Bruta.
20 Lei /14 Principais aspectos fiscais Ajuste a Valor Justo (AVJ) - Valor Justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada, na data da mensuração; - A perda ou ganho do AVJ será registrado em conta de resultado (receita ou despesa) ou de patrimônio líquido; - Em maior ou menor grau, a definição do AVJ é realizada com base em critérios subjetivos, e procurou ser neutralizado seus efeitos tributários; - Controle específico a ser realizado por meio de subcontas, vinculadas às contas representativas do ativo ou passivo avaliados diferimento da tributação do ganho ou à dedutibilidade da perda só quando da realização do ativo ou liquidação do passivo correspondente.
21 Lei /14 Principais aspectos fiscais Arrendamento Mercantil Financeiro - Baseado no art. 179, inciso IV, da Lei das S/A, alterado pela Lei /2007 bens arrendados que tragam benefícios, riscos e controle devem constar do ativo imobilizado busca-se a essência econômica da operação equipara-se à compra a prazo do bem. - Alteração da forma de suas despesas depreciação relativa ao bem no lugar do valor da contraprestação. - Contudo, veda-se o reflexo decorrente das despesas de depreciação, permanecendo a possibilidade de reconhecer a contraprestação (artigo 2º que inclui 3º e 4º ao artigo 13 do DL 1598/77 sobre CMV). - PIS/Cofins pode créditos sobre as contraprestações, mas não sobre depreciação e amortização.
22 Lei /14 Principais aspectos fiscais Participação Societária - Custo de aquisição dos investimentos pelo MEP. - Conceitos novos: - Mais ou menos valia diferença do valor justo dos ativos, na proporção da participação adquirida. - Goodwill ágio por rentabilidade futura. - Compra vantajosa antigo deságio. - O antigo ágio mantido na contabilidade poderá ser aproveitado nos casos de (arts. 7º e 8º da Lei nº 9.532/97): - incorporações, fusões e cisões ocorridas até 31/12/ e cujas participações societárias tenham sido adquiridas até 31/12/ Nestes casos há tratamento específico envolveria muitos aspectos práticos a serem demonstrados.
23 Lei /14 Principais aspectos fiscais Distribuição dos Lucros - A parcela excedente de lucros/dividendos calculados com base nos resultados apurados entre 01/01/2008 e 31/12/2013, NÃO integrará a base de cálculo do IRPJ, da CSLL e do IRPF - A parcela excedente de lucros/dividendos calculados com base nos resultados apurados no ano de 2014 deverá estar sujeito à incidência do IRRF, integrar a BC do IRPF ou ser computado na base de cálculo do IRPJ e da CSLL. - De 2015 em diante, volta a regra geral, de que não serão tributados se obtidos com observância dos métodos e critérios vigentes em 31/12/2007. O excedente será tributado.
24 Lei /14 Principais aspectos fiscais Ativo Imobilizado - Desde a Lei /07, o ativo imobilizado contempla apenas bens corpóreos possuem substância física, destinados à manutenção das atividades da entidade. - Tratamento tributário específico para:.custos de empréstimo (integram o custo do item).custos de desativação (passa a integrar o custo do item quando houver obrigação legal ou não formal (ex. ambiental)).perda por desvalorização (realização do teste de recuperabilidade ativo não ter valor acima que se recupera).depreciação (deverá ser a vida útil econômica do ativo, considerando o valor residual e o método refletir o seu
25 Lei /14 Expectativa de alterações contábeis Art. 58. A modificação ou a adoção de métodos e critérios contábeis, por meio de atos administrativos emitidos com base em competência atribuída em lei comercial, que sejam posteriores à publicação desta Lei, não terá implicação na apuração dos tributos federais até que lei tributária regule a matéria. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil, no âmbito de suas atribuições, identificar os atos administrativos e dispor sobre os procedimentos para anular os efeitos desses atos sobre a apuração dos tributos federais.
26 ECF Escrituração Contábil Fiscal temos que fazer a distinção entre o seu papel como ajuste fiscal da contabilidade e o programa validador e assinador (PVA) O PVA da ECF é o substituto da DIPJ, e dependendo do contexto fiscal da pessoa jurídica, poderá ser obrigado a informar, além das que já informava antes na DIPJ, informações de ajuste do lucro real (que antes era no PVA da Fcont). Destarte, PVA da ECF, entregue no ambiente do SPED, compreende: DIPJ LALUR (parte A e parte B) LACS FCONT
27 Multa por não entrega e inexatidão nas informações referente à falta de apresentação da escrituração das informações referente á apuração do lucro real, quando obrigadas: - Não apresentação ou apresentarem em atraso:. 0,25% por mês-calendário do Lucro Líquido do IRPJ e CSLL do período que se refere a apuração, limitada a 10% Limitada a R$ 100 mil para receita bruta total no ano anterior igual ou inferior a R$ 3,6 milhões, e de R$ 5 milhões para a acima da receita bruta total de R$ 3,6 milhões.. 3% do valor omitido, inexato ou incorreto. - A não escrituração do livro lalur na ECF sujeitará ao arbitramento.
28 PVA da ECF: Deverão apresentar a ECF: A partir do ano-calendário de 2014 Todas as pessoas jurídicas, inclusive equiparadas, exceto: Optantes do SIMPLES Nacional Órgãos públicos, autarquias e fundações públicas; Inativas Imunes e isentas não obrigadas à EFD Contribuições (incluído pela IN RFB 1.524, de 08/12/14)
29 Prazos de Entrega: Anualmente, até o último dia útil do mês de setembro; Nos casos de evento especial (extinção, cisão, fusão ou incorporação): evento ocorreu de janeiro a agosto: até o último dia útil do mês de setembro do ano do evento evento ocorreu de setembro a dezembro: até o último dia útil do mês subsequente ao do evento
30 Atentar para as IN RFB nº 1.486/2014 e IN RFB 1.510/2014 Modifica alguns aspectos da ECD Sociedades não empresárias não é autenticada em Junta Comercial será considerada autenticada no momento da transmissão; SCP Inclusão da obrigatoriedade de entrega a partir de 2014 como livros auxiliares do sócio ostensivo; Imunes e isentas a partir de 2014, obrigadas se também o são a entregar a EFD-Contribuições. Pode ser opcional. PJ do segmento de construção civil dispensadas de apresentar a EFD/Fiscal e obrigadas a escriturar o Livro de Registro de Inventário: inclusão da necessidade de apresentação do livro de registro de inventário como livro auxiliar do Sped Contábil
31 PVA SPED ECF: A ECF recuperará da Contabilidade (ECD) o plano de contas e os seus saldos (patrimoniais e de resultado antes do encerramento). Associação do plano de contas da ECD com o plano de contas referencial da RFB (de/para) A ECF controlará os saldos das contas do e-lalur e do e-lacs. A ECF apresentará todas a informações econômicas e informações gerais hoje existentes nas fichas das DIPJ, em novo formato de preenchimento para as empresas.
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34 ÚLTIMA HORA: MP 685 DE 22 DE JULHO DE 2015 Criação do PRORELIT e da DPLAT PRORELIT programa de redução de litígios tributários permite, até 30/set/2015, aquitação de débitos de natureza tributária perante a RFB ou PGFN, vencidos até 30/jun/2015, em discussão administrativa ou judicial, mediante requerimento de desistência do contencioso e com utilização de créditos de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da CSLL. No mínimo 43% do valor total do débito a ser incluído na quitação deverá ser pago em espécie até o último dia útil do mês de opção. DPLAT declaração voluntária, antes de iniciado o procedimento de fiscalização, a ser entregue até 30 de setembro junto com a ECF, no âmbito do Sped. Devem ser declaradas o conjunto de atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou diferimento de tributos quando enquadrados em hipóteses de: atos ou negócios que tenham como principal motivo a redução de tributos, forma adotada não for usual (desnaturação de um contrato típico) ou tratar de atos ou negócios específicos definidos em ato da RFB.
35 Obrigado!
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