Nova disciplina do Ágio Lei /14 e IN 1515/14 Agosto 2015
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1 Nova disciplina do Ágio Lei /14 e IN 1515/14 Agosto 2015
2 Lei /14 e IN 1515/14 Ágio e Ganho por Compra Vantajosa
3 3 Panorama geral legislação aplicável Lei 9.532/97 Lei /14 IN 1.515/14 Estabelece regras fiscais sobre ágio e deságio na aquisição de participação societária, entre outros Altera as regras fiscais sobre ágio e deságio na aquisição de participação societária, entre outros, alinhando a algumas normas contábeis (Lei /07 / CPC15/ ICPC09) Regulamenta as alterações introduzidas pela Lei /14 3
4 4 Regra anterior à Lei nº /2014 Regra transição: O que - mensuração e tratamento fiscal conforme Lei no /97 Para quem - operações de incorporação, fusão e cisão ocorridas até 31/12/2017, cuja participação societária tenha sido adquirida até 31/12/2014 Prazo adicional de 12 meses no caso de aprovação da aquisição por órgãos reguladores e fiscalizadores após 31/12/2017 4
5 5 Regra anterior à Lei /2014 As regras fiscais previstas nos artigos 7º e 8º da Lei 9.532/97 relativas a ágios e deságios continuam a ser aplicadas somente às operações de incorporação, fusão e cisão ocorridas até 31/12/2017, cuja participação societária tenha sido adquirida até 31/12/2014 Alocação do ágio ou deságio em rentabilidade futura, mais valia de ativos e outras razões econômicos, sem ordem de preferência Dedução de ágio, ou tributação do deságio, após incorporação, fusão ou cisão em Rentabilidade futura em cinco anos, no mínimo Mais valia de ativos na realização do ativo Outras razões na realização do ativo ou encerramento da empresa Para os casos de rentabilidade futura e mais valia de ativos, exigência de demonstração como comprovante da escrituração Disposições valem para optantes e não optantes do artigo 75 5
6 6 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Para aquisições ocorridas a partir de 01/01/2015, ou anteriores não incorporadas até 31/12/2017, ágio Rentabilidade Futura (Goodwill) e Ganho por Compra Vantajosa (Deságio) passam a ser representados pela diferença entre Preço Pago Valor Patrimonial da Investida na época da aquisição Mais ou menos valia dos ativos e passivos da investida, que corresponde à diferença entre o valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da porcentagem da participação adquirida, e o valor de que trata o item anterior 6
7 7 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Em incorporação fusão e cisão Mais ou menos valia- dedutível/tributável na realização do ativo Goodwill/Ganho por Compra Vantajosa dedutível/tributável em 5 anos Tais valores devem ser registrados em subcontas distintas Amortização de mais valia anterior à incorporação, fusão e cisão Pela amortização, depreciação e exaustão do bem na investida Pela alienação ou baixa do bem na investida O ganho por compra vantajosa será computado na determinação do lucro real no período de apuração da alienação ou baixa do investimento 7
8 8 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Exigência de laudo (mais valia de ativos) de perito independente e registro na RFB ou sumário em Cartório em até 13 meses após a aquisição Aproveitamento fiscal do ágio-mais valia e ágio-goodwill quando da incorporação, fusão ou cisão, sendo vedado quando decorrer de aquisição entre partes dependentes Em aquisições em estágio, a relação de dependência entre o alienante e o adquirente deve ser verificada no ato da primeira aquisição, desde que as condições do negócio estejam previstas no instrumento negocial 8
9 9 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Serão consideradas partes dependentes quando O adquirente e o alienante são controlados, direta ou indiretamente, pela mesma parte ou partes Existir relação de controle entre o adquirente e o alienante O alienante seja sócio, titular, conselheiro ou administrador da pessoa jurídica adquirente O alienante seja parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou companheiro das pessoas relacionadas no item anterior; ou Em decorrência de outras relações não descritas nos itens anteriores, em que fique comprovada a dependência societária 9
10 10 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa O Ágio mais-valia e o Ágio Goodwill (saldo existente na contabilidade na data do evento) não serão dedutíveis quando O laudo não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado e Os valores não puderem ser identificados em subcontas distintas, inclusive quanto às variações decorrentes de aquisições em estágios O laudo será desconsiderado se comprovadamente contiver vícios ou incorreções de caráter relevante Fica dispensada a exigência de preparação e protocolo /registro do laudo/sumário de perito independente para as aquisições efetuadas Até 31/12/2013 para os optantes pelo artigo 75 da Lei Até 31/12/2014 para os não optantes 10
11 11 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Cenário 1) Ágio Mais Valia e Goodwill Lei no /97 Lei Preço Valor Patrimonial Patrimônio Líquido Ágio - Mais Valia Mais Valia Ágio - Rentabilidade Futura Rentabilidade Futura Valor do Investimento Dedutível pela realização do ativo Dedutível em 5 anos Lançamentos Lei no /97 Lei D Investimento D Ágio - Mais Valia D Ágio - rentabilidade fututa C Disponibilidades
12 12 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Cenário 2) Deságio e Ganho por Compra Vantajosa/ Mais Valia Lei no /97 Lei Preço Valor Patrimonial Patrimônio Líquido Ágio - Mais Valia Mais Valia Ágio - Rentabilidade Futura - Rentabilidade Futura - Deságio Valor do Investimento Ganho por Compra Vantajosa Dedutível pela realização do ativo Tributável em 5 anos Lançamentos Lei no /97 Lei D Investimento D Ágio - Mais Valia C Disponibilidades C Deságio C Ganho por Compra Vantajosa
13 13 Novas regras - Ágio e Ganho por Compra Vantajosa Cenário 3) Goodwill e Ganho por Compra Vantajosa/ Mais Valia Lei no /97 Lei Preço Valor Patrimonial Patrimônio Líquido Ágio - Mais Valia Mais Valia Ágio - Rentabilidade Futura Rentabilidade Futura - Deságio - Valor do Investimento Ganho por Compra Vantajosa Dedutível pela realização do ativo Dedutível em 5 anos Tributável em 5 anos Lançamentos Lei no /97 Lei D Investimento D Ágio - Mais Valia D Ágio - Rentabilidade futura C Disponibilidades ,00 C Deságio - - C Ganho por Compra Vantajosa
14 14 Lei nº /2014 Mais Valia Art. 20. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, o saldo existente na contabilidade, na data da aquisição da participação societária, referente à mais-valia de que trata o inciso II do caput do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, decorrente da aquisição de participação societária entre partes não dependentes, poderá ser considerado como integrante do custo do bem ou direito que lhe deu causa, para efeito de determinação de ganho ou perda de capital e do cômputo da depreciação, amortização ou exaustão 1o Se o bem ou direito que deu causa ao valor de que trata o caput não houver sido transferido, na hipótese de cisão, para o patrimônio da sucessora, esta poderá, para efeitos de apuração do lucro real, deduzir a referida importância em quotas fixas mensais e no prazo mínimo de 5 (cinco) anos contados da data do evento 2o A dedutibilidade da despesa de depreciação, amortização ou exaustão está condicionada ao cumprimento da condição estabelecida no inciso III do caput do art. 13 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de o O contribuinte não poderá utilizar o disposto neste artigo, quando: I - o laudo a que se refere o 3o do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado; ou II - os valores que compõem o saldo da mais-valia não puderem ser identificados em decorrência da não observância do disposto no 3o do art. 37 ou no 1o do art. 39 desta Lei 4o O laudo de que trata o inciso I do 3o será desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes apresentem comprovadamente vícios ou incorreções de caráter relevante 5o A vedação prevista no inciso I do 3o não se aplica para participações societárias adquiridas até 31 de dezembro de 2013, para os optantes conforme o art. 75, ou até 31 de dezembro de 2014, para os não optantes 14
15 15 Lei nº /2014 Menos Valia Art. 21. Nos casos de incorporação, fusão ou cisão, o saldo existente na contabilidade, na data da aquisição da participação societária, referente à menos-valia de que trata o inciso II do caput do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, deverá ser considerado como integrante do custo do bem ou direito que lhe deu causa para efeito de determinação de ganho ou perda de capital e do cômputo da depreciação, amortização ou exaustão 1o Se o bem ou direito que deu causa ao valor de que trata o caput não houver sido transferido, na hipótese de cisão, para o patrimônio da sucessora, esta poderá, para efeitos de apuração do lucro real, diferir o reconhecimento da referida importância, oferecendo à tributação quotas fixas mensais no prazo máximo de 5 (cinco) anos contados da data do evento 2o A dedutibilidade da despesa de depreciação, amortização ou exaustão está condicionada ao cumprimento da condição estabelecida no inciso III do caput do art. 13 da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de o O valor de que trata o caput será considerado como integrante do custo dos bens ou direitos que forem realizados em menor prazo depois da data do evento, quando: I - o laudo a que se refere o 3o do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado; ou II - os valores que compõem o saldo da menos-valia não puderem ser identificados em decorrência da não observância do disposto no 3o do art. 37 ou no 1o do art. 39 desta Lei 4o O laudo de que trata o inciso I do 3o será desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes apresentem comprovadamente vícios ou incorreções de caráter relevante 5o A vedação prevista no inciso I do 3o não se aplica para participações societárias adquiridas até 31 de dezembro de 2013, para os optantes conforme o art. 75, ou até 31 de dezembro de 2014, para os não optantes 15
16 16 Lei nº /2014 Goodwill Art. 22. A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em virtude de incorporação, fusão ou cisão, na qual detinha participação societária adquirida com ágio por rentabilidade futura (goodwill) decorrente da aquisição de participação societária entre partes não dependentes, apurado segundo o disposto no inciso III do caput do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, poderá excluir para fins de apuração do lucro real dos períodos de apuração subsequentes o saldo do referido ágio existente na contabilidade na data da aquisição da participação societária, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no máximo, para cada mês do período de apuração 1o O contribuinte não poderá utilizar o disposto neste artigo, quando: I - o laudo a que se refere o 3o do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, não for elaborado e tempestivamente protocolado ou registrado; II - os valores que compõem o saldo do ágio por rentabilidade futura (goodwill) não puderem ser identificados em decorrência da não observância do disposto no 3o do art. 37 ou no 1o do art. 39 desta Lei 2o O laudo de que trata o inciso I do 1o será desconsiderado na hipótese em que os dados nele constantes apresentem comprovadamente vícios ou incorreções de caráter relevante 3o A vedação prevista no inciso I do 1o não se aplica para participações societárias adquiridas até 31 de dezembro de 2013, para os optantes conforme o art. 75, ou até 31 de dezembro de 2014, para os não optantes 16
17 17 Lei nº /2014 Ganho por compra vantajosa Art. 23. A pessoa jurídica que absorver patrimônio de outra, em virtude de incorporação, fusão ou cisão, na qual detinha participação societária adquirida com ganho proveniente de compra vantajosa, conforme definido no 6o do art. 20 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, deverá computar o referido ganho na determinação do lucro real dos períodos de apuração subsequentes à data do evento, à razão de 1/60 (um sessenta avos), no mínimo, para cada mês do período de apuração Art. 24. O disposto nos arts. 20, 21, 22 e 23 aplica-se inclusive quando a empresa incorporada, fusionada ou cindida for aquela que detinha a propriedade da participação societária Art. 25. Para fins do disposto nos arts. 20 e 22, consideram-se partes dependentes quando: I - o adquirente e o alienante são controlados, direta ou indiretamente, pela mesma parte ou partes; II - existir relação de controle entre o adquirente e o alienante; III - o alienante for sócio, titular, conselheiro ou administrador da pessoa jurídica adquirente; IV - o alienante for parente ou afim até o terceiro grau, cônjuge ou companheiro das pessoas relacionadas no inciso III; ou V - em decorrência de outras relações não descritas nos incisos I a IV, em que fique comprovada a dependência societária Parágrafo único. No caso de participação societária adquirida em estágios, a relação de dependência entre o(s) alienante(s) e o(s) adquirente(s) de que trata este artigo deve ser verificada no ato da primeira aquisição, desde que as condições do negócio estejam previstas no instrumento negocial 17
18 18 IN RFB nº 1.515/2014 Do Desdobramento do Custo de Aquisição com Base em Laudo Art. 92. O contribuinte que avaliar investimento pelo valor de patrimônio líquido deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de aquisição em: I - valor de patrimônio líquido na época da aquisição, determinado de acordo com o disposto no art. 93; II - mais ou menos-valia, que corresponde à diferença entre o valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da porcentagem da participação adquirida, e o valor de que trata o inciso I; e III - ágio por rentabilidade futura (goodwill), que corresponde à diferença entre o custo de aquisição do investimento e o somatório dos valores de que tratam os incisos I e II do caput 1º Os valores de que tratam os incisos I a III do caput serão registrados em subcontas distintas 2º O valor de que trata o inciso II do caput deverá ser baseado em laudo elaborado por perito independente que deverá ser protocolado na Secretaria da Receita Federal do Brasil ou cujo sumário deverá ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos, até o último dia útil do 13º (décimo terceiro) mês subsequente ao da aquisição da participação 3º O disposto no 2º deverá ser observado ainda que o valor de que trata o inciso II do caput seja 0 (zero) 4º O protocolo do laudo na Secretaria da Receita Federal do Brasil ocorrerá com o envio do seu inteiro teor utilizando-se de processo eletrônico da Secretaria da Receita Federal do Brasil no prazo previsto no 2º 5º Na hipótese prevista no 4º, o contribuinte deverá informar o número do processo eletrônico no 1º Lalur a ser entregue após o prazo previsto no 2º. 6º O atendimento ao previsto nos 4º e 5º dispensa o registro do sumário em Cartório de Registro de Títulos e Documentos 18
19 19 IN RFB nº 1.515/2014 Continuação 7º O sumário do laudo a ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos deverá conter no mínimo as seguintes informações: I - qualificação da adquirente, alienante e adquirida; II - data da aquisição; III - percentual adquirido do capital votante e do capital total; IV - principais motivos e descrição da transação, incluindo potenciais direitos de voto; V - discriminação e valor justo dos itens que compõem a contraprestação total transferida; VI - relação individualizada dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos com os respectivos valores contábeis e valores justos; VII - identificação e assinatura do perito independente e do responsável pelo adquirente. 8º O desatendimento do disposto neste artigo implica: I - no não aproveitamento da mais-valia, conforme disposto no inciso III do caput do art. 100; II - em considerar a menos-valia como integrante do custo dos bens ou direitos que forem realizados em menor prazo, conforme disposto no inciso III do caput do art. 101; III - no não aproveitamento do ágio por rentabilidade futura (goodwill), conforme disposto no caput do art
20 20 IN RFB nº 1.515/2014: Continuação 9º A aquisição de participação societária sujeita à avaliação pelo valor do patrimônio líquido exige: I - primeiramente, a mensuração dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos a valor justo; e II - posteriormente, o reconhecimento do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra vantajosa 10. O ganho proveniente de compra vantajosa de que trata o 9º, que corresponde ao excesso do valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da participação adquirida, em relação ao custo de aquisição do investimento, será computado na determinação do lucro real no período de apuração da alienação ou baixa do investimento 11. O ganho proveniente de compra vantajosa registrado em conta de resultado deverá ser registrado no Lalur como: I - exclusão ao lucro líquido para apuração do lucro real na Parte A e registro na Parte B do valor excluído, quando do seu reconhecimento; e II - adição ao lucro líquido para apuração do lucro real na Parte A e respectiva baixa na Parte B, quando da apuração do ganho ou perda de capital na alienação ou baixa do investimento 12. A composição do custo de aquisição a que se refere o caput respeitará o disposto na legislação comercial, considerando inclusive contraprestações contingentes, sendo o seu tratamento tributário disciplinado no art
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