FILOSOFIA Introdução à Filosofia Prof. Dr. Álvaro Maia IDADE MODERNA AULA TERCEIRA: O PENSAMENTO MODERNO

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1 FILOSOFIA Introdução à Filosofia Prof. Dr. Álvaro Maia IDADE MODERNA AULA TERCEIRA: O PENSAMENTO MODERNO 1. Empíricos e Racionalistas Empiria: mundo sensível, prático, real Razão: mundo das idéias, teórico, desejável >>> O homem, pela ciência, faz o mundo Nicolau Maquiavel: empirismo político O Príncipe > Se possível, o bem Praticar o mal menor, quando necessário César Bórgia era considerado cruel e, contudo, sua crueldade havia reerguido a Romanha e conseguido uni-la e conduzi-la à paz e à fé. Não deve, portanto, importar ao príncipe a qualificação de cruel para manter os seus súditos unidos e com fé, porque, com raras exceções, é ele mais piedoso do que aqueles que por muita clemência deixam acontecer desordens, das quais podem nascer assassínios ou rapinagem. É que estas conseqüências prejudicam todo um povo, e as execuções que provêm do príncipe ofendem apenas um indivíduo. René Descartes Racionalista Dúvida metódica: princípio da elaboração mental > a mente é res cogitans (mundo ideal), > o corpo é res extensa (mundo sensível) > As idéias:

2 idéias inatas são gerais idéias que partem do particular precisam ser comprovadas > Método: dividir e comprovar, parte a parte... Assim, em lugar desse grande número de preceitos de que se compõe a lógica, pareceu-me que teria bastante com os quatro seguintes, contanto que tomasse uma firme e constante resolução de não deixar de observálos uma única vez. O primeiro era de jamais aceitar qualquer coisa como verdadeira que não soubesse ser tal com evidência: isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e nada compreender nos meus juízos que se não apresentasse tão clara e distintamente ao meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida. O segundo, dividir cada uma das dificuldades que viesse examinar em tantas parcelas quantas possíveis e que fossem exigíveis para melhor resolvê-las. O terceiro, conduzir ordenadamente meus pensamentos começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir a pouco e pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais complicados. E o último, fazer tantas enumerações tão completas e revisões tão gerais, que estivesse certo de nada omitir. certo de nada omitir. Francis Bacon Epistemologicamente empírico: é preciso despir-se dos Ídolos, para conhecer a verdade. Há ídolos: da tribo: o que a família passa da caverna: o que a escola ensina do teatro: o que vem dos amigos e da sociedade do forum: o que a lei exige John Locke Toda abordagem começa pela empiria: a mente é tabula rasa (bloco vazio à espera de anotações). Só existem as qualidades primárias, as secundárias são criação subjetiva. Todas as idéias derivam da sensação ou reflexão. Suponhamos que a mente é, como dissemos, um papel branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer idéias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo numa palavra, da experiência.

3 Homo lupus homini Thomas Hobbes O homem é o lobo do homem Empirismo político: o altruísmo é uma ilusão, pois o homem quer o melhor para si e não se importa com o sofrimento dos demais. É preciso um Estado todo-poderoso (Leviatã) para obrigar os cidadãos a serem civilizados. Se dois homens desejam a mesma coisa, e de nenhum jeito podem ambos desfrutá-la, tornam-se inimigos, e no caminhar para atingir seu objetivo, aniquilam-se ou subjugam um ao outro. Immanuel Kant Idealismo kantiano: os empíricos enganam-se porque imaginam que se pode começar pela experiência. Ora, quem decide por que fazer e como fazer tal e qual experiência é a abstrata mente humana. Logo, a razão precede e sobrepõe-se à experiência. A razão é a própria condição da experiência. Deixar que a prática gere o conhecimento é aceitar as coisas tal como são, acritica e desumanamente. A prática interessa na medida em que, em sua relação simétrica com a teoria, esta prevaleça, conduzindo e modificando a prática na direção de uma evolução humana superior. A filosofia de Kant é fundamentalmente epistemológica, ou seja, volta-se sobre as próprias possibilidades do método científico. Episteme: o que posso conhecer? meu método realmente pode conduzir aos resultados esperados? Teoria (como deve ser) <= crítica=> Prática (como são) Críticas da Razão Pura É necessário agora um critério que permita distinguir com segurança um conhecimento puro de um conhecimento empírico. Mostranos bem a experiência que uma coisa é desta ou daquela maneira, nada porém nos diz sobre a possibilidade de ser diferente.

4 > o que posso conhecer? Idealismo transcendental: o mundo existe na mente Intuição: ponto de partida para a formação de conceitos Juízo: arte de aplicar os conceitos David Hume A empiria como princípio: todo conhecimento vem das idéias que temos de nossas impressões. As impressões são nossas sensações mediadas por nossa afetividade, nossas paixões. As idéias são apenas imagens debilitadas dessas impressões. Todo trabalho mental resume-se em promover associações regidas por três leis: a da semelhança, a da contigüidade e a da causalidade. Pela palavra impressões quero significar todas as percepções mais fortes, que temos ao ouvir, ou ver, ou tocar, ou amar, ou odiar, ou desejar, ou querer. E as impressões distinguen-se das idéias, que são as mais fracas percepções de que temos consciência, quando refletimos sobre qualquer uma das sensações. 2. O Iluminismo Marat, L ami du peuple Voltaire > Liberdade O homem nasce livre : Não concordo com uma só palavra do que dizes, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las. té à morte o Marat > Igualdade Exploração humana > Os homens nascem iguais, os que têm poder constroem as diferenças Luta armada > Única forma de redistribuir as riquezas Omissão voluntária > Os nobres só se interessam por seus próprios problemas Rousseau > Fraternidade Origem da desigualdade > O homem nasce bom, a sociedade o corrompe Educação > Única forma de construir uma sociedade justa O homem é naturalmente bom, e está determinado a seguir o caminho do bem, ainda que isso leve toda a eternidade Olhai para todas as nações do mundo, percorrei todas as suas histórias; no meio de tantos cultos desumanos e estranhos, no meio dessa

5 prodigiosa diversidade de costumes e caracteres, encontrarei por toda a parte as mesmas idéias de justiça e honestidade, por toda parte os mesmos princípios de moral, por toda parte as mesmas noções do bem e do mal.. (Rousseau) 3. Romantismo Schopenhauer Saint-Simon: o socialismo utópico O industrial e o político, com sabedoria Cabe aos que detêm o conhecimento, a riqueza e, portanto, o poder, usar esses recursos em benefício dos que não têm As idéias de Saint-Simon não fizeram efeito no mundo de seu tempo, mas muitas delas estão em voga até hoje, como a divisão da vida em três partes (aprendizado, produção, descanso) e o dia, (trabalho, lazer, descanso). Stuart Mill Schopenhauer O mundo é uma eterna dor: se um Deus fez este mundo, eu não queria ser esse Deus. O mundo como vontade e representação: Queremos ver qual é, na existência humana, o destino reservado à vontade. Cada um de nós encontrará na vida dos animais isto mesmo, em graus diferentes e atenuados, podendo-nos assim convencer plenamente, pelos sofrimentos destes seres inferiores que, na sua essência, toda a vida é dor. Hegel O conhecimento é um processo dialético que garante a evolução TESE =/= ANTÍTESE ==> S Í N T E S E Logo, em seguida, SÍNTESE = NOVA TESE NOVA TESE =/= ANTÍTESE ==> NOVA SÍNTESE

6 Marx e Engels O socialismo é o caminho para o comunismo O marxismo prega a leitura materialista do mundo e afirma que a humanidade caminha para uma nova ordem social, de justiça e igualdade. Definições de Althusser: O MATERIALISMO HISTÓRICO tem por objeto os modos de produção que surgiram e que surgirão na história. Estuda sua estrutura, sua constituição e as formas de transição que permitem a passagem de um modo de produção para outro. O MATERIALISMO DIALÉTICO é a filosofia marxista. A filosofia não existiu, antes de Feuerbach, a não ser sob uma forma especulativa, contemplativa, abstrata e idealista, que expressava, sob as formas alienadas da especulação, os ideais e as reivindicações da natureza humana. Estrutura do MANIFESTO DO PARTIDO COMUNISTA I - Burgueses e proletários: histórico da oposição de classes, da Antigüidade à ascensão da burguesia. O poder do Estado moderno não passa de um comitê que administra os negócios comuns da classe burguesa como um todo. A necessidade de mercados sempre crescentes para seus produtos impele a burguesia a conquistar todo o globo terrestre. Sob a ameaça da ruína, ela obriga todas as nações a adotarem o modo burguês de produção; força-as a introduzir a assim chamada civilização, quer dizer, a se tornar burguesas. Em suma, ela cria um mundo à sua imagem e semelhança. II - Proletários e comunistas: análise de que os comunistas são efetivamente a representação do proletariado. As relações de propriedade sempre passaram por mudanças e transformações históricas. A Revolução Francesa suprimiu a propriedade feudal em prol da propriedade burguesa. O que caracteriza o comunismo não é a supressão da propriedade em si, mas da propriedade burguesa. O primeiro passo da revolução dos trabalhadores é a ascensão do proletariado à situação de classe dominante, ou seja, a conquista da democracia.

7 As dez medidas comunistas pelas quais quais deve o proletariado chegar ao poder. 1. Expropriação da propriedade latifundiária e utilização da renda da terra para cobrir despesas do Estado. 2. Imposto fortemente progressivo. 3. Abolição do direito de herança. 4. Confisco da propriedade de todos os emigrados e sediciosos. 5. Centralização do crédito nas mãos do Estado, através de um banco nacional, com capital estatal e monopólio exclusivo. 6. Centralização do sistema de transportes nas mãos do Estado. 7. Multiplicação das fábricas e dos instrumentos de produção pertencentes ao Estado, desbravamento das terras incultas e melhora das terras cultivadas, segundo um plano geral. 8. Trabalho obrigatório para todos, constituição de brigadas industriais e especialmente para a agricultura. 9. Organização conjunta da agricultura e da indústria, com o objetivo de suprimir paulatinamente a diferença entre cidade e campo. 10. Educação pública e gratuita para todas as crianças. Supressão do trabalho fabril de crianças, tal como praticado hoje. Integração da educação com a produção material. III - Literatura socialista e comunista: distinção entre os socialismos reacionário, burguês, utópico e crítico. O socialismo reacionário: O lumpen-proletariado alia-se ao socialismo até que tenha chance de voltar à burguesia. O socialismo burguês: O burguês pede vantagens sociais para os trabalhadores como forma de fingir-se o verdadeiro representante do proletariado. O socialismo utópico: Os utópicos rejeitam a ação revolucionária; querem atingir seus objetivos por meios pacíficos e tentam abrir caminho para o novo evangelho social pela força do exemplo. IV - Posição dos comunistas: sobre a necessidade de clareza e objetividade na defesa de suas idéias. Manifesto, trecho final Em suma (...) os comunistas não ocultam suas opiniões e objetivos. Declaram abertamente que seus fins só serão alcançados com a derrubada violenta da ordem social existente. Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários não têm nada a perder nela, além de seus grilhões. Têm um mundo a conquistar. Proletários de todos os países, uni-vos!

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