CSO 001 Introdução à Sociologia. Aula
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1 CSO 001 Introdução à Sociologia Aula dmitri.fernandes@ucf.edu.br
2 Um espectro ronda a Europa Manifesto Comunista (1848) de Marx e Engels visa a desfazer confusões e esclarecer modo de ver, objetvos e tendências próprias ao comunismo. Foi confeccionado sob demanda da Liga dos Comunistas, organização internacional proletária na qual Marx e Engels tomavam parte.
3 História da Luta de Classes A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes. P. 40. Desfechos da luta de classes na história: transformação revolucionária de toda a sociedade; destruição das duas classes em conflito.
4 Ascensão da burguesia Brotada das ruínas do feudalismo, burguesia não aboliu antagonismos de classe. Apenas os simplificou: burgueses X proletários. Marx e Engels traçam a evolução da burguesia: 1 Simples moradores dos burgos medievais. 2 Excedente de capitais provenientes das grandes navegações e abertura de novos comércios beneficia burgueses. 3 Pequena burguesia organiza-se em indústrias e suplanta mestres de corporações. 4 Ampliação dos mercados e tranformações tecnológicas. 5 Expansão da indústria e domínio burguês determinam fim das relações sociais medievais.
5 Domínio PolíTco Burguês O executvo no Estado Moderno não é senão um comitê para gerir os negócios comuns de toda a classe burguesa. P. 42. Derrubada do poder monárquico em razão da disjunção das forças produtvas e relações de produção abre espaço para a imposição do sistema de Estados Nacionais burgueses. Livre-concorrência expressa supremacia econômica e polítca burguesa.
6 Revolução Burguesa A burguesia desempenhou na História um papel iminentemente revolucionário ( ). Afogou os fervores sagrados ( ) nas águas geladas do cálculo egoísta. ( ) SubsTtuiu as numerosas liberdades, conquistadas duramente, por uma única liberdade sem escrúpulos: a do comércio. Em uma palavra, em lugar da exploração dissimulada por ilusões religiosas e polítcas, a burguesia colocou uma exploração aberta, direta, despudorada e brutal. P. 42.
7 Benesses da Burguesia Descobre forças produtvas até então adormecidas. Revoluciona incessantemente instrumentos de produção, relações de produção e todas as relações sociais. Tudo o que era sólido e estável se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado e os homens são obrigados finalmente a encarar sem ilusões a sua posição social e as suas relações com outros homens. P. 43.
8 Benesses da Burguesia II Globaliza produção, busca de mercados, consumo. Acaba com velhas indústrias nacionais. Desenvolve intercâmbio universal e interdependência das nações. Criações intelectuais também se beneficiam e se universalizam. Centraliza instrumentos de produção, propriedade, populações. Cria um mundo à sua imagem e semelhança p. 44.
9 Reviravolta dialétca A sociedade burguesa ( ) assemelha-se ao feitceiro que já não pode controlar os poderes infernais que invocou. P. 45. Forças produtvas modernas não mais se ajustam às relações de produção burguesas, i.e., ao caráter de classe e ao sistema de propriedade da sociedade burguesa. (Crises). Superabundância é contraditória em relação ao tacanho sistema de apropriação dos frutos do trabalho social.
10 O Proletariado Burguesia criou seus próprios coveiros: os proletários. Proletário é o supra-sumo do trabalhador alienado. Vive tão-somente para a remuneração do capital. Camadas médias no decorrer do desenvolvimento capitalista, que tende ao monopólio, caem na proletarização. Por isso a burguesia criou uma sociedade simplificada, entre burgueses e proletários.
11 O Proletariado II Tendência é a de que, em razão da precarização da vida, dos salários, do trabalho alienado, da superexploração, da facilidade de comunicação etc. o proletariado aos poucos se reconheça e se organize enquanto classe. Burguesia, ao utlizar proletariado em suas lutas com camadas sociais diversas, fornece-lhe elementos de pedagogia polítca, armas a serem utlizadas contra ela própria. Proletariado é a única classe revolucionária que de fato luta contra a burguesia.
12 O Proletariado III Proletário é iminentemente internacional, despido de propriedade, de relações familiares burguesas. Leis, religião, moral são para ele meros preconceitos de classe burgueses, ideologias que reforçam e naturalizam o mundo burguês. Proletários, por conseguinte, devem derrubar por meio da violência a sociedade vigente, baseada na propriedade privada burguesa. O movimento proletário é o movimento autônomo da imensa maioria em proveito da imensa maioria. P. 50.
13 Resumo: Ideais Comunistas 1 - ConsTtuição do proletariado em classe. 2 - Derrubada da supremacia burguesa. 3 - Conquista do poder polítco pelo proletariado.
14 Propriedade Privada Burguesa Forma moderna de propriedade privada burguesa é a últma e mais perfeita expressão do modo de produção e de apropriação baseado nos antagonismos de classe. 1 - Capital é produto coletvo que só pode ser posto em movimento pelos esforços de todos os membros da sociedade: é um poder social. 2 Comunistas querem transformar uma propriedade social em propriedade social, não mais pessoal.
15 Trabalho assalariado Soma dos meios de subsistência para que operário viva como operário. Mais-valia e exploração capitalista (explicação que se encontra no Capital, não no Manifesto ). Mais valia relatva e absoluta. Remuneração do capital. Trabalho vivo e trabalho acumulado. Crises tendenciais.
16 Pelo fim dos princípios burgueses Fim da liberdade burguesa. Fim da propriedade privada burguesa. Fim do indivíduo burguês. Fim da ociosidade burguesa. Fim da cultura e da consciência burguesas. Fim da família burguesa. Fim da educação burguesa. Fim da traição burguesa e liberação das mulheres. Fim da pátria burguesa.
17 Passos prátcos da Revolução Revolução proletária e tomada do poder Centralizar instrumentos de produção nas mãos do Estado (proletariado como classe dominante). Aumentar forças produtvas. Desaparecendo antagonismo de classe, poder público perderá caráter polítco (poder organizado de uma classe para oprimir outra). Surge uma associação na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos. P. 59.
18 Socialismos critcados por Marx Feudal ou cristão (reacionário). Pequeno-burguês (reacionário e utópico). Socialismo alemão (falsa filosofia reacionária). Socialismo conservador ou burguês (burgueses são burgueses no interesse da classe operária). Socialismo e comunismo crítco-utópicos (planos utópicos de organização social).
19 Alianças estratégicas Comunistas se unem em diversos países aos partdos polítcos mais progressistas, embora alguns deles passem longe de serem comunistas. O mesmo se passou no Brasil com o PCB. Isto se refere à estratégia de forçar o desenvolvimento capitalista ao extremo, terreno propício para que ocorra uma revolução em solo maduro. ObjeTvos últmos só podem ser atngidos via a derrubada violenta de toda a ordem existente.
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