SÍNTESE DO PENSAMENTO DE KARL MARX "Filho de um advogado judeu, que se convertera ao cristianismo por motivos de interesse profissional, Marx

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1 SÍNTESE DO PENSAMENTO DE KARL MARX "Filho de um advogado judeu, que se convertera ao cristianismo por motivos de interesse profissional, Marx ( ) nasceu em Treves, perto de Coblença, na Renânia. O pai planeou para ele uma carreira de advogado burguês e com esse fim em vista matriculou - o na Universidade de Bona. O jovem Marx, no entanto, começou logo por se desgostar do curso de Direito e abandonou os estudos jurídicos para se embrenhar na filosofia e na história. Depois de passar um ano em Bona, transferiu-se para a Universidade de Berlim, onde foi atraído pela influência de um grupo de discípulos de Hegel, que desviavam os ensinamentos do mestre num sentido levemente radical. Embora Marx se tivesse doutorado em Filosofia pela Universidade de lena, em 1841, os seus pontos de vista críticos impediram - no de realizar a sua ambição, que era tornar-se professor universitário. Voltou-se então para o jornalismo, dirigindo vários periódicos radicais e colaborando em muitos outros. Em 1848 foi preso sob a acusação de alta traição, por ter participado no movimento revolucionário que eclodiu na Prússia. Apesar de absolvido por um júri pequeno-burguês, foi, em seguida e como consequência, expulso do país. Entrementes fizera-se amigo íntimo de Friedrich Engels ( ), que foi por todo o resto da vida seu discípulo e alter ego. Em 1848 publicaram ambos o Manifesto Comunista, o "primeiro grito do socialismo moderno que nascia". Desde essa data até à sua morte, em 1883, Marx viveu quase exclusivamente em Londres, lutando com a pobreza e escrevendo de quando em quando artigos para a imprensa (alguns dos quais vendeu à New York Tribune, a cinco dólares dada um), mas passando, em geral, o tempo a consultar, de manhã à noite, empoeirados manuscritos da biblioteca do Museu Britânico, a fim de colher material para uma grande obra de economia política. Em 1867 publicou o primeiro volume dessa obra, que recebeu o título de O Capital. Depois da sua morte foram publicados mais dois volumes com base nos seus manuscritos, revistos e editados por Engels. Como a teoria marxista se tornou uma das filosofias mais influentes dos tempos modernos, é necessário compreender as suas premissas fundamentais. As mais importantes de entre elas são as seguintes: 1) A interpretação económica da História. Todos os grandes movimentos políticos, sociais e intelectuais da História têm sido determinados pelo ambiente económico em que surgiram. Marx não pretendia que o motivo económico fosse a única explicação do comportamento humano, mas afirmava que toda a transformação histórica fundamental, sejam quais forem as suas características superficiais, têm resultado de alterações nos métodos de produção e de troca. Assim, a revolução protestante foi, na essência, um movimento económico; as discordâncias quanto a credos religiosos não passavam de "véus ideológicos" a ocultarem as causas reais. 2) O materialismo dialéctico. Cada sistema económico particular, baseado em padrões definidos de produção e de troca, cresce até alcançar um ponto de máxima eficiência, após o que começam a desenvolver-se contradições e fraquezas internas que trazem consigo a sua rápida decadência. Enquanto isso, vão-se estabelecendo pouco a pouco os fundamentos de um sistema oposto, o qual acaba por substituir o antigo. Esse processo dinâmico de evolução histórica prosseguirá por meio de uma série de vitórias da nova ordem sobre a antiga, até que seja atingida a meta perfeita do comunismo. Depois disso, sem dúvida que haverá ainda mudanças, mas serão mudanças dentro dos limites do próprio comunismo. 3) A luta de classes. Toda a história é feita de lutas entre as classes. Na Antiguidade tratava-se de uma luta entre senhores e escravos, entre patrícios e plebeus; na Idade Média, de um conflito entre os senhores e os servos; nos tempos modernos, o choque ocorre entre a burguesia e o proletariado. A primeira compreende aqueles cuja renda

2 principal resulta da posse dos meios de produção e da exploração do trabalho alheio. O proletariado inclui aqueles cuja subsistência depende principalmente de um salário, os que necessitam de vender a sua força de trabalho para viver. 4) A doutrina da mais-valia. Toda a riqueza é criada pelo trabalhador. O capital nada cria, mas é ele próprio criado pelo trabalho. O valor de todos os produtos é determinado pela quantidade de trabalho necessário para as produzir. O trabalhador, porém, não recebe o valor total do que o seu trabalho cria: pelo contrário, recebe um salário que, geralmente, é suficiente apenas para o capacitar a subsistir e a reproduzir a sua espécie. A diferença entre o valor que o trabalhador produz e o que ele recebe é a mais-valia, que vai para as mãos do capitalista. Em geral, ela consiste em três elementos diversos: juros, renda e lucros. Como o capitalista não cria qualquer destas coisas, segue-se que ele é um ladrão que se apropria dos frutos da fadiga do trabalhador. 5) A teoria da evolução socialista. Quando o capitalismo tiver recebido o golpe de morte das mãos dos operários, seguir-se-á uma fase de socialismo que terá três características: a ditadura do proletariado, a remuneração de acordo com o trabalho realizado e a posse e a administração pelo Estado de todos os meios de produção, distribuição e troca. O socialismo, porém destina-se a ser mera transição para algo superior. Em tempo oportuno seguir-se-á o comunismo, meta final da evolução histórica. O comunismo significará, antes de mais nada, uma sociedade sem classes. Ninguém viverá da propriedade, mas todos viverão unicamente do trabalho. O Estado desaparecerá então e será relegado para o museu de antiguidades "juntamente com o machado de bronze e a roda de fiar". Nada o substituirá, excepto as associações voluntárias para controlar os meios de produção e suprir as necessidades sociais. Mas a essência do comunismo é o pagamento segundo as necessidades. O sistema de salários será completamente abolido. Cada cidadão deverá trabalhar de acordo com as suas capacidades e terá direito a receber do monte total das riquezas produzidas uma quantia proporcional às suas necessidades.» Edward Burns, História da Civilização Ocidental - 3.º volume, Círculo de Leitores, pp KARL MARX: SOCIALISMO E COMUNISMO KARL MARX: SOCIALISMO E COMUNISMO I "O que caracteriza o comunismo não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade burguesa (isto é, do capital, da propriedade privada que explora o trabalho assalariado e que só pode crescer sob a condição de produzir mais e mais trabalho assalariado, para o explorar de novo). Ora a propriedade privada de hoje, a propriedade burguesa, é a última e a mais perfeita expressão do modo de produção e de apropriação baseado no antagonismo de classes, na exploração de uns por outros.neste sentido, os comunistas podem resumir a sua teoria nesta fórmula única: abolição da propriedade privada. Nós não queremos de modo algum abolir aquela apropriação pessoal dos produtos do trabalho indispensável à reprodução da vida no dia seguinte, apropriação essa que não deixa nenhum lucro líquido que possa conferir um poder sobre o trabalho de outrem. O que nós queremos é suprimir o triste modo de apropriação que faz com que ooperário não viva senão para fazer crescer o capital (a riqueza do burguês, do patrão explorador) e só vive enquanto o exigem osinteresses da classe dominante.

3 A aplicação prática do direito de liberdade é o direito à propriedade privada. Mas em que consiste este último direito? "O direito de propriedade é o que pertence a todo o cidadão de desfrutar e de dispor a seu gosto dos seus bens, dos seus lucros, do fruto do seu trabalho e do seu engenho. " O direito de propriedade privada é, portanto, o direito de gozar da sua fortuna e dela dispor "a seu gosto" sem se preocupar com os outros homens, independentemente da sociedade: é o direito do egoísmo. É esta liberdade individual, com a sua aplicação, que forma a base da sociedade burguesa. Ela faz com que cada homem veja no outro homem não a realização mas antes a limitação da sua liberdade." Marx, Textos de 1844 e de a A Questão Judaica. II a) «Não me é devido qualquer mérito pela descoberta da existência de classes na sociedade moderna ou da luta entre elas. Muito antes de mim tinham já os historiadores burgueses descoberto odesenvolvimento histórico desta luta de classes e os economistas burgueses a anatomia económica das classes. O que fiz de novo foi demonstrar: 1) que a existência de classes está ligada apenas adeterminadas fases históricas do desenvolvimento da produção;2) que a luta de classes leva, necessariamente, à ditadura do proletariado; 3) que esta ditadura em si mesma apenas constitui atransição para a abolição de todas as classes e para umasociedade sem classes.» Carta de Marx a Weydemeyer, (1852); MESC, pág. 69 b) «Entre a sociedade capitalista e a sociedade comunista existe operíodo de transformação revolucionária da primeira na segunda. Um período de transição política que lhe corresponde e onde o Estado não poderia ser outra coisa senão a ditadura revolucionária do proletariado.» Marx, Crítica do Programa de Gotha c) «Na sua luta contra a força colectiva das classes possidentes, oproletariado só pode actuar como classe se se constituir num partido político distinto, oposto a todos os velhos partidos formados pelas classes possuidoras. Esta constituição do proletariado num partido político é indispensável para assegurar o triunfo da revolução social e do seu fim último: a abolição das classes. A conjugação de forças da classe trabalhadora, alcançada já pela luta económica, deve servir, também, nas mãos desta classe, como uma alavanca na sua luta contra o poder político dos seus exploradores. Uma vez que os senhores da terra e do capital fazem sempre uso dos seus privilégios políticos a fim de defenderem e perpetuarem os seus monopólios económicas e escravizarem o trabalho, a conquista do poder político torna-se o grande dever do proletariado.» Resolução da Conferência de Londres (1871); MESW, I, pp. 388 e segs. d) Quando, no curso do desenvolvimento, as distinções de classe tiverem desaparecido, e toda a produção se tiver concentrado nas mãos de uma vasta associação da nação inteira, o poder público perderá o seu carácter político. O poder político, propriamente dito, é apenas o poder organizado de uma classe para a opressão de outras. Se o proletariado, por força das circunstâncias, se vir obrigadoa organizar-se em classe, se, por meio de uma revolução, se tornar aclasse dominante, e, enquanto tal, arrasar pela força as velhas condições de produção, então terá, juntamente com essas condições, arrasado as condições para a existência de antagonismos de classe e de classes em geral, e terá, com isso, abolido a sua própria supremacia de classe. No lugar da velha sociedade burguesa, com assuas classes e antagonismos de classe,

4 teremos uma associação, na qual o livre desenvolvimento de cada um é a condição do livre desenvolvimento de todos. Manifesto do Partido Comunista (1848); MESW, I, pp. 53 e segs. No estádio da sociedade industrial capitalista, a luta de classes desenvolve-se entre o proletariado e a burguesia. A pertença a uma ou outra das classes é determinada pelo lugar que cada homem ocupa nas relações de produção: o burguês é o proprietário dos meios de produção; o proletário só possui a sua força de trabalho. Marx analisa a sociedade industrial da Inglaterra do século XIX e conclui que o liberalismo económico é um tremendo fracasso. Nessa sociedade os operários (os proletários) trabalhavam quinze horas por dia recebendo um salário miserável. Crianças de oito anos (e às vezes menos) desciam ao fundo das minas. A mortalidade atingia níveis assustadores. A justificação liberal da propriedade (legitimada porque fruto do trabalho) parecia irrisória num mundo onde o trabalhador assalariado não tinha meios de se tornar proprietário, enquanto os proprietários capitalistas podiam dispensar- se de trabalhar. A liberdade de que fala o liberalismo é puramente abstracta (não concreta ou real): entende-se que o empregado e o patrão discutem livremente o salário; mas o empregado ameaçado pelo desemprego - e que não pode esperar porque não tem meios - é, de facto, constrangido a aceitar o salário proposto. A sua liberdade abstracta nada mais é do que uma servidão real. O direito de propriedade (a propriedade privada dos meios de produção) está na origem da exploração do homem pelo homem. O produto do trabalho surge perante o trabalhador como algo estranho e independente porque este é imediatamente desapossado daquele. Mas não é só o facto de o homem não produzir para si mas para um outro que faz com que o produto do seu trabalho se lhe oponha como realidade estranha. A alienação consiste sobretudo na transformação do produto estranho em produto hostil e repressivo. Apropriando-se do produto do trabalho alheio e transformando-o em capital, o proprietário dos meios de produção utiliza parte desse capital (uma pequena parte) para comprar e explorar a força de trabalho do operário. Afastado dos meios de produção e do capital que o seu trabalho gera, o trabalhador tem de aceitar, para sobreviver, as condições de exploração que lhe são impostas. O que caracteriza a exploração capitalista do operário? O capitalista compra a força de trabalho, determinando, por exemplo, que, para sustentar e manter activa essa força (para a reproduzir) bastam seis horas de trabalho. Ora, o operário trabalha mais do que seis horas diárias (8, 10 ou mais). O 'valor gerado pela força de trabalho assalariado durante essas horas e que não é pago é por Marx denominado «mais-valia» e é a base do lucro do capitalista. A revolução proletária não pode, para Marx e Engels, ser uma questão de boa vontade. Há que ter em conta as circunstâncias objectivas, o movimento da realidade. Assim, a revolução proletária só pode ter lugar num período de crise económica da sociedade capitalista, isto é, aquando de uma contradição aguda entre as forças produtivas e as relações de produção. Só nessas circunstâncias de crise da sociedade burguesa é que o proletariado se pode afirmar como classe revolucionária. Mas as circunstâncias não bastam. O proletariado deve lutar organizadamente. Só um partido político pode organizar o proletariado, ser o intérprete esclarecido das suas aspirações e interesses. Pode-se mesmo dizer que o partido formado pelos comunistas, não só organiza a luta da classe operária (o proletariado) como também dá a esta consciência de classe, i. e., «consciência de si contra a alienação». Como diz Marx no segundo capítulo do Manifesto do Partido Comunista, os comunistas «têm

5 sobre o resto do proletariado a vantagem de uma inteligência clara das condições da marcha e dos fins gerais do movimento proletário». A revolução, uma vez criadas as suas condições objectivas, instaurará, durante um período transitório, a ditadura da classe operária, i.e., um Estado proletário cuja finalidade é pôr fim definitivo ao domínio da burguesia. A classe operária exerce a sua ditadura sobre as antigas classes exploradoras (os capitalistas, os grandes latifundiários) mediante o domínio do poder político, do aparelho de Estado, em aliança com os camponeses e outras classes assalariadas. Esta ditadura revolucionária será necessária enquanto a burguesia constituir uma ameaça, uma resistência aos objectivos da revolução: a instauração de uma sociedade comunista, sem classes. A este período transitório e ditatorial dá-se, em sentido estrito, o nome de socialismo. Nesta fase a distribuição dos bens materiais e culturais dá-se de acordo com a quantidade e qualidade do trabalho de cada um. «A cada um segundo as suas capacidades.» Enquanto fase prévia à instauração do comunismo, o socialismo pretende combater a divisão entre trabalho intelectual e trabalho manual, eliminar a discriminação da mulher, educar o povo na base de princípios de cooperação e de solidariedade que vençam as motivações egoístas e as tendências à acumulação privada. O socialismo é assim a fase preparatória de uma fase de organização social mais desenvolvida e que constitui o objectivo final da revolução proletária: a sociedade comunista. Caracteriza-a a inexistência de classes. Acabado o antagonismo de classes, o Estado, que é, por definição, um poder organizado para a opressão de uma classe por outra, definha e perece. O poder público perde o seu carácter político, i. e., deixa de ser um instrumento de opressão e de repressão para se transformar em «associação livre»: o Estado enquanto tal desaparece. A educação na fase socialista da revolução tinha como objectivo eliminar o egoísmo e a rivalidade como forças motrizes da acção económica, do trabalho. Conseguido isso, a distribuição da riqueza poderá efectuar-se segundo o princípio: «De cada um segundo as suas capacidades; a cada um segundo as suas necessidades.» KARL MARX: «A RELIGIÃO É O ÓPIO DO POVO» "O fundamento da crítica irreligiosa é: o homem cria a religião; não é a religião que cria o homem. E a religião é, bem entendido, a autoconsciência e o auto-sentimento do homem que ainda não é senhor de si mesmo ou que já voltou a perder-se (...) Areligião é o soluço (o suspiro) da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de um estado de coisas carente de espírito. A religião é o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória do povo é uma exigência quea felicidade real formula. Exigir que renuncie às ilusões acerca da sua situação éexigir que renuncie a uma situação que precisa de ilusões. A crítica da religião é pois,em germe, a crítica deste vale de lágrimas de que a religião é a auréola.» Marx considera que a religião é uma forma de alienação. Nela verifica-se a fractura entre o mundo concreto e um mundo ideal, entre o mundo em que o homem vive e o mundo em que ele desejaria viver. Por que razão surge esse mundo ideal? Marx diz que o mundo celeste é o resultado de um protesto da criatura oprimida contra o mundo em que vive e sofre. Ou seja, procura-se um refúgio no mundo divino porque o mundo em que o homem vive é desumano.

6 Num mundo em que "o homem é o lobo do homem", não há "família humana", o homem não se sente neste mundo como em sua casa. A procura de uma família celeste deve-se à perda da família terrestre, à separação do homem do seu semelhante. São essencialmente as degradantes condições materiais de vida, a exploração do homem pelo homem, com o consequente desprezo pela vida humana, que levam o homem a sentir-se órfão na terra e a procurar um pai no céu. O mundo religioso, o "Reino de Deus", não tem consistência própria, não é verdadeiramente real. É um "reflexo" de degradantes condições materiais de vida, da opressão da grande maioria dos homens por outros. É a "flor imaginária" que decora os grilhões que oprimem os explorados; é o "suspiro" de quem se vê degradado na sua humanidade, transformado em objecto e máquina produtiva que quanto mais enriquece os exploradores mais se empobrece a si mesmo. Segundo Marx, da religião o homem não pode esperar a sua libertação e emancipação. Ela é um "sintoma" da desumanidade do mundo dos homens e não o remédio para esse mal. Mais do que isso, ela é um "ópio", um produto tóxico, que entorpece, aliena e enfraquece porque a esperança de consolação e de prometida justiça no "outro mundo" transforma o explorado e oprimido num ser resignado, tende a afastá-lo da luta contra as causas reais do seu sofrimento. Marx sempre considerou a religião como uma super - estrutura, i. e., uma dimensão que reflecte e é condicionada pela infra-estrutura de uma determinada sociedade, ou seja, pelo modo como se verificam as relações entre os homens no processo económico ou produtivo. Nesse processo produtivo há uma classe dominante: aquela que detém a propriedade privada dos meios de produção (instrumentos, máquinas, fábricas, etc.) e que por isso submete ao seu poder aqueles que não podendo produzir por si mesmos a sua subsistência têm de vender a sua força de trabalho. A exploração do homem pelo homem tem a sua raiz no facto de a propriedade dos meios que permitem produzir e assegurar a subsistência ser privada e não social, i. e., de alguns e não de todos. Ora, segundo Marx, as ideias dominantes (religiosas, filosóficas, morais, etc.) são o reflexo ou, pelo menos, são condicionadas pelos interesses económicos da classe materialmente dominante. Assim, a religião é um instrumento que, apesar de apelar à benevolência dos poderosos, ao apresentar o Céu como lugar da justiça e da compensação, justifica o estado de coisas existentes, o domínio de uma classe sobre outra. A ilusão de um mundo transcendente e justo serve para que as injustiças se perpetuem na sociedade humana. Por isso, segundo Marx, não basta criticar a religião: é preciso não só criticar a raiz material (a alienação do trabalho, a exploração económica) da alienação religiosa, como também eliminar revolucionariamente as condições de miséria terrestre das quais deriva a necessidade do "mundo celeste". Atacar directamente a miséria terrestre (a alienação económica) é destruir indirectamente a necessidade do mundo celeste. KARL MARX: A HISTÓRIA E A LUTA DE CLASSES KARL MARX: A HISTÓRIA E A LUTA DE CLASSES

7 "A história de toda a sociedade até aos nossos dias nada mais é do que a história da luta de classes. "O movimento proletário é o movimento espontâneo da imensa maioria em proveito da imensa maioria." Para Marx e Engels, qualquer que seja a época considerada, a sociedade é o lugar de um conflito - aberto ou dissimulado - entre opressores e oprimidos. Na raiz desse conflito está a apropriação privada dos meios de produção, que determina a exploração e a pobreza dos que não têm os meios de produzir a sua subsistência e o enriquecimento dos que exploram a força de trabalho daqueles que nada mais possuem senão isso. Esta visão da História está de acordo com a filosofia materialista de Marx. No devir da humanidade, são, em última análise, as infra-estruturas (as relações de produção e as forças produtivas) que determinam as super-estruturas (as produções intelectuais). Isso significa que são as relações económicas que definem a sociedade e as classes. Estas são definidas pelo lugar que ocupam no sistema de produção, pelo seu estatuto quanto à propriedade dos meios produtivos. Dizer que a História é a história da luta de classes (Manifesto Comunista) é evidenciar que ela não é um puro caos de acontecimentos ininteligíveis ou a odisseia do Espírito a caminho da sua realização, como pensava Hegel. Bem pelo contrário, ela é o produto do confronto entre classes sociais que elas mesmas são o produto da evolução, do desenvolvimento económico ou material da humanidade. A luta de classes atinge o seu ponto extremo na sociedade capitalista: uma pequena minoria de proprietários explora uma imensa maioria que nada possui, a não ser a sua força de trabalho, para, miseravelmente, sobreviver. Este mundo desumano, porque transforma os homens em máquinas de produção, em instrumentos de lucros do capitalista, não é, contudo, o ponto de chegada da História. É um momento ainda préhistórico do devi r da humanidade porque ainda absolutamente desumano (exploração escandalosa do homem pelo homem). A obsessão do lucro, a competição desenfreada entre os capitalistas, leva à crescente proletarização e a contradição entre a apropriação privada da riqueza por muito poucos e o modo de produção cada vez mais colectivo torna a crise do sistema capitalista sinónimo de morte anunciada. Será o proletariado a dar o golpe definitivo nesse sistema de opressão em nome da humanidade, de um novo homem e de um novo mundo, em que a propriedade dos meios de produção será social e não privada. A violência revolucionária do proletariado é determinada por uma finalidade, o fim do conflito, da violência entre os homens. O comunismo será assim a solução do "enigma" da História.

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