Resumo das aulas de Filosofia 2ª série do Ensino Médio/ 1 trimestre / 2 avaliação

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1 Resumo das aulas de Filosofia 2ª série do Ensino Médio/ 1 trimestre / 2 avaliação O modo capitalista de produção O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção ( trabalho assalariado) e a propriedade privada dos meios de produção pela burguesia. Historicamente, a forma burguesa substituiu na Europa a forma feudal de propriedade, assim como o trabalho assalariado passou a ocupar o lugar do trabalho servil, que caracterizava o feudalismo. Sob o capitalismo, a burguesia possui as fábricas, os centros comerciais, as grandes lojas, os meios de transporte, as terras, os bancos, etc. Em uma palavra, ela é proprietária dos meios de produção (minas, fábricas, terras) e de circulação das riquezas ( casas comerciais, bancos, etc.). Ao contrário do feudalismo, quando o servo estava ligadoa terra, no capitalismo trabalhador não é obrigado a ficar sempre na mesma propriedade rural ou na mesma empresa urbana. Ele é livre para se empregar onde quiser, desde que o capitalista o aceite como empregado. Na sociedade feudal, a produção estava voltada para a satisfação de necessidade imediatas das pessoas. Na sociedade capitalista, o desenvolvimento da produção é movido pelo desejo de lucro. É para aumentar a seus rendimentos que os capitalistas procuram expandir a produção e baixar seus custos. Das origens aos dias de hoje Pré capitalismo ( do século XI ao século XV) É por uma expansão do comércio e a produção artesanal. O trabalho assalariado ainda era uma exceção, predominava o trabalho independente dos artesãos.

2 Capitalismo mercantil ( do século XV ao século XVIII) O trabalho independente ainda predomina, mas se expande o regime assalariado; a maior parte do lucro concentra-se nas mãos dos comerciantes. Capitalismo industrial ( do século XVIII ao século XX) Com a Revolução Industrial, o capital passa a ser investido basicamente na indústria, que se torna a atividade econômica dominante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente. Capitalismo financeiro ( a maior parte do século XX) Os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas por meio de financiamentos à agricultura, à pecuária, à indústria e ao comércio. Sociedade pós-industrial ( do fim do século XX ao século XXI) O capital financeiro continua a dominar os outros setores da economia, como na fase anterior; com a globalização e o desenvolvimento das redes de computadores, grande massas de capital passam a ser aplicadas nos países que oferecem maior lucratividade, retirando-se deles ao menor sinal de crise; ao mesmo tempo, a indústria e a agricultura perdem importância em relação ao setor de serviços; além disso, expande-se os meios de comunicação e o setor de informática ( redes de computadores), assim como a automação e a indústria de alta tecnologia. O capitalismo mercantil O capitalismo mercantil teve início a partir das Grandes Navegações e a consolidação do Estado absolutista. Foi um período de transição do feudalismo para o capitalismo. As práticas mercantilistas eram: uma nação era rica com acumulação de metais preciosos, o país deve alcançar uma balança comercial favorável, o Estado deve intervir na economia e quanto mais moedas em circulação mais próspera será a economia. A descoberta do livre mercado

3 No século XVIII, época da Revolução Industrial, os pensadores também se modernizam. Na França e na Inglaterra, nasceu o Iluminismo, corrente de idéias que condenava a monarquia absolutista. Entre os economistas, teve lugar uma profunda crítica aos dogmas mercantilistas. Adam Smith foi o principal ideólogo da nova corrente de idéias entre os economistas. Adam Smith defendia que o trabalho era a fonte geradora de riqueza. Smith defendia que o Estado na interferisse na economia. Para Adam Smith, a economia é regida pela lei da oferta e da procura. Sua doutrina econômica defende a livre-iniciativa e a não-intervenção do governo na vida econômica. A oficina do mundo A partir da Revolução Industrial desenvolveu-se um novo modelo de produção que tinha como base a produção capitalista industrial. A economia era dominada pelas fábricas e os camponeses abandonavam as áreas rurais para trabalhar nas fábricas instaladas nas cidades. A expulsão dos camponeses foi fundamental para que esses camponeses na cidade servissem de mão de obra barata para as fábricas nascentes. A classe trabalhadora Os operários vivam péssimas condições nas fábricas como: longas jornadas de trabalho, sem férias, maus-tratos, castigos, trabalho infantil, etc. Para mudar esse cenário caótico, os trabalhadores começaram a se agrupar em torno de associações de classe e sindicatos para lutar por direitos trabalhistas Um novo modo de produção Karl Marx foi um dos maiores críticos do modo de produção capitalista. Para Marx em algum momento as relações de produção capitalistas entraria em choque. Nesse momento ocorreria nos países desenvolvidos que colocaria o proletariado, ou classe operária, no poder. A partir de então, o capitalismo seria substituído pelo socialismo, um novo modo de produção.

4 No modo de produção socialista, segundo Karl Marx a economia deveria ser planificada, visando atender às necessidades básicas da população, e não ao lucro das empresas. Em 1917, ocorreu a Revolução Russa. Tal revolução era uma que propunha uma profunda mudança da sociedade russa que era desigual. A Revolução Russa foi uma revolução socialista. Karl Marx tinha idealizado uma revolução socialista em um país desenvolvido e com um grande número de indústrias, o que não era caso da Rússia. Marx também afirmava que a revolução deveria eclodir em um país onde o capitalismo estivesse avançado, o que não condizia com a Rússia. Um país basicamente rural e com um pequeno número de indústrias. Lênin foi o líder da revolução e da URSS até 1924, quando morreu. A partir da sua morte o poder foi disputado por Josef Stálin e Leon Trotski. Stálin defendia que o socialismo deveria ser construído num só país e Trotski defendia que a revolução deveria ser disseminada em outros países, a revolução permanente. Stálin venceu e passou a perseguir os seus opositores. O Estado soviético tornou-se um Estado policial-burocrático e totalitário, longe das idéias de Karl Marx e Engels. O nome dado a experiência socialista na URSS foi de socialismo real. O fim da União Soviética Após a Segunda Guerra Mundial, todo o leste europeu se tornou socialista também, seguindo o modelo burocrático de socialismo de Estado imposto na União Soviética. A única exceção foi a Iugoslávia, cujo o líder, o marechal Tito rompeu com Stálin e adotou sue próprio caminho de construção do socialismo. Entre os anos de 1980 e 1990, começaram a ocorrer profundas mudanças políticas e econômicas no bloco socialista. Na União Soviética, um novo líder Mikail Gorbachev passou adotar medidas de liberalização da economia e das relações políticas, permitindo greves, diminuindo a censura e estimulando pequenos avanços da iniciativa privada e uma economia de

5 mercado. Embora ainda tímidas essas medidas provocaram mudanças cada vez mais rápidas nos países do Leste europeu. Globalização e seus dilemas A globalização é marcada pela universalização da produção, da circulação e da distribuição e consumo de bens e serviços. O processo de globalização, contudo, não ocorre apenas na economia, mas se verifica também nas áreas da informação, da cultura e da ciência. A produção industrial, antes restrita a uns poucos países, alcança hoje uma escala sem precedentes na História. Atualmente, empresas transnacionais com sede nos países mais ricos organizam a produção de tal forma a aproveitar as condições mais favoráveis para maximizar seus lucros. Assim, os tênis de uma marca de grife norte-americana são fabricados na China, onde os salários são muito baixos, com peças produzidas em outros países. Entretanto, o objetivo das empresas de baixar seus custos de produção acaba gerando desequilíbrios nas sociedades. Entre os mais graves deles estão: Aumento da distância entre os países e os países pobres. O crescimento do número de pobres nos países menos desenvolvidos. O aumento das desigualdades sociais nos países ricos O crescente número de desempregados, que provoca, entre outros problemas, o aumento da exclusão social, da miséria e da violência nas grandes cidades.