O SOCIALISMO DEPOIS DE MARX
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- Adriana Brunelli Belmonte
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1 O SOCIALISMO DEPOIS DE MARX
2 Contexto Histórico Século XVIII e XIX : a Revolução Industrial inicia-se na Inglaterra e se amplia por vários países europeus acirra as desigualdades sociais e estimula novos projetos de sociedade.
3 Conceito: surge no século XIX Alternativa ao liberalismo
4 SOCIALISMO UTÓPICO
5 SOCIALISMO UTÓPICO
6 SOCIALISMO UTÓPICO
7 SOCIALISMO UTÓPICO
8 SOCIALISMO CIENTÍFICO
9 SOCIALISMO CIENTÍFICO Seria a fase de transição ao comunismo e seria implantado pela revolução proletária. A ditadura do proletariado seria A forma política do regime socialista. O termo referia-se à violência da qual o novo regime não poderia deixar de usar visando enfrentar os inimigos da revolução (burgueses proprietários dos meios de produção em geral). A ditadura do proletariado, tomaria o Estado e organizaria a sociedade rumo à igualdade e justiça social.
10 IMPLANTAÇÃO DO SOCIALISMO CIENTÍFICO 1ª ETAPA 2ª ETAPA 3ª ETAPA
11 PROCESSO DE TRANSIÇÃO Do ponto de vista política e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade e justiça social e a emancipação humana.
12 PRÉ-REVOLUÇÃO RUSSA 90% da economia era agrária e 10% industrial economia atrasada e a maioria da população era camponesa, vivia na miséria e pagava altos impostos. Regime czarista: Nicolau II e nobreza esbanjam luxo e riqueza, se envolvem em escândalos e a Rússia perde a guerra para o Japão. Protestos contra a tirania do Czar é reprimido com violência e morte. Há censura de imprensa, organização política e Cultural e a burguesia não era apoiada pelo Czar. Greve dos trabalhadores: reivindicavam melhores condições de vida e trabalho e o fim do czarismo. Sovietes: iniciou-se em 1905 como comitês de greves e depois em conselhos de operários, camponeses e soldados que deliberavam sobre assuntos de seus interesse a serem reivindicados para o governo.
13 REVOLUÇÃO RUSSA FEVEREIRO A OUTUBRO DE ª Guerra Mundial: o fato que faltava para o início da Revolução (insatisfação do exército russo). Organização dos partidos clandestinos por e consolidação do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR): - Mencheviques (minoria): defendiam a revolução com o apoio da burguesia; - Bolcheviques (maioria): sob a liderança de Vladimir Lênin, acreditavam que o governo deveria ser diretamente controlado pelos trabalhadores. Com isso, a revolução proletária seria a responsável direta pelas transformações que modernizariam a economia russa e daria fim aos contrates sociais que marcavam o país. Lênin retorna do exílio e defende as teses de abril Todo poder aos Sovietes.
14 REVOLUÇÃO RUSSA OUTUBRO VERMELHO Revolução Burguesa: prisão da família real, formação de um governo provisório que não melhorou as condições políticas e econômicas. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo; os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Lênin retirou a Rússia Da Primeira Guerra Mundial no ano de 1917/18. Foi instalado o partido único: o Partido Comunista
15 PERÍODO PÓS-REVOLUÇÃO RUSSA Vitória do Exército Vermelho sobre o Branco. A Nova Política Econômica (NEP) recuperou alguns traços de capitalismo para incentivar a nascente economia soviética. segundo Lenin, consistia num recuo tático, caracterizado pelo restabelecimento da livre iniciativa e da pequena propriedade privada, admitindo o apoio de financiamentos estrangeiros. Em 1922 foi implantada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria.
16 PERÍODO PÓS-REVOLUÇÃO RUSSA Morte de Lênin: disputa entre Josef Stalin (violência) e Leon Trotski (filosofia). Ditadura de Stalin (1924 a 1953): avanços econômicos, estatização dos meios de produção, planificação, repressão total (ditadura), poder militar e endeusamento da imagem de Stalin. Democracia popular aparente: desmantelamento dos sovietes com centralização do poder no partido. Expansão do Socialismo pelo mundo: vários países adotaram o regime socialista com o apoio soviético. Próximas décadas: bipolarização do mundo: Socialismo (URSS) X Capitalismo (EUA).
17 SOCIALISMO REAL: CRISE DAS UTOPIAS Ao longo do século XX, o cerceamento das liberdades individuais, com forte repressão estatal e solidificação de uma ditadura colocou o Regime socialista em descrédito. Fim da URSS (1991): a estagnação econômica, corrupção generalizada, excessivos gastos com a guerra fria e descrédito popular provocaram um colapso no sistema e a dissolução da URSS em vários países, sendo a Rússia o de maior visibilidade. Crítica e descrédito sobre o sistema socialista: há um reforço e redução do marxismo às experiências dogmáticas presentes na URSS, limitando o a história ao determinismo econômico. Na prática o socialismo proposto por Marx e Engel não ocorreu.
18 Releituras do Marxismo Ao longo do século XX vários pensadores atualizaram o marxismo como forma de adaptá-lo à realidade e afastá-los das práticas desenvolvidas na URSS. Dentre eles destacam- se o húngaro George Lukács e o italiano Antonio Gramsci. Ambos os pensadores superaram a visão economicista do marxismo e deslocaram seus estudos para a esfera político-cultural.
19 GEORG LUKÁCS ( ) Filósofo húngaro, nascido em Budapeste, possui grande importância no cenário intelectual do século XX; Foi um importante crítico literário e retomou o percurso da filosofia alemã, de Kant a Marx, desenvolvendo os estudos na área da política e da sociologia. Após a 1ª Guerra Mundial torna-se um dos líderes do movimento comunista húngaro. Em 1923 publica uma de suas mais importantes obras: História e consciência de classe, na qual faz uma releitura do conceito de alienação, articulando seu pensamento ao do filósofo Max Weber.
20 Lukács: obra História e Consciência de Classe Em 1923, Lukács publica uma de suas mais importantes obras: História e consciência de classe. A obra é uma releitura do conceito de alienação em Marx, articulando seu pensamento ao do filósofo Max Weber. Alienação para Marx: ocorre quando os indivíduos se tornam alheios aos frutos de seu trabalho, ou seja, os frutos de seu trabalho deixam de lhe pertencer, ampliando a alienação em relação a si mesmo (perda de identidade individual e compreensão do mundo que o cerca). Reificação (coisificação): é a forma radical da alienação, criada por Lukács, característica do capitalismo avançado. Nela a racionalização do trabalho separa o trabalhador de seu trabalho, coisificando as relações sociais, ou seja, todas as relações sociais transformam-se em mercadoria.
21 Lukács: obra História e Consciência de Classe Para Lukács, a única forma de superação da alienação não depende das condições socioeconômicas, mas da cultura. A cultura passa a ser instrumento que possibilita os indivíduos desenvolverem um autoconhecimento sobre si, uma autonomia e a conduzir seu próprio destino.
22 ANTONIO GRAMSCI ( ) Foi um filósofo, marxista, jornalista, crítico, literário e político italiano. Possui importantes contribuições à teoria política, à sociologia, à antropologia, à educação e à linguística. Foi um dos membros fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI), em Foi preso em 1926 pelo regime fascista por suas atividades políticas e só foi libertado em 1937, vindo a falecer logo em seguida devido a sério problemas de saúde. Na prisão produziu seus manuscritos mais importantes, posteriormente publicados como Cadernos do Cárcere (1975), composto por 33 cadernos de tipo escolares, publicados em sei volumes. Gramsci é reconhecido, principalmente, por sua teoria da hegemonia cultural, que descreve como o Estado usa as instituições culturais para conservar o poder.
23 Gramsci: a ciência marxista da política como superação do determinismo econômico Gramsci reelabora o conceito Marxista de Estado, visto como instrumento de manutenção de interesses das classes dominantes. Para Gramsci, o Estado burguês não se impõe somente através da coerção e violência, mas sobretudo pelo consenso. Estado ampliado (Gramsci): é formado pela sociedade civil e pela sociedade política torna-se um espaço de construção e disputa pela hegemonia.
24 Gramsci: a ciência marxista da política como superação do determinismo econômico Hegemonia: é a capacidade de um grupo em assumir a direção moral e intelectual de uma sociedade. Ela funda-se num consenso através de ferramentas ideológicas e culturais, absorvidas pelo senso comum. Bloco histórico: é uma relação dialética entre estrutura (conjunto das relações materiais) e superestrutura (conjunto das relações ideológicoculturais), mediada pelos intelectuais. Os intelectuais são aqueles que possuem uma "consciência elevada" e que são capazes de elaborarem uma ideologia para a classe que representam. Portanto, os intelectuais formam uma camada social diferenciada, que liga a estrutura à superestrutura, encarregada dar direção e homogeneidade ao Bloco Histórico. Na Europa Ocidental A revolução só seria possível através da formação do bloco histórico.
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