A Revolução Industrial

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1 A Revolução Industrial Introdução A Revolução Industrial surgiu a partir da modernização das cidades e trouxe diversas mudanças no cenário político, econômico, social e tecnológico do século XIX. Estas mudanças foram essenciais para a formação do pensamento administrativo e surgimento dos primeiros estudos na área. Vamos conhecer mais sobre a Revolução Industrial e suas contribuições para a Administração? Ao final desta aula, você será capaz de: conhecer os antecedentes da Revolução Industrial; compreender como a Revolução Industrial contribuiu para a evolução do pensamento administrativo; entender o que são as organizações e como surgiram a partir da Revolução Industrial. A estruturação urbana As primeiras cidades surgiram na Antiguidade, por volta de 4000 a.c., período em que a revolução agrícola cedeu espaço para a revolução urbana (MAXIMIANO, 2012). Na Idade Média predominava o sistema feudal em que o senhor, proprietário das terras, exercia a autoridade tradicional sobre os servos, que sediam a força de trabalho de forma gratuita. A agricultura ainda predominava e a separação entre cidade e campo era bem definida. Com o processo de modernização das cidades, a mudança na estrutura de autoridade que passava a ser racional-legal, e a epidemia de peste negra que dizimou metade da população da cidade e valorizou a mão de obra do campo, o sistema feudal lentamente começou a declinar a partir do século XVI. Do artesanal ao industrial Os agricultores que abandonaram os campos conseguiram, por meio do trabalho artesanal, manter-se nas cidades abrindo pequenos comércios, sobrevivendo da habilidade técnica. O artesão era proprietário dos meios de produção, se encarregava de produzir e vender as mercadorias. Para conter o avanço da concorrência, formaram as corporações de ofício e vedavam a entrada de estrangeiros. Com o tempo, essas corporações monopolizaram o trabalho e a indústria manufatureira de determinadas regiões

2 EXEMPLO Um artesão ensinava as técnicas para seus aprendizes, que futuramente passavam esses ensinamentos para os próximos e assim por diante. Desta forma foram aumentando a quantidade de artesãos que resolveram se juntar e formaram pequenos empreendimentos. Esse tipo de comércio não visava o lucro, pois segundo valores religiosos da época, isto era visto como usura. A economia era baseada em trocas e o bem era vendido pelo preço justo. A situação predominou até a ampliação do comércio e da exportação de manufaturas, que inviabilizava o mercado. Assim o comércio passou a visar lucro (MOTTA e VASCONCELOS, 2006). preço justo, então substituído pelo preço de As mudanças econômicas e a Revolução Industrial Com as mudanças mencionadas, o capitalismo consolidou-se a partir de dois fatores: a alta inflação e o cercamento das terras. Isto fez com que os nobres aumentassem os preços dos arrendamentos das terras para os camponeses, que não tinham mais condições de pagar. Os nobres então cercaram as terras e os camponeses tiveram que deixá-las ou foram expulsos (MOTTA e VASCONCELOS, 2006). SAIBA MAIS O artigo Capitalismo e as transformações no processo de trabalho, da autora Caroline Goerck, aborda o capitalismo e as mudanças causadas no processo de trabalho. Disponível em: < O capitalismo fez emergir uma nova classe social conhecida como proletariado, composta pela mão-de-obra advinda do campo. Os proprietários das fábricas visavam somente o lucro, não se importando com condições de trabalho e enxergando os trabalhadores como mais um meio de produção. Ficava clara a divisão entre proletariado e proprietários das indústrias. A Revolução Industrial A Revolução Industrial surgiu no final do século XVIII, na Inglaterra, tendo como marco a invenção e utilização das máquinas no processo de produção, modificando a estrutura vigente na época. Trouxe consigo diversas - 2 -

3 alterações nas áreas econômicas, sociais, comerciais e políticas. Nesse período as mudanças aconteceram de forma acelerada, acompanhado o progresso das indústrias. Por Revolução Industrial temos a definição de Viera et al (2012): Entende-se por Revolução Industrial um conjunto de transformações profundas ocorridas na estrutura socioeconômica da Europa a partir de 1750, quando se verificou a transição de um sistema feudal agrário para o sistema capitalista industrial, o que consolidou um novo período histórico, caracterizado pela ascensão de uma classe burguesa capitalista, baseada na igualdade entre os homens, a livre iniciativa e na empresa privada, bem como pelas forças produtivas, pelas relações sociais de produção e por um novo formato de organização produtiva do trabalho: a fábrica. (VIERA et al, 2012, p.19) A Revolução Industrial Figura 1 - Revolução Industrial Fonte: Stacey Newman / Shutterstock A Revolução Industrial passou por duas fases distintas. A primeira, de 1780 a 1860, é marcada pela mecanização da indústria, aplicação da força motriz com a criação da máquina a vapor, desenvolvimento do sistema fabril e avanço nos meios de transporte e comunicação, como a criação do telefone

4 Fonte: Everett Historical / Shutterstock Já a segunda fase, de 1860 a 1914, é marcada pela substituição do vapor pela eletricidade, automatização do maquinário, especialização do trabalhador, transformações radicais nos meios de transporte e comunicação (criação do automóvel), desenvolvimento de novas formas de organização capitalista, surgimento das instituições financeiras, separação entre propriedade particular e privada, grandes fusões e expansão das indústrias. (CHIAVENATO, 2011) A precariedade no trabalho e a luta de classes O processo de migração de trabalhadores do campo para a cidade ocasionou um crescimento populacional desorganizado, além de sérios problemas sociais devido às más condições de moradia, higiene e saúde. A jornada nas fábricas era exaustiva e os salários eram baixos. Os operários trabalhavam cerca de 16h nas fábricas, sendo que mulheres e crianças (contratadas a partir de 5 anos) ganhavam menos que homens. Diferente do artesanal, esse trabalho era fragmentado e repetitivo podendo ser exercido por qualquer pessoa sem qualificação

5 FIQUE ATENTO A modernização das fábricas trazida pela automatização fez com que parte da mão de obra operária fosse substituída por máquinas. Com o tempo os trabalhadores manifestaram sua insatisfação reivindicando melhores condições de trabalho. Começaram os conflitos de classe entre proletariado e proprietários, surgindo os primeiros sindicatos, que lutavam pela garantia dos direitos dos trabalhadores. Durante muito tempo a ação dos sindicatos era restrita e considerada ilegal em países como a Alemanha, por exemplo. Aos poucos os sindicatos foram sendo aceitos e suas reinvindicações escutadas, porém só foram legalizados em Figura 2 - Trabalhadores nas fábricas Fonte: Oleg Golovnev / Shutterstock Um pequeno grupo de proprietários da época, que tinha visão diferenciada das relações de trabalho, entendia que, com melhores condições, os trabalhadores não teriam motivos para se rebelar e lutar por seus direitos

6 EXEMPLO Robert Owen foi um exemplo de proprietário que adotou esta postura mais humanizada e proporcionou melhores condições de trabalho a seus operários, reduzindo a jornada para 12 horas e aumentando a idade mínima das crianças que trabalhavam em sua fábrica para mais de 10 anos. Com isso, a qualidade do produto final aumentou e consequentemente as taxas de lucro. Os diversos conflitos entre proletariado e proprietários, a acumulação de riqueza pelos donos de indústrias e o aumento das desigualdades sociais provocadas pelo capitalismo deram início a uma corrente de pensadores que questionava o capitalismo e pregava um novo modelo político chamado socialismo. Um dos expoentes do socialismo foi Karl Marx, que baseava sua crítica à sociedade capitalista no que chamou de materialismo histórico. Marx defendia que os proprietários formavam uma classe dominante que explorava a classe dominada composta pelos trabalhadores das fábricas. SAIBA MAIS Karl Marx, sociólogo alemão, desenvolveu teorias sobre sociedade, economia e política e seus estudos tiveram grande influência em sua época. Suas obras mais conhecidas são O Manifesto Comunista, publicada em 1848, e O Capital, publicada em De acordo com ele, o poder era detido por quem possuía riquezas e o governo servia aos interesses desse grupo. Já o trabalhador produzia e gerava renda que não era distribuída de forma igualitária, ficando com uma parte ínfima. Figura 3 - Karl Marx - 6 -

7 Fonte: ID1974 / Shutterstock - 7 -

8 Marx afirmava que a lógica de mercado dominava todas as relações humanas e era responsável pelo aumento das desigualdades sociais. Ele propunha a queda do capitalismo e a instauração da sociedade socialista livre de classes sociais (MOTTA e VASCONCELOS, 2006; CHIAVENATO, 2011). O surgimento das primeiras organizações As pequenas oficinas de artesãos aos poucos fundiram-se e deram origem às fábricas. As indústrias manufatureiras operando no sistema fabril passaram a possuir a propriedade dos meios de produção, substituindo o trabalho artesão pelo assalariado. Os artesãos passaram de proprietários a empregados e o sistema econômico, antes baseado no trabalho artesanal movido a trocas e preço justo, foi substituído pelas fábricas que buscavam lucro e eficiência. Com o tempo os operários foram sendo substituídos por máquinas automatizadas que aceleravam o processo produtivo. A divisão do trabalho e a simplificação de tarefas foram legados da Revolução Industrial que contribuíram para a formação do pensamento administrativo. Com os novos modelos de produção, tecnologia e relações trabalhistas, os proprietários das grandes empresas passaram a preocupar-se mais com aspectos de gestão e não somente com a produção. Os conflitos trabalhistas também serviram de base para os estudos posteriores da escola de Relações Humanas. O que são Organizações? Organizações podem ser entendidas como o conjunto de pessoas associadas a fim de realizar um objetivo. FIQUE ATENTO As organizações privadas têm como objetivo a obtenção de lucro, diferente das organizações públicas, cujo objetivo é promover o bem-estar social. Tanto as organizações privadas quanto as organizações públicas devem realizar esses objetivos de maneira eficiente e eficaz. Fechamento Nesta aula, você teve a oportunidade de: Nesta aula, você teve a oportunidade de: entender como ocorreu a revolução industrial; identificar os fatores gerados pela revolução industrial que contribuíram para a evolução do pensamento administrativo; - 8 -

9 compreender o que são organizações; entender como ocorreu a formação das primeiras organizações indústrias a partir da Revolução Industrial. Referências CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 8. ed. São Paulo: Elsevier, Campus, GOERCK, Caroline. Capitalismo e as transformações no processo de trabalho. Revista Capital Científico - Eletrônica, v. 7, n. 1, p , Disponível em: < /article/view/731/1274 >. Acesso em: 21/12/2016. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 7. ed. São Paulo: Atlas, MOTTA, Fernando C. P e VASCONCELOS, Isabela Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Thomson, VIEIRA, Marcelo Milano Falcão; KNOPP, Glauco da Costa; ROLIM, Hygino Lima; SIMÕES, Janaína Machado; DARBILLY, Leonardo Vasconcelos Cavalier. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Editora FGV,

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