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1 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE LINS JOURNAL OF THE LINS DENTISTRY SCHOOL REV. FAC. ODONTOL. LINS Lins v. 16 n.º 2 jul./dez. 2004

2 INSTITUTO EDUCACIONAL PIRACICABANO IEP Presidente do Conselho Diretor ELISEU DE CARVALHO Diretor Geral ALMIR DE SOUZA MAIA Vice-Diretor GUSTAVO JACQUES DIAS ALVIM UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA Reitor GUSTAVO JACQUES DIAS ALVIM Vice-Reitor Acadêmico SÉRGIO MARCUS PINTO LOPES Vice-Reitor Administrativo ARSÊNIO FIRMINO DE NOVAES NETO FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE LINS Diretor CARLOS WAGNER DE A. WERNER EDITORA UNIMEP Conselho de Política Editorial / Policy Advisory Committee GUSTAVO JACQUES DIAS ALVIM (presidente) SÉRGIO MARCUS PINTO LOPES (vice-presidente) AMÓS NASCIMENTO ANDRÉ SATHLER GUIMARÃES ANTONIO ROQUE DECHEN CLÁUDIA REGINA CAVAGLIERI DENISE GIACOMO DA MOTTA NANCY ALFIERI NUNES NELSON CARVALHO MAESTRELLI Revista da FOL v. 16, n.º 2 (jul./dez. 2004) Journal of the Lins Dentistry School Comissão Científico-Editorial / Scientific-Editorial Board NANCY ALFIERI NUNES Diagnóstico Bucal (editora científica) CARLOS WAGNER DE A. WERNER Odontogeriatria e Saúde Coletiva MARCO POLO MARCHESE Prótese e Oclusão MARIA SÍLVIA PAZIM Estética e Dentística Restauradora SÔNIA DE OLIVEIRA SCHIMPF Endodontia Editor Executivo / Managing Editor HEITOR AMÍLCAR DA SILVEIRA NETO EDITORA UNIMEP Rod. do Açúcar, km 156 Fone/Fax: (19) / Piracicaba, SP editora@unimep.br Correspondência e artigos para publicação deverão ser encaminhados a: Correspondence and articles for publications should be addressed to: REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE LINS Rua Ten. Florêncio Pupo Netto, 300 Jd. Americano Lins/SP Brasil Fone: (14) ; fax: (14) revistafol@unimep.br A revista da FOL é uma publicação quadrimestral da Editora UNIMEP (São Paulo, Brasil) que objetiva divulgar, em âmbitos nacional e internacional, relatos clínicos, artigos inéditos e revisão de assuntos relevantes no campo odontológico. Os textos são selecionados por processo anônimo de avaliação por pares (blind peer review). Veja as normas para publicação no final da revista. Revista da FOL is published three times a year by the UNIMEP Press (São Paulo, Brasil). This peer reviewed journal publishes scientific articles, clinical cases and literature reviews on dental related topics. Editorial guidelines for submission of articles are described after the last article. EQUIPE EDITORIAL / TECHNICAL TEAM HEITOR AMÍLCAR DA SILVEIRA NETO (coordenação) IVONETE SAVINO (secretária) ALTAIR ALVES DE SOUZA (assistente administrativo) REGINA FRACETO (ficha catalográfica) MILENA DE CASTRO (edição de texto) VALDIRENE MARTINS DOS SANTOS (bolsista atividade) EDITORAÇÃO ELETRÔNICA, ARTE E CAPA Printfit Soluções IMPRESSÃO Printfit Soluções TIRAGEM 250 EXEMPLARES A Revista da Faculdade de Odontologia de Lins é indexada por B.B.O. Bibliografia Brasileira de Odontologia Index to Dental Literature Disponibilizada em / Available at < Solicita-se permuta / Exchange is desired. REVISTA DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE LINS ISSN V. 1 N. o Semestral / Three times yearly 1. Odontologia Periódicos CDU (05)

3 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP MEDICINA & ODONTOLOGIA EDITORIAL Por muitos anos a odontologia se restringiu ao tratamento dentário e periodontal com seus profissionais, recebendo formação acadêmica e científica para procedimentos curativos voltados puramente à cavidade bucal. Nas últimas décadas, apesar da inclusão da estomatologia nos currículos odontológicos e de uma abertura da visão do cirurgião-dentista além dos dentes e gengivas, a área ainda foi muito disputada por profissionais da medicina, principalmente otorrinolaringologistas. Uma avaliação atual dos pacientes para atendimento odontológico retrata a necessidade de passos mais amplos no conhecimento fisiológico, farmacocinético de drogas e anestésicos, interações medicamentosas e fatores de risco em pacientes especiais e idosos. Os pacientes especiais deixaram de ser aqueles portadores de doenças neurológicas ou acamados crônicos, para abranger todo o contingente de pessoas com problemas sérios de saúde geral, incluindo também aqueles portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, hepáticas, hipertensos, diabéticos, com insuficiência respiratória, aidéticos, imunossuprimidos por neoplasias e até mesmo indivíduos sujeitos aos distúrbios psicológicos decorrentes de estresse crônico ou depressão. O conhecimento das condições gerais e de saúde bucal do paciente não pode ser mais dissociado: a cavidade bucal reflete cada vez mais problemas sistêmicos, principalmente na população idosa, que se automedica com facilidade, não se sujeitando a um acompanhamento médico freqüente e, a cada dia, vê-se mais afastada de atendimento médico, sujeita as longas horas em filas e à mercê do descrédito por suas dores. Assim, um passo a mais é requerido do cirurgião-dentista deste século: conhecer e buscar o que está contido no olhar perdido ou desalentado do idoso, do paciente especial ou de todo aquele que adentra um consultório odontológico com problemas gerais e bucais, minimizando sua dor, intervindo e interagindo de modo mutidisciplinar, entrelaçando o conhecimento médico ao odontológico e vice-versa. Esse fato mobiliza o cirurgião-dentista a uma atualização de conhecimentos a fim de melhor proceder na clínica odontológica e atuar com maior segurança diante dos fatores de risco de fragilidade na saúde geral de seus pacientes. A Revista da Faculdade de Odontologia de Lins vem, em um novo momento, possibilitar que informações científicas de âmbito médico-odontológicas alcancem as 3

4 necessidades da comunidade odontológica inserindo trabalhos de pesquisa que inter-relacionam as duas áreas, de forma a somar na qualidade do atendimento do paciente e a permitir os avanços obrigatórios que nossa profissão requer, bem como conferir um melhor aproveitamento do espaço para resenhas, com avaliações conscientes de lançamentos didáticos, comentários específicos sobre assuntos voltados à odontologia, artigos científicos ou trabalhos de pesquisa em processo de elaboração ou já publicados. NANCY ALFIERI NUNES Editora científica da Revista da FOL UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba 4

5 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP SUMÁRIO / SUMMARY 7 INFILTRAÇÃO MARGINAL APICAL RELACIONADA AO TIPO DE CIMENTO OBTURADOR E TÉCNICA DE OBTURAÇÃO APICAL LEAKAGE RELATED WITH THE KIND OF SEALER AND FILLING TECHNIQUE Roberto Holland (FOA/Unesp), Sueli Satomi Murata (FOA/Unesp), Rodrigo Alcântara Tessarini (FOA/Unesp), Edílson Ervolino (FOA/Unesp), Valdir de Souza (FOA/Unesp) e Eloi Dezan Jr. (FOA/Unesp) 13 ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO EM PACIENTES PORTADORES DE FISSURAS LÁBIO-PALATAIS: UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO SECONDARY ALVEOLAR BONE GRAFTS IN CLEFT LIP AND PALATE PATIENTS: A TREATMENT PROTOCOL Danilo Ibrahim (HRAC/USP), Eduardo Francisco de Souza Faco (HRAC/USP), José Henrique Gomes dos Santos Filho (HRAC/USP) e Renato de Souza Faco (HRAC/USP) 19 CAPACIDADE SELADORA E ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS UTILIZADOS EM PERFURAÇÕES DE FURCA SEALING ABILITY AND ADAPTATION OF MATERIALS USED IN FURCAL PERFORATIONS Mário Tanomaru Filho (FOAR/Unesp), Juliane Maria Guerreiro Tanomaru (FOAR/Unesp) e Frederico Chaves Bordini Faleiros (APCD/Araraquara) 25 PRESENÇA DE CANDIDA SP EM LEUCOPLASIAS DA MUCOSA BUCAL CANDIDA SP IN ORAL MUCOSAE LEUKOPLAKIAS Leandro Araújo Fernandes (FOA/Unesp) e Marcelo Macedo Crivelini (FOA/Unesp) 33 PERCEPÇÃO E CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS NUMA INSTITUIÇÃO NA CIDADE DE LINS/SP ORAL HEALTH PERCEPTION AND STATUS IN CHILDREN IN A CHILDCARE FACILITY IN LINS/SP Paulo César Pereira Perin (FOL/UNIMEP), Artênio José Isper Garbin (FOA/Unesp), Lilian Fabiana Machado Gomes Perin, Mateus de Abreu Pereira (FOL/UNIMEP) e Kátia Cristina Salvi de Abreu (FOL/UNIMEP) 39 AVALIAÇÃO DO EMPREGO DOS EXAMES RADIOGRÁFICOS E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA NO COTIDIANO CLÍNICO DO CIRURGIÃO-DENTISTA NA CIDADE DE SÃO PAULO EVALUATION OF RADIOGRAPHIC EXAMS AND RADIATION PROTECTION IN DENTAL SURGEON S CLINIC QUOTIDIAN IN THE CITY OF SÃO PAULO Eduardo Kazuo Sannomiya (Unisa/SP), Roberto Sano Imoto (Unisa/SP), Carla Mari Kawabata (Unisa/SP), Márcia Sayuri Yamamoto (Unisa/SP), Ricardo Hideki Hordiuche (Unisa/SP) e Raquel Aparecida da Silva (Unisa/SP) 5

6 45 CÂNCER 47 TRABALHOS 55 NORMAS 60 PARECERISTAS RESENHA - UM RELATO ATUALIZADO SOBRE SUA ORIGEM E DISSEMINAÇÃO! CANCER AN UPDATED ACCOUNT ON ITS ORIGIN AND DISSEMINATION! Uma Célula Renegada como o câncer começa, de Robert A. Weinberg Denise Tostes Oliveira (FOB/USP) PREMIADOS NAS JORNADAS DA FOL/2004 PARA APRESENTAÇÃO DE ORIGINAIS DA REVISTA DA FOL 2004 UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba 6

7 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP INFILTRAÇÃO MARGINAL APICAL RELACIONADA AO TIPO DE CIMENTO OBTURADOR E TÉCNICA DE OBTURAÇÃO APICAL LEAKAGE RELATED WITH THE KIND OF SEALER AND FILLING TECHNIQUE ROBERTO HOLLAND Professor titular de endodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp SUELI SATOMI MURATA RODRIGO ALCÂNTARA TESSARINI EDÍLSON ERVOLINO VALDIR DE SOUZA ELOI DEZAN JR. Doutoranda em odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp Especialista em Endodontia Professor assistente de histologia e embriologia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp Professor titular de endodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/Unesp Professor assistente doutor de endodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Unesp RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do tipo de cimento obturador e da técnica de obturação na infiltração marginal apical. Os canais de 80 dentes humanos unirradiculares extraídos foram preparados biomecanicamente e obturados pela técnica do cone único ou da condensação lateral, com cones de guta percha e os cimentos Vidrion-Endo, Sealer Plus e Sealapex. Mergulharam-se os espécimes em azul de metileno a 2% em ambiente com vácuo, por 24 horas, sendo, posteriormente, partidos ao meio e dimensionadas as infiltrações marginais com o auxílio de uma lupa esterioscópica e uma ocular micrometrada. Os resultados obtidos, depois de submetidos à análise estatística, permitiram concluir que os cimentos Sealer Plus e Sealapex selaram melhor o canal que o cimento Vidrion-Endo, indicando o Sealapex como o mais eficiente dos três (ρ = 0,05). Verificou-se também que, no geral, a técnica do cone único evidenciou melhor vedamento que a da condensação lateral (ρ = 0,016). UNITERMOS: INFILTRAÇÃO MARGINAL APICAL TÉCNICA DE OBTURAÇÃO CIMENTOS OBTURADORES. Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 7-12, 2004 ABSTRACT The aim of this work was to evaluate the influence of the kind of sealer and the technique of filling root canals in apical leakage. Eighty extracted single rooted human teeth were biomechanically prepared and filled by the single point or lateral condensation technique with gutta-percha points and the sealers Vidrion-Endo, Sealer Plus and Sealapex. The specimens were immersed in a 2% methylene blue dye solution, in a vacuum environment, for 24 hours. The pieces were then sectioned longitudinally in the middle and the linear leakages were evaluated with a micrometric ocular and a stereomicroscope. The results submitted to statistical analysis showed that the best results were obtained with the sealer Sealapex and the worst results were observed with Vidrion-Endo (ρ = 0,05). It was also observed better results with the single point technique than with the lateral condensation one (ρ = 0,016). UNITERMS: APICAL LEAKAGE FILLING TECHNIQUE FILLING SEALERS. 7

8 8 INTRODUÇÃO É sobejamente conhecida a importância do eficiente selamento dos canais radiculares para a obtenção de bons resultados após o tratamento endodôntico. Falhas no selamento podem permitir que bactérias persistentes no interior dos canais voltem a lesar os tecidos periapicais, como também oferecer condições para contaminação dos canais por via anacorética. Essa expectativa motivou a realização de uma série de experimentos com o objetivo de analisar a eficiência seladora de obturações de canais em diferentes circunstâncias. 11, 14 Dentre as especulações a esse respeito, passou a ser admitido que a espessura da camada do cimento teria influência no vedamento do canal. 16,17 No entanto, propriedades físicas como o escoamento ou tempo de presa dos cimentos obturadores de canal podem influenciar na qualidade do selamento. 1 Em relação ao tema, foi observado ser possível que a espessura do cimento realmente influencie na qualidade seladora, contudo, não da mesma forma para os diferentes cimentos. 5, 17 Considerando-se que a espessura do cimento pode variar de acordo com a técnica de obturação empregada, 4 e levando-se em conta que alguns cimentos ainda não foram objetos de estudo com tais metas, desenvolvemos o presente experimento. MATERIAL E MÉTODO Foram empregados 80 dentes humanos unirradiculares, com apenas um canal, do banco de dentes da disciplina de endodontia da FOA, Unesp/Araçatuba. Removidas suas coroas por seccionamento, os canais radiculares foram submetidos a preparo biomecânico. Metade dos espécimes teve seus canais preparados pelo método clássico, com limas tipo K (Maillefer, Ballaigues, Swiss) até o instrumento n.º 40, no limite CDC (canais destinados a serem obturados pela técnica do cone único), enquanto preparou-se a outra metade pela Técnica Mista Invertida 10 (canais a serem obturados pela técnica da condensação lateral). Nessa última técnica, após o emprego de ampliadores de orifício e brocas Gates, os canais foram instrumentados, também até a lima tipo K n.º 40, no limite CDC, seguindo-se preparo escalonado, com limas tipo H (Maillefer, Ballaigues, Swiss), até a de n.º 80. Operou-se todo o preparo biomecânico sob abundantes e freqüentes irrigações com solução de Milton (Apothicário, farmácia de manipulação). Concluída a preparação dos canais, os dentes foram secos e impermeabilizados, externamente, com o adesivo epóxi Araldite (Brascola Ltda.), exceção feita ao forame apical e abertura coronária. Uma vez rehidratado, em câmara úmida, os dentes receberam irrigação com EDTA (Apothicário, farmácia de manipulação) e Solução de Milton. Seguiu-se a obturação dos canais pela técnica de condensação lateral ou do cone único, com cones de guta percha e os cimentos Vidrion-Endo (S.S. White), Sealer Plus (Cimento experimental Dentsply) e Sealapex (Sybron Kerr), preparados segundo as instruções dos fabricantes. Conforme o tratamento efetuado, os dentes foram divididos em grupos constituídos de 10 exemplares cada um: Grupo I controle positivo dentes com canais não obturados; Grupo II controle negativo dentes com canais obturados e totalmente envolvidos com Araldite; Grupo III dentes com canais obturados pela técnica da condensação lateral, com Vidrion-Endo; Grupo IV dentes com canais obturados pela técnica do cone único, com Vidrion-Endo; Grupo V dentes com canais obturados pela técnica da condensação lateral, com Sealer Plus; Grupo VI dentes com canais obturados pela técnica do cone único, com Sealer Plus; Grupo VII dentes com canais obturados pela técnica da condensação lateral com Sealapex; Grupo VIII dentes com canais obturados pela técnica do cone único, com Sealapex. Na técnica do cone único selecionou-se um cone convencional que ficasse travado junto ao degrau apical ou limite CDC. Isso feito, e com o canal seco, levou-se uma porção do cimento obturador às paredes do canal, com o auxílio do instrumento tipo K n.º 40. Seguiu-se o envolvimento do cone selecionado com o cimento obturador e sua introdução no canal até atingir o limite CDC. O excesso do cone foi cortado e procedida a condensação vertical. Na segunda técnica de obturação, após a seleção do cone principal, travado no limite CDC, procedeu-se à condensação lateral da seguinte forma: o cone principal foi envol- Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 7-12, 2004 UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

9 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP vido no cimento obturador e levado em posição, atingindo o limite CDC. A seguir, com o auxílio de espaçadores de dimensões apropriadas, criaram-se espaços para a colocação de cones secundários, sempre envolvidos no cimento obturador. Concluída a colocação dos cones secundários, removeu-se o excesso da obturação e passou-se à condensação vertical. Após a obturação dos canais, os ápices dos dentes foram mantidos em água por 48 horas, enquanto secava o selamento coronário, efetuado com Araldite. Os espécimes foram então mergulhados em azul de metileno a 2% (Apothicário, farmácia de manipulação) com ph 7,0, em ambiente com vácuo (0,002mm Hg), permanecendo no elemento traçador por 48 horas. Decorrido esse tempo, os dentes foram removidos e partidos ao meio, e as infiltrações marginais dimensionadas linearmente com o auxílio de uma ocular micrometrada e de uma lupa esterioscópica. Para partir os dentes, fizeram-se sulcos longitudinais, que não atingiram o interior dos canais, de modo a não comprometer a área de infiltração marginal. RESULTADOS Nos grupos controles, observaram-se infiltração total no controle positivo e ausência de infiltração no controle negativo. As mensurações obtidas nos espécimes dos diferentes grupos experimentais (Grupos III a VIII) estão expressas no quadro 1. Esses dados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey. A análise estatística dos dados obtidos (análise de variância e teste de Tukey) mostrou que o cimento que melhor vedou os canais foi o Sealapex, enquanto o pior foi o Vidrion-Endo. O cimento Sealer Plus ocupou uma posição intermediária (ρ = 0,05). A técnica do cone único selou melhor o canal que a técnica da condensação lateral (ρ = 0,016). Na técnica da condensação lateral, o Sealapex foi mais eficiente que os outros, já na técnica do cone único igualou-se estatisticamente ao Sealer Plus, sendo ambos melhores que o Vidrion-Endo (ρ = 0,05). A análise clínica visual do nível das obturações mostrou que a técnica da condensação lateral possibilitou manter as obturações no nível planejado (CDC). Por outro QUADRO 1. INFILTRAÇÕES MARGINAIS LINEARES, EXPRESSAS EM MILÍMETROS, OBSERVADAS NOS ESPÉCIMES DOS DIFERENTES GRUPOS EXPERIMENTAIS. Técnica de Cone Único Condensação lateral obturação Material Vidrion Sealer Sealapex Vidrion Sealer Sealapex obturador Endo Plus Endo Plus Espécimes Médias Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 7-12,

10 10 lado, na técnica do cone único observou-se que o cimento obturador ultrapassou o limite CDC em todos os espécimes. DISCUSSÃO Um dos fatores a ser considerado quanto à metodologia deste trabalho diz respeito ao emprego do azul de metileno como elemento traçador. Wu et al. 18 analisaram a densidade ótica do azul de metileno após contato com o amálgama, óxido de zinco e eugenol, Fuji II, Cavit, Ca(OH) 2 e MTA. Observaram que o azul de metileno era descorado parcialmente após contato por até 72 horas com alguns desses materiais, principalmente o MTA e o hidróxido de cálcio. Chamaram a atenção para o fato de que outros corantes também são empregados nesse tipo de trabalho, notadamente a tinta da Índia, eosina, Rodamina B etc. Salientam que testes para avaliar a descoloração desses outros corantes deveriam ser feitos antes de empregá-los. Aparentemente, alguns, sem realizarem esses testes, passaram a empregar a Rodamina B em seus experimentos, esperando que não fosse descorada. Acreditamos que essa descoloração seja muito importante em trabalhos que analisam a infiltração marginal ocorrida por meio da densidade ótica. Contudo, neste trabalho dimensionamos a infiltração marginal linear, sem levar em consideração a intensidade de coloração presente. Portanto, não cremos que o poder de descoloração tenha influenciado na magnitude dos resultados por nós obtidos, uma vez que não ocorre a descoloração total do azul de metileno. Canais de dentes humanos extraídos foram obturados por Murata et al. 15 com Sealapex ou Endofill. Eles analisaram a infiltração marginal linear do azul de metileno e da Rodamina B, ambos a 2% e com ph 7,0. Observaram para os dois cimentos maior infiltração marginal do azul de metileno do que da Rodamina B. As diferenças de infiltrações entre esses corantes ocorreram, principalmente, porque o azul de metileno tem um peso molecular menor que o da Rodamina B. Os resultados deste trabalho demonstraram que, no cômputo geral, a técnica do cone único evidenciou melhor vedamento que a técnica da condensação lateral. Quando planejamos esse projeto, partimos do princípio que na técnica do cone único haveria maior espessura de cimento que na técnica da condensação lateral. No entanto, em termos de CDC o ajuste dos cones foi feito de modo similar para as duas técnicas, o que, até certo ponto, poderia concorrer para resultados próximos. Observamos, contudo, que nos grupos de obturação pela técnica do cone único sempre ocorreu sobreobturação. Vale dizer que, nesses grupos, o canal cementário foi preenchido só pelo cimento. Na técnica da condensação lateral não ocorreu sobreobturação, mas houve casos em que o cimento obturador ultrapassou um pouco a extremidade do cone de guta percha principal. Dessa forma, em um grupo tivemos sempre o preenchimento do canal cementário por cimento obturador, enquanto no outro essa ocorrência se deu apenas em parte dos espécimes, e sem atingir o forame apical. Esse fato deve ter concorrido para que as diferenças de resultados não fossem mais expressivas, do ponto de vista numérico. A diferença mais nítida entre os resultados das duas técnicas de obturação foi observada com o cimento Sealer Plus, sendo a maior infiltração constatada com a técnica da condensação lateral. Não temos um parâmetro na literatura para comparar esse resultado. Contudo, o cimento Sealer Plus é derivado do AH26, o qual, segundo a literatura, mostrou maior efetividade de selamento com camadas de cimento mais espessas, comparativamente às mais finas. 5, 17 Por outro lado, o cimento de ionômero de vidro, Ketac-Endo, evidenciou melhores resultados com camada de cimento menos espessa. 5, 17 Já no caso do Sealapex, foi notado melhor selamento com maiores espessuras de cimento, 5, 17 e, em nosso trabalho, os resultados mostraram-se estatisticamente semelhantes. Cumpre salientar que nesse projeto as espessuras de cimento devem ter variado bastante, em função do que já foi dito, enquanto nas experimentações de Wu et al. 17 e Georgopoulow et al. 5 as espessuras estudadas foram padronizadas, o que explicaria a maior clareza de resultados desses autores. Tanto o cimento Sealer Plus quanto o Sealapex contêm óxido de cálcio em suas formulações. 12 Em contato com os fluídos do tecido, e na nossa experimentação com a água, esses cimentos absorveram líquido ao transformar-se o óxido de cálcio em hidróxido de cálcio. Caicedo e Von Fraunhofer 2 Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 7-12, 2004 UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

11 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP demonstraram, em experimentação in vitro, grande expansão do Sealapex. Queremos crer que o mesmo ocorra com o Sealer Plus. Segundo Wu et al., 17 o Sealapex endurece na presença de água, formando uma massa cristalina. Acrescentam ainda que, em geral, a cristalização leva à expansão, o que pode representar maior vantagem para camadas mais espessas que para as mais finas. Outro detalhe a ser salientado: a porção de cimento que ultrapassou a extremidade do cone principal não foi comprimida contra as paredes do canal cementário, mas tão somente adentrou esse canal, podendo ter contribuído para a ocorrência de um espaço entre o cimento e as paredes cementárias. É provável que se o cimento tivesse sido comprimido contra essas paredes, somado ao acréscimo de sua expansão, teria determinado diferenças mais nítidas. Ainda em relação à comparação entre a técnica do cone único e a da condensação lateral, deve-se lembrar que os dentes aqui empregados exibiam canais retos e relativamente amplos. É evidente que, em casos de canais curvos e um pouco menos amplos, a condensação lateral poderia evidenciar resultados mais precisos. Além disso, cabe lembrar ser possível que os canais exibam ramificações apicais e laterais, cujas obturações, em casos de necropulpectomia, podem ser de grande importância. Holland e Murata 6 obturaram dentes humanos extraídos, portadores de canais laterais e apicais, pela técnica da condensação lateral, empregando os cimentos N-Rickert, Sealapex e Apexit. Foi evidenciado alto índice de penetração desses cimentos nas ramificações. Talvez isso não tivesse ocorrido diante da técnica do cone único, aqui empregada. Na técnica de Maisto, a obturação de canal também é feita pela técnica do cone único. Em experimentação desenvolvida em dentes de cães observamos sobreobturação em todos os casos. No entanto, pelo fato da pasta de Maisto ser reabsorvível, notamos ocorrência de reparo adequado. 7, 8 No presente experimento, com a técnica do cone único, o cimento obturador foi impulsionado para o interior do canal cementário, o que não ocorreu com a técnica da condensação lateral. Um dos fatores possíveis de terem concorrido para isso foi a colocação do cimento obturador no interior dos canais antes da introdução do cone selecionado, o que não foi realizado com a técnica da condensação lateral. Os resultados deste trabalho mostraram que em ambas técnicas de obturação o cimento de ionômero de vidro, Vidrion-Endo, evidenciou selamento mais deficiente que os outros dois cimentos estudados. Esses resultados estão em concordância com outras comunicações que relataram melhor vedamento com o Sealapex que com o Ketac Endo, outro cimento à base de ionômero de vidro, tanto na obturação de canais radiculares 9 quanto em casos de obturação retrógrada. 3 A despeito dos resultados aqui obtidos, e também considerando que há quem prefira empregar e domine bem a técnica do cone único, entendemos que a técnica da condensação lateral, dentre outras vantagens, permite um controle melhor do nível das obturações. Além disso, a técnica do cone único, em casos de canais curvos, por exemplo, provavelmente exiba maiores deficiências diante da condensação lateral, principalmente se esta for executada com o auxílio de espaçadores de níquel titânio. 13 CONCLUSÃO Nas condições experimentais do presente trabalho, foi possível concluir que: 1. a técnica do cone único caracterizou-se por exibir sobreobturações em todos os casos, o que não ocorreu com a técnica da condensação lateral; 2. a técnica do cone único exibiu menor infiltração marginal que a técnica da condensação lateral; 3. considerando os resultados da técnica do cone único, e as da condensação lateral, os cimentos obturadores puderam ser ordenados, do melhor para o pior, da seguinte forma: Sealapex, Sealer Plus, Vidrion-Endo (p = 0,05); 4. na técnica da condensação lateral o Sealapex foi mais eficiente que os outros cimentos, enquanto na técnica do cone único igualou-se ao Sealer Plus, sendo ambos melhores que o Vidrion Endo (p = 0,05). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Bransteter J, Von Fraunhofer JA. The physical properties and sealing action of endodontic sealer cements: a review of the literature. J. Endod 1982; 98: Caicedo R, Von Fraunhofer JA. The properties of endodontic sealer cements. J. Endod 1988; 14: Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 7-12, 2004

12 3. Danin J, Linder L, Sund ML, Stromberg T, Trotenson B, Zettergvist L. Quantitative radioactive analysis of microleakage of four different retrograde fillings. Int Endod J 1992; 25: Eguchi DS, Peters DD, Hollinger JO, Lorton LA. Comparison of the area of the canal space occupied by guttapercha following four gutta-percha obturation techniques using procosol sealer. J Endod : Georgopoulow MK, Nikolaou A, Wesselink PR. Effect of thickness on the sealing ability of some root canal sealers. Oral Surg 1995; 80: Holland R, Murata SS. Obturação de canais radiculares com cimentos à base de hidróxido de cálcio. Rev Assoc Paul Cir Dent 1995; 49: Holland R, Maisto OA, Souza V, Maresca BM, Nery MJ. Accion y velocidad de reabsorción de distintos materiales de obturación de conductos radiculares en el tejido conectivo periapical. Rev Assoc Odont Argent 1981; 69: Holland R, Maisto OA, Souza V, Maresca BM, Nery MJ. Comparación histológica de dientes de perros sobreobturados com tres materiales. Rev Esp Endod 1986; 4: Holland R, Sakashita MS, Murata SS, Dezan Junior E. Effect of dentine surface treatment on leakage of root fillings with a glass ionomer sealer. Int Endod J 1995; 28: Holland R, Souza V, Otoboni Filho JA, Nery MJ, Bernabé PFE, Mello W. Técnicas mistas de preparo do canal radicular. Rev Paul Odontol 1991a; 13: Holland R, Souza V, Pannain R, Nery MJ, Mello W, Bernabé PFE. Influência de variáveis introduzidas no método da condensação lateral. RGO 1975; 23: Holland R, Souza V, Otoboni Filho JA, Nery MJ, Bernabé PFE, Dezan Junior E, et al. Comportamento dos tecidos apicais e periapicais de dentes de cães à obturação de canal com o cimento experimental Sealer Plus. Rev Bras Odontol 2000; 57: Holland R, Tessarini RA, Murata SS, Dezan Junior E, Ervolino E. Filtración apical trás la obturación de conductos curvos con espaciadores de níquel-titanio y acero inoxidable. Endodoncia 2002; 20: Holland R, Zampieri Jr M, Souza V, Saliba O. Influência de alguns procedimentos clínicos na infiltração marginal de obturações realizadas pela técnica da condensação lateral. Rev Paul Odontol 1991b; 13: Murata SS, Zina LG, Holland R. Infiltração marginal coronária do azul de metileno e da Rodamina B após obturação de canal com diferentes cimentos endodônticos. 23ª Jornada Acadêmica de Araçatuba. 2003; 92 (Abstract 134). 16. Wennberg A, Orstavik D. Adhesion of root canal sealers to bovine dentine and gutta-percha. Int Endod J 1990; 23: Wu MK, De Gee AJ, Wesselink PR. Fluid transport and dye penetration along root canal filling. Int Endod J 1994; 27: Wu MK, Kantakiotis EG, Wesselink PR. Decoloration of 1% methylene blue solution in contact with dental filling materials. J Dent 1998; 26: UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba 12 Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 7-12, 2004

13 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO EM PACIENTES PORTADORES DE FISSURAS LÁBIO-PALATAIS: UM PROTOCOLO DE TRATAMENTO SECONDARY ALVEOLAR BONE GRAFTS IN CLEFT LIP AND PALATE PATIENTS: A TREATMENT PROTOCOL DANILO IBRAHIM EDUARDO FRANCISCO DE SOUZA FACO JOSÉ HENRIQUE GOMES DOS SANTOS FILHO RENATO ANDRÉ DE SOUZA FACO Residente do Setor de Cirurgia Ortognática do Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranifaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), Bauru/SP Mestrando do Curso de Pós-Graduação Área de Fissuras Orofaciais do HRAC/ USP, Bauru/SP Residente do Setor de Cirurgia Ortognática do Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranifaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), Bauru/SP Cirurgião-dentista do Setor de Cirurgia Ortognática do HRAC/USP, Bauru/SP RESUMO O enxerto ósseo alveolar secundário é um protocolo de tratamento utilizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais/USP que promove a estabilidade dos segmentos maxilares, possibilitando a movimentação ortodôntica e a seqüência do tratamento reabilitador. A idade indicada para a realização do enxerto ósseo está relacionada à idade cronológica entre 9 e 12 anos e a época de irrupção do canino permanente adjacente à fissura, pois, se realizado precocemente, impede o crescimento ântero-posterior da maxila e, se após essa irrupção, na grande maioria dos casos nota-se uma pobre condição periodontal da área. A área doadora de escolha é a crista ilíaca, por ser de fácil acesso e fornecer a quantidade suficiente, o que permite movimentação ortodôntica e seguir o plano de tratamento. UNITERMOS: ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR FISSURA LÁBIO PALATAL. Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 13-18, 2004 ABSTRACT The secondary alveolar bone graft is a protocol of treatment used at the Hospital for Rehabilitation of Craniofacial Anomalies/USP which promotes the stability of the maxillary segments, allowing orthodontic movements and the sequence of the treatment. The time for bone grafting is related to the chronological age (from 9 to 12) and the time of the irruption of the permanent canine tooth adjacent to the cleft. When the bone graft is precociously done, it disturbs the anteroposterior growth of the maxilla and if it is done after the irruption of the permanent canine, we notice a poor periodontal condition in most of the cases. The donor area of choice is the iliac crest because of its easy access and competent quantity supplied, which allows orthodontic movement and sequence for the treatment plan. UNITERMS: SECONDARY ALVEOLAR BONE GRAFT CLEFT LIP AND PALATE. 13

14 INTRODUÇÃO Para que ocorra a completa reabilitação do paciente portador de fissura lábio palatal, é necessária a intervenção de uma equipe multidisciplinar constituída basicamente de cirurgiões plásticos, dentistas e fonoaudiólogos. 17 Nos primeiros anos de vida, o paciente é submetido às cirurgias primárias de lábio (queiloplastia) e palato (palatoplastia), para que ocorra melhora dos aspectos funcionais, estéticos e psicológicos. 2 Em épocas em que a utilização do enxerto ósseo na região da fissura não era empregada, o tratamento ortodôntico era limitado 22 e o uso de próteses em pacientes jovens tornava-se a solução final. Os segmentos maxilares permaneciam instáveis, principalmente a pré-maxila em casos de fissuras bilaterais, e o suporte ósseo insuficiente na base alar trazia dificuldades para a correção 2, 15 de assimetrias da asa do nariz. Boyne e Sands 5 descreveram a técnica de EOAS e apresentaram 10 casos clínicos de pacientes com idade entre 9 e 11 anos, que foram acompanhados por dois anos. Relataram presença de ponte óssea em todos esses casos e obtiveram fechamento ortodôntico da fissura em oito deles. Como área doadora, foi utilizada a crista do osso ilíaco, o que reforça a clara preferência verificada na literatura pela crista ilíaca como área doadora. Abyholm et al. 1 empregaram a crista ilíaca e costela; a primeira foi citada como mais favo- FIGURA 1. MOSTRANDO A IDADE IDEAL PARA A REALI- ZAÇÃO DA CIRURGIA DE ENXERTO ÓSSEO ALVEOLAR SECUNDÁRIO, ANTES DA IRRUP- ÇÃO DO CANINO. UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba 14 REVISÃO DA LITERATURA O enxerto ósseo surgiu como uma solução de excelência para preencher uma lacuna no processo reabilitador. De acordo com a época em que é realizado, divide-se em enxerto ósseo primário, secundário e secundário tardio ou terciário. 2, 15 O primário é realizado precocemente nos primeiros anos de vida, trazendo, a nosso ver, grandes desvantagens ao paciente, sendo a principal delas o comprometimento do crescimento maxilar. O enxerto ósseo alveolar secundário (EOAS) é realizado antes da irrupção do canino permanente e o secundário tardio, ou terciário, após essa irrupção. O secundário apresenta resultados superiores ao terciário por proporcionar melhores condições periodontais aos dentes adjacentes à fissura 8, 18 (fig. 1 e 2). Descrita pela primeira vez por Boyne e Sands 5 (1972), o EOAS tem apresentado em toda literatrura 1-5, 7, 8, 9, 11, 12, 15, 18 resultados muito bons, proporcionando: melhor suporte ósseo aos dentes adjacentes à fissura; apoio para a asa do nariz, diminuindo a assimetria facial e facilitando a futura rinoplastia; finalização da reabilitação dentária sem a necessidade do uso de prótese; tratamento ortodôntico sem a limitação da falha óssea; melhora no fechamento de fístulas buconasais e colocação de implantes osseointegrados na região da fissura (fig. 3 e 4). FIGURA 2. CANINO PERMANENTE IRROMPENDO NA ÁREA ENXERTADA. Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 13-18, 2004

15 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP FIGURA 3. PACIENTE COM FISSURA TRANSFORAME INCISIVO BILATERAL. FIGURA 4. ENXERTO ÓSSEO POSICIONADO NA ÁREA DAS FISSURAS. FIGURA 5. ENXERTO ÓSSEO RETIRADO DA CRISTA DO OSSO ILÍACO ESQUERDO, PODENDO SER BLOCO OU APENAS MEDULAR. FIGURA 6. ENXERTO ÓSSEO RETIRADO DA CRISTA DO OSSO ILÍACO ESQUERDO, PODENDO SER BLOCO OU APENAS MEDULAR. rável, de acordo com os resultados de Hogeman et al. 11 Comparando o índice de sucesso de enxertos realizados com osso do ilíaco e calota craniana, Kortebein et al. 14 alcançaram melhores resultados com a crista do ilíaco (89,9% contra 63%). Desde que a técnica passou a ser empregada como protocolo de tratamento no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), a crista do ilíaco tem sido usada como área doadora devido à facilidade de acesso para obtenção do enxerto, quantidade suficiente do mesmo e bom resultado pós-operatório, permitindo a movimentação ortodôntica dos dentes vizinhos à área enxertada (fig. 5 e 6). A incorporação do enxerto ósseo ao osso circundante foi avaliada por meio de diferentes metodologias. Boyne e Sands, 5 em estudo realizado com seis macacos Rhesus jovens, utilizaram exames histológicos e verificaram trabeculado ósseo normal na área enxertada. Jhonson 12 comprovou, após seis meses, por avaliação radiográfica, a integração óssea satisfatória em 80% de seus casos. Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 13-18, 2004 Para que o EOAS obtenha sucesso, é necessário o completo fechamento da fístula buconasal (quando ela estiver presente), de modo que não ocorra a contaminação do 2, 15 enxerto tanto pela via bucal quanto nasal (fig. 7). O momento ideal para sua realização é uma relação entre idade cronológica e época de irrupção do canino permanente adjacente à fissura. As idades mais recomendadas variam de 7 a 12 anos, mas sempre antes da irrupção do canino. De acordo com a fase de rizogênese desse dente, o momento ideal da cirurgia seria quando o canino tivesse 1 /4 a 1 /2 da sua raiz formada, de acordo com os trabalhos de EldeebQ 9. Amanat e Langdon 3 prescreveram aguardar 1 /3 de formação radicular do canino, já para Turvey 21 o ideal seria a presença de 1 /2 à 2 /3 da raiz desse dente para a realização do enxerto ósseo. 15

16 FIGURA 7. FÍSTULA BUSCO-NASAL SUTURADA, EVITANDO A CONTAMINAÇÃO DO ENXERTO ÓSSEO. FIGURA 8. ENXERTO ÓSSEO DANDO SUPORTE AOS DENTES ADJACENTES. 16 O EOAS realizado anteriormente à irrupção do canino permanente proporciona suporte ósseo para seu irrompimento espontâneo por meio do enxerto 22 e, quando isto não ocorre, permite seu tracionamento ortodôntico (Silva Filho et al , 7, 9, 11, 12, 15, 18, 20 ). Muitos autores relatam que o enxerto facilita a irrupção dos dentes próximos à fissura, proporcionando, conseqüentemente, melhor posicionamento dentário, movimentos ortodônticos menores e mais seguros (fig. 8) e condições periodontais mais favoráveis. Tratando do efeito deletério dos enxertos secundários para o crescimento, poucos trabalhos existem na literatura. Porém, o que se tem visto é que esse efeito não ocorre ou, se ocorre, é mínimo. Daskalogiannakis e Ross, 7 em estudo para avaliar os efeitos do enxerto ósseo alveolar no crescimento facial em pacientes portadores de fissura unilateral de lábio e palato na dentadura mista, obtiveram uma amostra de 58 pacientes, sendo 21 deles operados e 37 não operados. Esses autores concluíram que o enxerto ósseo nessa fase não afeta o subseqüente desenvolvimento ântero-posterior e vertical da maxila, ao menos durante os cinco anos estudados. Enemark et al. 10 encontraram menor altura facial anterior (N-ANS) e menor comprimento maxilar (ANS-PNS) em pacientes operados com a idade de 13 anos após a irrupção do canino e não verificaram restrição no crescimento sagital por meio de estudo cefalométrico. Abyholm et al. 1 e Bergland et al. 4 relataram que o EOAS não influencia significativamente o crescimento maxilar. Para Semb 15 o EOAS não causa prejuízo ao crescimento maxilar, uma vez que essa cirurgia é realizada após já ter ocorrido grande parte de tal crescimento, tanto sagital quanto transversal. Na maioria dos casos é necessário tratamento ortodôntico prévio à cirurgia de enxerto ósseo alveolar, visando, principalmente, a preparar o local da fissura para receber o enxerto. É realizada, portanto, a ortodontia preventiva, atuando no sentido de eliminar mordidas cruzadas posteriores e anteriores, giroversões dentárias e indicar extrações de dentes que não poderão ser aproveitados durante a reabilitação e que dificultarão o manejo dos tecidos durante a realização da cirurgia. Como principal mecânica está a expansão maxilar com emprego de aparelhos do tipo Hass 2, 6, 10, 13. Após 40 dias a três meses da cirurgia, é liberada a movimentação ortodôntica nos dentes adjacentes à fissura (fig. 9 e 10), dando-se a confirmação da perfeita incorporação óssea por meio de radiografias periapicais e oclusais da maxila durante o pósoperatório. Para se conseguir maior precisão no diagnóstico pós-operatório e auxílio ao exame clínico, são usadas tomografias computadorizadas, principalmente para analisar a presença óssea em espessura, ou seja, no 14, 16, 20 sentido vestíbulo-palatino. Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 13-18, 2004 UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba

17 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP FIGURA 9. MOVIMENTAÇÃO ORTODÔNTICA LIBERADA APÓS TRÊS MESES DE PÓS-OPERATÓRIO. FIGURA 10. CASO FINALIZADO, APÓS REMOÇÃO DO APARELHO ORTODÔNTICO. Como complicações desse procedimento cirúrgico, podemos encontrar reabsorção do osso enxertado, deiscência de sutura, necrose de tecido, principalmente do palato, e a contaminação do enxerto. Isso é causado pelas próprias características inerentes à região da fissura, como dificuldade de acesso a ela, deficiência de irrigação sangüínea da área, tecidos fibrosados, amplitude da fissura, presença de fístulas buconasais de tamanhos variáveis e quantidade mínima de tecidos sadios para o recobrimento do enxerto ósseo, bem como a habilidade do cirurgião. DISCUSSÃO O enxerto ósseo alveolar secundário, segundo Silva Filho et al. 17 e Bergland et al. 4, representa papel importante no processo de reabilitação dos pacientes portadores de fissura lábio palatal. Apesar desse enxerto poder ser realizado em qualquer idade, apresenta melhores resultados quando executado entre 7 e 12 anos, principalmente se o canino permanente adjacente à fissura não tiver irrompido. Nessa fase recebe o nome de 2, 3, 4, 10, 12, 15, 16 enxerto ósseo alveolar secundário. A crista do osso ilíaco é a área doadora mais comumente empregada em virtude de alguns fatores, como: facilidade de acesso para obtenção do enxerto, quantidade de osso até mesmo para fissuras amplas e, quando integrado à região da fissura, permitir a movimentação ortodôntica e irrupção dentária. 1, 3, 9, 12 Para comprovarmos a incorporação do enxerto ósseo, realizamos tomadas radiográficas periapicais e oclusais após a cirurgia; porém, para um diagnóstico mais preciso, pode-se, quando possível, utilizar tomografia computadorizada, principalmente para ava- Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 13-18, 2004 liar a quantidade óssea no sentido vestíbulo 4, 5, 16, 19, 22 lingual. Em concordância com Albuquerque, 2 previamente ao enxerto ósseo alveolar secundário, os pacientes são submetidos ao tratamento ortodôntico, sendo a expansão maxilar a principal mecânica. O EOAS, na época em que é realizado, não causa restrição no crescimento maxilar, pois este já teve seu surto, como pode ser observado no trabalho de Semb. 15 CONCLUSÃO Os pacientes portadores de fissura lábiopalatal requerem um tratamento complexo e multidisciplinar desde a infância até a idade adulta. O enxerto ósseo alveolar secundário, fazendo parte de um protocolo de tratamento, contribui sobremaneira no processo de reabilitação dos pacientes, pois permite o preenchimento do defeito ósseo residual causado pela fissura, favorecendo a erupção dentária nessa região, bem como um tratamento ortodôntico mais propício. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Abyholm FE, Bergland O, Semb G. Secondary bone grafting of alveolar clefts. A surgical/ orthodontic treatment enabling a non-prosthodontic rehabilitation in cleft lip and palate patients. Scand J Plas Recontr Surg 1981;15: Albuquerque MVP. Enxerto ósseo alveolar secundário [monografia]. Bauru: Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo; Amanat N, Langdon, JD. Secondary alveolar bone grafting in clefts of the lip and palate. J Craniomaxillofac Surg 1991;19: Bergland O, Semb G, Abyholm FE. Elimination of the residual alveolar cleft by secondary bone grafting and subsequent orthodontic treatment. Cleft Palate J 1986;23: Boyne PJ, Sands NR. Secondary bone grafiting of residual alveolar and palatal clefts. J Oral Surg 1972;30:

18 6. Capelozza Filho L, Mazzottini R, Abdo RCP. Expansão rápida da maxila em fissurados adultos. Ars Curandi Odont 1980;7: Daskalogiannaskis J, Ross RB. Effect of alveolar bone grafting in the mixed dentition on maxillary growth in complete unilateral cleft lip and palate patients. Cleft Palate Craniofac J 1997;34: Dempf R, Teltzrow T, Kramer FJ, Hausamen JE. Alveolar bone grafting in patients with complete clefts: a comparative study between secondary and tertiary bone grafting. Cleft Palate Craniofac J 2002;39: Eldeeb ME, Hinrichs JE, Waite DE, Bandt CL, Bevis R. Repair of alveolar cleft defects with autogenous bone grafting periodontal evaluation. Cleft Palate J 1986; 23: Enemark H, Sindet-Pedersen S, Bundgaard M. Long-term results of secondary bone grafting of alveolar clefts. J Oral Maxillofac Surg 1987;45: Hogeman KE, Jacobsson S, Sarnas KV. Secondary bone grafting in cleft palate: a follow up of 145 patients. Cleft Palate J 1972;9: Johnson B. A follow up study of cleft lip and palate patients treated with orthodontics, secondary bone grafting and prosthetic reabiltation. Scand J Plast Reconstr Surg 1974;8: Jia Y, Fu M, Ma L. The comparison of two-dimensional and three-dimensional methods in the evaluation of the secondary alveolar bone grafiting. Zhonghua Kou Qiang Yi Xue Za Zhi 2002;37: Kortebein MJ, Nelson CL, Sadove AM. Retrospective analysis of 135 secondary alveolar cleft grafts using iliac or calvarial bone. J Oral Maxillofac Surg 1991;49: Semb G. Effect of alveolar bone grafting on maxillary growth in unilateral cleft lip and palate patients. Cleft Palate J 1988;25: Silva Filho OG, Ferrari Junior FM, Capelloza Filho L, Albuquerque MVP. Enxerto ósseo alveolar em pacientes fissurados: realidade e perspectiva. Ortodontia 1995; 28: Silva Filho OG, Teles SG, Ozawua TO, Capelloza Filho L. Secondary bone graft and eruption of the permanent canine in patients with alveolar clefts: literature review and case report. Angle Orthod 2000;70: Strong SM. Adolescent dentistry: multidisciplinary treatment for the cleft lip/palate patient. Pract Proced Aesthet Dent 2002;14: Tai CC, Sutherland IS, McFadden L. Prospective analysis of secondary alveolar bone grafiting using computed tomography. J Oral Maxillofac Surg 2000;58: Terheyden H, Muller A, Dunsche A, Harle F. Comparison of secondary and tertiary cleft jaw osteoplasty. 20 years analysis. Mund Kiefer Gesichtschir 2002;6: Turvey TA, Vig K, Moriarty J, Hoke J. Delayed bone grafting in the cleft maxilla and palate: a retrospective multidisciplinary analysis. Am J Orthod 1984;86: Van der Meij AJ, Baart JA, Prahl-Andersen B, Valk J, Kostense PJ, Tuinzing DB. Bone volume after secondary bone grafiting in unilateral and bilateral cleft determined by computed tomography scans. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endo 2001;92: UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba 18 Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 13-18, 2004

19 FOL Faculdade de Odontologia de Lins / UNIMEP CAPACIDADE SELADORA E ADAPTAÇÃO DE MATERIAIS UTILIZADOS EM PERFURAÇÕES DE FURCA SEALING ABILITY AND ADAPTATION OF MATERIALS USED IN FURCAL PERFORATIONS MÁRIO TANOMARU FILHO JULIANE MARIA GUERREIRO TANOMARU FREDERICO CHAVES BORDINI FALEIROS Professor adjunto de endodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara/Unesp Doutora em endodontia pela Faculdade de Odontologia de Araraquara Especialista em endodontia pela APCD Araraquara RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade seladora e adaptação de materiais utilizados no tratamento de perfurações de furca em molares. Foram empregados 52 molares inferiores extraídos de humanos, seccionando-se suas raízes no terço médio e os espécimes posicionados sobre material de moldagem para simular condições clínicas. Após preparo de cavidade com broca esférica na região de furca, os espécimes foram divididos em quatro grupos experimentais. Realizada a impermeabilização da superfície dentária externa, preencheram-se as perfurações com Sealer 26, Sealapex acrescido de óxido de zinco, Pro Root MTA ou MTA Angelus, sendo os espécimes posicionados sobre a moldagem durante a inserção dos materiais. Em seguida, foram imersos em solução de azul de metileno a 2%, por 48 horas, em ambiente com vácuo. Os resultados demonstraram que o Sealapex acrescido de óxido de zinco apresentou maior infiltração marginal; o Sealer 26, melhor selamento (p < 0,05); e os materiais à base de MTA mostraram resultados intermediários. O extravasamento de material foi maior para o Sealer 26 (p < 0,05) em relação aos demais materiais. UNITERMOS: INFILTRAÇÃO DENTÁRIA ENDODONTIA OBTURAÇÃO RETRÓGRADA. Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 19-24, 2004 SUMMARY The aim of this study was to evaluate the sealing ability and adaptation of materials used for furcal perforation treatment in molars. Fifty-two extracted human lower molars were used. The roots were sectioned in the middle region and the specimens were put under molding material to simulate clinical condition. After the preparation of a cavity in the furcal region using a round bur, the specimens were divided into 4 experimental groups. After the impermeabilization of the external dental surface, the perforations were filled using the following materials: Sealer 26, Sealapex plus zinc oxide, Pro Root MTA or MTA Angelus. The specimens were put under the molding during the insertion of the materials. Then, they were immersed into 2% methylene blue solution for 48 hours, under vacuum condition. The results showed that Sealapex with zinc oxide had the greatest apical leakage; Sealer 26 had more sealing capacity (p < 0,05); and the MTA based materials demonstrated intermediary results. Sealer 26 had more overfilling (p < 0.05) than the other experimental materials. UNITERMS: DENTAL LEAKAGE ENDODONTICS RETROGRADE OBTURATION. 19

20 INTRODUÇÃO Quando o diagnóstico e plano de tratamento não são corretos, perfurações de furca constituem complicações do tratamento endodôntico, resultando em problemas periodontais com possível perda do elemento dental. O preenchimento da perfuração com materiais que apresentem capacidade seladora, adequada adaptação e biocompatibilidade é fundamental para o sucesso do tratamento. 2 Uma vasta quantidade de materiais é relatada para o tratamento de perfurações radiculares, dentre eles: amálgama, 1, 3, 4 gutapercha, 1 hidróxido de cálcio, 4, 9 cimentos endodônticos, 9, 19 ionômero de vidro 3, 4 e o 5, 8, 10, 22 MTA (Agregado Trióxido Mineral). Dentre os cimentos à base de hidróxido de cálcio, destaca-se o Sealapex, devido às suas propriedades biológicas, 7, 11 sendo também recomendado o seu emprego como material retrobturador, associado ao óxido de zinco. 12, 17 O cimento Sealer 26 tem demonstrado boa capacidade seladora como material obturador de canais radiculares 18 e também como 15, 16, 17 material retrobturador. O MTA foi desenvolvido na Universidade de Loma Linda, USA. É composto por silicato tricálcio, aluminato tricálcio e outros óxidos minerais, que formam uma massa dura na presença de água. Lee et al., 10 em 1993, avaliaram in vitro a capacidade seladora de alguns materiais empregados para preenchimento de perfurações radiculares e observaram boa capacidade seladora para o MTA quando comparado ao amálgama. Também as propriedades biológicas do MTA 8, 20 têm merecido destaque. A adaptação do material utilizado à cavidade de perfuração é fator importante para o sucesso, uma vez que seu extravasamento pode acarretar prejuízo na reparação dos tecidos periodontais adjacentes. Assim, a proposta deste estudo foi avaliar in vitro a capacidade de selamento e a adaptação à cavidade de perfurações de furca em molares dos cimentos endodônticos Sealer 26, Sealapex acrescido de óxido de zinco e de materiais à base de Mineral Trióxido Agregado. as coroas dentais acima da região de furca e no terço médio radicular. Os espécimes foram posicionados sobre material de moldagem à base de silicone (Optosil/Xantopren denso, Heraeus Kulzer, MY, USA) para possibilitar a formação de matriz durante a colocação dos materiais de preenchimento das perfurações. Após a confecção de cavidade na região central da furca com broca esférica carbide número 8 (fig. 1), dividiram-se os espécimes aleatoriamente em quatro grupos experimentais (n = 12) e dois grupos controle (n = 2), segundo o quadro 1. Em seguida, a impermeabilização das superfícies radiculares foi realizada com adesivo epóxi (Araldite-CIBA Ltda., Taboão da Serra/SP), complementada por esmalte para unha. FIGURA 1. ASPECTO DA CAVIDADE DE PERFURAÇÃO CONFECCIONADA NA REGIÃO DE FURCA. QUADRO 1. DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS EXPERIMENTAIS EM FUNÇÃO DOS MATERIAIS EMPREGADOS. Grupo Material Retrobturador I Sealer 26* II III IV V VI Sealapex** + Óxido de Zinco*** Pro Root MTA**** MTA Angelus***** Controle (sem material) Controle (sem material) UNIMEP Universidade Metodista de Piracicaba 20 MATERIAIS E MÉTODOS Cinqüenta e dois molares inferiores humanos extraídos com raízes separadas foram empregados no estudo. Seccionaram-se * Dentsply - Ind. e Com. Ltda. Petrópolis, RJ ** Kerr Corp., Romulus, MI, USA *** S. S. White Art. Dent. Ltda., Rio de Janeiro, RJ **** Dentsply Tulsa, USA ***** Angelus, Londrina, PR Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (2): 19-24, 2004

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