ANEXO V - JUSTIFICATIVA TÉCNICA
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- Giuliana Correia Camarinho
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1 ANEXO V - JUSTIFICATIVA TÉCNICA DERROCAMENTO DE PEDRAIS PARA DESOBSTRUÇÃO E ALARGAMENTO DA FAIXA NAVEGÁVEL DO RIO SÃO FRANCISCO, ENTRE SOBRADINHO E JUAZEIRO-BA/PETROLINA-PE
2 ANEXO V - JUSTIFICATIVA TÉCNICA 1 OBJETO Execução da obra de derrocamento para desobstrução e alargamento da faixa de navegação do Rio São Francisco, no trecho entre Sobradinho e Juazeiro- BA/Petrolina - PE. De maneira sumária os serviços consistem basicamente em derrocamento de materiais de 3ª categoria e sua remoção até o bota-fora. 2 PRAZO O prazo para execução dos serviços será de 08 (oito) meses, contado a partir da emissão da competente Ordem de Serviço. 3 GENERALIDADES Trata-se de obra para desobstrução da rota atualmente utilizada pelos comboios, que acessam os Terminais de Petrolina PE e Juazeiro-BA, propriciando, dessa forma, melhores condições de segurança das embarcações e confiabilidade deste sistema de transportes. A localização e disposição dos pedrais em relação a rota atual impede utilização de comboios de maior capacidade e dimensões horizontais, restringindo a capacidade de transporte da via navegável do Rio São Francisco, no trecho entre Sobradinho e Juazeiro/Petrolina. Neste trecho, a navegação se efetua de forma ineficaz e por vezes perigosa por causa das manobras que as embarcações fazem entre pedrais. 2
3 Tendo em vista o interesse de empresas privadas fixarem unidades industriais e de distribuição no Pólo Petrolina/Juazeiro, e a distribuição de milho e farelo para avícultura do Nordeste, como também, exportação de gesso agrícola da região de Araripina, justifica-se a execução da obra de desobstrução da faixa navegável do leito do Rio São Francisco, no trecho já mencionado. A estimativa para demanda fluvial, de 80 a 100 mil toneladas atuais, é aumentar em poucos anos para cerca de 1,0 milhão de toneladas Tipo das intervenções físicas As vazões do rio São Francisco foram lentamente escavando e/ou erodindo as formações rochosas mais friáveis do atual leito do rio, expondo as lajes de granito, que são regionalmente denominadas de pedrais. Os levantamentos de campo mostram que tais formações são pontuais e de características escarpadas, aflorantes nas menores vazões. Estes pedrais, em sua maioria, estão espaçados entre si e são empecilhos ao tráfego fluvial, todos possuindo denominação própria, conhecida dos práticos e pilotos do rio. Para a implementação da segurança e operacionalidade do tráfego fluvial estas formações necessitam ser retiradas de forma a manter uma faixa desobstruída e sem riscos de choque para os comboios que navegam no Rio São Francisco. As intervenções em estudo são isoladas e devem ser consideradas como obras de melhoria para a navegação já existente. A descontinuidade física das intervenções, já que estas intervenções localizam-se em afloramentos isolados, passou a ser caracterizado como melhoramentos de segurança das embarcações que trafegam na região. As intervenções proporcionarão a manutenção de um calado mínimo de navegação de 1,50 metro, sob o Nível d'água de Referência, estipulado pelo DNIT/MT, para o trecho. 3
4 A navegação atual enfrenta as seguintes dificuldades no trecho: Os comboios de toneladas de capacidade de carga encontram dificuldades de singradura em virtude das constantes manobras que são atualmente obrigados a executar em virtude das formações rochosas contidas na faixa de navegação; Considerando que as vazões no trecho oscilam normalmente entre m³/s e m³/s em virtude da operação da UHE - Sobradinho há ocorrência diária de formações de vórtices e desvio de corrente nas imediações dos pedrais que prejudiam a manutenção da rota e dificultam as manobras das embarcações dentro canal de navegação; Segundo a Agência Nacional de Águas em virtude dos riscos de abastecimento energético para o Nordeste haverá épocas que as vazões turbinadas defluentes de Sobradinho poderão ser reduzidas e mantidas constantes em m³/s, deteriorando as já consideradas precárias condições de navegação no trecho; Atualmente a navegação entre Sobradinho e Juazeiro/Petrolina apresenta níveis elevados de riscos quanto a choques das embarcações com as formações rochosas com possibilidade de perdas de carga. Assim os usuários da navegação do rio São Francisco, juntamente aos Governos dos Estados da Bahia e Pernambuco pleiteiam a melhoria das condições de tráfego em virtude das seguintes aspirações: 4
5 Ampliação da formação dos comboios fluviais para até toneladas de carga, acompanhando o avanço da navegação fluvial na direção de menores custos e elevação da produção de transporte que é exigida em função do crescimento agrícola do oeste da Bahia; Instalação de industrias voltadas ao agro-negócio na região de Juazeiro e Petrolina, abastecimento de insumos à avicultura do Nordeste Oriental, recebimento de insumos à agricultura pela ferrovia Centro Atlântica com destino ao oeste da Bahia; Consolidação de Petrolina e Juazeiro como os principais pólos da hinterlândia do nordeste e semi-árido e viabilização da intermodalidade Hidrovia São Francisco Ferrovia Transnordestina como agente de desenvolvimento e Integração do Nordeste Setentrional com o Sul e Sudeste do País. 5
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