Relatório especial Perspectivas para commodities 3º trimestre de Perspectivas para Commodities 3º trimestre de 2015

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1 1 Perspectivas para Commodities 3º trimestre de 2015

2 2 Carta ao leitor Campinas, 1 0 de julho de 2015 Como é de costume, o terceiro trimestre será palco do chamado mercado climático, ou seja, os preços das commodities agrícolas deverão ser fortemente influenciados pelas condições de temperatura, e especialmente de chuvas, nos principais países produtores. Para os grãos e o algodão o momento é de desenvolvimento da safra dos EUA, o que deverá aumentar a volatilidade das cotações. O recente excesso de chuvas preocupa, pois ameaça a produtividade das lavouras e os próximos meses serão cruciais para os rendimentos. O mercado de açúcar também acompanhará de perto o clima, com a possibilidade de chuvas acima da média ameaçando o rendimento da cana e a colheita no Centro-Sul. Com a fase de desenvolvimento no hemisfério norte, o clima do terceiro trimestre também será decisivo para o potencial produtivo de importantes players, como Índia, Tailândia e China. Outra commodity soft, o cacau também deverá continuar bastante vulnerável ao clima nos principais produtores. A confirmação de um El Niño de intensidade forte tem potencial de dar suporte adicional às cotações da amêndoa. Outro fator que deverá ser protagonista nos próximos meses é a evolução do dólar, que costuma impactar diretamente as cotações das commodities agrícolas. A recuperação da economia dos EUA e a possibilidade de uma alta dos juros no país em setembro contribuem para acreditarmos em viés altista para a moeda no trimestre que se inicia. Com a taxa de câmbio em patamar mais elevado, os produtores brasileiros deverão continuar enfrentando preços mais caros na aquisição de insumos importados, como os fertilizantes. Apesar do cenário internacional sugerir que lá fora os preços destes insumos deverão continuar em patamares baixos, o dólar mais caro associado a possíveis problemas logísticos sugerem que as cotações domésticas tendem a se apreciar. Estes são alguns dos fatores centrais para o trimestre que se inicia. É neste contexto de elevada incerteza e da existência de diversas variáveis com potencial para impactar os preços que a informação e a análise de mercado tornam-se fundamentais. Nas próximas páginas trazemos as perspectivas do time de inteligência de mercado da INTL FCStone para os mercados de câmbio, fertilizantes, complexo de soja, milho, trigo, algodão, cacau e açúcar e etanol. Boa leitura! Lígia Heise Coordenadora de inteligência de mercado

3 3 Sumário Câmbio Fertilizantes Complexo de soja Milho Trigo Algodão Cacau Açúcar Etanol Após trimestre mais lateral, alguns fatores sugerem que o dólar poderá voltar a avançar no terceiro trimestre. No exterior indicadores positivos dos EUA indicam que a primeira alta dos juros norte-americanos poderá ocorrer em setembro. Paralelamente a crise grega seguirá provocando momentos de maior aversão ao risco, o que pode favorecer o dólar. No cenário local o que se observa é uma economia bastante fragilizada, além de grande instabilidade política, que deixam o real mais vulnerável a desvalorizações. A disponibilidade internacional de produto tende a se tornar mais confortável nos próximos meses, pressionando os preços dos fertilizantes. Por outro lado, a sazonalidade brasileira sugere que o abastecimento se concentre no trimestre iniciado em julho, o que pode acarretar numa sobrecarga dos sistemas logísticos e causar um movimento de alta no interior do país. A alta volatilidade nos preços da soja deve marcar os próximos meses, uma vez que o cenário de folga nos estoques da soja nos Estados Unidos fica incerto, diante de alta demanda interna e externa. O clima terá papel decisivo na manutenção de um nível de produtividade elevada no país para a próxima safra. A demanda deve ser o fator fundamental de movimentação dos preços do óleo e do farelo de soja. Para ambos, a expectativa é de demanda aquecida nos Estados Unidos, o que poderá dar suporte aos preços na CBOT. Apesar de as perspectivas continuarem apontando para uma oferta muito ampla de milho no mercado interno, potenciais perdas na safra dos EUA podem acabar contrabalançando, um pouco, essa situação, abrindo caminho para uma recuperação mais sustentada dos preços do cereal. Os primeiros dados divulgados, até a metade do ano, acerca da produção mundial na safra 2015/16 sugerem que o abastecimento de trigo não deverá ser um problema este ano. O confortável nível de estoques e a ampla produção esperada para o ano-safra, compensaram os aumentos esperados na demanda. Contudo, durante a primeira metade do ano, a produção mundial, em diversos locais, sofreu com expressivas variações no padrão climático, o que tem preocupado os produtores e influenciado a alta dos preços. Atrasos climáticos e preços mais baixos levaram a uma redução da área plantada com algodão para a safra 2015/16 nos Estados Unidos. Por outro lado, a perspectiva é de enfraquecimento da demanda, o que pode amenizar efeitos de alta provocados pela restrição da oferta. O papel do clima no desenvolvimento da safra e na tomada de decisão quanto a área a ser colhida ou abandonada será o principal fator a influenciar o balanço de oferta e demanda do algodão nos próximos meses. Atrasos nas exportações e expectativas de quebra na produção mundial elevaram os preços do cacau no segundo trimestre de Com o El Niño devendo se manifestar mais forte no segundo semestre, e a colheita dos principais produtores iniciando apenas em outubro, os preços devem manter um patamar elevado no terceiro trimestre, apesar de uma possível queda na demanda decorrente das baixas margens das esmagadoras. Com os estoques globais acumulados nas últimas safras de superávit ainda pressionando o mercado de açúcar, as atenções se voltam para o andamento da safra no Centro-Sul, marcada por mix muito alcooleiro e queda na qualidade da matéria-prima, e para o clima na entressafra dos principais produtores do hemisfério norte, como Índia, Tailândia, União Europeia, EUA e China. É esperado que a demanda doméstica por hidratado continue aquecida nos próximos meses e registre volumes de consumo mensal recordes, assim como vem acontecendo desde fevereiro quando a Cide foi reintroduzida. Apesar do aumento nas vendas do biocombustível, é provável que a situação de aperto financeiro das usinas continue pressionando as cotações no mercado físico durante o terceiro trimestre. Os fatores que podem mudar essa tendência dos preços são a abertura da janela de exportação para os EUA e uma possível escassez de anidro na entressafra decorrente do mix principalmente voltado ao hidratado.

4 4 Câmbio Por: Lígia Heise Crise econômica no Brasil. Dificuldades de governabilidade do atual governo. Resultado fiscal ruim: queda na arrecadação e dificuldade na aprovação de medidas de ajuste. Elevado diferencial de juros proporcionado pelo Brasil. Prejuízo de um dólar mais valorizado para a economia dos EUA. Estímulos monetários na China, Japão e Zona do Euro. Grécia ameaçando unidade da Zona do Euro. Recuperação dos EUA: indicadores econômicos favoráveis. O segundo trimestre de 2015 foi marcado pela coexistência de influências baixistas e altistas no mercado de câmbio, que resultou em movimento mais lateral do dólar, tanto no ambiente doméstico como no exterior. Para o terceiro trimestre de 2015, alguns fatores sugerem que a moeda poderá voltar a avançar. Dólar comercial (R$) O futuro da Grécia na Zona do Euro, que poderá ser definido em breve, de acordo com o referendo do próximo dia 5, representa fator de instabilidade. A saída do país do bloco econômico provocaria alta do dólar, decorrente de movimento de fuga de capitais da Europa para os EUA, cujos títulos do Tesouro representam porto seguro em momentos de maior incerteza. Outro fator altista refere-se aos sinais de melhora da economia norteamericana, que podem levar o Fed a começar a subir a taxa de juros de seus títulos em setembro. Sobre este ponto é importante ressalvar que o início do aperto monetário, este ano, já está em grande parte precificado, o que pode limitar o impacto altista de um aumento dos juros. Um+ fator que coloca dúvidas sobre a elevação, ainda em 2015, referese à perda de competitividade que o dólar mais valorizado provoca no setor exportador dos EUA e, consequentemente, no nível de atividade econômica. Esta perda, num cenário de inflação ainda distante de 2%, é um desestímulo ao aumento dos juros. Fonte: Bloomberg Índices de inflação dos EUA (% a.a.) O cenário doméstico também dá mais motivos para apostas em uma alta da taxa de câmbio. O Bacen está reduzindo seu estoque de swaps cambiais, mostrando-se confortável com o dólar acima de R$ 3,00. O real mais desvalorizado já começou a mostrar seu lado positivo, através de uma melhora do saldo comercial. Paralelamente é observada contínua piora dos indicadores da economia brasileira e das expectativas para os próximos meses. A evolução do PIB mostra recessão, puxada pela retração da indústria, a inflação está próxima de dois dígitos, o desemprego avança e o ajuste fiscal não deslancha, em parte devido à queda da arrecadação, mas também pela morosidade na aprovação de parte das medidas de austeridade no Congresso. É provável que o governo anuncie uma redução da meta para o superávit primário, o que certamente não seria bem visto pelo mercado internacional e pelas agências de classificação de risco. A falta de apoio do Legislativo ao Executivo permanece como fator de preocupação e poderá contribuir para aumentar o risco associado ao Brasil, o que representa mais um fator altista para o mercado de câmbio. Um dos poucos fatores baixistas para o dólar, o elevado diferencial de juros oferecido pelo mercado brasileiro, tem mostrado impacto limitado sobre o mercado de câmbio. Mesmo com os juros altos, os meses de maio e junho foram marcados por saída líquida de dólares do país. Fonte: Bloomberg Fonte: Bacen Resultado primário consolidado - Brasil (R$ bi)

5 jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15 Relatório especial Perspectivas para commodities 3º trimestre de Fertilizantes Por: Mony Belon Capacidade de importação nos portos é muito próxima da demanda para os próximos meses, o que pode causar sobrecarga e aumento dos custos logísticos. Escassez doméstica pode desencadear movimento altista dos preços no interior do Brasil. Oferta internacional confortável. O aumento dos custos com a compra de fertilizantes no Brasil tende a pressionar a demanda. Mercado internacional As compras de fertilizantes costumam ocorrer em maior volume no período que antecede o plantio da safra. No hemisfério norte, onde está a maior parcela da área plantada do mundo, isso ocorre entre meados de março e junho. Line-up de fertilizantes nos portos - Brasil (mil toneladas) Uma vez saciada grande parte das necessidades de abastecimento, essa dinâmica faz com que o terceiro trimestre represente um momento de desaceleração da demanda internacional. Assim, a disponibilidade de produto tende a se tornar mais confortável nos próximos meses, pressionando os preços dos fertilizantes MÉDIA (3 ANOS) O que esperar para o Brasil? Fonte: Wilson Sons. Elaboração: INTL FCStone. A sazonalidade das safras brasileiras sugere que o abastecimento no país se concentre no trimestre iniciado em julho. Ainda, deve ser destacado que as importações têm grande peso sobre a oferta doméstica de fertilizantes, com o câmbio apresentando forte correlação com os preços internos. Considerando que o dólar dificilmente cairá para um patamar abaixo do atual, a aquisição de fertilizantes deve se manter efetivamente mais cara em comparação à safra anterior. Esse fundamento contribui para limitar o investimento em insumos, constituindo um efeito baixista para a demanda. Dessa forma, é esperado que as compras para a safra de verão ocorram nos volumes mínimos necessários e recuem em relação ao ano passado. O principal motivo é que as aplicações fartas realizadas nas safras anteriores resultaram na formação de bons estoques de nutrientes no solo, permitindo um recuo da demanda sem prejuízos à produtividade agrícola. Contudo, mesmo com a perspectiva de redução da demanda, o volume de fertilizantes a ser importado até setembro é muito próximo da capacidade máxima dos portos brasileiros, o que pode acarretar numa sobrecarga dos sistemas logísticos no país. Esse cenário tende a provocar um hiato entre a ampla oferta internacional e a escassez doméstica de fertilizantes, impulsionando um movimento altista de preços no interior do Brasil. Oferta e Demanda de Fertilizantes - Brasil (milhões de toneladas) Demanda Total 28,8 Estoque inicial 5,0 Produção doméstica 7,1 Importações até maio 6,7 Oferta realizada 18,8 Demanda descoberta 10,0 Capacidade máxima de importação (junho-setembro) Saldo: Capacidade x Importações 10,8 0,8 * O cenário corresponde a uma redução de 5% na demanda por fertilizantes. Fonte: ANDA/MDIC. Elaboração: INTL FCStone. Preços de fertilizantes em Paranaguá (US$/tonelada CIF) Ureia MAP KCl Fonte: ICIS. Elaboração: INTL FCStone. Continua na próxima página

6 jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 Relatório especial Perspectivas para commodities 3º trimestre de Influência dos estoques para os nutrientes da mistura NPK Nitrogênio O forte ritmo de exportações de ureia pela China nos primeiros meses de já mostra sinais de enfraquecimento. Entretanto, o país deve seguir exportando acima dos níveis verificados em anos anteriores. Os preços devem continuar pressionados, pois além da crescente oferta chinesa há um cenário global de estoques bem abastecidos. No Brasil, os bons estoques de nitrogênio em relação ao ano passado podem contribuir para suavizar os impactos altistas decorrentes de complicações logísticas, considerando que há boa parcela das necessidades para a próxima safra já posicionadas ao longo da cadeia de distribuição de fertilizantes. Fosfatados O fósforo apresenta maior estabilidade após a aplicação em relação aos demais componentes da mistura NPK, fazendo com que a presença de estoques no solo para esse nutriente seja maior. Isso torna os fertilizantes fosfatados aqueles com maior espaço para retração da demanda na próxima safra. Ainda, é também o grupo de nutrientes com maior capacidade de produção doméstica instalada, fazendo com que a demanda recaia em menor proporção sobre as importações. Por outro lado, a soja apresenta consumo intensivo de fosfatados e é o principal produto da safra de verão. Para o montante importado, é esperado que o balanço apertado de oferta e demanda internacional atue como limitante de quedas de preços e que o encarecimento dos preços dos fertilizantes afete principalmente os compradores de última hora, que podem enfrentar custos altos de importação. Potássio Dificuldades de caixa têm incentivado parte da indústria de cloreto a posicionar produto sob um ritmo mais acelerado, tendo em vista melhorar o seu faturamento. Ainda, a produção recorde da América do Norte durante o primeiro trimestre ampliou a disponibilidade e dificultou o fortalecimento dos preços. Tais particularidades sinalizam para a dissolução do poder de mercado tradicionalmente exercido pelos fornecedores de cloreto. Para os próximos meses, a perspectiva é de que a capacidade dos produtores de restringir o suprimento volte a ser adotada, com o objetivo de evitar que sua margem de produção seja ainda mais pressionada. Porém, considerando o enfraquecimento do controle sobre a oferta, é possível que 1 Em 2015, a fixação das tarifas de exportação de ureia chinesa proporcionou a infiltração de maior quantidade de fertilizantes no mercado interna- esse movimento seja mais eficaz em impedir recuos expressivos do que em suportar grandes altas. No caso do Brasil, os estoques de cloreto estão mais apertados em relação aos demais componentes da mistura NPK. Isso pode fazer com que o suprimento desse fertilizante enfrente sérias dificuldades caso não seja acelerado o ritmo de importações, uma vez que é mais dependente destas. Uma eventual escassez doméstica tem chances de causar maior impacto sobre os preços do cloreto, gerando uma tendência maior de fortalecimento das cotações internas. Fonte: ICIS Balanço de Nitrogênio - Brasil (mil toneladas) N Var. (15/14) Estoque Inicial ,1% Produção ,0% Importações ,8% Entregas ,3% Estoques em maio ,0% Fonte: ANDA. Elaboração: INTL FCStone. Balanço de Fósforo - Brasil (mil toneladas) P2O Var. (15/14) Estoque Inicial ,0% Produção ,2% Importações ,9% Entregas ,2% Estoques em maio ,2% Fonte: ANDA. Elaboração: INTL FCStone. Balanço de Potássio - Brasil (mil toneladas) K2O Var. (15/14) Estoque Inicial ,2% Produção ,0% Importações ,3% Entregas ,9% Estoques em maio ,8% Fonte: ANDA. Elaboração: INTL FCStone Cloreto de Potássio (US$/tonelada CIF) Vancouver Sudeste da Ásia China

7 2-jan-14 6-fev mar abr mai jun jul-14 4-set-14 9-out nov dez jan fev-15 2-abr-15 7-mai jun-15 R$/saca 4-jan 18-jan 1-fev 15-fev 1-mar 15-mar 29-mar 12-abr 26-abr 10-mai 24-mai 7-jun 21-jun 5-jul 19-jul 2-ago 16-ago 30-ago 13-set 27-set 11-out 25-out 8-nov 22-nov 6-dez 20-dez c/bushel c/bushel Relatório especial Perspectivas para commodities 3º trimestre de Soja Forte demanda por soja dos EUA, tanto interna quanto externa. Estoques menores do que esperado para a safra 2014/15. Atraso no plantio dos EUA por causa do clima, que pode trazer consequências para a produtividade e área plantada. Mesmo com a queda nos estoques das duas safras dos EUA, o patamar deve ser acima do registrado nos últimos anos. Consolidação de produção recorde no Brasil e na Argentina. Estoques finais mundiais confortáveis. O trimestre passado foi marcado pelo plantio da nova safra dos Estados Unidos. As perspectivas iniciais indicavam clima favorável e novo aumento na área plantada, o que resultaria em uma grande produção e estoques finais exorbitantes. Diante disso, os preços da soja na CBOT chegaram a cair para perto dos US$ 9 por bushel. No entanto, na reta final do plantio, o clima extremamente chuvoso dificultou o ritmo dos trabalhos no campo, que poderiam ir além da janela ideal e prejudicar o rendimento e até mesmo incentivar alguma desistência por parte dos produtores. Essa ameaça refletiu nos preços, que seguiram movimento altista no final de junho. Com isso, há perspectiva de que a produtividade dos Estados Unidos seja menor do que os 46 bushels/acre inicialmente previstos, assim como a área plantada, trazendo prejuízos à produção Sazonalidade de Preços - Soja (CBOT) 2015 (eixo esq.) Média - 5 anos Além disso, outro fator fundamental para a mudança de patamar nos preços (todos os contratos da CBOT encerraram o mês de junho acima dos US$ 10 por bushel) foi a divulgação de estoques menores do que o esperado em junho nos Estados Unidos. Enquanto se esperava cerca de 670 milhões de bushels, o USDA reportou um volume de apenas 625 milhões. Isso devido à alta demanda, tanto interna quanto de exportações. As vendas e os embarques continuam muito acelerados e vão além das expectativas do USDA, o que deverá puxar para baixo os estoques finais da safra velha e também da nova, provocando mudanças no patamar de preços. Em um cenário conservador, com área plantada menor do que a esperada, produtividade de 43 bushels/acre e estoques iniciais em 285 milhões de bushels, os estoques finais da safra 2015/16 ficariam em 188 milhões de bushels, representando uma queda em relação a 2014/15. Fonte: Reuters Cenários Balanço de Oferta e Demanda EUA /16 Cenário Conservador Cenário Otimista Área Plantada 84,8 85,1 Área Colhida 83,8 84,1 Fonte: USDA e INTL FCStone Preços da Soja - Brasil milhões de acres Rendimento bushels por acre Estoques Iniciais Produção Esmagamento Exportações Estoques Finais milhões de bushels O clima dos próximos meses, portanto, será decisivo na manutenção da produtividade em um patamar relativamente alto. A previsão é de que a ocorrência do El Niño seja favorável ao desenvolvimento da safra, trazendo chuvas adequadas e temperaturas mais amenas durante julho e agosto nos Estados Unidos. Essa incerteza, porém, ainda pode trazer maior suporte e volatilidade aos preços, como ocorre nesta época. Cascavel - PR Sorriso - MT Passo Fundo - RS Rio Verde - GO Dólar (dir) 75 3, , ,5 No Brasil, a comercialização da safra 2014/15 avançou, diante da valorização dos preços domésticos e do dólar frente ao real. Contudo, o aumento de custo dos insumos inibiu as compras, que estão atrasadas e relação ao histórico. Isso pode significar um menor investimento do produtor no cultivo da soja neste ano. Mesmo assim, acredita-se em um leve aumento de área plantada na safra 2015/ Fonte: Safras 1 0,5 0

8 bilhões de galões milhões de libras-peso toneladas 01/01/ /01/ /01/ /01/ /01/ /01/ /02/ /02/ /02/ /02/ /03/ /03/ /03/ /03/ /03/ /03/ /04/ /04/ /04/ /04/ /04/ /05/ /05/ /05/ /05/ /05/ /06/ /06/ /06/ /06/ /06/2015 USD/ton curta Relatório especial Perspectivas para commodities 3º trimestre de Farelo de Soja Preços - Farelo de Soja (CBOT) Nos últimos meses, a demanda de farelo de soja cresceu, levando o subproduto a liderar altas de mercado por algumas sessões. Nos Estados Unidos, os estoques das esmagadoras apertaram, enquanto as exportações aumentaram vertiginosamente (tanto as vendas, que superaram a estimativa do USDA, como os embarques), dando suporte aos preços. Além disso, a greve de mais de 20 dias nos portos da Argentina interrompeu os embarques nos principais terminais do país, migando parte da demanda para o Brasil e também EUA. De modo geral, porém, as cotações do farelo de soja acompanharam a movimentação do grão, apresentando queda em maio, mas forte alta durante o mês de junho. As perspectivas para a demanda continuam de ritmo forte nos próximos meses, tanto interna quanto externa e, com a possível restrição de oferta ocasionada pelos problemas na safra dos EUA, isso deve continuar levando os preços para cima Fonte: Reuters Exportações de Farelo de Soja - EUA Semanas do Ano-Safra Óleo de Soja Fonte: USDA / /15 Estimativa USDA Estoques de Óleo de Soja - EUA Os preços do óleo de soja na CBOT apresentaram alta na CBOT nos últimos meses, influenciados principalmente pelos estoques mais baixos nos Estados Unidos. Isso é resultado da combinação de dois fatores: maior demanda interna e queda na produtividade da soja esmagada. Pelo lado da oferta, mesmo com níveis recordes de esmagamento nos últimos 5 meses, o menor rendimento do óleo tem mantido os estoques em nível muito baixo no país. Já pelo lado da demanda, também se observa motivos para a manutenção de estoques historicamente baixos. Isso porque a produção de biodiesel (que tem como um dos principais insumos o óleo de soja) aumentou levemente neste ano e, mais do que isso, a participação do óleo de soja como insumo passou de 71% em 2014 para 78,5% em Além disso, as expectativas apontam para aumento da produção de biodiesel, o que pode manter os preços do óleo em tendência altista nos próximos meses. O motivo é uma elevação nos mandatos para o biocombustível avançado nos próximos anos, conforme divulgado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos no final de maio Fonte: NOPA 2,00 1,80 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Fonte: EPA Média - 5 anos 2013/ /15 Mandato Biodiesel - EUA

9 9 Milho Por: Ana Luiza Lodi Preocupações com o clima nos EUA. Queda de área nos EUA na safra 2015/16. Demanda aquecida por milho nos EUA (USDA trouxe estoques mais baixos em 1º de junho). Balanço de Oferta e Demanda mundial se mantém confortável. Fortalecimento do dólar. Safrinha recorde no Brasil. Neste próximo trimestre, as atenções do mercado devem estar voltadas para o clima nos EUA e para o resultado da safrinha no Brasil. Percentual bom/excelente - EUA As perspectivas para a safra 2015/16 dos EUA começaram muito positivas, apesar da queda na área plantada em relação ao ano passado e de alguns atrasos no início do plantio. Entretanto, o clima tem trazido preocupações sobre potenciais perdas de produtividade. As chuvas recentes têm gerado uma umidade excessiva do solo em parte do cinturão, com alguns pontos de alagamento, o que poderá prejudicar o resultado final, devido, por exemplo, a um aumento da incidência de doenças. Com isso, o USDA vem reduzindo as condições da safra dos EUA a cada semana e os preços na CBOT reagiram, encontrando suporte nas questões climáticas. Mesmo assim, destaca-se que ainda é muito cedo para mensurar o possível impacto sobre o rendimento e consequentemente sobre a produção e a oferta do cereal. Pelo lado da demanda, o dado de posição trimestral dos estoques dos EUA em 1º de junho indicou que o uso de milho no país está aquecido. Com isso, caso ocorram prejuízos para a safra do país, e estes forem significativos, pode haver um aperto nos estoques. Destaca-se que esse potencial de perdas na safra norteamericana pode beneficiar o Brasil, num momento de entrada de uma safrinha recorde no mercado. A Conab espera um volume recorde de estoques da safra 2014/15, em 15,81 milhões de toneladas, e problemas com a produção de milho dos EUA poderiam favorecer maiores exportações do cereal brasileiro, num momento em que o real mais fraco já adiciona competitividade ao produto doméstico. Dessa forma, apesar de as perspectivas continuarem apontando para uma oferta muito ampla de milho no mercado interno, perdas na safra dos EUA podem acabar contrabalançando, um pouco, essa situação, abrindo caminho para uma recuperação mais sustentada dos preços do cereal. Assim, os possíveis impactos do clima sobre a safra norteamericana devem continuar em foco, podendo influenciar a dinâmica do mercado local. Fonte: USDA Fonte: Conab Fonte: Safras Produção Brasil - safrinha Evolução dos preços - Brasil

10 10 Trigo Por: Caio Santos Temperaturas elevadas e seca na Europa, Canadá e Austrália. Excesso de umidade atrasa colheita da safra de inverno norte-americana. Ampla disponibilidade projetada para a temporada. Estoques em níveis confortáveis. Entrada da safra europeia. A última estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA indica a produção de trigo na ordem de 721 milhões de toneladas, 5 milhões aquém da safra recorde 2014/15. O estado confortável do balanço de oferta e demanda global do cereal tem pressionado os preços desde de o início do ano, sob a perspectiva de ampla disponibilidade. Em maio, no entanto, a tendência estabelecida nas negociações do cereal, desde dezembro do ano passado, começou a se reverter. As projeções do mercado acerca da grande disponibilidade da commodity nesta safra que vinha se refletindo na queda dos preços têm sido revistas recentemente, por conta de problemas climáticos em quatro das maiores regiões produtoras de trigo do mundo. Entre as principais localidades produtoras do cereal, destacam-se os países do leste europeu Rússia e Ucrânia que respondem por aproximadamente 25% de toda a comercialização de trigo - a União Europeia com destaque para França e Alemanha que representa 21%, e os países da américa do norte, Estados Unidos e Canadá que, juntos, representam 29% do mercado global. A Austrália também merece destaque, representando 12% da comercialização da commodity. O país é, tradicionalmente, grande fornecedor de trigo ao Japão. Manifestações do El Niño no continente australiano, ainda que leves, têm provocado a falta de chuvas nas regiões sudeste e sudoeste, onde a maior parte da produção é cultivada. A Europa e o Canadá vivem situação semelhante, falta de umidade e calor excessivo. A safra europeia já se encontra nos estágios finais de desenvolvimento. Quando a umidade do solo não é adequada nesse período, as lavouras tendem a produzir menos grãos - na última semana, a comissão europeia cortou em 1,5 milhão de toneladas sua estimativa acerca da produção regional. Preços - Trigo (CBOT) Fonte: Reuters Participação no comércio internacional de trigo (%) Fonte: USDA Produção, Consumo e Estoques Finais (em milhões de ton) Nos EUA, o excesso de umidade sobre as lavouras de trigo de inverno (já maduras) vem deteriorando, gradativamente, a qualidade e o rendimento no cinturão produtor. No leste europeu, a situação climática não é tão grave. Contudo, a instabilidade política da região tem representado uma ameaça constante à comercialização da produção local, o que torna o abastecimento canadense, europeu e norte-americano ainda mais relevante. Ainda que o balanço de oferta e demanda mundial se apresente confortável em termos do abastecimento de trigo, os danos provocados pelo clima, recentemente, têm influenciado e devem seguir influenciando a dinâmica do mercado internacional nesse trimestre. Fonte: USDA

11 11 Algodão Por: Mony Belon Plantio fora da janela ideal nas principais regiões produtoras dos Estados Unidos pode prejudicar os rendimentos para a safra 2015/16. Redução da área plantada nos EUA pode diminuir a oferta e tornar a relação estoques/uso mais apertada. Estoques mundiais confortáveis podem amenizar efeitos de alta provocados pela restrição da oferta. Indicadores macroeconômicos sinalizam para demanda fraca. Temperaturas abaixo da média e grande volume de chuvas marcaram a janela de plantio para a safra 2015/16 de algodão nos Estados Unidos. Essas características provocaram excesso de umidade no solo, o que acabou adiando parte das atividades. Assim, boa parte da área foi semeada fora do período ideal, o que tem impactos baixistas sobre a produtividade. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos estima uma queda de 3,4% nos rendimentos da próxima safra em relação a 2014/15, atingindo o valor de 809 lbs/acre. Juntamente com a média de preços mais baixa para o algodão em 2015, essa possibilidade colaborou para desmotivar o cultivo da commodity. A estimativa mais recente do USDA é de que em 2015/16 a área plantada recuará em 18%, totalizando 9 milhões de acres. No entanto, a ocorrência de clima favorável durante as etapas posteriores da safra pode reverter parte dos impactos negativos de produtividade decorrentes do plantio atrasado. Ainda, o alcance de boa qualidade da fibra tem grande importância na tomada de decisão da área a ser colhida. Atualmente, cerca de 56% da área já plantada para a próxima safra apresenta condições boas ou ótimas, o que pode tornar a disponibilidade para entrega na bolsa razoável 1. A tabela ao lado mostra dois diferentes cenários para o balanço de oferta e demanda americano na safra 2015/16, considerando o abandono projetado pelo USDA em junho deste ano (10,6%) e o abandono médio nas últimas três safras (17,8%). Contrato Contínuo de Algodão - ICE (cents/lb) jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Fonte: Reuters Cenários de Oferta e Demanda - Estados Unidos Safra 2015/16 milhões de Safra Área = 9,55 acres Área = 9 acres fardos de 2014/15 10,6% de 17,8% de 10,6% de 17,8% de 480 lbs abandono abandono abandono abandono Estoque Inicial 2,5 4,4 4,4 4,4 4,4 Produção 16,3 14,4 13,2 13,6 12,5 Importação 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Consumo 3,7 3,8 3,8 3,8 3,8 Exportações 10,7 10,7 10,7 10,7 10,7 Estoque Final 4,4 4,3 3,1 3,5 2,4 Estoques/Uso 30,9% 29,7% 21,7% 23,9% 16,4% Fonte: USDA A redução projetada para a área plantada (de 9,55 acre no relatório anterior do USDA para 9 acres em 30 de junho) sinaliza para uma tendência de fortalecimento dos preços do algodão, devido à relação entre estoques e uso mais apertada. Ainda, os estoques mundiais se mostram confortáveis e os indicadores de demanda apontam para fraqueza durante os próximos meses. O ritmo de vendas para a próxima safra está abaixo do verificado nos anos anteriores e uma alta de preços provocada pelo panorama de encurtamento da oferta poderia contribuir para inibir ainda mais o consumo de algodão, amenizando os efeitos de alta provocados pela restrição da oferta. 1 O algodão produzido nos EUA é o único que pode ser entregue na bolsa de NY e por isso a oferta no país tem importante peso no mercado. 120,00% 100,00% 80,00% 60,00% 40,00% 20,00% 0,00% Fonte: USDA Estoques/Uso - Mundo

12 12 Cacau Por: Fabio Rezende Clima desfavorável no oeste da África e no Equador. Menor investimento em fertilizantes e defensivos na Gana. El Niño moderado ou forte no segundo semestre. Baixas margens das esmagadoras norte-americanas e europeias. Desvalorização do euro. Baixa demanda pelos produtos finais. Os preços do cacau no canário internacional apresentaram um ritmo de crescimento estável no segundo trimestre de 2015, resultado de atrasos nas exportações africanas especialmente da Gana e expectativas de quebra na produção mundial. O contrato futuro contínuo da bolsa de Londres teve uma alta de 14,1% no período, enquanto a segunda continuação de Nova York, ajudada por uma desvalorização do dólar em relação à libra esterlina, disparou 23,4%, atingindo seus maiores valores desde Preço Cacau em Nova York (USD/t) e Libra Esterlina A situação precária da oferta no momento é um fenômeno global, com praticamente todos os principais produtores do mercado apresentando algum tipo de problema em suas safras. Daremos destaque para os dois maiores players: Costa do Marfim e Gana. O primeiro tem registrado fortes chuvas, principalmente a partir do mês de junho, resultando no alagamento de plantações (que causam a disseminação de doenças e fungos); na dificuldade na secagem do produto; e em problemas logísticos, que atrasam a entrega da amêndoa nos portos. Gana, por sua vez, deve ter uma quebra na produção de cerca de 25% em relação à safra passada, causada pelo menor uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e pelo envelhecimento natural das árvores. Considerando que a colheita principal dos maiores produtores mundiais do cacau se inicia somente em outubro, podemos supor que a deficiência na oferta no mercado físico deve continuar nesse trimestre, podendo dar suporte aos preços internacionais. Ademais, deve-se lembrar que efeitos climáticos danosos adicionais, atrelados à ocorrência do El Niño, ainda podem acontecer. Fonte: Reuters Ratios do pó e da manteiga de cacau Em contraposição ao lado da oferta, a demanda continua como um fator limitante ao avanço dos preços. A Europa, principal centro consumidor de chocolate e outros derivados do cacau, apresenta um ritmo de crescimento econômico lento e há a possibilidade de mais uma desvalorização cambial do euro por conta do dilema com a Grécia, o que desfavorecia a demanda. Dessa maneira, os preços dos produtos secundários (principalmente da manteiga de cacau) não sobem no mesmo compasso dos preços da amêndoa, pressionando os ratios do cacau (razão entre preços dos produtos do esmagamento e do cacau). Isso pode ser percebido em um movimento de redução da margem das esmagadoras: as empresas americanas tiveram uma margem média de USD 443 por tonelada no segundo trimestre, queda de 27% em relação ao trimestre anterior e de 67% na comparação ano-a-ano. Fonte: Milling and Baking News Margem das esmagadoras Fonte: Milling and Baking News, INTL FCStone, Reuters

13 Milhares de toneladas Milhões de toneladas (tel quel) Relatório especial Perspectivas para commodities 3º trimestre de Açúcar Por: João Paulo Botelho Baixo investimento nos últimos anos pode levar a queda na produção na safra 2015/16 do hemisfério norte. Incentivos à produção alcooleira e clima mais chuvoso que no ano passado dificultam a elevação da produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil. Depois de cinco safras de superávit, estoques elevados deixam compradores em situação confortável. Fartas reservas na Tailândia e Índia, devido a grandes excedentes e poucas exportações, podem levar a queda dos preços no terceiro trimestre. O segundo trimestre de 2015 foi marcado pela continuidade da queda nos preços do açúcar no mercado internacional. O contrato contínuo atingiu a mínima dos últimos seis anos tanto na ICE/NY como na Liffe, sendo que a cotação média do período ficou 11,7% abaixo do trimestre anterior na primeira bolsa e 4,7% na segunda. A principal diferença neste movimento baixista em relação aos meses anteriores foi que as cotações deixaram de acompanhar de perto o câmbio brasileiro. Com isso, o preço do açúcar em reais caiu fortemente, afetando mais diretamente a rentabilidade das usinas brasileiras, cuja receita em moeda nacional vinha sendo sustentada pela desvalorização do real. O principal fator pressionando para baixo as cotações do adoçante foram os fartos estoques na Índia e Tailândia. Espera-se que este último país coloque grandes volumes no mercado internacional no terceiro trimestre, assim como ocorreu em 2014, para abrir espaço nos armazéns e nos livros para a próxima safra do país. Estes países e os demais grandes produtores do hemisfério norte também devem ser relevantes nas especulações quanto ao clima. Para a maior parte destes players, os primeiros meses do segundo semestre são essenciais para o desenvolvimento agrícola. Neste sentido, vale destacar o volume das chuvas no sudeste asiático, onde a cana depende significativamente das chuvas no período. Quanto à China, os preços domésticos ainda mostram os sinais da forte quebra na safra 2014/15 e as importações vêm correspondendo, com grandes volumes nos últimos meses. Os prospectos agrícolas para a temporada seguinte continuam negativos, o que pode dar algum vigor altista para o mercado. Por fim, no que se refere ao Brasil, o mercado deve continuar olhando com atenção como a safra se desenvolve no Centro-Sul. O foco está nas chuvas, que podem atrapalhar a moagem (principalmente a partir de setembro), e no ATR médio, que vem apresentando queda devido principalmente à floração dos canaviais. Além disso, os estímulos ao consumo de etanol, juntamente com os baixos preços do açúcar, vem incentivando um mix muito alcooleiro. Resta saber se a maioria das usinas conseguirá manter um volume tão baixo de participação do açúcar na produção. Em suma, o mercado deve continuar pressionado pelos estoques acumulados ao longo das últimas quatro safras de superávit, mas o mix alcooleiro no Centro-Sul pode oferecer algum suporte enquanto o mercado também olha com atenção para o desenvolvimento da safra 2015/16 no hemisfério norte. Estimativa de saldo global de açúcar 10,00 7,50 7,4 5,00 5,6 3,9 2,50 2,2 0,5 0,00-2,50-3,4-5,00 Fonte: INTL FCStone Estimativa de safra: Centro-Sul 2013/ /16 Moagem (Mi T) 571,3 582,9 ATR médio (kg/t) 136,6 135,2 ATR total (Mi T) 78,0 78,8 Mix açucareiro 43,0% 42,7% Mix alcooleiro 57,0% 57,3% Produção açúcar (Mi T) 32,0 32,1 Produção etanol (Mi m³) 26,1 26,4 Produção hidratado (Mi m³) 15,4 15,2 Produção anidro (Mi m³) 10,8 11,3 Fonte: UNICA e INTL FCStone Importações de açúcar - China out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set Fonte: Alfândega da China 2012/ / /15

14 14 Etanol Por: Vitor Andrioli Demanda doméstica notavelmente aquecida. Aumento da demanda de etanol em função da possível abertura da janela de exportação para os EUA. Mix principalmente voltado ao hidratado pode resultar em escassez de anidro na entressafra. Cenário macroeconômico negativo afeta a demanda por combustíveis. Situação de aperto financeiro das usinas tem pressionado as cotações do mercado físico ao final de cada mês. O forte crescimento da demanda doméstica por hidratado, notada a partir da reintrodução da Cide e da mudança nas alíquotas do ICMS de Minas Gerais em fevereiro e março respectivamente, é uma das principais variáveis para a indústria da cana-de-açúcar neste ano. No acumulado dos cinco primeiros meses as vendas do etanol se encontram 35% acima do observado no período idêntico de 2014, tendo aumentado de maneira significativa até em regiões onde a paridade é vantajosa ao consumo do concorrente fóssil. Em contrapartida, no acumulado até maio a demanda brasileira por anidro é 1,7% menor que aquela contabilizada em Apesar do aumento da mistura, em vigor desde meados de março, a substituição de gasolina por álcool carburante teve impacto direto no volume consumido do aditivo oxigenante. Nos cinco primeiros meses de 2015 as vendas de gasolina C alcançaram 17,1 bilhões de litros, o que significa uma retração de 5,4% ante 2014 e a maior queda para o período desde Fonte: CEPEA Sazonalidade do etanol hidratado (ESALQ-SP) Paridade nos postos por Unidade da Federação Para os próximos meses a expectativa é de que a demanda por hidratado continue se elevando, acompanhando a tendência da procura por combustíveis no Brasil que costuma ser mais dinâmica no segundo semestre. Caso siga esse movimento sazonal, o consumo, que em maio registrou 1,4 bilhão de litros, provavelmente ultrapassará a partir de julho a marca de 1,5 bilhão de litros e pode fechar o terceiro trimestre acima do patamar de 1,6 bilhão de litros por mês. Mesmo com o avanço expressivo do consumo de etanol, a média das cotações desta safra continua menos favorável à remuneração das usinas e destilarias do Centro-Sul. Os efeitos baixistas do menor poder de barganha das ofertantes no mercado intermediário e da produção dedicada principalmente ao hidratado têm se sobressaído e empurrado os preços. Para o período de julho a setembro em que a produção quinzenal de álcool ainda pode aumentar espera-se que essa relação de forças seja mantida, resultando em cotações ainda frágeis. Os elementos que podem mudar esse quadro são a abertura da janela de exportação para o mercado americano que se mostra bastante factível desde a proposta da EPA para os mandatos de combustíveis renováveis no final de maio e preocupações com uma possível escassez de anidro na entressafra. Os dados da UNI- CA têm apontado que a produção desta variedade do etanol está consideravelmente abaixo do realizado no ano passado (em torno de 25% a menos), o que pode vir a afetar os estoques no país. Fonte: ANP Fonte: ANP Vendas de etanol hidratado pelas distribuidoras

15 15 Gostou deste relatório e ainda não é um cliente da INTL FCStone? Entre em contato conosco e saiba mais sobre nossos serviços. ci@intlfcstone.com A negociação de derivativos, tais como futuros, opções e swaps pode não ser adequada para todos os investidores. A negociação de derivativos envolve riscos substanciais de perda, e você deve compreender completamente esses riscos antes de negociar. Resultados financeiros passados não são necessariamente indicativos de desempenho futuro. Todas as referências à negociação de futuros/opções são feitas exclusivamente em nome da INTL FCStone. Todas as referências à execução de swaps e swaps bilaterais são feitas exclusivamente em nome da INTL FCStone. A INTL FCStone realizará o clearing de swaps quando for aplicável. Swaps estão disponíveis somente para contrapartes elegíveis. Este material não deve ser interpretado como uma solicitação de estratégias de negociação e/ou serviços de negociação prestados pela INTL FCStone observados nesta apresentação. A INTL FCStone não é responsável por qualquer redistribuição deste material por terceiros, ou quaisquer decisões comerciais tomadas por pessoas às quais este material não se destina. As informações contidas neste documento foram obtidas de fontes que acreditados ser de confiança, mas não há garantias quanto à sua exatidão. Entre em contato com o pessoal designado da INTL FCStone para consultoria específica em negociações que atendam às suas preferências comerciais. Estes materiais representam as opiniões e pontos de vista do autor, e não necessariamente refletem os pontos de vista e estratégias de negociação empregadas pela INTL FCStone. Todas as declarações de previsões feitas dentro desse material representam as opiniões do autor, salvo indicação do contrário. Informações factuais tomadas como confiáveis foram usadas para formular estas declarações de opinião, e nós não podemos garantir a exatidão e integridade das informações que estão sendo invocadas. Dessa forma, estas declarações não refletem necessariamente os pontos de vista e estratégias de negociação empregadas pela INTL FCStone. Todas as previsões de condições de mercado são inerentemente subjetivas e especulativas, e resultados reais e previsões subsequentes podem variar significativamente em relação a essas previsões. Nenhuma garantia é feita de que essas previsões serão alcançadas. Todos os exemplos são fornecidos apenas para fins ilustrativos, e não significam que nenhuma pessoa poderá ou terá probabilidade de conseguir lucros ou perdas similares àqueles dos exemplos. A reprodução ou o uso em qualquer formato sem autorização são proibidos. Todos os direitos reservados.

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