RELATÓRIO ANUAL BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO

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1 RELATÓRIO ANUAL BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO

2 O BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO O Banco Interamericano de Desenvolvimento, a maior e mais antiga instituição multilateral de desenvolvimento regional, foi fundado em dezembro de 1959 para ajudar a acelerar o desenvolvimento econômico e social da América Latina e do Caribe. Os esforços para criar uma instituição de desenvolvimento que se concentrasse nos problemas prementes da região datam da Primeira Conferência Interamericana de Em 1958, uma proposta específica nesse sentido do presidente Juscelino Kubitschek do Brasil recebeu apoio de todo o Hemisfério e, pouco depois, a Organização dos Estados Americanos redigiu o anteprojeto do Convênio Constitutivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Hoje, são 46 as nações membros do Banco, compreendendo 26 países da América Latina e do Caribe, Estados Unidos, Canadá e 18 países extraregionais. O Banco se transformou em importante catalisador da mobilização de recursos para a região. Suas principais funções são utilizar capital próprio, fundos captados nos mercados financeiros e outros recursos disponíveis para financiar o desenvolvimento dos países membros mutuários; suplementar investimentos privados na falta de capital privado em termos e condições razoáveis; e proporcionar assistência técnica para preparação, financiamento e execução de projetos de desenvolvimento. No desempenho de sua missão, o Banco aprovou US$106 bilhões para projetos que representam um investimento total de US$263 bilhões. As operações do Banco abrangem o espectro completo do desenvolvimento econômico e social, com ênfase em programas que beneficiam diretamente as populações de baixa renda. No passado, os empréstimos concentraram-se nos setores produtivos da agricultura e da indústria, nos setores de infra-estrutura física de energia e transportes e nos setores sociais de saúde pública e ambiental, educação e desenvolvimento urbano. Em 1995, o BID começou a emprestar até 5% dos recursos do capital ordinário diretamente ao setor privado, sem garantia de governos. Entre as prioridades atuais dos empréstimos estão a redução da pobreza e a eqüidade social, a modernização e a reforma setorial, a integração econômica e o meio ambiente. O Grupo do BID compreende também a Corporação Interamericana de Investimentos (CII), filiada autônoma do Banco que promove o desenvolvimento econômico mediante o financiamento de pequenas e médias empresas privadas, e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), que apóia reformas de sistemas de investimento e desenvolvimento do setor privado. Os recursos financeiros do Banco consistem na conta do capital ordinário que inclui o capital subscrito, as reservas e os fundos levantados mediante captações e os fundos em administração, constituídos de contribuições feitas por diversos países membros. O Banco também conta com o Fundo para Operações Especiais para empréstimos em termos concessionais em países classificados como economicamente menos desenvolvidos. As subscrições de capital dos países membros compreendem capital realizado e capital exigível. A subscrição de capital realizado é feita mediante pagamento em efetivo e representa apenas 2,5% da contribuição do país membro. A parte maior dessa contribuição é feita na forma de capital exigível ou garantias dos empréstimos do Banco nos mercados financeiros mundiais. O Banco levanta fundos para as suas operações nos mercados de capital da Europa, do Japão, da América Latina e do Caribe e dos Estados Unidos. Os seus títulos de dívida receberam a classificação AAA dos três principais serviços de classificação de valores dos Estados Unidos e têm status semelhante nos outros grandes mercados financeiros. A autoridade máxima do Banco é a Assembléia de Governadores, em que cada país membro está representado. Os Governadores são em geral ministros da Fazenda, diretores de bancos centrais ou autoridades de categoria semelhante. A Assembléia de Governadores delegou muitas das suas faculdades operativas à Diretoria Executiva, responsável pelas operações do dia a dia do Banco. O Banco, que tem sede em Washington, D.C., mantém Representações em todos os seus países membros regionais, assim como em Paris e em Tóquio.

3 BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO 2000 Relatório Anual ÍNDICE A América Latina e o Caribe em Parte I: O BANCO EM 2000 Principais áreas de atuação Panorama Assembléia de Governadores Diretoria Executiva Redução da pobreza e eqüidade social Modernização do Estado Integração econômica Meio ambiente Setor privado Administração da carteira Os empréstimos no ano Resumo Argentina Bahamas Barbados Belize Bolívia Brasil Chile Colômbia Costa Rica El Salvador Equador Guatemala Guiana Haiti Honduras Jamaica México Nicarágua Panamá Paraguai Peru República Dominicana Suriname Trinidad e Tobago Uruguai Venezuela Regional Cooperação técnica Co-financiamento Fundos em administração Aquisições Relação de empréstimos e garantias aprovados, Aspectos institucionais Avaliação e auditoria interna Representações Administração Fundo Multilateral de Investimentos Corporação Interamericana de Investimentos Assuntos financeiros Destaques Captação de recursos Termos e condições Parte II: DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Capital Ordinário Fundo para Operações Especiais Conta do Mecanismo de Financiamento Intermediário Fundo Fiduciário de Progresso Social

4 ÍNDICE APÊNDICES Governadores e Governadores Suplentes Diretores Executivos e Suplentes Órgãos de ligação e depositários Principais funcionários QUADROS 1. Novos instrumentos flexíveis de crédito Iniciativas contra a corrupção Combate à exclusão social devido a raça ou etnia Mecanismo de Investigação Independente Participação do cidadão Programas de apoio às ilhas Galápagos e ao Pantanal Projeto da usina a gás de Bajío Campanha de conscientização sobre crianças de rua Instituto Interamericano de Desenvolvimento Social Desenvolvimento de microempresas TABELAS I. Dez anos de operações, II. O ambiente externo III. Distribuição dos empréstimos por setor IV. Empréstimos e garantias anuais (2000) e acumulados ( ) V. Desembolsos anuais (2000) e acumulados ( ) VI. Custo total de projetos, anual (2000) e acumulado ( ) VII. Distribuição de cooperação técnica não reembolsável VIII. Co-financiamento, IX. Fundos em administração X. Desembolsos em aquisições de bens e.. serviços, por país de origem (empréstimos setoriais e para investimentos) XI. Desembolsos em aquisições de bens e.. serviços, por país de origem (empréstimos setoriais) XII. Desembolsos em aquisições de bens e serviços, por país de origem (empréstimos para investimentos) XIII. Despesas administrativas consolidadas XIV. Cotas de contribuição para o Fundo para Operações Especiais XV. Capital do Banco XVI. Dívida pendente por moeda em 31 de dezembro de XVII. Captação de recursos, exercício de PAÍSES MEMBROS Alemanha Argentina Áustria Bahamas Barbados Bélgica Belize Bolívia Brasil Canadá Chile Colômbia Costa Rica Croácia Dinamarca El Salvador Equador Eslovênia Espanha Estados Unidos Finlândia França Guatemala Guiana Haiti Honduras Israel Itália Jamaica Japão México Nicarágua Noruega Países Baixos Panamá Paraguai Peru Portugal Reino Unido República Dominicana Suécia Suíça Suriname Trinidad e Tobago Uruguai Venezuela Nota ao leitor: O Relatório Anual deste ano é uma versão mais condensada do que a de anos anteriores. Para informações mais completas sobre as atividades do Banco em 2000, consulte o site do BID na Internet em: Este relatório foi impresso em papel reciclado. 2

5 CARTA DO PRESIDENTE Banco Interamericano de Desenvolvimento Washington, D.C. 7 de fevereiro de 2000 Senhor Presidente: Nos termos da Seção 2 do Regulamento Geral do Banco Interamericano de Desenvolvimento, passo a suas mãos o Relatório Anual do Banco referente a 2000, que a Diretoria Executiva submete à Assembléia de Governadores. O Relatório contém um breve resumo da situação econômica na América Latina e no Caribe e um apanhado das atividades do Banco em Além disso, contém uma descrição das várias operações do Banco nos diferentes países e no âmbito regional empréstimos, garantias, financiamento de pequenos projetos e cooperação técnica, em prol do desenvolvimento da América Latina; uma relação abreviada de projetos aprovados em 2000; as demonstrações financeiras do Banco, com os respectivos anexos gerais. Consoante o disposto no Artigo III, Seção 3(a), do Convênio Constitutivo do Banco, o Relatório contém demonstrações financeiras, acompanhadas do parecer dos auditores, referentes a cada uma das suas diversas fontes de recursos. As demonstrações referentes aos recursos do capital ordinário são apresentadas consoante o Artigo VIII, Seção 6(a), do Convênio; as do Fundo para Operações Especiais, consoante o Artigo IV, Seção 8(d), do Convênio; as da Conta do Mecanismo de Financiamento Intermediário, consoante a Seção 5(d) da Resolução AG-12/83 da Assembléia de Governadores; e as do Fundo Fiduciário de Progresso Social, consoante a Seção 5.04 do Contrato firmado entre o governo dos Estados Unidos e o Banco. Atenciosamente, Ao Senhor Presidente da Assembléia de Governadores Banco Interamericano de Desenvolvimento Enrique V. Iglesias 3

6 Editor: Produção gráfica: Fotógrafos: Daniel B. Martin, Assessoria de Relações Externas Valkiria Amaro Peizer, Assessoria de Relações Externas Fotos do texto: Willie Heinz e David Mangurian, Assessoria de Relações Externas Foto da capa: Ricardo Funari, SocialPhotos ( Este relatório pode ser obtido online, em formato PDF, em 4

7 TABELA I. DEZ ANOS DE OPERAÇÕES, (Em milhões de dólares dos Estados Unidos) CAPITAL Subscrições (fim do ano) Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total CAPTAÇÃO DE RECURSOS 1 Pendente (fim do ano) Captação anual bruta OPERAÇÕES Empréstimos e garantias autorizados (acumulados) 2 Capital ordinário * Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total Empréstimos e garantias autorizados (anual) 4 Capital ordinário * Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total Desembolso de empréstimos (anual) 4 Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total Reembolso de empréstimos (anual) 4 Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total Empréstimos pendentes Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total Aprovações de cooperação técnica não reembolsável (anual) 5 Fundo para Operações Especiais Outros fundos Total DESTAQUES FINANCEIROS Receita Empréstimos Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Investimentos Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Renda líquida Capital ordinário Fundo para Operações Especiais Reservas (fim do período) 7 Capital ordinário Fundo para Operações Especiais ADMINISTRAÇÃO Despesas administrativas Total todos os fundos Captação de médio e longo prazo, com exceção de prêmios líquidos ou descontos. 2 Menos cancelamentos. Inclui ajustes de tradução de moedas. 3 Menos participações do setor privado. 4 Com base nos montantes originais expressos em equivalentes de dólares dos Estados Unidos. 5 Inclui financiamentos de Pequenos Projetos. 6 Receita antes de deduzidas despesas de cooperação técnica e baixas de empréstimos. 7 Inclui ajustes de tradução acumulados. * Inclusive um total de US$1.711,8 milhões em empréstimos autorizados condicionalmente, mediante resoluções que só entraram em vigor em janeiro de

8 A América Latina e o Caribe em 2000 O clima internacional em 2000 foi, em geral, favorável à América Latina e ao Caribe, sobretudo devido ao crescimento nos Estados Unidos, à alta dos preços internacionais do petróleo e de outros produtos e à continuação do acesso aos mercados internacionais de capital. Contudo, o aumento das taxas de juros e a instabilidade do mercado americano de ações tornaram os financiamentos mais onerosos para os países da região. O crescimento econômico na região superou 4% em 2000, uma melhora substancial em relação ao ano anterior. Essa rápida recuperação deveu-se a ajustes fiscais e monetários feitos em 1999, que contribuíram para controlar a inflação. Por sua vez, a queda da inflação em 2000 ajudou a reduzir as taxas internas de juros. Os governos da região mantiveram em 2000 seu compromisso com a estabilidade macroeconômica e o processo de reforma estrutural. Muitos países aprovaram leis de responsabilidade fiscal e a maioria deu prosseguimento a programas de privatização e de modernização do Estado. Em 2001, o crescimento deverá diminuir para níveis próximos a 3,5%, em vista do desaquecimento da economia americana. As autoridades econômicas da região temem os possíveis efeitos negativos sobre os mercados financeiros internacionais no caso de 6

9 uma desaceleração mais séria da economia americana ou de um grande reajuste no mercado de ações. A economia internacional A economia internacional continuou a crescer em 2000, impulsionada pelo notável surto econômico nos Estados Unidos, pelo maior crescimento na Europa e pela recuperação econômica no Japão. A alta dos preços do petróleo em meados de 1999 dominou o mercado de commodities, ajudando a fortalecer a balança comercial e o desempenho fiscal na Venezuela, Equador, México e Colômbia. Outros produtos regionais importantes também tiveram expressivas mudanças de preços. A alta foi considerável no caso do cobre e do açúcar, fontes importantes de divisas para o Chile e vários países do Caribe. Já os preços do café caíram bastante e novos problemas se fizeram sentir no mercado de bananas, com a alocação de cotas nos mercados europeus, o que prejudicou particularmente os países da América Central. De modo geral, a disponibilidade de recursos financeiros externos para os países emergentes melhorou em 2000, sobretudo em comparação com as difíceis condições reinantes durante a série de crises que começaram no Sudeste Asiático em 1997 e terminaram com a desvalorização do real brasileiro em janeiro de Estima-se que os fluxos líquidos de capital privado para a América Latina e o Caribe cresceram de US$51 bilhões em 1999 para aproximadamente US$67 bilhões em 2000, cobrindo plenamente o déficit em conta corrente na região e financiando alguma acumulação de reservas internacionais. As emissões de obrigações foram especialmente intensas em certos meses e os US$44,5 bilhões emitidos até outubro superaram em muito o total de US$35 bilhões de Cabe observar, porém, que os fluxos líquidos oriundos desses recursos foram bem menores, já que grande parte das transações representou swaps de dívidas preexistentes, trocadas por novos títulos com maiores prazos de vencimento e menores margens de risco (spreads). Apesar desses dados positivos, a situação não foi de todo favorável com relação Crescimento do PIB da América Latina e do Caribe, (Em porcentagens) (e) Fonte: FMI, World Economic Outlook, setembro de (e) Estimativas. aos mercados financeiros internacionais. Os fluxos de capital privado líquidos para a América Latina e o Caribe continuaram a mostrar sinais de instabilidade em 2000 e estima-se que tenham caído ligeiramente ao se aproximar o fim do ano. Além disso, os mercados para os fluxos de capital privado se concentraram claramente no Brasil e no México, que receberam perto de 70% de todo o investimento exterior direto e praticamente todo o investimento líquido em carteira na região. Por fim, as margens de risco para instrumentos de dívida a longo prazo para a América Latina e o Caribe, ainda que menos instáveis que nos dois anos anteriores, exibiram uma tendência ascendente em Nos casos da Argentina, Colômbia, Peru e Uruguai, essas margens de risco subiram a níveis semelhantes ou superiores aos picos registrados durante a crise brasileira, no fim de 1998 e começo de Embora o aumento nas margens de risco possa, em muitos casos, ter sido causado por circunstâncias específicas a certos países, de modo geral as flutuações e tendência altista resultaram de mudanças no ambiente financeiro internacional. Na realidade, a tendência de alta não se limitou a instrumentos de dívida latino-americanos foi mais acentuada para as obrigações de empresas ame- A América Latina e o Caribe em

10 TABELA II. (Em porcentagens) O AMBIENTE EXTERNO ricanas de grau inferior representadas no índice de mercado de ações de alto rendimento. As flutuações nesse índice foram fortemente influenciadas pelos ajustes que a Reserva Federal dos Estados Unidos fez nas taxas de juros a curto prazo. As margens de risco nos instrumentos de dívida latino-americanos foram afetadas também pela volatilidade do mercado de ações nos Estados Unidos, sobretudo do índice NASDAQ. Desempenho macroeconômico (e) Crescimento da produção Países desenvolvidos 3,2 4,2 Países em desenvolvimento 3,8 5,6 Crescimento no volume das importações Países desenvolvidos 7,6 10,4 Países em desenvolvimento 0,5 11,2 Taxas de juros a curto prazo Dólar dos Estados Unidos 4,8 6,6 Euro 2,9 4,8 Iene 0 0,2 Preços das mercadorias (variação porcentual) Petróleo 37,5 47,5 Alimentos -15,6-0,5 Bebidas -21,3-8,4 Metais -1,5 13,3 Fonte: FMI, World Economic Outlook, setembro de (e) Estimativas O crescimento econômico médio na América Latina e no Caribe foi superior a 4% em 2000, uma recuperação expressiva em relação ao ano anterior. Todos os países que haviam experimentado quedas no PIB no ano anterior registraram taxas de crescimento positivos. Apenas Costa Rica, Nicarágua e República Dominicana, que tinham apresentado taxas de crescimento extraordinárias em 1999, tiveram taxas menores em 2000, mas ainda assim elevadas. Na maioria dos países, a recuperação econômica foi mais vigorosa do que o esperado. Com a única exceção da Argentina, as previsões de analistas internacionais para as médias e grandes economias da região foram ajustadas para cima durante o ano. O Brasil superou as incertezas derivadas da crise do começo de 1999 com um forte crescimento a partir do quarto trimestre de 1999 em diante, com base em fortes exportações e em investimentos. A atividade econômica no México foi beneficiada pelo surto econômico nos Estados Unidos e por um aumento dos gastos públicos. Na Argentina, por outro lado, não houve sinal de recuperação. Uma série de circunstâncias desfavoráveis, tanto internacionais quanto internas e agravadas por temores de instabilidade fiscal, retardou decisões de investimento e diminuiu a confiança dos consumidores. Em meados de novembro, o governo anunciou medidas para estimular o crescimento e assegurar sustentabilidade fiscal a médio prazo. O Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, o BID e outros concordaram em fornecer um pacote de ajuda financeira em apoio a essas medidas. O crescimento foi maior que no ano anterior em todos os países andinos, porém a recuperação econômica não foi tão sólida, devido à incerteza política. No Equador e no Peru, os respectivos presidentes deixaram o cargo antes de findos os seus mandatos. Na Venezuela, a ampla reorganização do sistema político e das instituições governamentais gerou incerteza. Na Colômbia, o clima de insegurança e as negociações com o movimento guerrilheiro arrefeceram a confiança dos investidores na economia. A recuperação econômica na região como um todo baseou-se numa firme gestão macroeconômica. A característica reação à crise de foi uma combinação de aumento das taxas de juros, taxas de câmbio mais altas e redução dos gastos públicos. Embora essa resposta levasse, em alguns casos, a um enfraquecimento da demanda interna, era no entanto a fórmula apropriada, em vista da falta de mecanismos de proteção fiscal que seriam necessários para a adoção de medidas anticíclicas. Em decorrência das medidas adotadas durante as crises de , a atual recuperação foi acompanhada de novas reduções 8

11 Desemprego (Média ponderada pela população) Preço dos produtos básicos (Índice de dezembro de 1997=100) 8, , , , Fontes: Latin Focus e estatísticas oficiais. Agricultura Energia Metais Fonte: Goldman Sachs. das taxas de inflação. Com exceção do Equador, que em 2000 teve de assimilar um ajuste extremo na taxa de câmbio nominal, ao ser adotado o câmbio fixo, as taxas de inflação mantiveram-se abaixo de 20%. A elevação dos preços do petróleo levaram a pressões de custos, mas mesmo em países importadores de petróleo, como Brasil, Chile e Peru, as taxas de inflação permaneceram bem abaixo de 10%. A taxa média de inflação na região como um todo foi de 5,2%, bastante semelhante à do ano anterior. Essas taxas de inflação mais baixas deveram-se em parte a taxas de câmbio mais estáveis em Muitos países reagiram à crise de elevando as taxas de juros para evitar mudanças repentinas nas taxas de câmbio e depois permitindo ajustes nestas. Pelo mesmo motivo, as taxas internas de juros também mostraram tendência à queda. As taxas de juros reais, em toda a região, convergiram para cerca de 5%, substancialmente menores que as observadas em certos momentos de 1998, sobretudo nos países mais seriamente atingidos pela crise financeira internacional. Apesar das tendências favoráveis nas taxas de juros, o índice de crescimento do crédito foi moderado ou negativo em muitos países da região. Na Colômbia e no México os países mais seriamente afetados, deu-se uma contração do crédito de 10% ou mais no primeiro semestre de Durante esse período houve quedas também na Argentina, no Paraguai e no Peru. Como normalmente acontece, o arrocho no crédito atingiu com mais gravidade as pequenas e médias empresas, que não têm acesso a mercados de capital ou a fontes internacionais de financiamento. O lento crescimento do crédito, que retardou a recuperação econômica, decorreu de uma maior percepção de risco e das garantias limitadas que as companhias menores podem oferecer, e não de limitações na capacidade creditícia do sistema financeiro. Em parte como resultado de taxas de juros mais baixas e do crescimento mais rápido, o desempenho fiscal foi melhor que no ano anterior. Isso aconteceu principalmente no Brasil, onde o déficit fiscal caiu abaixo de 4% do PIB em 2000, depois de ter alcançado 8,1% em 1998 e 9,5% em O desempenho fiscal também melhorou no Chile, na Colômbia, no Equador e na Venezuela, graças ao aumento dos preços do cobre e do petróleo. Na América Latina e no Caribe como um todo, o déficit fiscal foi em média de 2,7% do PIB, uma melhora acentuada em relação ao ano anterior. A América Latina e o Caribe em

12 Taxas de juros (Em porcentagem) Taxa de câmbio (Índice de dezembro de 1999=100) Jan 98 Mar Mai Jul Set Nov Jan 99 Mar Mai Jul Set Nov Jan 00 Mar Mai Jul Set Nov 94 Dez 1999 Fev 2000 Abr Jun Ago Out Argentina Brasil Chile Argentina Brasil Chile Colômbia México Peru Colômbia México Peru Venezuela Venezuela Fonte: Bloomberg. Fonte: Bloomberg. Comércio e integração Assistiu-se em 2000 a uma forte e encorajadora recuperação dos fluxos de comércio na América Latina. Depois de um acentuado declínio em 1998, e de um crescimento vagaroso em 1999, as exportações latino-americanas aumentaram mais de 20% em 2000, com as exportações intra-regionais crescendo mais ainda 26% em relação a Com exceção do Mercado Comum Centro-Americano (MCCA), todos os grupos de integração na América Latina mostraram forte recuperação em 2000, tanto em termos de exportações totais quanto de exportações intragrupais. O crescimento foi particularmente expressivo nas sub-regiões que mais sofreram com a recente crise financeira global. Impulsionadas pelos preços do petróleo, em 2000 as exportações da Comunidade Andina para o mundo cresceram 37% em termos de valor, enquanto as exportações intra-regionais do grupo aumentaram 29%. No Mercosul, a recuperação das exportações parece ter sido decorrência sobretudo do comércio intra-regional (aumento de 21%) e das exportações para os mercados da América do Norte (aumento de 27%). As exportações totais do grupo cresceram 16%. O mesmo aconteceu com as exportações totais e intra-regionais do NAFTA, que cresceram 20% e 16%, respectivamente. Já as exportações do MCCA demonstraram uma surpreendente estagnação em O total das exportações do grupo teve crescimento praticamente nulo em relação a 1999, enquanto suas exportações intra-regionais cresciam 10%, muito menos que o comércio com as outras sub-regiões. O comércio entre os países da América Latina e do Caribe está sendo incentivado pelo contínuo progresso na liberalização do comércio e na integração regional. Durante todo o ano 2000, a Comunidade Andina, a Comunidade do Caribe (Caricom), o MCCA e o Mercosul procuraram fortalecer os acordos de integração existentes e, em alguns casos, expandir o número de seus membros ou procurar estreitar os laços com outros grupos na região. Conversações sobre livre comércio entre a Comunidade Andina e o Mercosul ganharam novo alento na Reunião de Chefes de Estado Sul-Americanos, realizada em Brasília, em setembro de 2000, quando os chefes de governo anunciaram 10

13 Taxa mediana de inflação (% de mudança do IPC, dezembro dezembro) Balanço fiscal do governo central (Porcentagem do PIB) 14 0,0 12-0,5 10-1,0-1,5 8-2,0 6-2,5 4-3,0-3,5 2-4, (e) -4, (e) Fonte: FMI, World Economic Outlook, setembro de (e) Estimativas Fonte: FMI, World Economic Outlook, setembro de (e) Estimativas sua intenção de realizar negociações de livre comércio entre os dois grupos em Um dos principais temas na agenda da Cúpula de Brasília foi o desenvolvimento de infra-estrutura regional na América do Sul. Os governos mostram crescente consciência dos obstáculos existentes na infra-estrutura regional de transportes, energia e telecomunicações e da importância de integrar os sistemas de infra-estrutura nacionais, a fim de manter o ímpeto da integração dos mercados regionais e da maior competitividade global. Por último, realizaram-se em 2000 duas rodadas de negociações entre o Mercosul e a União Européia principal parceiro comercial e (mais recentemente) de investimento da sub-região como parte do processo de construir um acordo de Associação Inter-regional. O acordo incorporará num empreendimento integrado diálogo político, cooperação e comércio livre, sendo que este representaria a primeira área de livre comércio entre duas uniões aduaneiras. Durante o ano, a ênfase foi a eliminação das barreiras não tarifárias, enquanto as barreiras tarifárias deverão entrar nas negociações em Embora o comércio do México com o Canadá e os Estados Unidos esteja crescendo rapidamente, graças em parte ao NAFTA, firmado em 1994, outros países da América Latina e do Caribe também estão procurando aumentar sua presença nos mercados da América do Norte. Nesse sentido, os países caribenhos e centro-americanos garantiram importantes oportunidades de comércio quando o governo dos Estados Unidos aprovou a Lei de Parceria Comercial com a Bacia do Caribe (CBTPA), ou a nova CBI, em meados do ano. Entrementes, as negociações relativas a uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) avançam com firmeza e todos os nove Grupos Negociadores da ALCA prepararam esboços de seus respectivos capítulos, que virão a constituir o acordo de livre comércio final. O processo da ALCA, e a perspectiva de livre comércio em âmbito hemisférico, incentivaram vínculos comerciais crescentes entre empresas de todo o continente. Em 2000, o comércio entre os países das Américas cresceu cerca de 20% e, como nos anos anteriores, as exportações entre eles foram mais dinâmicas que as exportações totais do hemisfério, que cresceram 17% em relação a Progresso social A crise econômica de 1999 teve um impacto muito adverso sobre os mercados de trabalho da região, que em 2000 só foi corrigido em parte. Em 1999, o índice de desemprego na região como um todo atingiu 8,1%, o mais elevado dos anos 90 e igual ao verificado no auge da crise da dívida, nos anos 80. A América Latina e o Caribe em

14 Fluxos de capital (Em bilhões de US$) (e) Fluxos de capital Déficit na conta corrente ( = superávit) Variação nas reservas (+ = aumento) Fonte: FMI, World Economic Outlook, setembro de (e) Estimativas Em 2000, esse índice caiu apenas ligeiramente para 7,8%, acima ainda dos níveis registrados na maior parte dos anos 90. No Brasil, porém, a recuperação do crescimento econômico teve um forte impacto positivo no emprego, ao passo que na Argentina, Colômbia, Uruguai e Venezuela os índices de desemprego permaneceram acima de 12%, causando preocupação política e social. Em contraste, o México registrou índices de desemprego notavelmente baixos, da ordem de 2%, dando ensejo a temores de que a economia mostrasse superaquecimento. Durante toda a década de 1990, vários índices trabalhistas revelaram certas tendências perturbadoras. As taxas de desemprego foram muito mais sensíveis aos períodos de recessão que aos de rápido crescimento, levando a taxas cada vez mais altas. Além disso, em praticamente todos os países a proporção de trabalhadores na economia informal aumentou e a grande maioria deles carece de qualquer proteção social. Ademais, a diferença salarial entre os trabalhadores altamente qualificados e os desqualificados ampliou-se bastante, um fenômeno observado também em outros grupos de países, mesmo entre os desenvolvidos. O descompasso salarial não diminuiu em nenhum país da região desde 1997 e, em países como México, Argentina, Bolívia, Colômbia e Venezuela, cresceu consideravelmente. Devido a essa combinação de fatores, a desigualdade de renda permanece altíssima e em alguns países está até aumentando. Nos anos 90, a desigualdade de renda mantevese estável na Costa Rica, Colômbia e Chile, mas aumentou no México, Honduras, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Peru e Uruguai. Entrementes, a pobreza reduziu-se ligeiramente porque o crescimento econômico traduziu-se em aumentos de renda menos do que proporcionais para os pobres. Estima-se que entre 180 e 200 milhões de pessoas ainda vivem na pobreza na América Latina. Isso significa que a proporção da população que vive em pobreza está entre 37% e 40%, o que reflete uma redução de apenas três pontos porcentuais nos anos 90. O ligeiro decréscimo nas taxas de pobreza deveu-se ao progresso no Brasil, Chile, Costa Rica, Panamá e República Dominicana. No entanto, segundo os indicadores disponíveis até 1997, o México e a Venezuela apresentaram aumento. Como a maioria dos países da região carece de sistemas de proteção social adequados, as crises econômicas têm sido o principal obstáculo a uma redução da pobreza mais rápida e mais sustentável. O principal desafio agora está em traduzir as condições macroeconômicas estáveis em progresso no plano microeconômico. No entanto, há dois fatores que poderão restringir o impacto de políticas internas. Um é a capacidade limitada dessas políticas de afetar a rentabilidade da qualificação profissional da mão-de-obra, pois em sua maioria os países latino-americanos acham-se agora integrados à economia mundial, em que os ganhos do trabalho são determinados pela oferta e procura mundiais. Uma opção é diminuir o número de trabalhadores não qualificados que entram na força de trabalho, mediante políticas agressivas de educação. O outro fator limitativo do impacto de políticas internas é o fato de a acumulação de capital humano ter sido limitada para as gerações que estavam em idade escolar durante os anos de choques agregados negativos. Os choques inesperados e temporários causaram um impacto duradouro, pelo fato de limitar a produtividade dessas gerações e sua capacidade de auferir renda no futuro. 12

15 Os programas de redução da pobreza, como o Progresa, no México, que combinam transferências direcionadas de dinheiro com incentivos ao investimento em saúde e educação, são um dos instrumentos que os governos podem utilizar para enfrentar o problema. Preocupações quanto a políticas e a perspectiva econômica Para mais informações, ver A preocupação básica das autoridades econômicas na região é a instabilidade do ambiente econômico internacional. A inconstância do mercados de ações nos Estados Unidos faz-se sentir diariamente nas economias latino-americanas e caribenhas. O comportamento do mercado de ações na região tem sido dominado por flutuações nas ações de empresas de alta tecnologia e de informática que integram o índice NASDAQ. As flutuações da bolsa de valores e o agravamento do clima financeiro afetaram também o risco previsto para as economias latinoamericanas, através do custo da captação de recursos internacionais. As autoridades econômicas da região temem não só que esses indicadores de instabilidade venham a intensificar-se, mas também pior ainda que possam pressagiar uma desaceleração aguda e prolongada do crescimento econômico nos Estados Unidos, o que teria um sério impacto no desempenho econômico de toda a região. Nas circunstâncias atuais, a maioria dos países intensificou seus esforços para criar mecanismos de proteção contra mudanças no ambiente externo. Trataram de proteger e acumular reservas internacionais, reforçar a supervisão e as medidas preventivas no setor financeiro e manter a austeridade fiscal. As dificuldades macroeconômicas dos últimos anos convenceram também alguns países da necessidade de provisões institucionais para estabelecer sistemas de proteção fiscal e manter a disciplina fiscal. Argentina, Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela já aprovaram ou estão estudando leis de responsabilidade fiscal que impõem limites rigorosos ao déficit fiscal, coíbem o aumento da dívida pública e instituem controles sobre os gastos públicos em períodos eleitorais ou quando há sinais de uma situação insustentável do ponto de vista fiscal. Os países da região mantiveram durante o ano seu compromisso com a reforma estrutural e a modernização do Estado. Em 1999, devido à crise, os programas de privatização avançaram menos do que em anos anteriores, mal chegando a US$12 bilhões. Em 2000, estima-se que as receitas de privatização tenham sido substancialmente maiores, ainda que bem abaixo do recorde de US$42 bilhões registrado em A privatização não só prosseguiu em setores tradicionais, como telecomunicações e energia, como diversificou-se, alcançando áreas como ferrovias, portos, aeroportos, bancos e vários subsetores do setor petrolífero. Alguns países continuaram a avançar na correção dos quadros reguladores para esses setores e na adoção de sistemas para aumentar a concorrência. Em vista das políticas macroeconômicas e estruturais em vigor na América Latina e no Caribe, as taxas de crescimento em 2001 deverão permanecer semelhantes às de Essa previsão depende, naturalmente, da situação econômica internacional. A longo prazo, supondo-se um cenário externo favorável, a maioria dos países da região terá de adotar políticas adicionais para alcançar um crescimento mais rápido. A América Latina e o Caribe em

16 PARTE I O Banco em 2000 Panorama Durante o ano o Banco Interamericano de Desenvolvimento esteve novamente na vanguarda dos esforços de desenvolvimento na América Latina e no Caribe. Financiou importantes projetos nos setores econômicos e sociais e empreendeu iniciativas chaves para se tornar mais flexível e sensível, como instituição, às necessidades dos países da região. A essência do programa de empréstimos do Banco em 2000 continuou a ser seu compromisso inabalável com o crescimento econômico sustentável, a redução da pobreza e a eqüidade social. Para ajudar a proteger os segmentos mais vulneráveis da sociedade, o Banco ajudou os países mutuários a fazer amplos investimentos em áreas críticas como mitigação da pobreza nas cidades e no campo, redes de segurança social, água e saneamento, saúde e educação. O BID aprovou US$2,2 bilhões ou 42% dos empréstimos totais para investimentos direcionados para a pobreza e a eqüidade social. A Assembléia de Governadores, o órgão supremo do Banco, havia estipulado no Oitavo Aumento Geral de Recursos, em 1994, que nos anos seguintes os empréstimos para redução da pobreza e eqüidade social deveriam atingir 40% em termos de volume de recursos e 50% em termos do número de operações. 14

17 No período , 41,8% do volume dos empréstimos aprovados pelo Banco e 43,3% do número de projetos visaram a redução da pobreza e a eqüidade social, ultrapassando assim a meta em volume de dólares, embora não conseguisse atingi-la quanto ao número de operações. Contudo, 43% da carteira ativa de empréstimos do Banco, no valor de US$49 bilhões, estão voltados para os setores sociais o que torna o BID uma das instituições financeiras multilaterais mais dedicadas aos setores sociais. Os empréstimos do BID em 2000 totalizaram US$5,3 bilhões, uma queda considerável em relação ao nível de US$9,5 bilhões em O programa de empréstimos de emergência, uma iniciativa de um ano para salvaguardar a estabilidade, havia sido responsável por grande parte dos maiores níveis de empréstimos em Os desembolsos para a região totalizaram US$7,1 bilhões. Pelo sétimo ano consecutivo, o BID foi a principal fonte de crédito multilateral na América Latina e no Caribe, contribuindo para os esforços não só de aliviar a pobreza, como também de construir infra-estrutura, aumentar a produtividade, apoiar o setor privado e reformar as instituições. Conquanto o Banco seja um parceiro importante em todos os países membros mutuários, sua contribuição é fundamental para os países menores e menos desenvolvidos da região. Em 2000, 35% dos empréstimos do BID se destinaram a esses países, em sua maioria para programas sociais e de modernização do Estado, setores para os quais os recursos de investimento são escassos. Na área ambiental, o Banco financiou projetos destinados a proteger e preservar ecossistemas críticos e frágeis como as ilhas Galápagos, no Equador, e o Pantanal matogrossense. Um empréstimo ao Paraguai ajudará a implementar um moderno quadro jurídico e institucional de gestão ambiental. Outros empréstimos ambientais aprovados durante o ano visaram água e saneamento, turismo e reconstrução depois de desastres naturais. Os empréstimos para reforma e modernização do Estado tiveram alta prioridade em O Banco aprovou US$1,9 bilhão, ou 36% do total de empréstimos, para reforma e descentralização do setor público, reforma do setor fiscal e financeiro e programas de reforma do legislativo e do judiciário. Para incentivar a participação da sociedade civil no desenvolvimento, uma operação financiada pelo Banco no Chile estabelecerá mecanismos que fortaleçam alianças entre a sociedade civil e o Estado. Na área de infra-estrutura, o Banco destinou mais de US$860 milhões a projetos de transporte e energia, ou 16% do total de empréstimos no ano. A maior parte desses empréstimos promoverá a integração e o comércio entre os países, melhorando o transporte terrestre e dando aos produtores da região mais acesso a novos mercados. Em 2000 o Banco aprovou 11 empréstimos e duas garantias no valor de US$512 milhões para projetos de infra-estrutura do setor privado. Cada dólar investido pelo BID num desses projetos mobiliza mais cinco dólares em financiamentos de outras fontes, num montante total de US$3 bilhões de investimentos. O Banco aprovou ainda sua primeira garantia de crédito, uma operação de US$75 milhões em apoio a uma emissão de obrigações para financiar a melhoria de uma rodovia com pedágio no Chile. Durante o ano, os empréstimos para energia vieram da carteira do setor privado do Banco. Essas operações financiarão projetos privados de geração e transmissão de eletricidade em vários países, bem como o primeiro projeto de construção de um gasoduto privado na região. Nos setores produtivos, o Banco aprovou US$621 milhões, ou 12% da carteira de 2000, para sete projetos em agricultura, três em ciência e tecnologia, um em turismo, um em crédito multissetorial e um em pré-investimento. Na área agrícola deu-se atenção especial a promover uma agricultura competitiva integrada com desenvolvimento rural e redução da pobreza. O Banco financiou 356 operações de cooperação técnica, num total de US$66,7 milhões. A cooperação técnica por país respondeu por US$46 milhões e a regional por US$ 20,7 milhões. Um total de 40% da cooperação técnica destinou-se aos setores sociais e o restante coube à modernização do Estado e aos setores produtivo e de infra-estrutura. O Banco em

18 Em 1999 foi nomeado um grupo de trabalho conjunto da Diretoria Executiva e da administração para formular uma estratégia que se tornasse um instrumento chave para aumentar a eficácia geral do Banco no cumprimento de suas missões e prioridades, em vista das muitas mudanças enfrentadas pela região. A estratégia é um refinamento do trabalho do Banco consistente com os mandatos do Oitavo Aumento de Recursos. Destaca a necessidade de concentração nas atividades em que o Banco tem uma vantagem comparativa sobre outras instituições multilaterais, como reforma do setor social, modernização do Estado, competitividade e integração econômica, como o meio mais eficaz de procurar alcançar os objetivos fundamentais de crescimento econômico sustentável, redução da pobreza e aumento da eqüidade social. A estratégia proporcionou orientação institucional e recomendou uma ênfase mais concentrada em várias áreas, como estratégias setoriais, programação por país, diálogo sobre políticas, instrumentos de crédito, retroalimentação e avaliação, assistência técnica e recursos humanos. Em 2000 foram tomadas diversas medidas para cumprir as recomendações, como uma revisão de prioridades e de desempenho, mais diálogo quanto à programação regional e por país e o lançamento de novos instrumentos de crédito. A Diretoria Executiva aprovou em 2000 uma reformulação do sistema de avaliação do Banco, que incluiu a criação de um novo Escritório de Avaliação e Supervisão (OVE), subordinado diretamente à Diretoria Executiva. O OVE atuará em cinco áreas básicas: (a) supervisão do Sistema de Avaliação do Banco (BES); (b) avaliação da programação de país; (c) formação de capacidade de avaliação; (d) avaliação de estratégia: e (e) avaliação de políticas. A Diretoria Executiva aprovou cinco documentos sobre estratégias setoriais, cobrindo as áreas de energia, treinamento profissional e técnico, educação primária e secundária, desenvolvimento agrícola e ciência e tecnologia. Continuou durante o ano o progresso no acompanhamento de projetos e no sistema de administração da carteira, que é a- tualmente um componente essencial do programa de desenvolvimento do Banco, mais focalizado em resultados. As informações sobre projetos em andamento e completados proporcionam informação direta aos Comitês de Programação e Empréstimos da Administração, quando estes examinam novas operações. O Relatório Anual sobre Projetos em Execução concluiu que no fim de 1999 a carteira do Banco estava tendo bom desempenho 90% dos projetos estavam a caminho de alcançar seus objetivos de desenvolvimento. Paralelamente, a administração está criando um sistema de indicadores objetivos para identificar projetos em risco antes que seus problemas realmente ameacem o sucesso das operações. Durante o ano, o Banco expandiu suas opções de financiamento de projetos para responder mais eficaz e rapidamente às mudanças nas necessidades dos países membros mutuários na América Latina e no Caribe. Esses novos instrumentos flexíveis de crédito são parte essencial da estratégia do Banco de melhorar a capacidade de resposta, racionalizar esforços e delegar mais autoridade (ver Quadro 1). Eles fortalecerão de modo acentuado a capacidade do BID de permanecer engajado nos setores e questões centrais e continuar a fornecer assistência fundamental aos países membros. O Banco tomou em 2000 várias medidas para promover iniciativas de transparência e anti-corrupção, inclusive patrocinando uma conferência de dois dias, Transparência e Desenvolvimento na América Latina e no Caribe. O temário incluiu a integridade em processos de aquisições públicas, o papel dos bancos na prevenção da lavagem de dinheiro e a implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção (ver Quadro 2). O Banco manteve o apoio às reuniões do grupo consultivo para fortalecer a cooperação da comunidade doadora internacional com os países da América Central atingidos pelo furacão Mitch. Como complemento à reunião do Grupo Consultivo para Reconstrução e Transformação da América Central, realizada em Estocolmo em 1999, foram organizadas reuniões adicionais para Honduras e Nicarágua. Em ambas as ocasiões, a comunidade internacional reafirmou seu apoio de- 16

19 cidido aos planos nacionais para reconstruir e transformar as economias desses países. Foram também feitas consultas referentes à Costa Rica e El Salvador. Além disso, o Banco organizou o Grupo Consultivo dos Amigos de Belize para coordenar a ajuda internacional em função do furacão Keith. A criação do Grupo Interdepartamental sobre Participação da Sociedade Civil fez com que durante todo o ano se trabalhasse num quadro estratégico para a participação da sociedade civil nas atividades do Banco. O perfil do quadro estratégico foi submetido a representantes da sociedade civil, através da Internet e outros meios. A uma reunião realizada na República Dominicana compareceram 40 representantes de organizações da sociedade civil em 18 países. Participaram também o presidente e a vice-presidente executiva do BID. Como medida preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Outras Formas de Intolerância, em 2001, o Banco aprovou um projeto de cooperação técnica regional que está estudando o custo da exclusão social devido a raça ou ascendência étnica (ver Quadro 3). O BID está também assumindo outras iniciativas nessa área, inclusive com atividades de divulgação para conscientizar o pessoal do Banco e promover a diversidade na contratação de funcionários e as pesquisas nesse campo. O Banco continuou também a aproximar-se do movimento sindical na região. O BID e a Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT) criaram o Grupo de Trabalho de Alto Nível BID/ORIT, presidido pela vice-presidente do Banco, para examinar questões de interesse mútuo, como promoção de normas de trabalho, capacitação profissional, pesquisa sobre os efeitos da globalização e o financiamento conjunto de uma campanha para reduzir o trabalho infantil na região. O co-financiamento de projetos do BID com parceiros multilaterais e bilaterais totalizou US$1,9 bilhão. Na área financeira, a captação de recursos nos mercados mundiais totalizou o equivalente a US$8,1 bilhões. As principais agências de classificação de crédito concederam ao Banco a classificação AAA, como tem ocorrido desde que ele foi fundado. Isso pode ser atribuído à solidez do apoio de seus acionistas, de seus coeficientes financeiros e à prudência de suas políticas. O Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) é um fundo autônomo administrado pelo Banco. Em parceria com governos, organizações comerciais e ONGs, o Fumin oferece uma combinação de cooperações técnicas não reembolsáveis e investimentos para apoiar reformas de mercados, ajudar a formar as aptidões e os padrões de qualificação da força de trabalho e ampliar a participação econômica de pequenas empresas. Durante 2000, o Fumin aprovou 78 projetos, no montante de US$115 milhões. Desse total, US$10 milhões destinaram-se a um fundo contingente especial, criado com o fim de contribuir para a recuperação econômica de microempresas após desastres naturais. Em 2000, a Corporação Interamericana de Investimentos (CII) aprovou transações em oito países, além de três operações regionais, num total de US$143 milhões. Afiliada autônoma do BID, a CII promove a criação, a expansão e a modernização de pequenas e médias empresas na região. Internamente, foi preparada uma Estratégia de Recursos Humanos, visando promover um ambiente de justiça, transparência e rigor que remunere a excelência e o envolvimento por parte do pessoal do Banco. Assembléia de Governadores O órgão supremo do Banco é a Assembléia de Governadores, em que cada país membro está representado. Os Governadores são em geral ministros das Finanças, presidentes de Bancos Centrais ou autoridades de hierarquia semelhante em seus respectivos países. A 41 a Reunião Anual da Assembléia de Governadores realizou-se em Nova Orleans, de 27 a 29 de março de Durante a reunião, a Assembléia de Governadores aprovou as demonstrações financeiras de 1999 referentes ao Capital Ordinário (CO), ao Fundo para Operações Especiais (FOE) e ao Mecanismo de Financiamento Intermediário (MFI). A Assembléia consignou ao MFI um total de US$66,5 milhões em moedas conversíveis do FOE. O Banco em

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