Anexo 2.4- Entrevista G1.4

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Anexo 2.4- Entrevista G1.4"

Transcrição

1 Entrevista G1.4 Entrevistado: E1.4 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 38 anos Feminino Cabo-verde/Guiné-Bissau 19 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : 12º ano Não Língua materna: Outras línguas: Agregado familiar em Portugal: Profissão: Observações: Crioulo da Guiné Bissau Português Filhos e marido Aux. Centro de dia de idosos E: você nasceu onde? E1.4: na guiné. E: na guiné E1.4: Sou guineense de origem cabo-verdiana E: ah. Ok. ã: então fala crioulo de cabo-verde, crioulo da guiné E1.4: da guiné, sim, mas falo mais-- falo português (sim) e-- falo mais crioulo da guiné E: fala mais crioulo da guiné E1.4: sim E: ok. E1.4: *** 1

2 E: ok. então eu começar com as perguntinhas, não é nada de complicado. Algumas até já me foi respondendo. Há quanto tempo é que vive em Portugal? E1.4: há-- noventa e cinco para noventa e-- noventa e quatro pa-- é dezassete não é E: é mais ou m-- E1.4: é dezassete anos, eu acho E: sim, e: fale-me um bocadinho como é que aconteceu, porque é que qui vir para Portugal, porquê Portugal, porque é que decidiu imigrar-- E1.4: é assim, eu não saí para imigrar, infelizmente (hum) vou dizer infelizmente porque, não é de não gostar, é porque a minha mãe morreu (sim) sou primeira filha, sou eu e a minha irmãzinha-- a minha mãe piora-- tava doente com cancro (hum) ã: evacuaram para aqui depois morreu, eu era a primeira filha tive que vir para o funeral da minha mãe com ** anos (sim) deixei o meu filho que era [nome do filho de E1.4] dois meses, vim para cá, fiz funeral do meu-- da minha mãe (hum) e de-- E: ela já estava cá em Portugal? E1.4: já estava E: ela vivia cá m Portugal? E1.4: já vivia aqui E: ah, ok E1.4: mais de-- volta de sete anos (hum) E: e você veio e acabou por ficar E1.4: acabei por ficar. Fiz funeral da minha mãe, era para voltar vi que já estava cá na terra, gostei, *** do país, que já não tinha mãe, para voltar atrás fazer o quê? E: e na altura viva onde? Vivia na guiné ou vivia em cabo-verde? E1.4: na guiné, vivia na guiné, terra da minha mãe, hum. a minha mãe saiu da guiné para aqui (hum) e depois decidi ficar, mandei buscar primeiro a minha irmã, vim porque sou só-- na minha irmã E: que é mais nova? E1.4: mais nova (hum) tem trinta e dois anos, é mais nova do que eu sete anos (hum) mandei trazer a minha irmã, depois que eu mandei trazer o [nome do filho de E1.4] depois de doze anos, que eu deixei o [nome do filho de E1.4:] dois meses, conheci o meu filho depois com doze anos E: é complicado 2

3 E1.4: pois, é um bocado complicado. E a minha adaptação aqui, quando eu cheguei foi difícil, ã: o sítio de eu morar E: arranjar-- E1.4: arranjar lugar para morar, porque a pessoa que ia buscar ao aeroporto não foi (hum) tive que apanhar táxi, através da minha morada da minha mãe eu descobri a casada minha mãe E: onde ela vivia quando cá estava E1.4: vivia quando já estava, é quando estava, ainda eu fiquei lá, fui ter com uma que era-- uma amiga a minha mãe, que a minha mãe era como filho dela (hum) um mês, dois meses, meteu-me fora de casa. e entretanto meteu-me fora de casa, na altura noventa e cinco, não conhecia ninguém, noventa e quatro noventa e cinco-- E: e já trabalhava, nessa altura? E1.4: não, ainda não estava a trabalhar nem tinha documento nem nada E: ainda era novinha, também E1.4: novinha. Eu não tinha nem mala, nem um saco, meteu-me com uma bolsa na rua. Lembrei que eu tava a passar no [nome do local] (E: sim) saí de lá a chorar, era no inverno, mês de janeiro, na altura, até caia neve um bocado. Saí de lá, encontrei um africanos depois na obra, e perguntei ao senhor se eu podia a minha mala ali que depois eu ia lá buscar, depois fiquei-- o senhor disse que sim. Então andei a pé de tomar da amoreira lá em cima até à roja onde é que eu tenho uma amiga o nome dela é [nome da amiga] que eu posso-- E: a quem pediu ajuda E1.4: sim. Que eu pedi ajuda. Fiquei lá dois dias fui buscar a minha mala depois na obra. A partir daí comecei a procurar uma prima minha, que mora em linha de Sintra (hum) depois coisa de um mês encontrei ela e vim para a linha de Sintra até hoje. Que era em Queluz (hum) E: entretanto conseguiu finalmente arranjar //casa, trabalho\ E1.4: /é, arranjar\\ lá com ela, primeiro comecei a trabalhar com documento dela, nome dela, depois consegui o meu documento, tive que fazer assim (hum) na altura até era a [nome do local de trabalho], trabalhei na [nome do local de trabalho], foi na [nome do local de trabalho] que depois fui para *** (hum) porque só tinha medo de descobriram que o documento não era meu E: claro, porque ainda não tinha documentos E1.4: não tinha documento, até chamavam-se [nome da prima de E1.4], nome da minha prima, eu não respondia (E: não estava habituada) só quando dava conta é que eu virava porque tinha que trabalhar para mandar dinheiro porque deixei um bebé de dois meses (E: claro) e eu andei-- tava com a minha prima tive que pagar um quarto, alugámos uma casa, ela pagava um 3

4 quarto eu pagava um outro, a gene dividia tudo, água, luz, tudo (E: claro) e a partir daí que eu comecei a estabilizar e conheci o meu marido até hoje (hum) E: já cá em Portugal? E1.4: já aqui em Portugal que eu conheci ele, pai do meu segundo filho que já tem quinze anos (hum) aí depois quando conheci ele, quando decidi mudar de casa com a minha prima, ela foi procurar uma casa maior para ela e eu também (hum) porque ela já tinha o parceiro eu também, e fui juntar com o meu namorado que é-- que tenho agora que é o meu marido E: organizou a sua vida E1.4: é, a vida. Até agora estou com ele E: então os principais desafios quando chegou cá, foi arranjar sítio para morar (E1.4: é) e arranjar trabalho, documentos E1.4: arranjar trabalho, e documentos, é principal. E do resto não tenho razão de queixa de Portugal. e já tenho nacionalidade bastante: tempo E: a nacionalidade portuguesa E1.4: já tenho, o *** já tem bastantes anos, não tenho razão de queixa, podia imigrar muito mais cedo, mas não, porque é assim, eu gosto mesmo de estar aqui E: gosta? E1.4: gosto E: sente-se integrada cá em Portugal? E1.4: sim se-- sinto e-- E: apesar dos desafios inicialmente E1.4: não, não troco Portugal por nenhum parte da europa (hum) agora tirei férias duas semanas, duas semanas de férias para Barcelona (hum) não gostei (E: não?) vou-- vou à europa, vou passear, não gostei. Todo o ano vou para a guiné fazer um mês, vou nas minhas férias também vou lá fazer um mês, e volto, e entretanto não troco a europa, para:-- para Portugal (hum) nenhum parte da europa por Portugal, não vou mesmo, só se no caso de não poder mesmo nada de comer aos meus filhos ã: isso-- E: como quando tem que deixar a sua terra, não é E1.4: a minha terra E: também não teria deixado, talvez E1.4: e no momento também, como que a minha terra está, que é Guiné-Bissau (hum) como está, não está ã: 4

5 E: não está bom para voltar E1.4: bom ainda para voltar, não tem estabilidade ainda política E: gostava de voltar? E1.4: gosto. e vou voltar um dia E: voltar para viver, para ficar, mesmo E1.4: para ficar sim E: sem ser só de férias E1.4: só de férias não, estou a pensar mais tarde voltar, ficar aqui não. porque é assim, ainda não tem estabilidade ã: E: mas quando tiver um dia E1.4: quando tiver eu vou voltar porque ã: E: tem lá família, tem lá-- E1.4: exatamente. Tenho lá primas, e tudo, e é assim, eu vou lá e sempre peço no meu trabalho para me dar um mês de férias, vinte e dois dias, quando tive a trabalhar n a *** para eu poder ir lá tentar organizar aos bocados a minha vida (hum) eu não digo que eu vou logo ao princípio ficar lá, não, vou vendo, vou vendo até E: a ver se a coisa funciona E1.4: é isso se funciona (hum) e em princípio estou a pensar ir em fevereiro, porque estou mesmo-- estou para ir agora para a guiné (hum) porque tenho lá terreno estou a pensar fazer uma casota (E: muito bem) estou a pensar fazer uma casinha. Se eu conseguir fazer uma casinha, assim já venho quando quero, tenho uma casa de férias e vou e venho E: //pode usar quando vai de férias e mais tarde--\ E1.4: / mas também quando eu decidir\\ se eu acho já que estou cansada daqui ou já não quero E: //faz-lhe falta qualquer coisa para onde ir\ E1.4: /é isso\\ vou para lá. Ou, se decidir, férias, ou se é de férias e vou para lá. Mas o momento ainda-- ir e ficar para a guiné, ainda não, por causa dos meus filhos (hum) é, porque tenho dois filhos e: E: pronto, então pelo que me está a dizer você continua a manter a ligação à sua terra e continua a fazer questão de ir e manter a ligação se calhar //com a família, com a cultura--\ 140 E1.4: /com a família, sim\\ 5

6 E: ã:, a religião não sei se será a mesma-- faz sentido para si? Porque é que faz sentido? E1.4: faz faz faz E: e estando cá em Portugal faz falta ã: E1.4: ah sempre, sempre. Porque é diferente, ã: Portugal não tem nada a ver com a Guiné- Bissau, parece que não, essa correria que a gente-- vida que a gente tem aqui lá não E: modos de vida diferentes E1.4: é por isso que eu estou a fazer uma casinha para sentir um paz, arranjar um sítio de um paz, se bem que também é a minha terra onde é que eu nasci, é tipo quando a gente se afasta da nossa: mãe (hum) sentir falta daquela: E: às vezes é preciso mas fica a faltar qualquer coisa E1.4: falta de qualquer coisa, é isso! Então quando estou cansada até as minhas férias para eu sentir mesmo, preciso de ir lá. Porque agora fui a Barcelona duas semanas, se me perguntar se eu descansei, descansei sim, mas se calhar n-- E: não é a mesma coisa que ter ido--? E1.4: como lá na guiné? Não, não é a mesma coisa. Falta da comida, falta daquela cultura, daquela-- pessoas também, ambiente, que não é como aqui E: é muito engraçado E1.4: isso tudo faz falta E: faz bem voltar? E1.4: faz! Faz. E: pronto. E em relação à língua? Quando chegou cá a Portugal, já sabia falar português? E1.4: já, já, porque estudei, estudei lá, saí de lá com o nono completo, décimo primeiro incompleto. Tive que fazer aqui cozinha-- curso de cozinha e pastelaria para ter o décimo segundo ano, aqui em Portugal que eu terminei, mas fiquei dois módulos na pastelaria (hum) porque não terminei o décimo segundo, fiz três anos E: estudou aqui na-- já foi a escola regular, aqui em Portugal? apesar de ser um curso estudou em português, não é? E1.4: em português, em português, sim. Mas é assim, português eu falo mas t-- sempre-- nunca fui uma boa aluna em português, verbos principalmente. Estou aqui há muitos anos até o meu filho pequeno me diz assim mãe estás aqui há tantos anos até agora não sabes falar português pois claro é verbo e-- E: *** 6

7 E1.4: algumas coisas misturo ainda com o crioulo, isso não sai, já há anos-- E: porque a maneira de pensar, é o crioulo? E1.4: é, de pensar E: na cabeça está primeiro o crioulo e depois E1.4: é sim. Estou aqui tantos anos e m-- muitas vezes então quando estou em casa com os meus filhos não falo português E: não sai? E1.4: não, não falo português, só falo crioulo com eles. E eles respondem-me em português E: falam português-- falam crioulo também? E1.4: o [nome do filho mais velho de E1.4] não o [nome do filho mais velho de E1.4] chegou com doze anos, proibiram na escola de falar crioulo, por causa de-- escrevia mal e tudo (hum) deixou de falar crioulo (E: e agora não fala) ainda sabe, agora ele ouve mas não sabe falar E: mas percebe mas não fala E1.4: percebe mas n-- não sabe falar, agora. Ao contrário, o pequeno que nasceu aqui, o [nome do filho mais novo de E1.4] (E: o mais pequeno) percebe, fala algumas coisas E: //e tem-- sente que ele gosta de falar?\ E1.4: /algumas coisas ele sabe, porque ele gosta\\ E: sente que ele tem orgulho em falar? E1.4: em falar, é, o pequeno, é (hum) e gosta mais da comida de lá do que o [nome do filho mais velho de E1.4] que nasceu lá E: é engraçado E1.4: o [nome do filho mais velho de E1.4] se cozinhar comida de lá, ele não gosta, não come. Não-- e é isso que me faz imenso confusão porque ele nasceu lá, saiu de lá com doze anos E: um bocadinho contraditório, não E1.4: o pequeno que não conhece, gosta, e ele ainda nunca foi lá, estou à espera de ter dezoito anos para levar, quando perceber já as coisas (hum) porque é difícil neste momento levar lá, porque ele pode chegar-- E: acha que é da-- da língua e da comida e da cultura que ele tenta aproximar-se um bocadinho da terra onde, onde não foi mas que de alguma forma é as raízes dele na mesma? E1.4: [:] 7

8 E: será que-- E1.4: quê? Do pequeno? [nome do filho mais velho de E1.4] ou de [nome do filho mais novo de E1.4]? E: o mais pequenino. Você diz que parece que está mais próximo E1.4: mas é! Porque eu não sei, até ele fala crioulo cabo-verdiano, porque ele às vezes escreve música com os amigos (sim) para meter no facebook, escreve e põe crioulo cabo-verdiano. Eu digo-- E: está à vontade com a língua? E1.4: à vontade com a língua, cabo-verdiana. Eu fico admirada. Eu diz assim eu sou guineense, o teu pai é guineense, etnia balante, eu nunca falei aqui crioulo cabo-verdiano, contigo -- E: aprende com os colegas, também? E1.4: é. E tem que falar crioulo-- porque o crioulo cabo-verdiano (E: é ligeiramente diferente) é diferente (hum) o crioulo de cabo-verde com o da guiné, cabo-verde é mais portuguesado, então ele fala mais porteguesado E: se calhar tem essa semelhança E1.4: tem essa semelhança que-- é. Sabe falar crioulo mas não é crioulo mesmo da guiné, tipo de cabo-verde, mas ele fala (hum). enquanto que o [nome do filho mais velho de E1.4] agora, nem duas palavras ou três em crioulo, não consegue falar E: mas percebe tudo, em princípio E1.4: na mas percebe tudo, porque eu não falo em português com ele, só em crioulo. Eu falo crioulo eles respondem-me em português E: faz questão de falar em crioulo, você? E1.4: sempre E: faz questão E1.4: não posso, tem que ter-- E: faz mais sentido para si falar em crioulo? E1.4: tem que ser porque é assim, hoje estou aqui eles estão aqui, não sei amanhã. Imagina um dia, o [nome do filho mais velho de E1.4] foi para Inglaterra, imagina voltar um dia, acabar os estudos, decidir voltar para a guiné, vão saber origem dos pais (hum) para ser primeiro ministro ou qualquer coisa ou um presidente E: têm que saber a língua-- 8

9 E1.4: a língua dos-- a sua origem vem de onde? (hum) e é por isso que eu tento, no minimamente os meus filhos para conhecerem a cultura de lá. Tirando isso, um dia, se eles decidiram ir passar férias para não passarem mal. Porque é assim, hã algumas coisas que: que não aceitam. Quando chegam lá na guiné, pode-se falar português, uma criança vão aceitar muito bem, um adulto, tipo eu (E: não é acei--) tipo o [nome do filho mais velho], voltou aqui, não sabe falar crioulo, as pessoas não aceitam muito bem. não aceitam muito bem. é por isso que eu faço questão para eles, falar crioulo com eles que é para eles perceberem E: é engraçado E1.4: engraça-- é. Para eles perceberem um dia mais tarde para não sofrerem com eles-- E: para não se sentirem fora da terra, não é? E1.4: fora da terra e para não sofrerem com isso E: apesar de não terem crescido lá também são um bocadinho de lá E1.4: é. De lá. Tem que ser. Um dia se eles querem voltar lá como é que é? Porque a gente não sabe E: é engraçado essa reação das pessoas. É um bocadinho como quando chega aqui-- E1.4: o [nome do filho mais velho de E1.4] nasceu na guiné, veio aqui estudou aqui, não terminou o décimo segundo, agora está na Ingraterra, não sei a vida dele E: mas E1.4: se um dia, pode passar para os estados unidos, não sei, E: mesmo que não queira voltar são um bocado as raízes não é E1.4: é isso, por isso ã: falei em crioulo e expliquei as coisas como que lá é. porque às vezes não aceitam as coisas muito bem. se eu chegar agora, tipo no aeroporto, alguém falar crioulo comigo, mais velho, (hum) uma pessoa mais velha falar crioulo comigo eu responder em português (E: fica ofendida?) ficam ofendida. Se falar crioulo comigo eu tenho que responder crioulo. Se falar português tenho que responder português. (hum) é assim E: ok E1.4: se falar a língua de etnia de lá, eu tenho em crioulo olhe desculpa mas não sei e toda a gente a gente trata de tia tia, desculpa, não sei (E: sim sim) é o respeito. Para a pessoa não levar mal, não levar magoado E: porque às vezes pode acontecer a pessoa estar tantos anos fora e não-- (E1.4: é isso) poder não ter mas você faz questão de ir continuando a falar e de: E1.4: falar sim E: praticar 9

10 E1.4: eu quando chego lá não falo português, só crioulo. (hum) só crioulo E: ok. e dificuldades com o português? Foi-- no inicio-- E1.4: sempre sempre E: já foi *** E1.4: desde a escola primária, desde a escola primária até aqui, sempre que-- é assim, falar tenho dificuldades, escrever não (hum) até aqui, a minha professora do português disse [nome de E1.4,] escreve português tão bem e a falar, se calhar é a minha maneira de falar, meu modo de falar, porque eu falo tão rápido, às vezes não paro para pensar. Os verbos e -- E: tem a ver com o pensar, se está a pensar em crioulo, estando a escrever tem mais tempo para pensar e traduzir para o português E1.4: é isso. escrever não tenho erros, para falar tenho mais E: é mais instantâneo E1.4: tenho mais erro a falar do que escrever E: é, acontece com muita gente. Pronto, já me disse que fala-- continua a falar crioulo (E1.4: sim) ã: os hábitos portugueses? [pequena interrupção] E: conhece os hábitos portugueses? está cá (E1.4: sim) conhece, gosta de conhecer, ou-- E1.4: eu gosto E: ou é imposto pela sociedade, não sei E1.4: não não E: o que é que sente em relação a isso? E1.4; eu ã: nunca senti-- como é que eu posso dizer ã: nunca senti mal aqui [:] com as pessoas, com os portugueses *** E: as pessoas acolhem-na bem E1.4: acolham-me bem (E: ***) nem no trabalho, primeira vez que eu senti mal tratada, trabalho me chamaram de nome-- coiso, é aqui no [nome do local de trabalho] que eu já trabalhei aqui há anos com a sua mãe (hum) por causa de recibo verde fui embora voltei outra vez, mas na altura nunca senti isto em nenhum trabalho, só uma senhora que me chamou de macaca, aqui, [há] pouco tempo (hum) neste ano-- desde que eu estou aqui noventa e quatro até dois mil e catorze-- E: nunca teve assim situações-- 10

11 E1.4: nunca. Só agora dois mil e catorze chamaram-me macaca, aquilo me caiu mal (E: obviamente) mas também deve ser a idade, a cabeça da pessoa, ou é da pessoa que não-- não aceita bem os outros E: são situações pontuais E1.4: pontuais, é. E: não é constante E1.4: é. Não é difamar porque: a pessoa não imigrou nunca (E: pois) pessoas que não imigram, a idade, é diferente (E: ok) sim, isso eu não levo mal nunca E: ã: eu só preci-- só, a última pergunta, está cá em Portugal há bastantes anos, já me disse que continua a fazer questão de manter as suas origens e de ir-- de ir à sua terra, mas já se sente um bocadinho portuguesa também? E1.4: sempre E: sim? E1.4: sempre. Porque eu aqui sinto em minha casa. é por isso que eu comprei casa aqui (hum) antes de fazer lá na guiné. Primeiro comprei aqui. Porque sinto já português. Porque ã: vou dizer, se me der a escolher entre aqui e a Guiné-Bissau nesse momento é aqui, porque lá eu vou nas férias sinto-me bem, mas algumas coisas já não consigo aceitar tão bem como que eu aceitava. Porque-- E: há um choque qualquer E1.4: há. São as culturas que são diferentes, são diferentes que já não aceito-- que existe lá que já não aceito E: a sua mudou //de alguma forma\ E1.4: /é diferente, mudou\\ sim senhora. As coisas que já-- percebo melhor, de um homem casar três mulheres, antigamente aquilo não fazia-me confusão, agora que eu vim para aqui para mim é um confusão que eu não vou aceitar isso nunca. Mas lá existe por causa das etnias (hum) essas coias ã: das meninas, que fazem aquela circuncisão (E: sim) antigamente aquilo não me fazia confusão, agora já não. que eu não fui dessa etnia, não foi-- E: agora faz-lhe confusão E1.4: graças a deus que na minha família isso não existe E: não aconteceu? E1.4: não aconteceu. Agora faz confusão quando chego lá, vejo ainda pessoas a falar disso e t-- E: com naturalidade? 11

12 E1.4: com naturalidade e aquilo ainda me faz confusão E: então sente que mudou enquanto pessoa? E1.4: ah mudei muito, mudei muito, mudei. E tanto mudei, na minha visão sinto-me mais portuguesa. Não é que vou dizer que não sou guineense, sou guineense até morrer E: não há uma competição entre nacionalidades //não é, é uma questão de mentalidade\ E1.4: /é isso. Eu já disse aos meus filhos\\ quando-- quando eles terminaram de crescer que eu vou-me embora, estou a pensar fazer isso (hum) mas isso não quer dizer que vou ficar lá de vez que não venho aqui, vou e venho sempre E: mesmo quando voltar? E1.4: sim, a minha vida agora sempre-- as minhas férias-- se ficar as minhas férias sempre vai estar aqui. Eu nunca mais vou deixar lisboa E: tem uma ligação E1.4: ligação. Daqui de Portugal nunca ã: eu agora a minha vida está entre Guiné-Bissau e Portugal (hum) sinto-me portuguesa e sinto-me guineense. Sinto-me guineense primeiramente ne (E: claro claro) depois portuguesa, e sinto-me mesmo-- E: identifica-se com-- com Portugal, e com os costumes E1.4: exato. é por isso que eu imigrei. Com-- com todas as dificuldades que eu vou dizer que-- E: acha que valeu a pena? E1.4: *** bateu à porta, *** eu podia ir embora, não. o meu filho foi, o [nome do filho mais velho de E1.4], eu fiquei, e não vou trocar nenhum país para a europa com Portugal, só se-- E: enquanto conseguir não é? E1.4: enquanto eu conseguir (hum) só ******** sinto-me portuguesa (E: boa) ou uma ã: pretuguesa como costumo dizer (E: é?) pretuguesa (riso) digo mesmo assim

Aexo 3 Dados das entrevistas do grupo 1

Aexo 3 Dados das entrevistas do grupo 1 Aexo 3 Dados das entrevistas do grupo 1 Grupo I Informantes idade Sexo profissão Escolarida de Tempo de imigração em Portugal Língua materna E1.1 51 anos Masc. -- 6ª classe 40 anos Crioulo cv E1.2 53 anos

Leia mais

Anexo 2.2- Entrevista G1.2

Anexo 2.2- Entrevista G1.2 Entrevistado: E1.2 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 53 anos Masculino Cabo-Verde 40 anos em Portugal: Escolaridade: 4ª classe Imigrações prévias : -- Língua materna: Outras línguas: Agregado

Leia mais

Anexo 2.3- Entrevista G1.3

Anexo 2.3- Entrevista G1.3 Entrevista G1.3 Entrevistado: E1.3 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 44 anos Masculino Cabo-verde (nasceu em São Tomé) 20 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : 4ª classe

Leia mais

Anexo Entrevista G2.5

Anexo Entrevista G2.5 Entrevista G2.4 Entrevistado: E2.5 Idade: 38 anos Sexo: País de origem: Tempo de permanência em Portugal: Feminino Ucrânia 13 anos Escolaridade: Imigrações prévias: --- Ensino superior (professora) Língua

Leia mais

Anexo Entrevista G1.5

Anexo Entrevista G1.5 Entrevista G1.5 Entrevistado: E1.5 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 50 anos Masculino Cabo-verde 24 anos em Portugal: Escolaridade: 4ª classe Imigrações prévias: -- crioulo Língua materna:

Leia mais

Anexo Entrevista G2.1

Anexo Entrevista G2.1 Entrevista G2.1 Entrevistado: E2.1 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência e 42 anos Masculino Ucrânia 13 anos m Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias: 12º ano Não Língua materna: Ucraniano

Leia mais

Anexo 2.7-Entrevista G2.2

Anexo 2.7-Entrevista G2.2 Entrevista G2.2 Entrevistado: E2.2 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 62 anos Feminino Ucrânia 15 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias: Ensino superior (engenharia) Não Língua

Leia mais

Anexo 4- Dados das entrevistas do Grupo II

Anexo 4- Dados das entrevistas do Grupo II Anexo 4- Dados das entrevistas do Grupo II Grupo II Informantes idade Sexo profissão escolaridade Tempo de imigração em Portugal Língua materna E2.1 42 Masc. Jardineiro 12º 12 anos Ucraniano E2.2 62 Fem.

Leia mais

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Identificação. M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação M09 Duração da entrevista 29:38 Data da entrevista 23-2-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (58) Local de nascimento/residência

Leia mais

Identificação. ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência

Identificação. ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Identificação ML01 Duração da entrevista 21:39 Data da entrevista 4-8-2012 Ano de nascimento (Idade) 1953 (59) Local de nascimento/residência

Leia mais

INQ E depois a viagem, tem algum pormenor assim que se lembre que seja importante contar?

INQ E depois a viagem, tem algum pormenor assim que se lembre que seja importante contar? Transcrição da entrevista: Informante: nº8 Célula: 3 Data da gravação: Julho de 2009 Geração: 1ª Idade: 56 Sexo: Feminino Tempo de gravação: 14.44 minutos INQ Como é que surgiu a decisão de ter emigrado

Leia mais

ANÁLISE DE CONTEÚDO DE ENTREVISTAS E DE REGISTOS DE OBSERVAÇÃO DIRECTA

ANÁLISE DE CONTEÚDO DE ENTREVISTAS E DE REGISTOS DE OBSERVAÇÃO DIRECTA ANÁLISE DE CONTEÚDO DE ENTREVISTAS E DE REGISTOS DE OBSERVAÇÃO DIRECTA Caracterização dos Participantes Nome Sexo Identificação Entrevista A F 1 Nasceu em Cabo Verde a 18 de Setembro de 1953. Tem 56 anos.

Leia mais

Protocolo da Entrevista a Anália

Protocolo da Entrevista a Anália Protocolo da Entrevista a Anália 1 Pedia-lhe que me contasse o que lhe aconteceu de importante desde que acabou a licenciatura até agora. Então, eu acabei o 4.º ano da licenciatura e tinha o 5.º ano que

Leia mais

Identificação Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência FL07:

Identificação Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência FL07: 1 Identificação FL07 Duração da entrevista 25:20 Data da entrevista 7-10-2012 Ano de Nascimento (Idade) 1974 (38) Local de nascimento/residência Lisboa/Lisboa Grau de escolaridade mais elevado Licenciatura

Leia mais

Identificação Duração da entrevista 25:57 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1968 (43) Local de nascimento/residência

Identificação Duração da entrevista 25:57 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1968 (43) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação F12 Duração da entrevista 25:57 Data da entrevista 31-07-2012 Ano de nascimento (Idade) 1968 (43) Local de nascimento/residência

Leia mais

Entrevista Sara

Entrevista Sara Entrevista 1.18 - Sara (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento)

Leia mais

Identificação. FL01 Duração da entrevista 28:30 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1974 (37) Local de nascimento/residência

Identificação. FL01 Duração da entrevista 28:30 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1974 (37) Local de nascimento/residência 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Identificação FL01 Duração da entrevista 28:30 Data da entrevista 4-08-2012 Ano de nascimento (Idade) 1974 (37) Local de nascimento/residência

Leia mais

Protocolo da Entrevista a Isabel

Protocolo da Entrevista a Isabel Protocolo da Entrevista a Isabel 1 Pedia-lhe que me contasse o que lhe aconteceu de importante desde que terminou a licenciatura. Desde que acabei o curso ou fiz a profissionalização? É que eu acabei o

Leia mais

MÃE, QUANDO EU CRESCER...

MÃE, QUANDO EU CRESCER... MÃE, QUANDO EU CRESCER... Dedico este livro a todas as pessoas que admiram e valorizam a delicadeza das crianças! Me chamo Carol, mas prefiro que me chamem de Cacau, além de ser um apelido que acho carinhoso,

Leia mais

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. Idade na admissão.

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. Idade na admissão. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO Código Entrevista: 3 Data: 18/10/2010 Hora: 19h00 Duração: 22:25 Local: Casa de Santa Isabel DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS Idade

Leia mais

Transcrição de Entrevista nº 10

Transcrição de Entrevista nº 10 Transcrição de Entrevista nº 10 E Entrevistador E10 Entrevistado 10 Sexo Feminino Idade 31 anos Área de Formação Engenharia Informática E - Acredita que a educação de uma criança é diferente perante o

Leia mais

Identificação Duração da entrevista 31:32 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1970 (41) Local de

Identificação Duração da entrevista 31:32 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1970 (41) Local de 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação F08 Duração da entrevista 31:32 Data da entrevista 6-2-2012 Ano de nascimento (Idade) 1970 (41) Local de Lisboa

Leia mais

INQ Como é que surgiu a decisão de vir para França? Foi assim de um dia para o outro? Como é que decidiu vir para cá?

INQ Como é que surgiu a decisão de vir para França? Foi assim de um dia para o outro? Como é que decidiu vir para cá? Transcrição da entrevista: Informante: nº9 Célula: 3 Data da gravação: Agosto de 2009 Geração: 1ª Idade: 63 Sexo: Feminino Tempo de gravação: 11.58 minutos INQ Como é que surgiu a decisão de vir para França?

Leia mais

Identificação. ML14 Duração da entrevista 26:34 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1944 (68) Local de nascimento/residência

Identificação. ML14 Duração da entrevista 26:34 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1944 (68) Local de nascimento/residência 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Identificação ML14 Duração da entrevista 26:34 Data da entrevista 2-3-2013 Ano de nascimento (Idade) 1944 (68) Local de nascimento/residência

Leia mais

Identificação. F03 Duração da entrevista 18:12 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1974 (36) Local de nascimento/residência

Identificação. F03 Duração da entrevista 18:12 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1974 (36) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Identificação F03 Duração da entrevista 18:12 Data da entrevista 4-5-2011 Ano de nascimento (Idade) 1974 (36) Local de

Leia mais

Entrevista Jessica

Entrevista Jessica Entrevista 1.10 - Jessica (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento).

Leia mais

Anexo 2.8- Entrevista G2.3

Anexo 2.8- Entrevista G2.3 Entrevista G2.3 Entrevistado: E2.3 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência e 45 anos Masculino Ucrânia 14 anos m Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias: Ensino superior Polónia Língua materna:

Leia mais

Faz a tua própria história

Faz a tua própria história Faz a tua própria história! Faz a tua própria história, Página 1 Estou aqui para vos falar de uma história muito simples. E a história não é sobre um rei, um príncipe, um elefante, ou um rato. A história

Leia mais

Entrevista Claudia

Entrevista Claudia Entrevista 1.03 - Claudia (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento)

Leia mais

INQ Já alguma vez se sentiu discriminada por ser filha de pais portugueses? Em que situação e em que contexto é que isso aconteceu?

INQ Já alguma vez se sentiu discriminada por ser filha de pais portugueses? Em que situação e em que contexto é que isso aconteceu? Transcrição da entrevista: Informante: nº24 Célula: 8 Data da gravação: Agosto de 2009 Geração: 2ª Idade: 30 Sexo: Feminino Tempo de gravação: 11.38 minutos INQ Já alguma vez se sentiu discriminada por

Leia mais

E6- mais ou menos. Correu uma beca pó torto. E- Eu sei, a Laura disse-me, eu não tava nesse dia não puder ir. Gostavas que tivesse corrido melhor?

E6- mais ou menos. Correu uma beca pó torto. E- Eu sei, a Laura disse-me, eu não tava nesse dia não puder ir. Gostavas que tivesse corrido melhor? E- Vá, então eu queria-te perguntar sobre o teatro, o que é que tu achas do teatro. E6- Bué fixe. E- Ya e quando soubeste que ias fazer teatro ficaste contente ou triste? E6- Bué contente. E- Porquê? E6-

Leia mais

ENTREVISTA USF CARUARU USUARIA DIABETES 14/07/14. R - não. Porque eu to deficiente. Eu trabalho m casa. Amputei a perna.

ENTREVISTA USF CARUARU USUARIA DIABETES 14/07/14. R - não. Porque eu to deficiente. Eu trabalho m casa. Amputei a perna. ENTREVISTA USF CARUARU USUARIA DIABETES 14/07/14 P - por favor, me diga sua idade. R - 56. Vou fazer para o mês. P - a senhora estudou? R - estudei até a 3ª série. P - 3ª série. A senhora tem alguma ocupação,

Leia mais

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1 Entrevista G1.1 Entrevistado: E1.1 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 51 anos Masculino Cabo-verde 40 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : São Tomé (aos 11 anos) Língua materna:

Leia mais

Casa da entrevistada Entrevista Interrompida 2 vezes por 3ª pessoa. Entrevista difícil, muitos backchannel devices, Comentários

Casa da entrevistada Entrevista Interrompida 2 vezes por 3ª pessoa. Entrevista difícil, muitos backchannel devices, Comentários 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 Identificação F06 Duração da entrevista 29:54 Data da entrevista 14-12-2011 Ano de nascimento (Idade) 1969 (43) Local de nascimento/residência

Leia mais

13. Já tiveste de ir a Conselho de Turma por teres tido mau comportamento? Não

13. Já tiveste de ir a Conselho de Turma por teres tido mau comportamento? Não (não preencher) N.º DO QUESTIONÁRIO 1. Escola 5º ano 6º ano Turma 2. N.º do aluno 3. Rapaz Rapariga 4. Ano de nascimento 5. Nasceste em Portugal? Sim Não Em que país nasceste? Vivo em Portugal há anos

Leia mais

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. Idade na admissão.

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. Idade na admissão. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO Código Entrevista: 8 Data: 28/10/2010 Hora: 13h00 Duração: 26:31 Local: Casa de Santa Isabel DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS Idade

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Fabrício Local: Núcleo de Arte do Neblon Data: 26.11.2013 Horário: 14h30 Duração da entrevista: 20min COR PRETA

Leia mais

INQ Como é que surgiu a decisão de ter emigrado para França, ainda se lembra?

INQ Como é que surgiu a decisão de ter emigrado para França, ainda se lembra? Transcrição da entrevista: Informante: nº1 Célula: 1 Data da gravação: Julho de 2009 Geração: 1ª Idade: 54 Sexo: Masculino Tempo de gravação: 12.56 minutos INQ Como é que surgiu a decisão de ter emigrado

Leia mais

ML05: - Veio para Lisboa aos 23 anos - Na resposta à P3 volta atrás à P1

ML05: - Veio para Lisboa aos 23 anos - Na resposta à P3 volta atrás à P1 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Identificação ML05 Duração da entrevista 26:07 Data da entrevista 20-09-2012 Ano de nascimento (Idade) 1942 (70) Local de nascimento/residência

Leia mais

Entrevista Zaida

Entrevista Zaida Entrevista 1.23 - Zaida (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento)

Leia mais

Vai fazer 5 anos no dia 1 de Outubro. 1

Vai fazer 5 anos no dia 1 de Outubro. 1 Entrevista A4 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Vai fazer 5 anos no dia 1 de Outubro. 1 Qual é a sua função no lar? Auxiliar de acção directa, no apoio a idosos. Que tarefas desempenha

Leia mais

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia? Entrevista A15 I Experiência no lar Há quanto tempo trabalha no lar? Há 4 anos. 1 Qual é a sua função no lar? Sou ajudante de lar. Que tarefas desempenha no seu dia-a-dia? Faço-lhes a higiene, preparo-os,

Leia mais

Suelen e Sua História

Suelen e Sua História Suelen e Sua História Nasci em Mogi da Cruzes, no maternidade Santa Casa de Misericórdia no dia 23 de outubro de 1992 às 18 horas. Quando eu tinha 3 anos de idade fui adotada pela tia da minha irmã, foi

Leia mais

1 filho de 11 anos Local da entrevista Local de trabalho entrevistada no local de trabalho, numa sala ao lado da sala Comentários

1 filho de 11 anos Local da entrevista Local de trabalho entrevistada no local de trabalho, numa sala ao lado da sala Comentários 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação F01 Duração da entrevista 24:58 Data da entrevista 6-5-2011 Ano de nascimento (Idade) 1971 (39) Local de nascimento/residência

Leia mais

FICHA SOCIAL Nº 123 INFORMANTE: SEXO: IDADE: ESCOLARIZAÇÃO: LOCALIDADE: PROFISSÃO: DOCUMENTADORA: TRANSCRITORA: DIGITADORA: DURAÇÃO:

FICHA SOCIAL Nº 123 INFORMANTE: SEXO: IDADE: ESCOLARIZAÇÃO: LOCALIDADE: PROFISSÃO: DOCUMENTADORA: TRANSCRITORA: DIGITADORA: DURAÇÃO: FICHA SOCIAL Nº 123 INFORMANTE: M.A.M.B. SEXO: Masculino IDADE: 27 anos - Faixa II ESCOLARIZAÇÃO: 9 a 11 anos (2º grau incompleto) LOCALIDADE: Batateira - Zona Urbana PROFISSÃO: Comerciante DOCUMENTADORA:

Leia mais

Dimensões. Institucionalização. Entrevistado

Dimensões. Institucionalização. Entrevistado Dimensões Institucionalização Entrevistado F 2 Imagem sobre a velhice Entristece-me muito chegar aqui e olhar para determinados idosos que estão aqui, venho cá três vezes por semana no mínimo e nunca vejo

Leia mais

Identificação. M03 Duração da entrevista 30:56 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1952 (59) Local de nascimento/residência

Identificação. M03 Duração da entrevista 30:56 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1952 (59) Local de nascimento/residência 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Identificação M03 Duração da entrevista 30:56 Data da entrevista 11-5-2011 Ano de nascimento (Idade) 1952 (59) Local de nascimento/residência

Leia mais

Vivência das famílias e pessoas com doença falciforme

Vivência das famílias e pessoas com doença falciforme Vivência das famílias e pessoas com doença falciforme Maria Zenó Soares Presidenta da Dreminas Coordenadora Geral da Fenafal Conselheira Nacional de saude Os e as assistentes sociais emprestam suas vidas

Leia mais

ANEXO 12A Protocolo da Entrevista à Catarina (Mãe do Miguel) FASE 1 TRANCRIÇÃO DE ENTREVISTA E4

ANEXO 12A Protocolo da Entrevista à Catarina (Mãe do Miguel) FASE 1 TRANCRIÇÃO DE ENTREVISTA E4 ANEXO 12A Protocolo da Entrevista à Catarina (Mãe do Miguel) FASE 1 TRANCRIÇÃO DE ENTREVISTA E4 Duração da entrevista: 40 minutos C 1 - Não sei se a Lurdes lhe disse. Eu no ano passado estive doente (

Leia mais

Projectos de vida de jovens com baixas qualificações escolares

Projectos de vida de jovens com baixas qualificações escolares Fórum de Pesquisas CIES 2008 Desigualdades Sociais em Portugal Projectos de vida de jovens com baixas qualificações escolares Maria das Dores Guerreiro (coord.) Frederico Cantante Margarida Barroso 1 Projecto

Leia mais

SEU SUCESSO NA CARREIRA. em foco!

SEU SUCESSO NA CARREIRA. em foco! SEU SUCESSO NA CARREIRA em foco! Qual seu motivo para fazer inicios? Que benefícios eles te trazem a curto e a longo prazo? Não sou como você Sei que você não é como eu. Você irá se dar bem por

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Igor Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 05 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

PSY: Você também tratou muito dela quando viviam as duas. A: Depois não percebe que tem de ir apresentável! Só faz o que lhe apetece!

PSY: Você também tratou muito dela quando viviam as duas. A: Depois não percebe que tem de ir apresentável! Só faz o que lhe apetece! Anexo 3 SESSÃO CLÍNICA - A PSY: Então como tem andado? A:Bem. Fomos as três a Fátima, foi giro. Correu bem, gosto de ir lá. Tirando a parte de me chatear com a minha irmã, mas isso já é normal. Anda sempre

Leia mais

DOC: Depois que você casou sempre morou aqui? INF: não eu morava no Pernambuco aí vim pra cá depois, DOC: Hum. Já casada. INF: hum rum, DOC: Né?

DOC: Depois que você casou sempre morou aqui? INF: não eu morava no Pernambuco aí vim pra cá depois, DOC: Hum. Já casada. INF: hum rum, DOC: Né? Ficha Social nº 69 Informante: V.L.N.S. Idade: 32 Anos Faixa II Sexo: Feminino Escolarização: Analfabeta Localidade: Sítio Romualdo Zona Rural Profissão: Cozinheira Documentadora: Fátima Maria Torres Moreira

Leia mais

BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO

BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO BALANÇO DA OCUPAÇÃO DO TEMPO DURANTE A SEMANA DE PREENCHIMENTO DA GRELHA - 1º ANO PROFESSORA Bom dia meninos, estão bons? TODOS Sim. PROFESSORA Então a primeira pergunta que eu vou fazer é se vocês gostam

Leia mais

Entrevista Bernardo

Entrevista Bernardo Entrevista 1.25 - Bernardo (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento)

Leia mais

A MANIA DAS CONDIÇÕES

A MANIA DAS CONDIÇÕES PB Episódio #010 Nível II Intermédio (B1-B2) Texto: Marta Costa e Juanito Avelar Voz: Marta Costa e Juanito Avelar Didatização: Catarina Stichini e Marta Costa A MANIA DAS CONDIÇÕES O Simão tem 20 anos,

Leia mais

CIPLE CERTIFICADO INICIAL DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA

CIPLE CERTIFICADO INICIAL DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA CIPLE CERTIFICADO INICIAL DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA COMPREENSÃO DA LEITURA PRODUÇÃO E INTERAÇÃO ESCRITAS INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES PARA OS CANDIDATOS Esta componente tem a duração de 1 hora e 15 minutos.

Leia mais

Subjects on this conversation: Nathanael s first contact with Portuguese and his experience living in Brazil.

Subjects on this conversation: Nathanael s first contact with Portuguese and his experience living in Brazil. Subjects on this conversation: Nathanael s first contact with Portuguese and his experience living in Brazil. Context: In this conversation André talks to his friend Nathanael, who has lived in Brazil

Leia mais

E: Qual é seu nome? I: NP. E: Quantos anos cê tem, NP? I: 13, vou completar 14. E: 14, que série cê tá? I: Eu vô pra 8ª.

E: Qual é seu nome? I: NP. E: Quantos anos cê tem, NP? I: 13, vou completar 14. E: 14, que série cê tá? I: Eu vô pra 8ª. 1 E: Qual é seu nome? I: NP. E: Quantos anos cê tem, NP? I: 13, vou completar 14. E: 14, que série cê tá? I: Eu vô pra 8ª. E: Ah, então cê fez a 7ª né? I- Foi. E- Cê mora aqui em Lontra tem quanto tempo?

Leia mais

CIPLE CERTIFICADO INICIAL DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA

CIPLE CERTIFICADO INICIAL DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA CIPLE CERTIFICADO INICIAL DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA COMPREENSÃO DA LEITURA PRODUÇÃO E INTERAÇÃO ESCRITAS INFORMAÇÕES E INSTRUÇÕES Esta componente tem a duração de 75 minutos. Esta componente tem

Leia mais

Escola do 1ºCEB do Couto 12 alunos todos os anos de escolaridade

Escola do 1ºCEB do Couto 12 alunos todos os anos de escolaridade Escola do 1ºCEB do Couto 12 alunos todos os anos de escolaridade Monitora 1 Bom dia! Vocês vêm de onde? Alunos 1 Do Couto. Monitora 2 E o tempo aqui, como é que está? Alunos 2 Está calor. Monitora 3 -

Leia mais

AB Mas o Fernando tem formação, e os seus colegas cotechs, em primeiro lugar, recebe a formação. E quem é que dá essa formação?

AB Mas o Fernando tem formação, e os seus colegas cotechs, em primeiro lugar, recebe a formação. E quem é que dá essa formação? Codificação desta entrevista: PREN03 PREN03 Renault Destinatário da formação e formador de Telheiras Fernando Farinha (Cotech) Entrevista: 19/12/08 das 10h15 às 10h40 AB Como Cotech é, por um lado, participante

Leia mais

Regional São Paulo Leste

Regional São Paulo Leste Regional São Paulo Leste Pode ser que você nem perceba, mas seus hábitos afetam o seu dia a dia. Veja como criar bons hábitos. Você pode criar bons hábitos! QUANDO o alarme toca, Victor ainda está com

Leia mais

Entrevista Claudia

Entrevista Claudia Entrevista 3.03 - Claudia (Bloco A - Legitimação da entrevista onde se clarificam os objectivos do estudo, se contextualiza a realização do estudo e participação dos sujeitos e se obtém o seu consentimento)

Leia mais

Projeto Identidades. Experiência de vida. Jacqueline Alves

Projeto Identidades. Experiência de vida. Jacqueline Alves Projeto Identidades Experiência de vida Jacqueline Alves Dedico este livro para todos aqueles que fizeram parte de cada dia da minha vida me dando conselhos, ajudando para que pudesse chegar até aqui ao

Leia mais

OUTUBRO Quarta-feira Os meus pais estão sempre a dizer que o mundo não gira à minha volta, mas às vezes pergunto-me se não girará MESMO.

OUTUBRO Quarta-feira Os meus pais estão sempre a dizer que o mundo não gira à minha volta, mas às vezes pergunto-me se não girará MESMO. OUTUBRO Quarta-feira Os meus pais estão sempre a dizer que o mundo não gira à minha volta, mas às vezes pergunto-me se não girará MESMO. Quando era pequeno, vi um filme sobre um homem que tinha sido secretamente

Leia mais

Transcrição da Entrevista

Transcrição da Entrevista Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Praticante Sonia Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: 5 de dezembro de 2013 Horário: 15:05 Duração da entrevista:

Leia mais

Olhando o Aluno Deficiente na EJA

Olhando o Aluno Deficiente na EJA Olhando o Aluno Deficiente na EJA ConhecendoJoice e Paula Lúcia Maria Santos Tinós ltinos@ffclrp.usp.br Apresentando Joice e Paula Prazer... Eu sou a Joice Eu sou a (...), tenho 18 anos, gosto bastante

Leia mais

TABUADA DAS OBJEÇÕES

TABUADA DAS OBJEÇÕES TABUADA DAS OBJEÇÕES Você já sentiu acuada, sem palavras ao ouvir alguma objeção de sua potencial iniciada!? As pessoas que você vai abordar são tão especiais quanto você e se elas disserem não, lembre-se

Leia mais

JOÃO ISEPPE PROCURADOR DE JUSTIÇA APOSENTADO MPSP: 15/10/1965 E SAÍDA 09/09/1983

JOÃO ISEPPE PROCURADOR DE JUSTIÇA APOSENTADO MPSP: 15/10/1965 E SAÍDA 09/09/1983 JOÃO ISEPPE PROCURADOR DE JUSTIÇA APOSENTADO MPSP: 15/10/1965 E SAÍDA 09/09/1983 APMP: Doutor, o senhor como promotor substituto, foi para qual comarca? Eu comecei em Ituverava, depois eu substitui ali

Leia mais

Equivalente ao 12º ano, já em idade adulta Estado civil

Equivalente ao 12º ano, já em idade adulta Estado civil 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Identificação ML11 Duração da entrevista 28:21 Data da entrevista 23-11-2012 Ano de nascimento (Idade) 1943 (69) Local de nascimento/residência

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex Praticante Denise Local: Núcleo de Arte Albert Einstein Data: 03.12.2013 Horário: 10 h30 Duração da entrevista: 1h.

Leia mais

Garoto extraordinário

Garoto extraordinário Garoto extraordinário (adequada para crianças de 6 a 8 anos) Texto: Lucas 2:40-52 Princípio: ser como Jesus Você vai precisar de um fantoche de cara engraçada, um adulto para manipular o fantoche atrás

Leia mais

a confusão do final do ano e as metas para o próximo

a confusão do final do ano e as metas para o próximo o que fazer se o ano que passou foi ruim? o que fazer nesse próximo ano? a confusão do final do ano e as metas para o próximo Enéas Guerriero www.equilibriocontinuo.com.br O que vamos falar hoje? 1) Estresse

Leia mais

Por que eu escolhi Madrid?

Por que eu escolhi Madrid? Por que eu escolhi Madrid? Outro dia, recebi um email de um brasileiro que virá fazer um intercâmbio na Espanha e me pedia para comparar Madrid e outra cidade espanhola porque ele estava em dúvida sobre

Leia mais

CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ALINE PELLEGRINO II

CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ALINE PELLEGRINO II CENTRO DE MEMÓRIA DO ESPORTE ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ALINE PELLEGRINO II (depoimento) 2014 FICHA TÉCNICA ENTREVISTA CEDIDA PARA PUBLICAÇÃO NO REPOSITÓRIO DIGITAL

Leia mais

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. Idade na admissão.

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS. Idade na admissão. REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA GRAVIDEZ: A EXPERIÊNCIA DA MATERNIDADE EM INSTITUIÇÃO Código Entrevista: 7 Data: 22/10/2010 Hora: 19h30 Duração: 30:43 Local: Casa de Santa Isabel DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS Idade

Leia mais

5ª UNIDADE DE ANÁLISE TEMA: EVOLUÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA AO LONGO DO PERCURSO DE REINSERÇÃO SOCIAL.

5ª UNIDADE DE ANÁLISE TEMA: EVOLUÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA AO LONGO DO PERCURSO DE REINSERÇÃO SOCIAL. 5ª UNIDADE DE ANÁLISE TEMA: EVOLUÇÃO SOCIAL E ECONÓMICA AO LONGO DO PERCURSO DE REINSERÇÃO SOCIAL. CATEGORIA I - EVOLUÇÃO DO PONTO DE VISTA ECONÓMICO; RECURSOS EXISTENTES AO LONGO DE TODO O PERCURSO DE

Leia mais

Arcos de Valdevez/ Póvoa de Santo Adrião Grau de escolaridade mais elevado

Arcos de Valdevez/ Póvoa de Santo Adrião Grau de escolaridade mais elevado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Identificação ML12 Duração da entrevista 30:17 Data da entrevista 27-11-2012 Ano de nascimento (Idade) 1952 (60) Local de nascimento/residência

Leia mais

14:35 15:10 -Persona, Jornada e Analogia + Cases 15:10 15:20 Sharing com cluster 15:30 16:00 Persona 16:00 16:30 Jornada 16:30 16:50 Analogia +

14:35 15:10 -Persona, Jornada e Analogia + Cases 15:10 15:20 Sharing com cluster 15:30 16:00 Persona 16:00 16:30 Jornada 16:30 16:50 Analogia + AQUECIMENTO 14:35 15:10 -Persona, Jornada e Analogia + Cases 15:10 15:20 Sharing com cluster 15:30 16:00 Persona 16:00 16:30 Jornada 16:30 16:50 Analogia + Redefinição Desafio 16:50 17:00 D.Brief em grupos

Leia mais

Identificação. FL14 Duração da entrevista 31:10 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1973 (39) Local de nascimento/residência

Identificação. FL14 Duração da entrevista 31:10 Data da entrevista Ano de nascimento (Idade) 1973 (39) Local de nascimento/residência 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Identificação FL14 Duração da entrevista 31:10 Data da entrevista 2-3-2013 Ano de nascimento (Idade) 1973 (39) Local de nascimento/residência

Leia mais

10 FATOS SOBRE MIM. Nicolas Brito Sales

10 FATOS SOBRE MIM. Nicolas Brito Sales 10 FATOS SOBRE MIM Nicolas Brito Sales 01 EU NÃO GOSTO DE LER LIVROS Eu nunca gostei muito de ler livros, porque eu nunca tive muita concentração para interpretar o que eu leio. Para quem não sabe, eu

Leia mais

Os Principais Tipos de Objeções

Os Principais Tipos de Objeções Os Principais Tipos de Objeções Eu não sou como você" Você tem razão, eu não estou procurando por pessoas que sejam como eu. Sou boa no que faço porque gosto de mim como eu sou. Você vai ser boa no que

Leia mais

ARARUAMA 3. Falante 1 (Consuelo) Idade: 37 anos Nível de escolaridade: Superior Sexo: feminino

ARARUAMA 3. Falante 1 (Consuelo) Idade: 37 anos Nível de escolaridade: Superior Sexo: feminino ARARUAMA 3 Falante 1 () Idade: 37 anos Nível de escolaridade: Superior Sexo: feminino Falante 2 () Idade: anos Nível de escolaridade: Médio Sexo: feminino Eu comprei isso... pra- gravá a minha a minha

Leia mais

澳門四高校聯合入學考試 ( 語言科及數學科 ) Exame Unificado de Acesso (Línguas e Matemática) às Quatro Instituições do Ensino Superior de Macau.

澳門四高校聯合入學考試 ( 語言科及數學科 ) Exame Unificado de Acesso (Línguas e Matemática) às Quatro Instituições do Ensino Superior de Macau. 澳門四高校聯合入學考試 ( 語言科及數學科 ) Exame Unificado de Acesso (Línguas e Matemática) às Quatro Instituições do Ensino Superior de Macau 2018 年試題及參考答案 Exames e Resposta do Ano 2018 葡語 B Português B Leia o seguinte

Leia mais

Não ando à procura de um príncipe encantado

Não ando à procura de um príncipe encantado Romântica, INÊS MONTEIRO abre o coração numa conversa intimista Não ando à procura de um príncipe encantado A nova promessa da SIC, de 22 anos, mudou-se para Lisboa em busca do sonho de ser atriz Natural

Leia mais

Edição n.º 4 9 de outubro de Palixa

Edição n.º 4 9 de outubro de Palixa JORNAL DO PRÍNCIPE Edição n.º 4 9 de outubro de 2014 Palixa Todas as quartas-feiras, pelas 18h00, há um grupo de amigos que se reúne no Centro Cultural do Príncipe para conversar e ensinar Lung ie. Pág.

Leia mais

Uma Aflição Imperial.

Uma Aflição Imperial. Uma Aflição Imperial. Amanda Silva C. Prefácio Uma aflição Imperial conta a história de uma garota chamada Anna que é diagnosticada com tipo raro de câncer leucemia sua mãe é paisagista e tem apenas um

Leia mais

Da vida, não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis. Tive tudo o que pude. Amei tudo o que valia. E perdi apenas o que, no fundo,

Da vida, não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis. Tive tudo o que pude. Amei tudo o que valia. E perdi apenas o que, no fundo, Da vida, não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis. Tive tudo o que pude. Amei tudo o que valia. E perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu. - Sonhava em Cursar Direito - Queria

Leia mais

Composições Narrativas Contos Populares

Composições Narrativas Contos Populares Composições Narrativas Contos Populares O rei e o velho Era uma vez um rei que andava a passear no jardim, encontrou um velhote a chorar, ficou muito admirado e perguntou-lhe o que é que ele tinha e o

Leia mais

TODO AMOR TEM SEGREDOS

TODO AMOR TEM SEGREDOS TODO AMOR TEM SEGREDOS VITÓRIA MORAES TODO AMOR TEM SEGREDOS TODO AMOR TEM SEGREDOS 11 19 55 29 65 41 77 87 121 99 135 111 145 É NÓIS! 155 11 12 1 2 10 3 9 4 8 7 6 5 TODO AMOR TEM SEGREDOS. Alguns a

Leia mais

O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste

O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste Toda a semana tinha andado como que a sonhar. Que é que teria? Então encontrou o Porquinho. -

Leia mais

Iracema ia fazer aniversário. Não

Iracema ia fazer aniversário. Não Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães Iracema ia fazer aniversário. Não sabia muito bem se ela podia convidar a turma do Hospital por motivos fáceis de explicar,

Leia mais

Foram todos excelentes. Dez.

Foram todos excelentes. Dez. Categoria Sub-categoria Unidades de registo Ent. -Sobre a equipa técnicopedagógica(1 a 10) 10 excelente 10. Se é excelente tenho de dar 10. Entre o 9 e 10 tenho de dar se é excelente. A2 10 A3 Até agora,

Leia mais

Parte Um Minha_Vida_Agora.indd 7 Minha_Vida_Agora.indd 7 11/06/ :19:05 11/06/ :19:05

Parte Um Minha_Vida_Agora.indd 7 Minha_Vida_Agora.indd 7 11/06/ :19:05 11/06/ :19:05 Parte Um Minha_Vida_Agora.indd 7 11/06/2012 16:19:05 Minha_Vida_Agora.indd 8 11/06/2012 16:19:06 1 Meu nome é Elizabeth, mas ninguém nunca me chamou assim. Meu pai deu uma olhada em mim quando nasci e

Leia mais

ANTES NUNCA, DO QUE TARDE DEMAIS! Obra Teatral de Carlos José Soares

ANTES NUNCA, DO QUE TARDE DEMAIS! Obra Teatral de Carlos José Soares AN O ANTES NUNCA, DO QUE TARDE DEMAIS! Obra Teatral de Carlos José Soares o Literária ata Soares OC. ento Social. Dois casais discutem a vida conjugal, sofrendo a influências mútuas. Os temas casamento,

Leia mais

Conhece a Ana. // Perfil

Conhece a Ana. // Perfil Conhece a Ana // Perfil Nome: Ana Rodrigues Idade: 21 anos Nacionalidade: Portuguesa Cidade: Caxarias/Ourém Escola: Escola Superior de Saúde (ESSLei) Curso: Licenciatura em Dietética País Escolhido: Lituânia

Leia mais

Tais (risos nervosos) Tem muita gente ne? (Se assusta com alguém que esbarra na corda) as pessoas ficam todas se esbarrando

Tais (risos nervosos) Tem muita gente ne? (Se assusta com alguém que esbarra na corda) as pessoas ficam todas se esbarrando Não me leve a mal Começa a cena no meio de um bloco. Ao redor há confetes, purpurinas e latas de bebida para todo o lado. A música está alta. No centro há um grupo de foliões delimitados por uma corda

Leia mais