Apostila de Aulas Práticas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Apostila de Aulas Práticas"

Transcrição

1 Apostila de Aulas Práticas Bacteriologia Nutrição Raquel de Souza Sant Anna (Monitora da Disciplina de Bacteriologia em 2007) Aloysio de Mello Figueiredo Cerqueira (Professor Adjunto de Bacteriologia) 2007

2 Apresentação O aprendizado teórico e prático de microbiologia, incluindo a bacteriologia, é muito importante para o profissional da área de nutrição. As áreas de atuação em controle microbiológico de alimentos, treinamento de manipuladores, tecnologia na produção de alimentos, entre outras, exigem um profundo conhecimento desta disciplina. A apostila é o material de apoio às aulas práticas disponibilizado aos alunos. Esta contém explicações teóricas e práticas dos procedimentos a serem realizados em cada aula de forma clara e didática. A disciplina já possuía uma apostila de aulas práticas desde 2001, mas é necessária constante renovação para que os assuntos sejam abordados de maneira atualizada e direta para despertar o interesse dos alunos. Cada assunto apresenta uma introdução contendo a teoria do tema abordado, assim como a sua aplicação e importância no exercício da profissão, objetivando o melhor entendimento do tema, dos materiais a serem utilizados, da execução e dos resultados obtidos. No final de cada assunto o aluno poderá tirar as suas conclusões da prática executada e encontrará algumas questões de fixação. A apostila apresenta, também, figuras ilustrando a atividade a ser realizada, facilitando a compreensão do aluno. Finalmente procurou-se acentuar a importância e aplicação de cada prática no contexto das atividades de um nutricionista de modo a estimular o aprendizado. Esperamos que você, aluno, aproveite ao máximo este recurso didático! Lembre-se, qualquer dúvida, não hesite em perguntar ao seu professor ou aos monitores! Os autores.

3 Índice Como trabalhar no laboratório de microbiologia... 1 Assunto 1: Meios de cultura e Técnicas de Semeadura... 5 Assunto 2: Bactérias no Ambiente Assunto 3: Controle Microbiano Assunto 4: Coloração de Gram Assunto 5: Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos TSA (Antibiograma) Assunto 6: Cocos Gram positivos Assunto 7: Coloração de Zihel-Neelsen (Visualização de Bactérias Espiraladas) Assunto 8: Bacilos Gram-negativos Assunto 9: Contagem em Placa e Técnica do Número Mais Provável (NMP) Bibliografia... 80

4 Como trabalhar no laboratório de microbiologia É importante que falemos brevemente obre como devemos nos portar dentro de um laboratório de microbiologia em geral, não importando se o microorganismo estudado será uma bactéria, um fungo ou um vírus. Cuidados fundamentais Alguns experimentos que nós realizaremos podem ser perigosos se você manipular os materiais impropriamente ou executar os procedimentos incorretamente. São necessárias algumas medidas de segurança quando se trabalha com microorganismos e substâncias químicas, além de vidros, banhos-maria ferventes, instrumentos cortantes e outros materiais. Se você tiver qualquer problema com materiais ou procedimentos, não hesite em chamar o professor ou o monitor para te auxiliar. Procedimentos de Precaução e Segurança O laboratório de microbiologia é um lugar onde culturas de microorganismos são manipuladas e examinadas. Este tipo de atividade deve ser realizado em conjunto com boas técnicas assépticas, num local de trabalho limpo e organizado. Também como técnicas assépticas, todos os materiais que serão utilizados serão esterilizados para eliminar todos os microorganismos presentes ali, e deve-se tomar muito cuidado para não haver recontaminação deste material com microorganismos do ambiente. Geralmente, os microorganismos estudados não são patogênicos, mas ainda assim, devemos manipular qualquer cultura ou qualquer organismo como se fosse potencialmente patogênico, lembrando que muitos microorganismos que geralmente não são patogênicos podem causar doenças oportunistas. Cada estudante deve aprender e praticar as práticas assépticas no laboratório. Isto é importante para prevenir a contaminação de suas mãos, cabelos e roupas com material contaminado, além de evitar a contaminação do seu trabalho e proteger seus colegas que estarão trabalhando na bancada ao lado. A importância da assepsia e desinfecção apropriadas está descrita na apostila e será observada em uma das aulas práticas. Em geral, todos os procedimentos de segurança e precauções tomados no laboratório de microbiologia se resumem em: 1 restringir os microorganismos presentes em culturas e amostras aos recipientes (vidros ou sacos de coleta, placas ou tubos) quando da sua coleta, crescimento (incubação) ou sua análise; 2 prevenir a contaminação com microorganismos ambientais (normalmente presentes nas mãos, cabelos, roupas, superfícies e no ar) das amostras e culturas analisadas, o que pode interferir nos resultados obtidos. Mãos e superficies devem ser higienizados e tratadas com anti-sépticos e desinfetantes corretos, jalecos devem ser utilizados, cabelos compridos devem ser presos para trás, e as áreas de trabalho devem estar livres de objetos desnecessários. Lembre-se que na hora de transferir os microorganismos ou culturas não devemos utilizar a boca (por exemplo, para pipetar). 1

5 A conduta pessoal no laboratório de microbiologia deve ser sempre observada. O monitor ou professor deve ser sempre consultado caso haja algum problema. Conduta geral no laboratório 1 Sempre identifique e confira o seu material antes de iniciar os trabalhos no laboratório. 2 Antes de entrar no laboratório, retire casacos, jaquetas, etc. Estes itens devem ser deixados em uma prateleira com sua bolsa ou mochila, papéis e outros itens que não serão utilizados na aula prática. 3 Para entrar no laboratório, todos os estudantes devem estar usando seu jaleco, de preferência limpo e branco. 4 No início e no final de cada aula prática, os alunos devem limpar e desinfetar a sua bancada com uma solução desinfetante própria. Este espaço deve ser mantido limpo e arrumado durante o decorrer de toda a aula prática. 5 Antes de começar devemos lembrar: - prenda seu cabelo comprido para trás, longe da chama do Bico de Bunsen; - não use jóias e acessórios durante a aula prática; - mantenha seus dedos, lápis, caneta e qualquer objetos longe da sua boca; - não fume, coma ou beba nada no laboratório; - não fique andando pelo laboratório, pois atividades desnecessárias podem causar acidentes, distrair os outros alunos e promover contaminação. 6 Lembre-se de trazer uma caneta que escreva em vidro (caneta para retro, cd, marcador, etc.) 7 Anote todos os detalhes da aula prática e faça os exercícios de fixação de cada assunto. 8 Se você está em dúvida quanto ao procedimento, confira na apostila. Se a dúvida persistir, chame o professor ou monitor. Evite tirar dúvidas com os colegas de outros grupos. 9 Se respingar cultura em suas mucosas (boca, olhos) ou qualquer tipo de acidente ocorrer, chame o professor ou monitor imediatamente. Limpe o local com papel toalha e ponha desinfetante sobre o local (superfícies inanimadas) por 15 minutos, retirando com papel toalha. 10 Avise ao professor ou monitor sobre qualquer acidente (corte, queimadura) que ocorra. 11 Nunca retire culturas ou equipamentos do laboratório em quaisquer circunstâncias. 12 antes de sair do laboratório, cuidadosamente lave e faça a anti-sepsia em suas mãos. Lembre-se de lavar seu jaleco para a próxima aula prática. 2

6 Como trabalhar com o microscópio Em primeiro lugar é essencial que você conheça as partes ópticas e mecânicas dos microscópios: - Mantenha o microscópio livre de poeira, vapores ácidos e do contato com reagentes. Para mantê-lo seco, cubra com capa de flanela, pois evita o pó e a multiplicação de fungos (Obs: as capas devem ser lavadas periodicamente). - Não manusear o equipamento com as mãos sujas ou molhadas. - Jamais comer ou beber próximo ao equipamento. - Na remoção do equipamento, segure-o firmemente com uma das mãos no braço e outra na base, ou com as duas no braço, a depender do modelo. Coloque-o bem apoiado sobre a mesa de trabalho de superfície plana, evitando qualquer movimentação brusca. Nunca desloque o aparelho com a lâmpada acesa ou logo após ter sido apagada. - Muita atenção é necessária quando se observa a preparação em meio líquido, pois há sempre o risco de molhar a lente frontal da objetiva; portanto o conselho é retirar o excesso de líquido com papel de filtro, antes de colocar a lâmina sobre a platina; em de acidente, enxugar imediatamente com papel absorvente macio. 3

7 - Na observação de uma preparação, inicie sempre pela objetiva de menor aumento; para focalizar com aquelas de 20 ou 40 vezes, proceda da seguinte forma: à Escolha uma estrutura na preparação, mova a lâmina até que o objeto fique exatamente no centro do campo, em seguida mude para a objetiva de maior aumento, olhando por fora para evitar o choque com a lamínula. à Olhar pela ocular e abaixar o tubo ou elevar a platina com o macrométrico muito lentamente; assim que a imagem aparecer, mesmo confusa, parar e completar a focalização com o micrométrico. à O uso da objetiva de imersão é mais delicado, pois a distância focal entre a face da objetiva e a parte superior da lamínula, diminui quando a ampliação é aumentada. à Em primeiro lugar, assegure-se da existência de algo no campo, posicionando a objetiva de menor aumento. à Certifique-se que a iluminação e o objeto estão bem centrados, suspenda o tubo e coloque uma gota de óleo no centro da operação; o óleo deve ter o mesmo índice de refração da objetiva; à Abaixe o tubo até colocar a lente frontal em contato com a gota de óleo ainda convexa, até a mudança de forma da mesma; suspenda levemente o tubo, mas sem perda de contato com a gota, coloque os olhos nas oculares e abaixe o tubo muito lentamente; assim que a imagem aparecer, complete a focalização com o micrométrico. 4

8 Assunto 1: Meios de cultura e Técnicas de Semeadura Introdução O estudo de bactérias exige o prévio isolamento e identificação, para tanto, são utilizados diversos meios de cultura diferentes. Meio de cultura é uma mistura de nutrientes que possibilitam o crescimento in vitro de microorganismos. A maioria das bactérias cresce em meios de cultura. As exceções são as ricketsias, clamídias, Mycobacterium leprae e Treponema, que são parasitos intracelulares obrigatórios. Neste caso, estes microorganismos podem ser cultivados em culturas de células e ovos embrionados. Inoculação é a contaminação proposital de um meio de cultura, ou seja, é a transferência de um determinado número de microorganismos para um meio de cultura a fim de que estes se desenvolvam e permitam a sua identificação. A inoculação das bactérias em diferentes meios envolve várias técnicas de semeadura. Toda a manipulação realizada em laboratório (com meios, cultura e material utilizado) requer certos cuidados para evitar a contaminação. Esses procedimentos são denominados técnicas assépticas. Fundamentação teórica Meios de Cultura Os diversos meios de cultura existentes podem ser classificados de diversas formas: Quanto à composição Naturais Artificiais São aqueles encontrados na natureza, de origem vegetal (p.ex.: pedaço de batata, de abóbora) ou animal (p.ex.: gema de ovo, pedaço de carne) São aqueles fabricados em laboratório, constituído de substâncias químicas, podendo ser definidos ou indefinidos (complexos) Definidos Indefinidos Possui composição definida, ou seja, se conhece qualitativa e quantitativa sua composição. A sua composição real não é conhecida, apenas é feita uma estimativa qualitativa. Por exemplo: meios suplementados com sangue, gema de ovo, alimentos... Quanto ao estado Líquido São desprovidos de Agar à caldo 5

9 físico Quanto à finalidade e características Semi-sólido Sólido Simples Enriquecido De enriquecimento Seletivo Diferencial Indicadores De estoque Apresentam em sua composição até 1% de Agar. Apresentam em sua composição de 1,5 a 2,5% de Agar. Só possui os nutrientes básicos para o crescimento das bactérias em geral. Além dos nutrientes básicos possui elementos nutritivos a mais, como fatores promotores de crescimento (sangue...), mas não é específico. É suplementado com nutrientes específicos para o microorganismo que se deseja pesquisar. Além disso, possui nutrientes agentes inibidores de determinados microorganismos, mas não permite o isolamento da bactéria, pois é um meio líquido. Por exemplo: aminoácidos (lisina à Salmonella) Possui agentes inibidores de determinados microorganismos. Permite a identificação e isolamento da bactéria, pois é um meio sólido (permite a visualização de UFCs). Por exemplo: Agar EMB à inibe Gram+ Permite a diferenciação de diferentes microorganismos. Por exemplo: a diferenciação de bactérias fermentadoras e não fermentadoras da lactose no Agar EMB. Possuem agentes que indicam determinadas reações no meio, para a determinação do metabolismo das bactérias. Por exemplo: ferro no meio à pode indicar a produção de H 2 S pelo enegrecimento do meio. (sulfeto ferroso) *** geralmente o agente é um indicador de ph Meios onde são estocadas culturas puras para posterior utilização. Geralmente são meios semisólidos. Técnicas de Semeadura As técnicas de semeadura são o método pelo qual se transfere inóculos bacterianos de um meio de cultura ou material a ser analisado (secreções, alimentos) para um outro meio de cultura. Para garantir que apenas o microorganismo desejado seja semeado, são utilizadas as técnicas assépticas: procedimentos que devem ser adotados visando a não contaminação de materiais, meios e culturas. As técnicas de assepsia incluem: è fazer a desinfecção da área de trabalho e anti-sepsia das mãos ANTES e DEPOIS de qualquer trabalho. (1) 6

10 è trabalhar SEMPRE na área de segurança: uma área de aproximadamente 10 cm ao redor da chama do bico de Bunsen. (2) è esterilizar adequadamente todo material (p.ex.: alças e agulhas bacteriológicas) ANTES e DEPOIS de seu uso à sempre aquecer da base para a ponta, evitando a formação de aerossóis. (3) è flambar a boca dos frascos e tubos ANTES e DEPOIS das inoculações, evitando a contaminação da cultura/material a ser analisado e garantindo que somente o microorganismo desejado será inoculado. (4) De acordo com as características físicas dos meios de origem e destino, além da finalidade da inoculação, podem-se utilizar diferentes técnicas de inoculação. A transferência de inóculo de um meio para outro também é denominada genericamente como repique. A seguir, veremos quais são as técnicas de inoculação: Semeadura em meios sólidos Meio inclinado em tubos Estria sinuosa: semear com alça ou agulha bacteriológica, em zig-zag, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio). Objetivo: obtenção de intensa massa de microorganismos ou Estria Reta: semear com agulha bacteriológica, fazendo uma linha reta, com cuidado de não ferir o Agar, partindo da base para a extremidade do bizel (superfície inclinada do meio). 7

11 Objetivo: obtenção de pequena massa de microorganismos. Meio em camada alta Picada Central: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste. Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas. Picada em Profundidade: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste. Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas. Meio em placa de Petri Pour-plate ou disseminação (método em profundidade): Transferir 1 ml da cultura para placa de Petri vazia, colocar ml do meio fundido (e resfriado a cerca de C) sobre a cultura e homogeneizar suavemente com movimentos circulares. Objetivo: contagem bacteriana. É utilizado também para análise de microorganismos anaeróbios, adicionando uma outra camada de meio fundido após o endurecimento da primeira camada. Estria simples: transferir uma alçada da cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A estria pode ser realizada em movimento de zigzag (estria sinuosa) ou como uma linha reta sobre o meio (estria reta). Objetivo: Essa técnica é muito utilizada para visualização de determinadas propriedades metabólicas, como a produção de enzimas hidrolíticas (hidrólise de substâncias do meio - gema de ovo, sangue...), e produção de pigmentos. Esgotamento em estrias ou estrias múltiplas: transferir uma alçada da cultura para meio sólido em placa e estriar com a alça bacteriológica sobre o meio. A placa é dividida em 4 quadrantes e a inoculação pode ser feita de 2 tipos: à em 3 estrias: estriar em metade da placa, com movimentos de zig-zag. Quando atingir a metade, 8

12 ou girar a placa 90 e estriar até a metade (1/4 da placa), girar mais 90 e estriar o meio restante. à em 4 estrias: estriar até 2/3 da metade da placa, girar 90, estriar 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90, estriar mais 2/3 do próximo quadrante (1/4 da placa), girar 90 e estriar o restante do meio. Objetivo: obtenção de colônias isoladas. É importante não cruzar as estrias (não tocar a alça na estria anterior), para reduzir o inóculo a cada estria e obter as colônias isoladas. Pode-se, alternativamente, flambar a alça entre as estrias e tocar a ponta da estria anterior, arrastando um pequeno inóculo para a próxima estria. Spread-plate ou distensão: Transferir 0,1 ml da cultura para o meio sólido na placa e espalhar uniformemente com a própria ponta da pipeta, ou alça bacteriológica / swab / alça Drigalsky. Objetivo: obtenção de crescimento confluente, ou para contagem bacteriana. Esta técnica é muito utilizada na realização de antibiogramas. Semeadura em meios semi-sólidos Picada em Profundidade: semear com agulha bacteriológica, no centro do Agar. Dependendo da finalidade, o inóculo deve penetrar até 2/3 do tubo ou até o fundo deste. Objetivo: é utilizado para verificar fermentação e motilidade em algumas técnicas. Além disso, o meio também é utilizado para estocar culturas puras. 9

13 Semeadura em meios líquidos Difusão: uma alçada da colônia (Agar em placa) ou da cultura (de outro meio ou líquido) é introduzida no meio líquido, com agitação da alça, para maior difusão dos microorganismos (da alça para o meio e homogeneização no meio). Pode-se inclinar o tubo a 30 e esfregar o inóculo na parede do mesmo, quando o tubo retornar à posição original o inóculo se difundirá no meio. Objetivo: é um repique genérico para crescimento bacteriano em meio líquido. Objetivos Após a realização da atividade prática você será capaz de: è executar e determinar a finalidade das principais técnicas de semeadura de bactérias em diferentes meios (líquidos, semi-sólidos e sólidos), tanto em tubos quanto em placas; è caracterizar os diferentes meios de cultura e a finalidade de cada um; è identificar e executar as técnicas de assepsia em laboratório. Material Para a atividade prática serão utilizados: - Placa de Petri com Agar - Tubo com Agar inclinado - Placa de Petri estéril - Tubo com Agar semi-sólido - Tubo com Agar em camada alta - Cultura bacteriana em caldo e em Agar - Amostra de água em tubo (para a técnica do pour plate) - Pipetas estéreis - Alça e agulha bacteriológicas 10

14 Execução da prática A partir de cultura em placa: - a partir de um crescimento isolado obtido em placa, pegar uma colônia com auxílio de uma alça bacteriológica e transferir para o tubo com caldo, através do processo de difusão. A partir de cultura em caldo: - a partir de um crescimento obtido em caldo, realizar as seguintes inoculações: 1. Com auxílio de uma alça bacteriológica, transferir o inóculo para o tubo com caldo, através da técnica de difusão. 2. Com auxílio de uma alça ou agulha bacteriológica, transferir o inóculo para o tubo com Agar inclinado, através da técnica de estria (sinuosa ou reta). 3. Com auxílio de uma alça bacteriológica, transferir o inóculo para a placa com Agar, através da técnica de esgotamento em estrias (3 ou 4 estrias). 4. Com auxílio de uma agulha bacteriológica, transferir o inóculo para o tubo com Agar semisólido, através da técnica de picada central. 11

15 A partir da amostra de água: - com o auxílio de uma pipeta estéril, transferir 1 ml da amostra de água para uma placa estéril e adicionar o meio fundido, realizando a técnica do pour plate. 12

16 Após a execução de todas as inoculações, incubar os meios a 37 C por 24 horas. Observar e interpretar o crescimento nos meios, destacando aquele empregado no isolamento de colônias (esgotamento em estrias). Exercícios de fixação 1. Qual a diferença entre os meios de enriquecimento e seletivo? 2. Qual a finalidade da técnica do spread plate ou técnica do espalhamento? 3. Por que não devemos cruzar as estrias na técnica do esgotamento em estrias? 4. Por que devem ser realizadas as técnicas assépticas? 5. Por que utilizamos diferentes meios durante a análise de um determinado material (p.ex.: alimento)? 6. Para uma cultura que esteja guardada há muito tempo (sob refrigeração), qual o tipo de meio devemos utilizar para retornar a utilizá-la numa atividade prática? 7. Para determinar a presença de um microorganismo específico num material que esteja muito contaminado, quais os tipos de meios que devemos utilizar? 13

17 Observações 14

18 Assunto 2: Bactérias no Ambiente Introdução A presença de bactérias pode ser verificada em quase todos os ambientes. A exposição de alimentos, sua manipulação e conservação incorretas, são fatores que levam à sua contaminação por microorganismos. Os microorganismos podem ter relação com o alimento de três formas: è adicionados intencionalmente: são aqueles que provocam alterações desejáveis nos alimentos, como os lactobacilos, que fermentam o leite, transformando-o em iogurte, queijo (etc). è deterioradores: durante o seu desenvolvimento, estes microorganismos causam mudanças desagradáveis nos alimentos, tornando-os impróprios para o consumo, como os coliformes, que deterioram alimentos como queijos frescais, leite (etc). è patogênicos: podem colonizar o alimento e representam um risco à saúde de quem ingerir este alimento (com o microorganismo ou com toxinas formadas por este), como Salmonella sp., Staphylococcus aureus e outros. Fundamentação teórica As bactérias estão presentes em todos os ambientes. Muitas vezes, sua presença não é prejudicial, como os microorganismos que colonizam a nossa pele e o nosso trato gastrintestinal. Algumas vezes esta presença é até benéfica, como a utilização de microorganismos na indústria de alimentos na produção de alimentos fermentados, como diversas bebidas. Quem nunca ouviu falar em alimentos pré e pró bióticos? São alimentos que contém em sua composição microorganismos vivos que, quando no nosso organismo, causam reações benéficas (como auxiliar a regulação do trânsito gastrintestinal), ou estimulam os microorganismos da nossa microbiota normal a exercer seu papel benéfico no nosso organismo (como a produção de vitamina K pelas bactérias do nosso trato gastrintestinal). Mas, nem sempre a relação alimento x microorganismos x homem é benéfica. Diversos microorganismos têm a capacidade de nos causar doenças, até mesmo os microorganismos da nossa microbiota normal (em casos de redução da atividade imunológica, causando doenças oportunistas), e muitos casos podem ser veiculados por alimentos. É importante ressaltar que os alimentos por si só não são fontes de contaminação, mas podem veicular esta contaminação adquirida, podendo causar doenças. As principais fontes de contaminação são o solo e a água, as plantas, os utensílios utilizados na preparação do alimento (contaminação cruzada), o trato gastrintestinal do homem e de animais, os próprios manipuladores de alimentos, a ração animal, a pele dos animais, e até o ar. A indústria de alimentos vem crescendo e a preocupação com a obtenção de alimentos com qualidade tanto do ponto de vista tecnológico (o alimento deve ser nutritivo, competitivo, aceitável no mercado, etc.) quanto microbiológico (segurança alimentar) está cada vez mais desenvolvida. O nutricionista tem papel fundamental nesse controle, pois a manipulação, preparo e conservação inadequados estão freqüentemente associados a doenças (intoxicações ou infecções) microbianas. O manipulador de alimentos deve ter treinamento constante para que não contamine o alimento com técnicas e hábitos anti-higiênicos. 15

19 É dever do nutricionista conhecer os riscos associados à precariedade no cuidado com os alimentos para melhor orientação e supervisão das atividades de qualquer UAN (Unidade de Alimentação e Nutrição), restaurante ou indústria, evitando a disseminação de doenças através dos alimentos. Objetivos Após a realização da atividade prática você será capaz de: è constatar a presença de bactérias no ambiente; è compreender a importância dos critérios básicos de higiene na produção e manipulação de alimentos, visando evitar a contaminação dos mesmos por bactérias ambientais ou por portadores de microorganismos patogênicos; è diferenciar fontes de contaminação e veículos de contaminação; è comentar sobre o papel de bactérias ambientais como eventuais deterioradoras de alimentos. Material - 2 Placas de Petri com Agar - swab estéril Execução da prática Bactérias no ambiente: - 1 placa com Agar deve ser exposta ao ambiente, fora da área de segurança. Cada grupo deixará a placa em exposição por um tempo diferente (5 / 10 / 15 / 20 minutos) - após o tempo de exposição, a placa deve ser tampada novamente. Bactérias nas superfícies: - 1 placa com Agar deve ser dividida em 4 quadrantes - em cada quadrante deve ser inoculado um material diferente, para a verificação de bactérias em diversas superfícies, de acordo com o diagrama representado a seguir: 16

20 Após a execução de todas as inoculações, incubar os meios a 37 C por 24 horas. Observar e interpretar o crescimento nos meios. Exercícios de fixação 1. Qual o papel do nutricionista na qualidade microbiológica dos alimentos? 2. Por que é necessário tomar medidas de controle no ambiente em que se preparam e/ou manipulam alimentos? 3. O que é contaminação cruzada? 4. Os alimentos podem ser considerados fonte de contaminação? 5. Quais são as principais fontes de contaminação dos alimentos? Observações 17

21 Assunto 3: Controle Microbiano Introdução Como já vimos, as bactérias estão em quase todos os ambientes e superfícies, e não é desejável que muitos materiais se contaminem com elas, como os alimentos, os utensílios utilizados na sua preparação, medicamentos, e outros. Para tanto, podemos aplicar diversos métodos de controle microbiano. O crescimento microbiano é fortemente influenciado por fatores ambientais (fatores extrínsecos), quais sejam: temperatura ambiental, umidade relativa do ambiente, composição gasosa do ambiente. O controle microbiano compreende uma série de procedimentos com a finalidade de reduzir a quantidade, eliminar, diminuir / impedir a multiplicação de microorganismos existente em ambientes, utensílios, e superfícies vivas ou inanimadas. A conservação de alimentos envolve sempre o uso de uma ou mais técnicas empregadas no controle microbiano. Fundamentação teórica Antes de conhecer os processos utilizados para controle microbiano e compreender seu modo de ação, é importante que alguns conceitos muito utilizados sejam definidos: è Desinfecção: redução do número de microorganismos em uma matéria inanimada (ambientes, superfícies, objetos, alimentos) è Sanitização: igual a desinfecção (termo utilizado na indústria de alimentos) è Esterilização: destruição total de microorganismos em um material è Anti-sepsia: redução do número de microorganismos em matéria viva (pele) è Assepsia: conjunto de técnicas e/ou medidas assépticas, que visam a não contaminação de algo (por exemplo, de alimentos durante o preparo) Definidos estes conceitos, podemos comentar sobre os principais meios de controle microbiano, que pode ser feito através de agentes químicos ou físicos. Controle Microbiano por Agentes Físicos Calor Pode ser utilizado em duas formas: calor seco e calor úmido. 18

22 É o método mais empregado para destruição de microorganismos devido ao seu baixo custo de aplicação, fácil aplicação, eficácia e praticidade. Calor seco Calor úmido Modo de ação: Oxidação de componentes celulares Modo de ação: Desnaturação de componentes celulares Flambagem - Definição: contato direto do material a ser tratado com o fogo. É esterilizante - Aplicação: materiais metálicos (p.ex.: alça bacteriológica) Forno ou estufa - Definição: o material é submetido a uma temperatura de C por 1 2 horas. É esterilizante - Aplicação: vidrarias e metais (material cirúrgico) Incineração - Definição: queima total do material. É esterilizante. - Aplicação: materiais descartáveis (principalmente materiais hospitalares) Pasteurização - Definição: aplicação de calor inferior a 100 C. É desinfetante (não elimina formas esporuladas). Pode ser classificada em: à lenta: 63 C / 30 minutos à rápida: 72 C / 15segundos - Aplicação: diversos alimentos são pasteurizados, como sucos, leite, etc. Fervura - Definição: aplicação de calor a 100 C por 15 minutos. É desinfetante (não elimina formas esporuladas). - Aplicação: alimentos em geral, p.ex.: leite Autoclavação - Definição: aplicação de calor a 121 C a uma pressão de 1 atm, por minutos. - Aplicação: materiais, meios, utensílios. Diversos alimentos são tratados por este processo, p.ex.: alimentos enlatados (apertização). Esterilização - Definição: aplicação de calor maior que 100 C. Alimentos denominados UAT (UHT) são submetidos a uma temperatura de C por 2 4 segundos e rapidamente resfriados e acondicionados em recipientes estéreis. - Aplicação: diversos alimentos, como o leite UAT O calor úmido é mais eficaz que o calor seco, pois a água é melhor condutora de calor quando comparada com o ar. 19

23 Não ionizantes Ionizantes Radiações Luz Ultravioleta - possui atividade máxima num comprimento de onda de 260 nm - é desinfetante - geralmente é utilizado em ambientes - não é penetrante à desinfecção apenas superficial - a lâmpada tem vida útil de 200 horas (aproximadamente) - age no DNA microbiano, gerando mutações letais Radiação Gama - é esterilizante - mais energético que UV, atua num comprimento de onda menor - age ionizando componentes celulares, levando à morte - muito utilizado em produtos hospitalares descartáveis - seu uso nas indústrias de alimentos está crescendo - possui baixo poder de penetração à desinfecção apenas superficial Clarificante Esterilizante Filtração - retém as impurezas grosseiras - é desinfetante - possui poros iguais ou menores que 1 mm, podendo reter, inclusive, alguns vírus. Outros Pressão osmótica Dessecação Liofilização Baixas temperaturas Adição de NaCl - também conhecida como salga - reduz a atividade de água do alimento, impedindo o metabolismo microbiano. Também pode causar lise osmótica da célula bacteriana. - muito utilizada em produtos cárneos (carne seca, pescado) Adição de outros sólidos (açúcares) - utilizado na fabricação de compotas e alimentos em calda - reduz a atividade de água do alimento, impedindo o metabolismo microbiano - muito empregado para conservação de frutas e hortaliças - retirada umidade do alimento em maior ou menor grau - reduz a atividade de água do alimento, impedindo o metabolismo microbiano - aplicação de dessecação em vácuo (pressão negativa) - reduz a atividade de água do alimento, impedindo o metabolismo microbiano - seu emprego na indústria de alimentos é crescente Refrigeração 20

04/06/2009. 1. Introdução. Esterilização: É a destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos.

04/06/2009. 1. Introdução. Esterilização: É a destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos. CONTROLE DO CRESCIMENTO MICROBIANO Verônica Ortiz Alvarenga 1. Introdução Esterilização: É a destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo endosporos. Esterilização comercial: É o tratamento

Leia mais

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras

MEIOS DE CULTURA DESENVOLVIMENTO OU PRODUÇÃO DE MEIOS DE CULTURA. Necessidade Bactérias Leveduras MEIOS DE CULTURA Associação equilibrada de agentes químicos (nutrientes, ph, etc.) e físicos (temperatura, viscosidade, atmosfera, etc) que permitem o cultivo de microorganismos fora de seu habitat natural.

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS

IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS PRÁTICA N o. 02 IDENTIFICAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DE GRUPOS FUNCIONAIS: Parte 1: ALDEÍDOS E CETONAS OBJETIVOS: Esta prática tem como objetivo a identificação e confirmação de grupos funcionais de aldeídos e

Leia mais

Controle de populações microbianas: eficácia da ação de desinfetantes sobre superfícies inertes

Controle de populações microbianas: eficácia da ação de desinfetantes sobre superfícies inertes Departamento de Microbiologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Minas Gerais http://www.icb.ufmg.br/mic Controle de populações microbianas: eficácia da ação de desinfetantes sobre

Leia mais

Normas Adotadas no Laboratório de Microbiologia

Normas Adotadas no Laboratório de Microbiologia Normas Adotadas no Laboratório de Microbiologia As aulas práticas de microbiologia têm como objetivo ensinar ao estudante os princípios e os métodos utilizados em um laboratório de microbiologia. Nessas

Leia mais

Prática 1 MATERIAL E TÉCNICAS BÁSICAS UTILIZADAS NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

Prática 1 MATERIAL E TÉCNICAS BÁSICAS UTILIZADAS NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA Prática 1 MATERIAL E TÉCNICAS BÁSICAS UTILIZADAS NO LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA Prática 1 Microrganismos Localização em todos os ambientes naturais; Populações mistas; Necessidade de isolamento. Cultura

Leia mais

Esterilização e desinfecção

Esterilização e desinfecção Esterilização e desinfecção História 1683 Leeuwenhoek 1857 Pasteur Ignatz Semmelweis (1816-1865) Joseph Lister (1827-1912) Introduz a higienização hospitalar: - Lavagem de mãos - Lavagem de material cirúrgico

Leia mais

MICROBIOLOGIA. Atividades Práticas 4º ANO

MICROBIOLOGIA. Atividades Práticas 4º ANO Centro Universitário Fundação Santo André Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MICROBIOLOGIA Atividades Práticas 4º ANO NOME: Nº: 4º Profa. Dra. Márcia Zorello Laporta 2007

Leia mais

Sandra Heidtmann 2010

Sandra Heidtmann 2010 Sandra Heidtmann 2010 Definições: Amostra: Pequena parte ou porção de alguma coisa que se dá para ver, provar ou analisar, a fim de que a qualidade do todo possa ser avaliada ou julgada; Coleta: Ato de

Leia mais

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp.

Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. Resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. Síntese das investigações desde a descoberta de novos antimicrobianos Final do século XIX: Pasteur efetuou relatos sobre antagonismo entre diferentes

Leia mais

14-03-2010. As bactérias são os mais simples organismos vivos.

14-03-2010. As bactérias são os mais simples organismos vivos. OBSERVAÇÃO DE BACTÉRIAS USANDO A COLORAÇÃO DE GRAM As bactérias são organismos unicelulares procariontes. As bactérias têm um tamanho muito reduzido: mil milhões conseguem caber num centímetro quadrado

Leia mais

Uso correcto dos antibióticos

Uso correcto dos antibióticos CAPÍTULO 7 Uso correcto dos antibióticos Quando usados correctamente, os antibióticos são medicamentos extremamente úteis e importantes. Eles combatem diversas infecções e doenças causadas por bactérias.

Leia mais

Os microrganismos e suas funções

Os microrganismos e suas funções ós na ala de Aula - Ciências 6º ao 9º ano - unidade 3 essa unidade, as atividades propostas visam colaborar para desenvolver novas perspectivas sobre a fermentação, processo realizado por fungos e bactérias.

Leia mais

Experimento. Técnicas de medição de volumes em Laboratório. Prof. Honda Experimento Técnicas de medição de volumes em Laboratório Página 1

Experimento. Técnicas de medição de volumes em Laboratório. Prof. Honda Experimento Técnicas de medição de volumes em Laboratório Página 1 Experimento Técnicas de medição de volumes em Laboratório Objetivo: Conhecer os materiais volumétricos e as técnicas de utilização desses materiais. I. Introdução teórica: Medir volumes de líquidos faz

Leia mais

EQB353 Microbiologia Industrial Escola de Química / UFRJ

EQB353 Microbiologia Industrial Escola de Química / UFRJ DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO O crescimento de micro-organismos pode ser controlado através de métodos químicos e físicos. Este controle pode levar à eliminação total dos micróbios ou não. Dentre os métodos

Leia mais

Preparo de Materiais em microbiologia,meios de cultura usados no laboratório, técnicas de semeadura e Colorações

Preparo de Materiais em microbiologia,meios de cultura usados no laboratório, técnicas de semeadura e Colorações Preparo de Materiais em microbiologia,meios de cultura usados no laboratório, técnicas de semeadura e Colorações Prof (a) Dr Luciana Debortoli de Carvalho Preparo de materiais Meios de Cultura O crescimento

Leia mais

MANUAL DE COLETA DE AMOSTRAS

MANUAL DE COLETA DE AMOSTRAS MANUAL DE COLETA DE AMOSTRAS Rua: Victor Sopelsa, nº 3000 Bairro Salete E-mail: sac-lableite@uncnet.br Fone: (49) 3441-1086 Fax: (49) 3441-1084 Cep: 89.700-000 Concórdia Santa Catarina Responsável /Gerente

Leia mais

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Higienização das Mãos

COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR. Higienização das Mãos COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR *Definição: Higienização das Mãos Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda superfície das mãos e punhos,

Leia mais

SEGURANÇA E TÉCNICA DE LABORATÓRIO AULA 01: ORGANIZANDO O LABORATÓRIO TÓPICO 03: ORGANIZAÇÃO LABORATORIAL O laboratório, seja de uma indústria, de um centro de pesquisa ou de uma instituição de ensino

Leia mais

As forças atrativas entre duas moléculas são significativas até uma distância de separação d, que chamamos de alcance molecular.

As forças atrativas entre duas moléculas são significativas até uma distância de separação d, que chamamos de alcance molecular. Tensão Superficial Nos líquidos, as forças intermoleculares atrativas são responsáveis pelos fenômenos de capilaridade. Por exemplo, a subida de água em tubos capilares e a completa umidificação de uma

Leia mais

Boas práticas na manipulação do pescado

Boas práticas na manipulação do pescado Boas práticas na manipulação do pescado O Brasil tem uma grande variedade de pescados e todas as condições para a produção deste alimento saudável e saboroso. Para que o pescado continue essa fonte rica

Leia mais

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio

TRATAMENTO DA ÁGUA. Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio TRATAMENTO DA ÁGUA Professora: Raquel Malta Química 3ª série - Ensino Médio Água poluída: água inadequada para beber ou para fazer nossa higiene. Diversas substâncias naturalmente presentes na água são

Leia mais

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB VIRTUAL LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS A DISTÂNCIA

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB VIRTUAL LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS A DISTÂNCIA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA - UFPB VIRTUAL LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS A DISTÂNCIA DISCIPLINA BIOQUÍMICA ESTRUTURAL Ministrante: Prof. Dr. Carlos Alberto de Almeida

Leia mais

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA MOLECULAR

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA MOLECULAR FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO AUTARQUIA ESTADUAL LEI Nº 8899 de 27/09/94 (Reconhecida pelo Decreto Federal nº 74179 de 14/06/74) Av. Brigadeiro Faria Lima, 5416 CEP 15090-000 Fone: 17

Leia mais

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR

1. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO DO CALOR UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - UNIC FACULDADE DE NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA 2º/ 4 O PROFA. IVETE ARAKAKI FUJII. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE PELO MÉTODO DO AQUECIMENTO DIRETO- TÉCNICA GRAVIMÉTRICA COM EMPREGO

Leia mais

Cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição Disciplina Mecanismos Básicos de Saúde e Doença MCW 240 Estudo Dirigido P2 / Parte I 2012/1

Cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição Disciplina Mecanismos Básicos de Saúde e Doença MCW 240 Estudo Dirigido P2 / Parte I 2012/1 Cursos de Enfermagem e Obstetrícia, Medicina e Nutrição Disciplina Mecanismos Básicos de Saúde e Doença MCW 240 Estudo Dirigido P2 / Parte I 2012/1 1. Agentes que matam bactérias são: (A) inibitórios (B)

Leia mais

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses

Exercícios de Monera e Principais Bacterioses Exercícios de Monera e Principais Bacterioses 1. (Fuvest) O organismo A é um parasita intracelular constituído por uma cápsula protéica que envolve a molécula de ácido nucléico. O organismo B tem uma membrana

Leia mais

ManualdeInstruções einformaçõestécnicas ESTERILIZADORDEAR AKR-EARD/C-36W UVC. lâmpadasequipamentosespeciais

ManualdeInstruções einformaçõestécnicas ESTERILIZADORDEAR AKR-EARD/C-36W UVC. lâmpadasequipamentosespeciais ManualdeInstruções einformaçõestécnicas ESTERILIZADORDEAR AKR-EARD/C-36W 2 3 ManualdeInstruções Avisos... 4 Ultravioleta C... 5 Descrição do Equipamento... 8 InformaçõesTécnicas Instalação... 10 Operação...

Leia mais

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS

MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei nº 11.097, de 13 de janeiro de 2005,

Leia mais

Noções básicas de Segurança em Laboratório. Professora Mirian Maya Sakuno

Noções básicas de Segurança em Laboratório. Professora Mirian Maya Sakuno Noções básicas de Segurança em Laboratório Professora Mirian Maya Sakuno Laboratório labor = trabalho + oratorium = lugar de concentração Uso inadequado do laboratório PERIGO!!! Regras básicas Não... não

Leia mais

NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO NORMAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO 1. INTRODUÇÃO Toda e qualquer atividade prática a ser desenvolvida dentro de um laboratório apresentam riscos e estão propensas a acidentes. Devemos então utilizar normas

Leia mais

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA

QUÍMICA CELULAR NUTRIÇÃO TIPOS DE NUTRIENTES NUTRIENTES ENERGÉTICOS 4/3/2011 FUNDAMENTOS QUÍMICOS DA VIDA NUTRIÇÃO QUÍMICA CELULAR PROFESSOR CLERSON CLERSONC@HOTMAIL.COM CIESC MADRE CLÉLIA CONCEITO CONJUNTO DE PROCESSOS INGESTÃO, DIGESTÃO E ABSORÇÃO SUBSTÂNCIAS ÚTEIS AO ORGANISMO ESPÉCIE HUMANA: DIGESTÃO ONÍVORA

Leia mais

TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

TECNOLOGIA DE ALIMENTOS TECNOLOGIA DE ALIMENTOS NUTRIÇÃO UNIC Profª Andressa Menegaz Conservação por irradiação A irradiação pode servir para: -destruir os microrganismos; -retardar a germinação de certos legumes; -destruir os

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO DO OESTE

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO DO OESTE PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO DO OESTE PROCESSO SELETIVO Nº001/2010 AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS NOME DO CANDIDAT0: ASSINATURA: RIO DO OESTE 27 DE JANEIRO DE 2010 Instruções: Antes de começar a realizar

Leia mais

Separação de Misturas

Separação de Misturas 1. Introdução Separação de Misturas As misturas são comuns em nosso dia a dia. Como exemplo temos: as bebidas, os combustíveis, e a própria terra em que pisamos. Poucos materiais são encontrados puros.

Leia mais

Higienização do Ambiente Hospitalar

Higienização do Ambiente Hospitalar Higienização do Ambiente Hospitalar Enfª Mirella Carneiro Schiavon Agosto/2015 O serviço de limpeza tem por finalidade preparar o ambiente de saúde para suas atividades, mantê-lo em ordem e conservar equipamentos

Leia mais

OBJETIVOS DO TREINAMENTO

OBJETIVOS DO TREINAMENTO OBJETIVOS DO TREINAMENTO O QUE VOCÊ APRENDERÁ NO TREINAMENTO? A importância do cozimento e da preparação dos alimentos. Quais são as tecnologias exclusivas incorporadas na fabricação das panelas icook

Leia mais

Prova Experimental Física, Química, Biologia

Prova Experimental Física, Química, Biologia Prova Experimental Física, Química, Biologia Complete os espaços: Nomes dos estudantes: Número do Grupo: País: BRAZIL Assinaturas: A proposta deste experimento é extrair DNA de trigo germinado e, posteriormente,

Leia mais

CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO

CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO Clique para editar o estilo do subtítulo mestre Sala de Preparo e Esterilização Equipe: Carla, Marcela e Maria Cristina 6º Período de Enfermagem UNIS Sala de preparo A

Leia mais

Departamento de Química Inorgânica 2. SOLUÇÕES

Departamento de Química Inorgânica 2. SOLUÇÕES 2. SOLUÇÕES I. INTRODUÇÃO Soluções são misturas homogêneas de dois ou mais componentes, sendo que estes estão misturados uniformemente em nível molecular. Em nosso cotidiano temos diversos exemplos de

Leia mais

Por que os alimentos estragam? Introdução. Materiais Necessários

Por que os alimentos estragam? Introdução. Materiais Necessários Intro 01 Introdução Quando deixamos um alimento aberto ou fora da geladeira por alguns dias, ele estraga. Aparece mofo, bolor e, dependendo da quantidade de tempo, pode aparecer até larvas. O tipo de alimento

Leia mais

MANUAL DO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO

MANUAL DO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO MANUAL DO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO Manual desenvolvido pela equipe de monitoras, sob a supervisão da disciplina de Tecnologia de Alimentos (Curso de Nutrição) para normatização das atividades desenvolvidas

Leia mais

Regras Básicas de Segurança Em Laboratórios de Química

Regras Básicas de Segurança Em Laboratórios de Química Regras Básicas de Segurança Em Laboratórios de Química O que deve ser sempre lembrado é que: A segurança depende de cada um. É importante que o pessoal se habitue a trabalhar com segurança fazendo com

Leia mais

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Segurança ao Cliente, Sucesso ao seu Negócio!

BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Segurança ao Cliente, Sucesso ao seu Negócio! BOAS PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO: Segurança ao Cliente, Sucesso ao seu Negócio! Dra. Marlise Potrick Stefani, MSc Nutricionista Especialista e Mestre em Qualidade, Especialista em Alimentação Coletiva

Leia mais

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM

AMOSTRAGEM AMOSTRAGEM Procedimento pré-estabelecido para seleção, retirada, preservação, transporte e preparação das porções a serem removidas do lote como amostras, de uma maneira tal que o tratamento matemático dos testes

Leia mais

Ubiquidade de microorganismos. Introdução. Materiais Necessários

Ubiquidade de microorganismos. Introdução. Materiais Necessários dução Os microorganismos (fungos, bactérias e vírus) são chamados assim por terem um tamanho bastante reduzido. Eles são tão pequenos que não conseguimos enxergá-los a olho nu, mas apenas utilizando microscópio

Leia mais

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal Você éo que você come(u)! Esta éuma visão do passado Vamos prever o futuro? Você

Leia mais

Exercício 2 DNA e Eletroforese

Exercício 2 DNA e Eletroforese Exercício 2 DNA e Eletroforese Você já aprendeu sobre as enzimas de restrição e como elas clivam o DNA em fragmentos. Você também deve ter notado que, em alguns mapas de restrição, uma enzima pode produzir

Leia mais

4 MÉTODO ANALÍTICO EMPREGADO NA DETERMINAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL

4 MÉTODO ANALÍTICO EMPREGADO NA DETERMINAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL 39 4 MÉTODO ANALÍTICO EMPREGADO NA DETERMINAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL 4.1 O Processo de absorção atômica A absorção de energia por átomos livres, gasosos, no estado fundamental, é a base da espectrometria

Leia mais

Instruções de Uso do Aplicador

Instruções de Uso do Aplicador CM09FEV11 AXERON (testosterona) solução tópica Instruções de Uso do Aplicador Antes de usar seu novo aplicador de AXERON leia as Instruções de Uso. Siga cuidadosamente as instruções ao utilizar o aplicador

Leia mais

Como funciona uma autoclave. Introdução. Materiais Necessários. A autoclave

Como funciona uma autoclave. Introdução. Materiais Necessários. A autoclave Intro 01 Introdução A autoclave A autoclave é um aparelho muito utilizado em laboratórios de pesquisas e hospitais para a esterilização de materiais. O processo de autoclavagem consiste em manter o material

Leia mais

3.1 Determinação do Teor de Ácido Ascórbico e de Ácido Cítrico no

3.1 Determinação do Teor de Ácido Ascórbico e de Ácido Cítrico no Capítulo 3 Procedimento Experimental. CAPÍTULO 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Resíduo 3.1 Determinação do Teor de Ácido Ascórbico e de Ácido Cítrico no O primeiro passo foi à preparação das soluções necessárias

Leia mais

Química Fundamental Informações Gerais Data: 29 de Fevereiro de 2012 NORMAS DE SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

Química Fundamental Informações Gerais Data: 29 de Fevereiro de 2012 NORMAS DE SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO Química Fundamental Informações Gerais Data: 29 de Fevereiro de 2012 NORMAS DE SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO Funcionamento do Laboratório Dependendo da atividade prática, os alunos encontrarão

Leia mais

Prática 3 Impressão em Papel Salgado 29 de Setembro de 2007 Cadeira Processos de Impressão com Prata

Prática 3 Impressão em Papel Salgado 29 de Setembro de 2007 Cadeira Processos de Impressão com Prata Prática 3 Impressão em Papel Salgado 29 de Setembro de 2007 Cadeira Processos de Impressão com Prata Licenciatura em Fotografia, 2º ano, 2008-2009 Departamento de Fotografia Luis Pavão Escola Superior

Leia mais

NORMAS DE SEGURANÇA E APARELHAGEM UTILIZADA EM LABORATÓRIO

NORMAS DE SEGURANÇA E APARELHAGEM UTILIZADA EM LABORATÓRIO NORMAS DE SEGURANÇA E APARELHAGEM UTILIZADA EM LABORATÓRIO Objetivo: Explicação das normas básicas de segurança no laboratório. Aula teórica com retroprojetor, transparências e demonstração de algumas

Leia mais

Química na cozinha: www.interaulaclube.com.br

Química na cozinha: www.interaulaclube.com.br Química na cozinha: funções químicas Na Aula 43, você estudou um processo chamado fermentação, que determinados seres vivos promovem para sobreviver. Você aprendeu qual a importância da fermentação para

Leia mais

Hepatites B e C. são doenças silenciosas. VEJA COMO DEIXAR AS HEPATITES LONGE DO SEU SALÃO DE BELEZA.

Hepatites B e C. são doenças silenciosas. VEJA COMO DEIXAR AS HEPATITES LONGE DO SEU SALÃO DE BELEZA. Hepatites B e C são doenças silenciosas. VEJA COMO DEIXAR AS HEPATITES LONGE DO SEU SALÃO DE BELEZA. heto hepatite manucure.indd 1 Faça sua parte. Não deixe as hepatites virais frequentarem seu salão.

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MICRORGANISMOS Características fisiológicas das bactérias Oxigênio Temperatura Água Concentração hidrogênionica do meio (ph) Oxigênio Temperatura ambiental Grupo Temp. Temp.

Leia mais

Características e informação nutricional do ovo

Características e informação nutricional do ovo Características e informação nutricional do ovo Há muito tempo foi confirmada a eficácia e grande importância do ovo na alimentação das pessoas. De fácil preparação e digestão não foi difícil incorporar

Leia mais

Determinação de cloretos em produtos de origem animal por argentometria

Determinação de cloretos em produtos de origem animal por argentometria Página 1 de 9 1 Escopo Este método tem por objetivo determinar o teor de cloretos ou cloretos em NaCl de produtos de origem animal. 2 Fundamentos O ensaio fundamenta-se na reação do nitrato de prata com

Leia mais

Pesquisa de Fosfatase Alcalina em Leite Fluido por Colorimetria

Pesquisa de Fosfatase Alcalina em Leite Fluido por Colorimetria 1 Escopo MAPA/SDA/CGAL Página 1 de 5 Este método tem como objetivo descrever os procedimentos para o ensaio Pesquisa de Fosfatase Alcalina em Leite Fluido por Colorimetria. 2 Fundamentos O principal objetivo

Leia mais

3M TM Petrifilm TM Placa para Contagem de Leveduras e Bolores. Guia de. Interpretação

3M TM Petrifilm TM Placa para Contagem de Leveduras e Bolores. Guia de. Interpretação 3M TM TM Placa para Contagem de Leveduras e Bolores Guia de Interpretação 3M TM TM Placa para Contagem de Leveduras e Bolores Este guia apresenta resultados das placas 3M para Contagem de Leveduras e Bolores.

Leia mais

Orientações e Procedimentos para o Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B

Orientações e Procedimentos para o Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B Setembro, 2010. Orientações e Procedimentos para o Manuseio e Armazenagem de Óleo Diesel B Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei 11.097, de 13

Leia mais

As bactérias operárias

As bactérias operárias A U A UL LA As bactérias operárias Na Aula 47 você viu a importância da insulina no nosso corpo e, na Aula 48, aprendeu como as células de nosso organismo produzem insulina e outras proteínas. As pessoas

Leia mais

O quanto você se conhece? O quanto você se cuida? Encontre aqui informações úteis e descomplicadas.

O quanto você se conhece? O quanto você se cuida? Encontre aqui informações úteis e descomplicadas. O quanto você se conhece? O quanto você se cuida? Encontre aqui informações úteis e descomplicadas. O bem-estar da mulher começa com autoconhecimento, que se conduz em equilíbrio e se traduz em saúde.

Leia mais

AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32

AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32 AULA PRÁTICA DE QUÍMICA GERAL Estudando a água parte 32 9º NO DO ENSINO FUNDAMENTAL - 1º ANO DO ENSINO MÉDIO OBJETIVO Diversos experimentos, usando principalmente água e materiais de fácil obtenção, são

Leia mais

EEEP MARLY FERREIRA MARTINS LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

EEEP MARLY FERREIRA MARTINS LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS EEEP MARLY FERREIRA MARTINS LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS I. NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 1. É aconselhável o uso da bata e de sapatos fechados. 2. Mantenha o laboratório e sua bancada sempre limpa e livre

Leia mais

Por que lavar as mãos? Introdução. Materiais Necessários

Por que lavar as mãos? Introdução. Materiais Necessários Intro 01 Introdução Uma das características importantes que diferencia nós, seres humanos dos outros seres vivos é a grande habilidade manual que possuimos. Fazemos muitas coisas com as mãos e, com isso,

Leia mais

Microscopia. I. Conhecendo o microscópio

Microscopia. I. Conhecendo o microscópio Organização: Eliana Maria Beluzzo Dessen e Jorge Oyakawa Diagramação: Regina de Siqueira Bueno Microscopia I. Conhecendo o microscópio A vista humana não é capaz de perceber objetos com diâmetros inferiores

Leia mais

Colheita e Envio de Amostras para Análise Microbiológica das Superfícies

Colheita e Envio de Amostras para Análise Microbiológica das Superfícies Página 1 de 6 Colheita e Envio de Amostras para Análise Microbiológica das Superfícies ALTERAÇÃO (ÕES) À ÚLTIMA VERSÃO Pág. 3 RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO Nome Função Rubrica/Data Elaborado por Isabel Costa

Leia mais

ROUPAS HOSPITALARES MANCHAS E DANOS

ROUPAS HOSPITALARES MANCHAS E DANOS ROUPAS HOSPITALARES MANCHAS E DANOS Prezados colegas. Nesta apresentação procuraremos repassar parte do conhecimento adquirido em 12 anos de atividade no ramo de lavanderia hospitalar com o intuito de

Leia mais

41 Por que não bebemos água do mar?

41 Por que não bebemos água do mar? A U A UL LA Por que não bebemos água do mar? Férias no verão! Que maravilha! Ir à praia, tomar um solzinho, nadar e descansar um pouco do trabalho. Enquanto estamos na praia nos divertindo, não devemos

Leia mais

Osmose Reversa Conheça este processo de purificação de água

Osmose Reversa Conheça este processo de purificação de água Osmose Reversa Conheça este processo de purificação de água Antes de falarmos sobre Osmose Reversa, precisamos entender o que é Osmose. Osmose é o nome dado ao movimento da água entre meios com concentrações

Leia mais

BOAS PRÁTICAS EM CONSULTÓRIOS MÉDICOS. Alessandra Lima

BOAS PRÁTICAS EM CONSULTÓRIOS MÉDICOS. Alessandra Lima BOAS PRÁTICAS EM CONSULTÓRIOS MÉDICOS Alessandra Lima PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DOS 2005: 5 ENF 2006: 2 ENF 2007: 3 ENF CONSULTÓRIOS MÉDICOS 2009: 2 ENF 2008 3 ENF Necessidade de mudança do foco: Preocupação

Leia mais

M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O. Prof. Agamenon Roberto

M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O. Prof. Agamenon Roberto M A T E R I A I S D E L A B O R A T Ó R I O Prof. Agamenon Roberto Prof. Agamenon Roberto MATERIAS DE LABORATÓRIO 2 TUBO DE ENSAIO: Tubo de vidro fechado em uma das extremidades, empregado para fazer reações

Leia mais

A- Estou sentindo as lentes confortáveis em meus olhos? B- Meus olhos estão claros e brilhantes como estavam antes de colocar as lentes?

A- Estou sentindo as lentes confortáveis em meus olhos? B- Meus olhos estão claros e brilhantes como estavam antes de colocar as lentes? COMO PREVENIR ACIDENTES COM LENTES DE CONTATO Por Luiz Alberto Perez Alves As lentes de contato modernas além de práticas são muito seguras, desde que você siga corretamente todas as orientações que seu

Leia mais

MANUSEIO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS

MANUSEIO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE ÓLEO DIESEL B ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, em 2004, e a aprovação da Lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005,

Leia mais

TOTVS Gestão Hospitalar Manual Ilustrado Central de Material Esterilizado. 11.8x. março de 2015 Versão: 3.0

TOTVS Gestão Hospitalar Manual Ilustrado Central de Material Esterilizado. 11.8x. março de 2015 Versão: 3.0 TOTVS Gestão Hospitalar Manual Ilustrado Central de Material Esterilizado 11.8x março de 2015 Versão: 3.0 1 Sumário 1 Objetivos... 4 2 Introdução... 4 3 Cadastros... 5 3.1 Cadastros de Unidades de CME...

Leia mais

HIDROPONIA Qualidade da água. Prof. Dr. Osmar Souza dos Santos UFSM

HIDROPONIA Qualidade da água. Prof. Dr. Osmar Souza dos Santos UFSM HIDROPONIA Qualidade da água Prof. Dr. Osmar Souza dos Santos UFSM CURIOSIDADES DA ÁGUA 75% da terra está coberta com água Terra plana: cobertura de 2,5 km de água 0,005% se move por dia no ciclo hidrológico

Leia mais

Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida

Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida Ficha de trabalho de Biologia - 12º Ano Fermentação e actividade enzimática Nome: N º: Turma: Data: 1. A figura 1 representa um tipo de fermentação. Figura

Leia mais

Isolamento e identificação de bactérias do gênero Staphylococcus

Isolamento e identificação de bactérias do gênero Staphylococcus Departamento de Microbiologia Instituto de Ciências Biológicas Universidade Federal de Minas Gerais http://www.icb.ufmg.br/mic Objetivos Isolamento e identificação de bactérias do gênero Staphylococcus

Leia mais

DNA Darwin Não Atento?

DNA Darwin Não Atento? DNA Darwin Não Atento? PÁGINA 1 DE 6 CIÊNCIAS BIOLOGIA QUÍMICA Darwin foi um dos maiores cientistas de todos os tempos. Ele percebeu que variações ocorrem nas populações ou seja, diferenças são encontradas

Leia mais

2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS

2. DEFINIÇÕES E CONCEITOS NORMA Utilização de antisséticos Elaborado em: Abril 2014 Revisão: 2017 Aprovado em: 09.04.2014 1. INTRODUÇÃO Devido à incidência crescente de infeções nosocomiais e ao aparecimento de estirpes de bactérias

Leia mais

APOSTILA : TRATAMENTO DE PISCINA

APOSTILA : TRATAMENTO DE PISCINA APOSTILA : TRATAMENTO DE PISCINA Trat Bem Piscinas sempre pensando em você! TRATAMENTO DE PISCINA Introdução Para manter a água da piscina limpa e saudável é necessário que seja feito dois tipos de tratamento

Leia mais

MANUAL DE FOTOGRAFIA

MANUAL DE FOTOGRAFIA MANUAL DE FOTOGRAFIA 1. A máquina fotográfica. Breve história As primeiras fotografias tiradas, datam de 1826, mas só em 1870, é que foi possível obter um sistema que permitisse a comercialização de chapas

Leia mais

Prática 2: Cultura de Microrganismos

Prática 2: Cultura de Microrganismos Prática 2: Cultura de Microrganismos Introdução Os microrganismos tal como outros organismos vivos necessitam de obter os nutrientes apropriados do seu meio ambiente. Assim se queremos cultivar e manter

Leia mais

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Alexandra Veiga Manuel Barreto Dias

Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. Alexandra Veiga Manuel Barreto Dias Alexandra Veiga Manuel Barreto Dias SEGURANÇA ALIMENTAR Prevenir a presença de agentes patogénicos nos alimentos agentes biológicos microrganismos parasitas agentes tóxicos origem microbiana origem no

Leia mais

MANUAL DE NORMAS GERAIS E DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO

MANUAL DE NORMAS GERAIS E DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA Credenciada pela Portaria Ministerial nº 1.727 de 13/06/2002 D. O.U. 14/06/2002 MANUAL DE NORMAS GERAIS E DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO Eunápolis BA 2009 1.

Leia mais

Manual Técnico de Processamento de Sêmen para Inseminação Artificial

Manual Técnico de Processamento de Sêmen para Inseminação Artificial Manual Técnico de Processamento de Sêmen para Inseminação Artificial 1 Introdução A Inseminação Artificial (IA) é hoje em dia o método utilizado pela generalidade dos suinicultores, pois, permite fazer

Leia mais

A Solução GenEón. Reduzir a repetição de compra de produtos químicos de limpeza criando o seu próprio é a solução inteligente.

A Solução GenEón. Reduzir a repetição de compra de produtos químicos de limpeza criando o seu próprio é a solução inteligente. Durante décadas, limpamos e higienizamos os lugares em que vivemos, trabalhamos e nos divertimos através da compra repetitiva de produtos químicos tóxicos caros. A Solução GenEón E enquanto produtos químicos

Leia mais

Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização

Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização Ar de Alta Qualidade, da Geração à Utilização A qualidade do ar em um sistema de ar comprimido tem variações e todas elas estão contempladas no leque de opções de produtos que a hb ar comprimido oferece.

Leia mais

MANUAL DE PRÁTICAS EM BIOLOGIA DO SOLO

MANUAL DE PRÁTICAS EM BIOLOGIA DO SOLO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE SOLOS E ENGENHARIA AGRICOLA MANUAL DE PRÁTICAS EM BIOLOGIA DO SOLO Autores Prof. Dr. Jair Alves Dionísio Eng a. Agr a. Diana Signor

Leia mais

BOAS PRÁTICAS NO PREPARO DE ALIMENTOS

BOAS PRÁTICAS NO PREPARO DE ALIMENTOS BOAS PRÁTICAS NO PREPARO DE ALIMENTOS SÉRIE: SEGURANÇA ALIMENTAR e NUTRICIONAL Autora: Faustina Maria de Oliveira - Economista Doméstica DETEC Revisão: Dóris Florêncio Ferreira Alvarenga Pedagoga Departamento

Leia mais

Otofoxin cloridrato de ciprofloxacino SOLUÇÃO OTOLÓGICA

Otofoxin cloridrato de ciprofloxacino SOLUÇÃO OTOLÓGICA Otofoxin cloridrato de ciprofloxacino SOLUÇÃO OTOLÓGICA USO ADULTO USO OTOLÓGICO Forma farmacêutica e apresentação Solução otológica: frasco contendo 10 ml com conta-gotas. Composição Cada (1 ml) contém

Leia mais

Sistema INERCO. Fabrícia Figueiredo Paulo André Yamin Pedro Lobo Antunes Priscila Tralba Rampin Rafael Baldo Beluti Thalia Lino Dias

Sistema INERCO. Fabrícia Figueiredo Paulo André Yamin Pedro Lobo Antunes Priscila Tralba Rampin Rafael Baldo Beluti Thalia Lino Dias Sistema INERCO Fabrícia Figueiredo Paulo André Yamin Pedro Lobo Antunes Priscila Tralba Rampin Rafael Baldo Beluti Thalia Lino Dias Sistema INERCO Instalação Ergonomia Controle de infecção Instalação O

Leia mais

Biossegurança RISCOS BIOLOGICOS. UNISC Departamento de Biologia e Farmácia Prof. Jane Renner

Biossegurança RISCOS BIOLOGICOS. UNISC Departamento de Biologia e Farmácia Prof. Jane Renner Biossegurança RISCOS BIOLOGICOS UNISC Departamento de Biologia e Farmácia Prof. Jane Renner Risco biológico Definição Agente de origem biológica que possui a capacidade de produzir efeitos deletérios em

Leia mais

ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO

ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO ESTRUTURA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO Lembre-se que o microscópio utilizado em nosso laboratório possui uma entrada especial para uma câmera de vídeo. Parte Mecânica: Base ou Pé: Placa de apoio do microscópio

Leia mais

Processamento do Iogurte Gordo Sólido

Processamento do Iogurte Gordo Sólido Escola Superior Agrária De Coimbra Processamento Geral dos Alimentos Processamento do Iogurte Gordo Sólido Trabalho realizado por: Pedro Sá nº20603025 Ana Oliveira nº 20603030 Lénia Belas nº 20603031 Elisabete

Leia mais