Sustentabilidade nos Negócios
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- Iago Barroso Caetano
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1 Sustentabilidade nos Negócios Apresentação O programa Gestão Estratégica para a Sustentabilidade foi oferecido pelo Uniethos por nove anos. Neste período os temas ligados à sustentabilidade começam a provocar uma mudança na forma como as empresas encaram suas responsabilidades. Em 2013 o Uniethos identificou a necessidade de revisar profundamente este programa. Dessa forma surgiu o curso Sustentabilidade nos Negócios. Está cada vez mais evidente que a competitividade das empresas depende da incorporação da sustentabilidade em suas estratégias. Essa é uma condição que tende a se acentuar uma vez que oportunidades de mercado para essas empresas estão em crescimento. As empresas com estratégias de sustentabilidade mais desenvolvidas e reconhecidas são aquelas que estão promovendo uma forte incorporação de atributos de sustentabilidade em seus modelos de negócios. O desenvolvimento de modelos de negócio que geram ao mesmo tempo valor para a sociedade e para os acionistas depende de um novo tipo de profissional, capaz de identificar oportunidades sociais e ambientais, mas, principalmente, de transformá-las em planos de negócios viáveis economicamente, de conduzir estratégias de mercado competitivas e sistemas de gestão eficientes. O curso Sustentabilidade nos Negócios oferece aos alunos conhecimentos sobre como desenvolver as estratégias das áreas de negócios incorporando atributos de sustentabilidade. O programa ainda possibilitará que o participante entenda como a sustentabilidade pode criar oportunidades de forma integrada entre essas áreas. Compreendemos que um bom executivo é o profissional com visão integral da empresa. Por isso se você é um profissional de uma área de negócio que está interessado em obter conhecimentos sobre como a sustentabilidade pode ajudar seu trabalho ou se você é um profissional de sustentabilidade que precisa entender mais sobre as áreas de negócio para melhor integrar seu trabalho a essas áreas venha fazer parte deste programa! Formato Geral Este programa será oferecido em dois formatos distintos: 1 Curso aberto O programa aberto terá 150 horas de duração e será conduzido no decorrer de As aulas acontecem uma vez por semana, das 18h30 às 22h30, em São Paulo. O início do curso será em fevereiro de Curso In Company
2 Empresas que tenham interesse em levar este programa para um grupo de colaboradores de 10 ou mais pessoas poderá solicitar ao Uniethos uma proposta customizada para ser realizado in company. Metodologia Os 10 módulos do programa abordarão como diversas questões de negócio estão relacionadas a aspectos da sustentabilidade e como esse entendimento é importante para um melhor desempenho das empresas. A metodologia do curso está organizada para que os alunos reflitam sobre a solução de problemas e dilemas para incorporar a sustentabilidade nas estratégias de suas áreas de trabalho utilizando ferramentas de diagnóstico, análise e planejamento de negócios. No primeiro módulo serão identificados os principais riscos e oportunidades de negócio relacionados às atividades profissionais de cada participante. Será realizado um exercício com o objetivo de se chegar a questões relevantes que serão trabalhadas no conteúdo e dinâmicas de cada módulo do programa. Além das reflexões sobre problemas e oportunidades identificados, as aulas do programa contarão com atividades como: Discussão sobre conceitos e informações Relatos de casos nacionais e internacionais Discussões compartilhadas Público alvo São esperados como participantes deste programa: 1 Profissionais de áreas de negócios que queiram em aprofundar conhecimentos em sua área de trabalho incorporando visão, conceitos e práticas de sustentabilidade 2 Profissionais de sustentabilidade que queiram aprofundar conhecimentos sobre as questões de negócio para melhor integrar a essas áreas conhecimentos em sustentabilidade As turmas serão formadas por profissionais responsáveis pelas decisões de negócios da organização e que tenham capacidade de articulação com os demais colaboradores da empresa, contribuindo assim para a disseminação e uso dos conhecimentos nas diversas áreas de cada empresa participante. Inscrições, Seleção e Valores As inscrições poderão ser feitas por pessoas físicas ou jurídicas.
3 O pagamento pode ser feito a vista no valor de R$ ,00 (doze mil reais). A inscrição inclui o material didático, almoço e coffee-breaks. Os interessados devem solicitar uma ficha de inscrição pelo lsilva@uniethos.org.br A seleção dos participantes será feita por meio de análise de perfil e entrevista (se necessário) e ocorrerá mediante o envio de currículo e da ficha de inscrição preenchida. O resultado será informado ao candidato por e, caso aprovado, a matrícula será feita online. Programação O programa está estruturado em 10 (dez) módulos e aprofundará conhecimentos sobre sustentabilidade e sobre diversos aspectos de negócios nas seguintes áreas Módulo 1 16 horas, São Paulo Mercados e Novas Oportunidades de Negócios Módulo 2 16 horas, São Paulo Estratégia Empresarial e Planejamento Estratégico Módulo 3 16 horas, São Paulo Governança e Gestão Empresarial Módulo 4 16 horas, São Paulo Estratégia Comercial e Marketing Módulo 5 16 horas, São Paulo Gestão de Fornecedores Módulo 6 16 horas, São Paulo Gestão de Pessoas Módulo 7 16 horas, São Paulo Gestão Financeira e Relacionamento com Investidores Módulo 8 16 horas, São Paulo Comunicação e Relatos Integrados Módulo 9 16 horas,são Paulo Inovação Módulo 10 6 horas,são Paulo Observação: Programação sujeita a alterações. Mercados e Novas Oportunidades de Negócios Fechamento do Programa Apresentação das soluções trabalhadas pelos alunos no decorrer do programa com análise de especialistas Necessidades de serviços de saúde, educação, transporte, limpeza, moradia, comunicação, segurança podem ser atendidas por serviços oferecidos por empresas privadas, de modo a gerar valor econômico para os investidores e ao mesmo tempo gerar valor social, ambiental e econômico para a sociedade. Empresas podem encontrar modelos que reduzam custos de produtos e serviços que são cruciais para a qualidade de vida urbana.
4 Modelos de negócios sustentáveis se baseiam em proposta de valor inovadoras que contribuam para a melhoria da qualidade de vida de clientes e consumidores e que gerem valor para os stakeholders, que sejam baseados em modelos de baixo custo, utilização de recursos locais e organização de cadeias de valor que também valorizem negócios locais de forma sustentável i. Modelos de negócios sustentáveis podem ser desenhados por empresas novas (startups) ou empresas já constituídas, empresas pequenas, médias ou grandes, de quaisquer ramos de atividade. Estratégia Empresarial e Planejamento Estratégico Estratégias de sustentabilidade estão se tornando cada vez mais uma condição para a competitividade de empresas. Porém, essa é uma combinação que requer mudanças estruturais. As empresas mais avançadas, que conseguem incorporar a sustentabilidade em suas estratégias de negócios de forma duradoura e que fazem da sustentabilidade um fator de ampliação da competitividade, são aquelas que promoveram mudanças em suas estruturas organizacionais, em suas operações e em seus modelos de negócios. Modelos de negócios que geram valor para a sociedade vão além do desenvolvimento de produtos e de processos de produção de baixo impacto. Modelos de negócios sustentáveis resultam de mudanças também nas configurações das cadeias de valor, na forma de gerar lucros, na proposta de valor oferecida aos consumidores, nas formas de acesso aos mercados e, sobretudo, são modelos de negócios que geram soluções para os dilemas da sustentabilidade com efetivo envolvimento de públicos de interesse. Este novo ambiente de negócios desafia a capacidade de gestores em tomarem decisões dentro do seu repertório de soluções. Os desafios sociais e ambientais e as mudanças constantes nos cenários de negócios são o pano de fundo para a discussão do processo de formulação estratégica e implantação de mudanças. Para enfrentar estes cenários os gestores devem estar atentos às pressões institucionais e à capacidade cognitiva dos agentes, buscando aprender na interação com stakeholders e gerenciar recursos internos e externos em diferentes perspectivas de prazo. Este módulo aprofundará tópicos como os descritos abaixo com o objetivo de colaborar para que os participantes desenvolvam competências e práticas inovadoras de gestão e de negócios e que, como objetivo maior e futuro, criem referências em sustentabilidade para seus respectivos setores. A evolução do pensamento em estratégia na busca de vantagem competitiva; Análise do ambiente competitivo e escola de posicionamento; Análise interna de recursos e capacidades dinâmicas; Estratégia e meio-ambiente: melhores práticas e visão de recursos; Estratégia e sustentabilidade: desenvolvendo competências e inovação; Criação de valor e desempenho organizacional para além do lucro da empresa: o impacto na sociedade e no tempo; Análise de decisões: pressupostos comportamentais e influência do meio; Sustentabilidade nas decisões gerenciais.
5 Governança e Gestão Empresarial A governança corporativa trata das estruturas, regras e processos para alinhar a gestão da empresa com os interesses dos acionistas, os mecanismos de controle de incentivo nas empresas. Pressupõe-se que a boa governança corporativa contribui para o desenvolvimento econômico, melhorando o desempenho das empresas. Para que a empresa tenha uma gestão sustentável é necessário também criar mecanismos para que tenha conhecimento e leve em consideração às expectativas dos stakeholders. Nesta aula serão abordados os seguintes tópicos: Qual a situação atual e os desafios da governança corporativa nas empresas; Como levar as expectativas dos stakeholders (e não apenas shareholders) para o processo de governança; Como criar mecanismos de controle e incentivo de forma que as organizações possam atender as expectativas não apenas dos shareholders; Ferramentas de monitoramento e medição; Importância e subsídios para a escolha dos indicadores que avaliam a sustentabilidade; Indicadores de desempenho relacionados a sustentabilidade; Análise sobre os fundamentos que sustentam o sistema normativo e os mecanismos de certificação. Veremos como os tópicos acima se relacionam com a prestação de contas (accountability), transparência, comportamento ético, respeito pelo estado de direito, respeito pelas normas internacionais de comportamento e respeito pelos direitos humanos. Estratégia Comercial e Marketing As estratégias de marketing que utilizam os atributos da sustentabilidade precisam estar alinhadas a uma estratégia corporativa baseada nos mesmos preceitos. Caso contrário, o resultado será uma incoerência que, percebida pelos consumidores, poderá manchar a reputação da empresa e tornar mais difícil a construção de vantagens competitivas de longo prazo. Colocado isso as empresas enfrentam nesta área um grande desafio: como manter (e se possível aumentar) receita/share e falar de sustentabilidade ao mesmo tempo? A resposta para esta pergunta está, em parte, nas inovações na concepção e produção de produtos e serviços - assim como nas inovações em modelos de negócio. E isso afeta diretamente a lógica de se fazer marketing. A sustentabilidade nas estratégias de marketing está diretamente ligada a cadeia produtiva e ao ciclo de vida dos produtos (de sua matéria prima ao impacto pós vida útil). Da forma forma está ligada a forma de se comunicar com consumidores e clientes: qual a qualidade das informações que se encontra sobre produtos? Como a publicidade pode influenciar o comportamento do consumidor? Este módulo discutirá como o marketing de uma empresa pode cumprir seu papel comercial ao mesmo tempo em que possa influenciar o comportamento de consumidores e fornecedores para uma nova maneira de se fazer negócios, produzir e consumir. Com base nisso este módulo pretende aprofundar os seguintes aspectos:
6 Impactos do consumo relativos aos negócios; Relação entre credibilidade e branding; Transparência nas relações de consumo: comunicando riscos e crises; Visão de futuro do negócio e mudanças de perspectiva no desenvolvimento, na comercialização e na distribuição de produtos e serviços; A propaganda responsável: o papel do anunciante na mudança do paradigma. Gestão de Fornecedores No setor privado, a convicção de que crescer de modo sustentável inclui o atendimento de demandas do meio ambiente, da sociedade e dos principais públicos com que a empresa se relaciona tem levado as empresas a perceber que as mudanças não acontecem de modo isolado. A empresa que identifica e assume compromissos para uma atuação responsável não conseguirá cumpri-los sozinha, sem contar com a cooperação de seus públicos estratégicos de negócio. Fornecedores são stakeholders críticos para o sucesso da maioria das empresas. A gestão da sustentabilidade na cadeia de valor se dá quando a empresa passa a fazer a gestão estratégica dos impactos sociais e ambientais de matérias-primas e serviços desde os fornecedores, subfornecedores e prestadores de serviços até o cliente final e etapas pós-consumo. As empresas que se beneficiam da visão integrada da sustentabilidade na cadeia desenvolvem melhores vínculos comerciais, minimizam riscos de co-responsabilidade por impactos negativos na cadeia e aprimoram o diálogo com parceiros, construindo relações mais justas e duradouras. A busca pela sustentabilidade junto à cadeia de valor de uma empresa é uma forma de: Atender a demandas atuais e futuras de clientes; Atender a demandas atuais e futuras de auto-regulação e conduta; Gerar impacto positivo através da redução de custos; Fazer a gestão de riscos reputacionais; Atender a compromissos voluntários já assumidos, tais como Pacto Global, Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, Pacto pela Integridade e Contra a Corrupção; Desenvolver inovações de processos e produtos com foco em sustentabilidade em conjunto com parceiros de negócio; Criar vínculos de negócios mais sustentáveis com parceiros existentes e potenciais. Este módulo oferecerá aos participantes oportunidades para: Compreender o tema da cadeia de valor no contexto da sustentabilidade; Identificar as oportunidades estratégicas e os desafios da abordagem da sustentabilidade na gestão da cadeia de valor; Conhecer os possíveis caminhos para diagnosticar e atuar em uma cadeia de valor;
7 Obter referências e exemplos práticos que contribuam para a incorporação da sustentabilidade na cadeia de valor das organizações. Gestão de Pessoas A abordagem sobre uma gestão estratégica de pessoas estuda as ações voltadas ao engajamento, desempenho, bem-estar e desenvolvimento das pessoas, cujas interações constituem a base de uma organização. Alguns desafios estratégicos de gestão de pessoas são: atrair, capacitar e reter talentos; gerir competências; gerir conhecimento e formar o perfil de profissional demandado pelo setor. Para que as empresas desenvolvam seus talentos e competências a fim de aumentar sua competitividade e obter melhores resultados nos negócios é importante que hajam ações integradas e conectadas em todas as esferas: organização, gestão de pessoas e indivíduos. Esta aula pretende aprofundar algumas tendências que apontam para a necessidade de inovações neste campo: A emergência da organização não hierárquica, enxuta e flexível, com capacidade de dar respostas rápidas ao turbulento ambiente empresarial; O advento e a consolidação da economia do conhecimento, na qual o conhecimento é a nova base para a formação de riqueza nos níveis individual, empresarial e nacional; A redução do prazo de validade do conhecimento associado ao sentido de urgência; O novo foco na capacidade de empregabilidade/ocupacionalidade para a vida toda em lugar do emprego para toda a vida; Uma mudança fundamental no mercado da educação global, evidenciando-se a necessidade de formar pessoas com visão global e perpectiva internacional dos negócios. Este módulo também abordará questões essenciais para o reconhecimento das empresas quanto a sua responsabilidade para com os direitos humanos: Emprego e relações de trabalho; Condições de trabalho e proteção social; Diálogo social; Saúde e segurança no trabalho; Diversidade e equidade no ambiente corporativo; Práticas de promoção de ambientes democráticos, criativos e íntegros nas empresas. Gestão Financeira e Relacionamento com Investidores A crise financeira mundial trouxe à tona a importância de promover melhor a gestão de riscos, boa governança e transparência para proteger os retornos de longo prazo. De forma crescente investidores e gestores financeiros estão mais conscientes da importância de questões ligadas à sustentabilidade.. É evidente que a qualidade das informações, assim como os riscos e oportunidades das questões sociais e ambientais associadas a esses dados, determinam a qualidade das decisões tomadas. Existe uma forte tendência para que as empresas reconheçam que a criação de valor duradouro para o acionista é viável pela inclusão do tema sustentabilidade em suas estratégias de longo prazo e pela divulgação transparente aos
8 investidores de seu desempenho. O perfil hoje requerido para a liderança financeira reflete a necessidade de respostas inovadoras às demandas crescentes do ambiente de negócios Uma vez que uma empresa reconheça os aspectos sociais e ambientais mais relevantes para sua gestão e para seus negócios é importante que ela identifique como a melhoria em cada um desses aspectos pode impactar positivamente no seu desempenho financeiro. Este módulo do programa pretende abordar as questões que envolvem a gestão financeira das empresas e a relação com investidores considerando alguns desafios como: Identificar e incorporar riscos de ativos ociosos; A integração entre relatório financeiro às informações relacionadas a sustentabilidade; A orientação por resultados trimestrais: a sustentabilidade e o dilema do curto prazo x longo prazo; Alinhamento das estruturas de compensação com desempenho sustentável de longo prazo ; Indicadores chave de desempenho; Mensuração do retorno de investimentos em sustentabilidade. Comunicação e Relatos Integrados A globalização, as comunicações instantâneas e descentralizadas e a crescente organização da sociedade civil como agentes de controle social tem transformado a forma como as empresas se relacionam e se comunicam com diversos públicos. Com o acesso rápido e amplo a informações o mundo empresarial começa a reconhecer que a transparência se torna inevitável. Assim como também não se tem mais controle sobre a propagação de avaliações e críticas de partes interessadas sobre o comportamento das corporações. As decisões mais sensíveis a criticas estão sujeitas a interpretações se não forem bem comunicadas. Isso coloca a reputação de uma empresa em posição de constante vulnerabilidade. Por diversos motivos as empresas passam por situações sensíveis com relação à comunicação sobre seus produtos, serviços, processos, estratégia e decisões em geral. Consumidores querem saber mais sobre produtos e serviços e funcionários compartilham informações sobre decisões estratégicas da empresa. Por outro lado a empresa em muitos momentos compartilha informações sigilosas com parceiros ou até mesmo concorrentes. Para construir relações de confiança e ter sucesso em uma economia transparente, um número crescente de empresas tem procurado atuar de forma mais responsável. A integridade nos negócios está em ascensão, não apenas por razões legais ou éticas, mas porque faz sentido do ponto de vista econômico. As empresas devem agir de forma responsável não apenas para cumprir a legislação, mas para a sua própria perenidade e vantagem competitiva. Tradicionalmente o relatório típico de uma empresa trata basicamente de informações financeiras e tem como público alvo final os acionistas. Embora sejam essenciais, os números financeiros não conseguem fornecer informações sobre a saúde geral da empresa. Além disso, não trazem informações relevantes que possam ajudar diferentes partes interessadas a entender a empresa ou um executivo a administrá-la com mais eficiência. A ideia de uma comunicação menos complexa e que integre os diferentes aspectos da gestão e governança de
9 uma empresa também deve considerar que suas partes interessadas são diversas e que seus interesses e importância são legítimos. Uma comunicação integrada e de mão dupla também compreende que o desempenho da empresa depende do relacionamento saudável com suas partes interessadas. Este módulo pretende trabalhar a amplitude com que a sustentabilidade é considerada na comunicação das empresas, quais são os níveis de diálogo estabelecidos pelas empresas com as partes interessadas (assim como a facilidade e aceitação como esta interação acorre) e qual o nível de compromisso, responsabilidade e transparência no relato de suas atividades. Inovação A recente geração de empreendedores e investidores preocupados em inovar está acelerando as mudanças essenciais para o fornecimento em escala de soluções sustentáveis para o mundo. Mas é necessário pensar em posturas que promovam uma ruptura, indo além da simples transição que claramente vivemos hoje. As empresas estão cada vez mais se deparando com desafios relacionados a aspectos sociais, ambientais e de governança que afetam os mercados e públicos de interesse envolvidos em suas operações. Tais aspectos geram uma volatilidade cada vez maior nos mercados consumidor e Business to Business (B2B), trazendo impactos diretos na competitividade das empresas. Um bom exemplo é o assunto mudanças climáticas, onde muitas empresas atualmente são pressionadas para oferecerem respostas concretas e demonstrarem o que estão fazendo para reduzir suas emissões. Entretanto, traduzir a gestão desses aspectos em resultados concretos ainda permanece um grande desafio. Adicionalmente, para muitas empresas ainda existe a barreira de envolver, de fato, a alta direção em tais discussões para gerar os processos decisórios necessários, principalmente devido ao entendimento ainda limitado sobre como cada programa relacionado a aspectos de sustentabilidade pode contribuir para os resultados da empresa. A superação desses desafios passa obrigatoriamente pela adoção de novas estratégias e novos modelos de negócio, o que exigirá um alto grau de inovação de nossas tecnologias e de desapego ao nosso modo de vida. Este módulo trabalhará com casos empresariais que já estão neste caminho e exemplos de como empresas de diversos setores, porte e regiões conseguiram gerar resultados de negócios baseados na identificação e endereçamento de riscos e oportunidades ligados a aspectos de sustentabilidade. Corpo Docente Carlos Eduardo Lessa Brandão Membro dos Conselhos do Instituto Ethos e do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Participa do Conselho Deliberativo do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa, do Conselho de Stakeholders da Global Reporting Initiative e do Comitê Técnico da Global Initiative for Sustainability Ratings. Foi diretor de subsidiárias dos grupos
10 Andrade Gutierrez e Vale. É consultor em governança e sustentabilidade e professor convidado da FGV, FIA, FIPECAFI e IBGC. Engenheiro Civil, mestre em Planejamento Energético e doutor em História e Filosofia da Ciência pela UFRJ, com MBA Executivo em Finanças pelo IBMEC e ADP pela London Business School. É conselheiro de administração certificado pelo IBGC e administrador de recursos de terceiros autorizado pela CVM. Gustavo Pimentel Diretor de Advisory da SITAWI Finanças do Bem e coordenador do grupo de análise de investimentos da Rede Brasileira dos Princípios para o Investimento Responsável (UN-PRI). Como consultor, vem assessorando instituições financeiras e empresas a incorporar questões socioambientais na estratégia, gestão, análise de riscos e avaliação de investimentos. Foi gerente do Programa Eco-Finanças de Amigos da Terra Amazônia Brasileira e representante do BankTrack no Brasil. Sua carreira também inclui passagens por ABN AMRO, SR Rating e Accenture. Gustavo é economista pela UFRJ com International MBA pelo IE Business School (Madri). Em 2013, foi eleito 2 o melhor analista socioambiental para investidores em pesquisa global da Thomson Reuters Extel. Luís Eduardo Sartori Iseppe Luís é formado em Engenharia Civil e trabalha no International Finance Corporation do Banco Mundial desde Julho de 2008 como Especialista Global na área de Consultoria em Negócios Sustentáveis. Anteriormente, acumulou 16 anos de experiência em posições executivas em Marketing, Desenvolvimento de Novos Negócios e Planejamento Estratégico, trabalhando para empresas em setores como Telecomunicações, Papel e Celulose e Serviços. Entre 2002 e 2007, Luís ajudou a estabelecer as consultorias Atitude e Rever como referências internacionais na área de sustentabilidade. Maurício Turra Doutorado em Ciências Sociais e Mestrado em Administração pela PUC-SP. Formado em Marketing pela ESPM. Docente de Marketing e Responsabilidade Social Empresarial na Graduação e no MBA da ESPM. Professor convidado da Unicamp e Universidade Mackenzie. Pesquisador da área de Responsabilidade Social Empresarial e Desenvolvimento Sustentável tendo como foco a incorporação da responsabilidade social na estratégia de negócio. Consultor do Uniethos onde foi responsável pela elaboração do curso Construindo Negócios Sustentáveis. Professor do curso de Ferramentas de Gestão do GIFE. Conferencista e Palestrante do Sistema SESI. Experiência de 25 anos em empresas nacionais e internacionais, exercendo posição de direção nas áreas de Marketing e Comunicação no Brasil e na América Latina. Diretor da MK3 Estratégia e Inteligência de Mercado. Renata Brito Professora e pesquisadora de estratégia do programa de mestrado do IBMEC Rio de Janeiro. Experiência profissional no mercado financeiro, e em pesquisa e consultoria em sustentabilidade e estratégia empresarial. Professora convidada do UniEthos em cursos executivos. Foi professora convidada FGV-EAESP em cursos de MBAs e cursos executivos. Doutora em Administração de Empresas pela FGV-EAESP (2011), MBA pela Rotterdam School of Management - Erasmus University Holanda (2005), Bacharel em Administração de Empresas pela FGV-EAESP (1993).
11 Para dúvidas sobre o Programa: sn@uniethos.org.br Margarida Curti Lunetta Assessoria e Educação para a Sustentabilidade F: (11) margo@ethos.org.br
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