A turma do Saci e as aventuras no. Sítio do pica-pau amarelo

Transcrição

1 Relatório de Grupo 1º Semestre/2015 Turma: Jardim/Maternal tarde Professora: Jéssica Oliveira Professora Auxiliar: Elizabeth Fontes Coordenação Pedagógica: Lucy Ramos Torres COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: LUCY RAMOS TORRES A turma do Saci e as aventuras no Sítio do pica-pau amarelo O primeiro dia de aula na escola de alguma maneira marca nossa vida, é um dia que vamos sempre lembrar e contar como foi para as outras pessoas. Esse dia tão esperado que carrega muita ansiedade e uma porção de sentimentos, curiosidades e também dúvidas, como serão meus amigos, minha professora, a sala onde vou estar todos os dias e o espaço da escola. Pensando em tudo isso a turma foi recebida com um abraço de forma bem acolhedora para que se sentissem a vontade para brincar, descobrir e aprender de maneira natural e feliz. As crianças foram se adaptando de forma gradual ao espaço da escola, brincando no parque, explorando brinquedos e técnicas de atividades. Segundo Velasco (1996) o brincar tem um papel significativo no desenvolvimento infantil, representa o desejo e colabora com o surgimento das nossas expressões psicomotoras de maneira harmoniosa e prazerosa. O grupo foi se tornando amigo, companheiro e acolhedor, as crianças foram aprendendo com as diferenças e características uns dos outros e a conviver em grupo de forma harmoniosa e companheira.

2 O semestre foi passando, os vínculos de amizade se fortalecendo e o grupo se tornando muito curioso e com vontade em fazer descobertas. Um dos momentos mais importante e significativo para o grupo como um todo é o momento da roda diária. Esse é um momento coordenado pela professora onde organizamos nosso dia com o auxilio de plaquinhas que possuem fotos do grupo em momentos da própria rotina diária, o que ajuda as crianças a realizar uma leitura visual e se situarem sobre os acontecimentos durante todo o dia, momento importante também para seguimento do projeto, todo dia uma leitura é realizada, um brinquedo ou jogo é apresentado envolvendo a turma, e crianças contribuem ativamente deste momento, elas podem trazer livros, opinar e expor pensamentos e ideias que muitas vezes contribuem com o desenvolvimento do projeto, para Derdyk (2003), Os educadores são os porta-vozes de uma visão de mundo, transmissores de comportamentos, interferindo direta e ativamente na construção de seres individuais e sociais. (DERDYK, 2003, p. 15)

3 Durante uma roda de leitura uma criança do grupo trouxe alguns livros sobre o folclore que contavam lendas dos personagens, suas características e hábitos. Ao ler uma das histórias a luz da sala se apagou e foi assim que descobrimos um interesse em comum, algo que entusiasmou a turma toda. Será que o Saci estava fazendo traquinagem com a nossa turma? Esse moleque é mesmo levado a turma acabou de conhecê-lo e ele já estava aprontando dentro da nossa sala. Música do folclore brasileiro O Saci. Saci-pererê de uma perna só Conheço você das histórias da vovó Cachimbo na boca soltando fumaça Você é uma graça! (Armazém do folclore) Desde esse momento não paramos mais, fomos pesquisar sobre o Saci, procuramos histórias nos livros da biblioteca, informações e filmes sobre ele. A cada descoberta gostávamos mais do Saci e percebemos que brincar de Saci era muito divertido. Segundo Batista e Amorim (2008) além da magia existente no resgate das brincadeiras folclóricas, existe a diversão e contribuição afetiva repleta de significados para aqueles que praticam, como também para aqueles que ensinam como meio de preservar e resgatar a cultura dos alunos. Em uma destas pesquisas descobrimos que ele nasce nos gomos do bambu, gosta de se esconder no meio do bambuzal e até aprendemos a pegar Saci, diz a lenda que se você jogar uma peneira em um redemoinho em dia de vento, colocar uma garrafa em baixo e tampa-la bem forte você terá um Saci e com ele muita sorte, porque o Saci é mágico, o gorrinho vermelho em sua cabeça tem poderes mágicos. Então ficamos conhecidos como A turma do Saci e fomos convidados para ir até um sítio pregar uma peça em um Saci que estava aprontando por ali, ele quebrava os ovos da galinha, derramava a água dos animais e embaraçava a crina do cavalo. Foi só jogar a peneira perto do bambuzal que pegamos o Saci.

4 Este dia no sítio do Mario foi tão divertido que resolvemos virar Saci por um dia e brincar de pular em uma perna só, se esconder e fazer traquinagens com as pessoas. Segundo o RCNEI (1998) as possibilidades de brincar devem respeitar a integridade da criança e serem diversificadas com materiais, espaços e possibilidades, a fim de desenvolver movimentos e experiências corporais durante a atividade de brincar.

5 Em todas as histórias que encontrávamos o Saci ele morava em uma mata no Sítio do Pica-pau amarelo, então nós fomos descobrir como era o Sítio do Pica-pau amarelo e quais os outros personagens que também moravam neste sítio. A turma do Saci gostou tanto de assistir o sítio do pica-pau amarelo e conhecer a Cuca, Iara, Curupira, Rabicó, tia Anastásia, Pedrinho e muitos outros que resolvemos viajar para o Sítio do Pica-pau amarelo para brincar, e assim construímos uma maquete e começamos a fazer um livro com os personagens do sítio cheio de histórias, desenhos, técnicas e materiais. Para Silva (2002), não se pode atentar somente para o produto final, ou seja, o desenho e obra já prontos, é importante para a criança todo o processo de criação, todas as ações e acontecimentos capazes de acontecer durante o desenho. Durante a atividade gráfica imaginam e criam situações de jogos simbólicos e interagem com os materiais. Durante esse semestre a turma do Saci realizou atividades com diferentes materiais e técnicas como: pintura com diferentes tintas, massinhas, canetinhas, texturas, pinceis grossos e finos, papeis com diferentes tamanhos, pinturas em diferentes posições sempre com novas possibilidades, tornando os momentos significativos, onde cada criança tivesse

6 a oportunidade de vivenciar, sentir e explorar do seu jeito, com a sua individualidade, para Derdyk (2003) existem varias formas de atividades onde o desenho pode se manifestar, com a possibilidade de vários caminhos o desenho não possui uma única definição, não é somente o manejo do lápis sobre uma superfície, mas carregado de significados é um meio de conhecimento, expressão e comunicação. O trabalho também se apoiou em recursos pedagógicos como: jogos, cartazes, brinquedos e livros, para desenvolver os conteúdos programáticos previstos segundo o RCNI (1998), respeitando a faixa etária das crianças e o ritmo individual de cada um, como a oralidade, coordenação motora fina e grossa, jogo simbólico, noções espaciais e temporais, seriação e socialização.

7 Muitas das histórias que ouvimos durante o semestre sobre o Saci falavam que ele gostava de aprontar e fazer traquinagens principalmente na cozinha quebrando os ovos, azedando o leite, trocando o sal pelo açúcar e queimando as receitas. E isso tudo por que ele adora doce, então nossa turma foi para cozinha uma vez por semana para chamar o Saci e conhecer as comidas do Sítio do Pica-pau amarelo. Foi uma diversão, nós aprendemos a cozinhar e comemos um monte de coisas gostosas. Bolo de milho Ingredientes: - 2 latas de milho verde sem o caldo - ¾ de xícara de chá de óleo - 2 xicaras de chá de açúcar - 4 ovos - 1 ½ xícara de chá de farinha de trigo - 1 colher de sopa de fermento em pó Modo de preparo: No liquidificador bata o milho, o óleo, os avos e o açúcar. Depois despeje numa tigela e acrescente a farinha de trigo e o fermento. Colocar a massa em uma forma untada e enfarinhada.

8 A turma do Saci se divertiu tanto brincando de forma lúdica de estar no sítio do Picapau amarelo com os personagens que decidiu construir uma casa bem grande para toda turma conseguir entrar. Todos juntos nós fizemos as paredes, telhado e a pintura. Ficou linda nossa casa do Sítio do pica-pau amarelo e brincar com ela foi como estar no sítio do pica-pau amarelo com o Saci, Cuca, Iara, Curupira, Pedrinho, Narizinho, tia Anastácia... A turma do Saci viajou, construiu, explorou e se divertiu muito, foram tantas brincadeiras, tantas vivências e aprendizados que o tempo passou muito rápido para essa turma, foi como viajar em um rodamoinho de Saci, tão divertido e que gira tão depressa, que basta você piscar e já chegou ao destino final. REFERÊNCIAS BRASIL. MEC SEF. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: conhecimento de mundo. Volume 3, BATISTA. Elise Helena de Morais Batista. AMORIM. Andréa Rodrigues de. As brincadeiras folclóricas na educação física infantil: Influências no desenvolvimento afetivo-social. In: revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 6, ed. especial, p , jul Acessado em: 13 de junho de DERDYK. Edith. Formas de pensar o desenho: desenvolvimento do grafismo infantil. São Paulo: Scipione, 2006.

9 PIAGET, J. Psicologia da inteligência. Rio de janeiro: Zahar, SILVA. Silvia Maria Cintra da. A constituição social do desenho da criança. São Paulo: Mercado de Letras, VELASCO, Casilda Gonçalves. Brincar, o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint, 1996.