TUMORES ODONTOGÊNICOS

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1 37 TUMORES ODONTOGÊNICOS Classificação: Inúmeras são as classificações propostas para os tumores odontogênicos, mas nenhuma universalmente aceita, principalmente em decorrência das dúvidas ainda existentes quanto à histogênese dessas lesões. Contudo, consideramos a classificação proposta pelo Prof. Ney Soares de Araújo simples e prática. Nela, dois aspectos foram correlacionados para a sua formulação: as características histológicas e suas propriedades - ambas as condições dependentes diretas do tecido de origem e do comportamento biológico. ORIGEM BENIGNOS MALIGNOS Epitelial Ameloblastoma Tumor odontogênico adenomatóide Tumor de Pindborg Mesenquimal Misto Mixoma Fibroma odontogênico Cementoblastoma benigno Fibroma cementificante Displasia cementária periapical Fibroma ameloblástico Fibro-odontoma ameloblástico Odontoma Odontoameloblastoma Ameloblastoma maligno Carcinoma intra-ósseo Fibrossarcoma ameloblástico Odontossarcoma AMELOBLASTOMA O ameloblastoma é uma neoplasia benigna, mas localmente invasiva, consistindo de epitélio odontogênico proliferativo, em meio a um estroma fibroso. Não tem potencial indutivo sobre o estroma. Usualmente os ameloblastomas são diagnosticados na 4ª e 5ª décadas. Em 80% dos casos, o tumor está na mandíbula e 20% na maxila. Na mandíbula, 70% localizado na região molar e no ramo ascendente, 20% na região pré-molar e 10% na região anterior. Diversas são as hipóteses quanto à origem dos ameloblastomas. A mais aceita é aquela que aponta a lâmina dentária como provável tecido de origem dos ameloblastomas. As outras possibilidades são representadas por estruturas epiteliais originárias do epitélio de revestimento bucal do órgão de esmalte, restos de Malassez e lesões císticas. Ao epitélio de revestimento bucal, tem sido atribuída a origem do ameloblastoma extra-ósseo, que se desenvolveu no rebordo alveolar. O ameloblastoma é um tumor de crescimento lento, assimétrico, podendo provocar deformidade facial devido a distensão da cortical adjacente à lesão e, nos casos mais avançados, romper o limite ósseo e aflorar na boca. A imagem radiográfica dos Ameloblastomas é muito variável. Para fins de entendimento, o Ameloblastoma pode apresentar-se, basicamente, nos dois aspectos radiográficos : 1 - Um aspecto unilocular ou unicavitário, formando no osso uma loja, cavidade, compartimento ou cripta única bem delimitada. 2 - O aspecto multilocular ou pluricavitário, o mais comumente descrito, para identificar radiograficamente o Ameloblastoma, formado por várias lojas, cavidades, compartimentos ou

2 38 criptas, ou seja, um conjunto de áreas radiolúcidas, de tamanho e formas variáveis, separadas entre si por septos ou linhas radiopacas. Alguns dados devem ser buscados como indício radiográfico de Ameloblastoma: a) Aspecto Unilocular a1) Interrupção da cortical; a2) Formação de imagens monocísticas pequenas; a3) Presença de septos ósseos ainda que incompletos, dentro da área radiolúcida; a4) Dentes adjacentes podem apresentar reabsorção radicular; a5) Associação com dentes inclusos no interior da lesão. b) Aspecto Multilocular A imagem multilocular pode ser de dois tipos: multicística ou em bolhas de sabão e multimicrocística ou em favos de abelha. b1) Multicística b1.1) Presença de inúmeras lojas de tamanho e formas diferentes, que variam de um até vários centímetros, com septos finos e bem marcados, arranjados anarquicamente, lembrando formas de bolhas. b1.2.) Os septos divisórios podem parecer desde uma estreita e bem marcada linha radiopaca, idêntica à imagem da cortical cística, até uma faixa óssea de pequena espessura, radiopaca, lembrando a imagem do osso esclerosado. b1.3.) Associação com dentes inclusos no interior da lesão. b2) Multimicrocística b2.1.) Presença de um grande número de pequenas cavidades, de forma aparentemente idêntica e tamanho uniforme. b2.2.) Paredes do tumor são indefinidas, e as margens podem aparecer lobuladas. b2.3.) Têm o nome de favos de abelha ou favos de mel, por apresentarem um aspecto semelhante à da estrutura do favo de mel. b2.4.) Dentes inclusos podem estar presentes. O padrão histológico dos ameloblastomas varia bastante, e os seguintes tipos ou variantes são comumente descritos. 1 - Folicular : O epitélio tumoral está na forma de ilhas mais ou menos discretas, com uma camada periférica de células cuboidais ou colunares, imitando o epitélio interno do esmalte ou preameloblastos, envolvendo uma massa central de células poliédricas ou angulares, frouxamente unidos, imitando o retículo estrelado. Formações císticas são muito comuns dentro dessas massas. 2 - Plexiforme : O epitélio tumoral está arranjado em massas irregulares ou como uma rede de cordões. Cada massa ou cordão é limitado por uma camada de células colunares e inclui células, imitando o

3 39 retículo estrelado, mas estas são muitas vezes menores em número, do que no tipo folicular. Formações císticas ocorrem, mas comumente isto é o resultado de degeneração do estroma, mais do que uma alteração cística dentro do epitélio. 3 - Acantomatoso : Este termo é aplicado quando há uma extensiva metaplasia escamosa, algumas vezes com formação de queratina, dentro das ilhas de células tumorais. Usualmente o padrão geral do tumor é semelhante àquele do tipo folicular. 4 - Tipo de Células Basais : Alguns tumores que aparecem dentro dos maxilares ou no epitélio superficial, em áreas associadas a dentes, são muito semelhantes em estruturas ao carcinoma da pele. Desde que o epitélio odontogênico é um anexo epitelial da boca, é razoável olhar este tipo de ameloblastoma como uma contraparte histológica do carcinoma de células basais, embora o ameloblastoma usualmente tenha aspectos estruturais distintos e, evidentemente, uma localização diferente. Quando um crescimento de células basais ocorre dentro dos maxilares, é preciso um cuidado especial para distinguir entre o ameloblastoma de células basais e o carcinoma adenóide cístico intra-ósseo. 5 - Tipo de Células Granulares : Alguns ameloblastomas mostram uma transformação granular das células epiteliais e, ocasionalmente, um tumor é visto, no qual quase todo epitélio é deste tipo. As células são grandes, cuboidais, colunares ou redondas, e o citoplasma está preenchido com grânulos acidófilos. 6 - Outras variações : Em qualquer ameloblastoma, mas, especialmente no tipo folicular, pode haver marcada hialinização do tecido conjuntivo adjacente ao epitélio. Um ameloblastoma pode mostrar um considerável número de grandes espaços cheios de sangue, e alguns exemplos com estes aspectos têm sido chamados hemangioameloblastomas. Entretanto, aceita-se que estes espaços com sangue resultam da dilatação dos vasos como resultado da degeneração do estroma. Os Ameloblastomas são tratados por remoção cirúrgica. No entanto, ainda existe certa controvérsia quanto ao tipo de cirurgia. A curetagem é o procedimento menos recomendado porque restringe-se apenas à área lesada, não sendo possível agir com margem de segurança diante de uma possível (e comum) infiltração, além da parte curetada, devido ao poder invasivo local do tumor. Dependendo do tamanho e da localização do Ameloblastoma, recomenda-se ressecção em bloco ou a ressecção radical. Nos casos em que a lesão já envolveu grande parte da mandíbula, a conduta cirúrgica seria a hemimandibulectomia. Quando o tumor ainda não atingiu grande proporção, a ressecção em bloco com margem e segurança é a opção cirúrgica recomendada. TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE TOA (Adenoameloblastoma) É um tumor do epitélio odontogênico com estruturas semelhantes a ductos (estruturas canaliculares), e com variados graus de alterações indutivas no tecido conjuntivo (é capaz de

4 40 induzir modificações no tecido conjuntivo subjacente). O tumor pode ser parcialmente cístico, e em alguns casos, a lesão sólida pode estar presente somente como massas na parede de um grande cisto. Acredita-se que a lesão não é um neoplasma. O T.O.A., ocorre tipicamente em pacientes jovens, usualmente na 2ª década, sem predileção por sexo. A maxila é envolvida mais freqüentemente que a mandíbula, na proporção de 2:1. A parte anterior da maxila é o lugar mais comum de incidência, especialmente a região de caninos. O tumor está freqüentemente associado com um dente não erupcionado, e pode, muitas vezes, simular em cisto dentígero tanto radiograficamente como durante a cirurgia, mas algumas vezes, a presença de material calcificado dentro do tumor, pode ser muito útil no diagnóstico. Alguns aspectos radiográficos mais significantes podem ser citados, tais como : Radioluscência unilocular com expansão da cortical, semelhante a cisto; Margem bem definida com halo esclerótico; Dente impactado dentro da lesão; Focos de calcificações radiopacas. Histologicamente, pode haver formações císticas mais ou menos extensas. O epitélio pode se apresentar como cordões, como camadas ou massas espiraladas. Anéis de células colunares dão um aspecto de ductos, mas estes podem ser escassos. Entre fileiras de células colunares, oposta, muitas vezes, existe um material acidófilo, que é usualmente PAS positivo. O tecido conjuntivo inclui variáveis quantidades de material hialino acidófilo, contendo cordões de epitélio no seu interior. Este material hialino parece ser dentina displástica e, ocasionalmente, um padrão tubular são visto em algumas áreas. Muito raramente, formação de esmalte tem sido observada. Calcificação pode ser encontrada algumas vezes, e pode ser extensiva. O T.O.A. tem comportamento benigno, não recidivando após enucleação simples. A terapêutica preconizada para o tumor, consiste na curetagem da lesão. TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE (Tumor de Pindborg) Neoplasma epitelial localmente invasivo, caracterizado pelo desenvolvimento de estruturas, provavelmente de natureza amilóidea, que pode se tornar calcificado e liberada quando as células se rompem. O T.O.E.C., também chamado tumor de Pindborg, tem sido encontrado aproximadamente com a mesma freqüência nas 4 décadas entre os 20 e 60 anos. Em 2/3 dos casos, a mandíbula é afetada, e, 1/3 a maxila. A maioria das lesões está localizada na região pré-molar e muitas delas estão associadas com a coroa de um dente não erupcionado. O tumor pode também ocorrer fora do osso em áreas de inserção dos dentes. A aparência radiográfica é de uma área radiolúcida irregular, contendo massas radiopacas de tamanhos variáveis. Essas massas tendem a estar localizadas junto à coroa de um dente não erupcionado. Na periferia da lesão há, muitas vezes, uma zona radiolúcida, que pode estar ou pode não estar claramente demarcada, do osso normal. Histologicamente o tumor de Pindborg é composto de células epiteliais poliédricas, algumas vezes com proeminentes pontes intercelulares (tonofibrilas), arranjadas em camadas ou cordões em um estroma fibroso que pode mostrar alterações degenerativas.

5 41 As células epiteliais são algumas vezes multinucleadas e podem também mostrar um acentuado pleomorfismo, mas, mitoses são vistas muito raramente. Dentro das massas de células tumorais, existem massas homogêneas, acidófilas e arredondadas; estas massas homogêneas comumente calcificam e mostram os anéis de Liesegang. Técnicas especiais de coloração, tais como tioflavina T, Congo Red e Cristal violeta, mostram que este material homogêneo dá reações similares àquelas de amilóide. As células epiteliais associadas podem degenerar, liberando as massas acidófilas e calcificadas. Além disso, o estroma pode conter corpos fortemente basófilos que são irregulares ou angulares, e estes, podem se fundir e formar complexas massas. Raramente, este tipo de tumor aparece fora do osso, em áreas associadas a dentes. Em tais casos, o epitélio neoplástico parece menos ativo, e, há menos focos de calcificação que no tipo intra-ósseo. Do ponto de vista do diagnóstico diferencial, o fibroma odontogênico com proliferação de epitélio odontogênico, pode mostrar aspectos similares. O tumor odontogênico epitelial calcificante (TOEC), que ocorre fora do osso, pode também apresentar dificuldades no diagnóstico. A experiência advinda da literatura, mostra que esse tumor é menos infiltrativo que o ameloblastoma e, por esta razão, a terapêutica indicada é a remoção cirúrgica com pequena margem de segurança. Nota : Lesões radiolucentes semelhantes a cisto com inclusões de objetos calcificados. 1 - Cisto odontogênico epitelial calcificante (Cisto de Gorlin). 2 - Tumor odontogênico epitelial calcificante (Tumor de Pindborg). 3 - Adenoameloblastoma (tumor adenomatóide odontogênico). 4 - Odontoma ameloblástico. 5 - Displasia cementária periapical. MIXOMA É um neoplasma localmente invasivo, originário, provavelmente do mesênquima relacionado à odontogênese, consistindo de células redondas e angulares, espalhadas num estroma mucóide abundante. Os mixomas podem ocorrer no tecido mole e no tecido ósseo. Aqueles que ocorrem no tecido mole não têm relação nenhuma com a odontogênese, e são de ocorrência muito rara na boca. Os mixomas de tecido ósseo são, segundo consenso geral, exclusivos dos maxilares e de origem dentária. A ocorrência restrita aos maxilares e a semelhança de seus elementos componentes com a papila dentária, são fatos concretos a apontar para a origem odontogênica do tumor. Radiograficamente, o mixoma, comumente mostra múltiplas áreas radiolúcidas de variável tamanho, separadas por septos ósseos retos ou curvos, dando uma aparência de bolhas de sabão ou de favos de abelhas. Esta aparência pode ser indistinguível daquela, de um ameloblastoma. O mixoma odontogênico é um tumor que não se apresenta muito encapsulado, extendendo, muitas vezes, através do osso, ou no tecido mole, sem qualquer definição de suas margens, de tal forma que a sua erradicação é difícil, e, por isso, no tumor, as recorrências são muito comuns. Clinicamente o mixoma ocorre mais comumente entre a segunda e terceira décadas, sem predileção por sexo, e na mandíbula. O tumor apresenta-se como lesão intra-óssea expansiva, de crescimento

6 42 lento, usualmente indolor, e comumente associado a dentes inclusos. Ocasionalmente, núcleos atípicos têm sido relatados, mas estes tumores não produzem metásteses. A maioria dos mixomas odontogênicos contém pouco colágeno, entretanto, em alguns casos, uma quantidade moderada pode ser encontrada na forma de espessas bandas hialinizadas. Alguns desses tumores podem conter esparsos cordões de células similares e epitélio odontogênico inativo, os quais podem estar circundados por uma zona de hialinização. O tratamento do mixoma é a excisão cirúrgica com margem de segurança. Deve-se evitar a curetagem como terapêutica desses tumores, devido ao alto índice recidivante (25%). CEMENTOMAS As lesões, contendo tecido semelhante a cemento, formam um grupo complexo, com características mal-definidas. Quatro tipos de cementoma podem ser identificados : a) Cementoblastoma Benigno (Verdadeiro Cementoma). b) Fibroma Cementificante. c) Displasia cementária periapical. (*)d) Cementoma Gigantiforme (Cementomas familiares múltiplos). A - Cementoblastoma Benigno ( verdadeiro Cementoma) Neoplasma caracterizado pela formação de camadas de tecido igual a cemento, que pode conter um elevado número de linhas justapostas e não ocorrer a mineralização na periferia desta massa tecidual, ou nas áreas de mais ativo crescimento. A histogênese do tumor, parece estar relacionada aos elementos do ligamento periodontal. Estes, durante a odontogênese, respondem pela formação de cemento, e na condição patológica, são capazes de originar as massas mineralizadas que lembram o tecido normal. Clinicamente, a lesão ocorre mais na mandíbula, na região de molares e pré-molares, mais no sexo masculino e abaixo de 25 anos de idade. O tumor é de crescimento lento e contínuo, determinando na sua evolução, expansão óssea das corticais. Radiograficamente, o tumor é bem definido, e a parte radiopaca principal é comumente circundada por uma zona radiolúcida de uniforme espessura, representando o tecido periférico não mineralizado, e as camadas celulares formativas. Este tipo de tumor é distinto, e quase sempre encontrado ao redor do ápice de um pré-molar ou molar, usualmente na mandíbula, e o tecido tumoral duro pode estar fundido à raiz. Nas partes mais maduras do crescimento, o tecido duro contém um pequeno número de células encravadas, e as numerosas linhas, justapostas basófilas, dão uma aparência semelhante àquela da doença de Paget. O componente tecidual mole, consiste um tecido vascular, de textura fibrosa frouxa, contendo tanto osteoclastos como células grandes mononucleares, fortemente coradas. Na periferia e em outras áreas de crescimento ativo, extensivas camadas não exibem sinais de remodelação. A lesão parece ser um neoplasma benigno, e é facilmente enucleado. Histologicamente, entretanto, ela pode se assemelhar a um osteosarcoma atípico.

7 43 O cementoblastoma pode também ser indistinguível de um osteoma osteóide ou osteoblastoma. Entretanto, o cementoblastoma não mostra tendência para recorrer, enquanto o osteoblastoma é recorrente. B - Fibroma Cementificante No estágio mais facilmente reconhecível, esta lesão consiste de tecido fibroblástico celular, contendo massas redondas ou lobuladas de tecido semelhante a cemento, fortemente calcificadas e bastante basófilas. A histogênese, a partir das células do ligamento periodontal, enquadra a lesão no grupo dos tumores odontogênicos. Clinicamente, o tumor é mais comum em adolescentes ou adultos jovens, e na mandíbula. É de crescimento lento, normalmente assintomático, causando deformidade óssea e, nos casos de longa evolução, assimétria facial. Inicialmente, há uma destruição óssea com o desenvolvimento de uma área radiolúcida e, gradualmente, esta área se torna radiopaca, conforme o tecido similar a cemento é depositado. Finalmente, uma massa densa é formada, e, provavelmente, o crescimento pára, ou então é muito lento. O padrão histológico também varia com o estágio do desenvolvimento, sendo predominantemente fibroblástico nos estágios iniciais, tornando-se progressivamente mais similar a cemento, conforme as massas arredondadas crescem e se fundem. Radiograficamente, a lesão apresenta variações diretamente relacionadas à formação de substância mineralizada no seu interior. É fácil entender-se, portanto, a apresentação do tumor desde a lesão radiolúcida a radiopaca. De importância é a observação de que o tumor é sempre bem delimitado e separado do osso circundante. O tratamento preconizado é o cirúrgico conservador. C - Displasia Cementária Periapical (Disp. Fibrosa Periapical) É uma lesão similar em estrutura ao fibroma cementificante e principalmente, fibroblástica nos seus estágios iniciais, e com crescentes quantidades de tecido, semelhante a cemento, ocasionalmente misturado com trabéculas de osso fibroso. Esta lesão ocorre mais comumente na região dos incisivos inferiores em mulheres de meia idade, e, muitas vezes, envolvem vários dentes. A patogenia da lesão pode ser entendida como uma proliferação de fibroblastos de região próxima ao periápice, que determina a reabsorção do tecido ósseo, e na sua evolução posterior, vai se mineralizando na forma de glóbulos, que posteriormente coalescem e formam as massas maiores cementiformes. Após atingir um certo tamanho, estaciona o seu crescimento, não apresentando usualmente, nenhuma relação com o dente próximo. A lesão é assintomática, e, na maioria das vezes, passa despercebida por toda a vida do paciente. Em alguns pacientes, o que chama atenção sobre a lesão, é a infecção secundária por exposição da massa tumoral. Pacientes portadores de prótese total ou parcial que tenham a lesão, são mais aptos a apresentar o quadro descrito. O exame radiográfico guarda relação direta com o estágio evolutivo da lesão. Nas fases iniciais é radiolúcida, vão aparecendo pontos de radiopacidade, e no final, a lesão passa a ser radiopaca.

8 44 O paciente portador da lesão, descoberta em exame radiográfico de rotina, deve ser seguido e radiografado periodicamente. Os dentes porventura presentes e localizados próximos à lesão não devem sofrer tratamento endodôntico por essa razão. Nos casos de sintomatologia associada à exposição da lesão ao meio bucal, e conseqüente infecção secundária, a terapêutica recomendada é a remoção da massa, diretamente relacionada ao problema. Nos casos de massas maiores, por vezes, só a curetagem local associada à cobertura por antibiótico é suficiente. As lesões em outros locais, não diretamente associadas ao quadro de infecção, não necessitam ser removidas. D - Cementoma Gigantiforme (Cementoma Familiar Múltiplo) (*)Embora este tumor não conste da classificação apresentada (Ney Soares de Araújo), incluímos agora como conteúdo para o diagnóstico diferencial. É uma massa lobulada, densa, altamente calcificada, de cemento quase acelular, tipicamente ocorrendo em várias partes dos maxilares. Nas radiografias são observadas densas massas, algumas vezes distribuídas mais ou menos simetricamente nos maxilares, suportando a idéia de que elas representam alguma forma de displasia ou de anomalia do desenvolvimento. Entretanto, o cementoma gigantiforme pode atingir um tamanho considerável, e causar expansão dos maxilares. O cementoma gigantiforme é diferente da hipercementose, na qual, quantidades anormais de cemento secundário são depositadas de maneira ordenada nas razões dos dentes. É preciso também notar que massas similares ao cementoma gigantiforme podem ser formadas nos maxilares, em alguns casos da doença de Paget. ODONTOMA COMPOSTO É uma malformação na qual todos os tecidos dentais estão representados de maneira muito mais ordenada que no odontoma complexo, de tal forma que a lesão consiste de muitas estruturas semelhantes a dentes. Muitos deles assemelham morfologicamente aos dentes da dentição normal. A distinção dentre odontoma composto e odontoma complexo é arbitrária, sendo baseada mais na preponderância de dentículos bem organizados ou de tecidos dentais desorganizados, do que em qualquer diferença absoluta. ODONTOMA COMPLEXO É uma malformação na qual todos os tecidos dentais estão representados, num padrão mais ou menos desordenado, mas no qual os tecidos individuais são, principalmente, bem formados. A lesão ocorre mais comumente nas regiões de pré ou de molares. A fase de crescimento ativo é durante a formação da dentição, e, aqueles casos que causam expansão do osso, são usualmente diagnosticados durante as primeiras duas décadas. Radiograficamente, a lesão começa como uma área radiolúcida bem definida, na qual há progressiva deposição de material radiopaco, de natureza modular. Embora o odontoma complexo consista de uma desordenada mistura de tecidos dentais, alguns casos incluem estruturas semelhantes a dentes, melhor ordenadas. Já foi dito que é difícil diferenciar o odontoma complexo, de um fibroma ameloblástico ou de um fibro-odontoma. O odontoma representa um distúrbio de desenvolvimento que se apresenta sob a forma de dentículos ou massas, sem formas constituídas de todos os tecidos dentários. Em razão dessa apresentação, duas denominações são utilizadas : Odontoma Composto e Odontoma Complexo.

9 45 Pode haver recorrência do crescimento se o O. Complexo for removido incompletamente, durante os estágios iniciais, principalmente no estágio dos tecidos moles, mas nos últimos estágios, o crescimento cessa. A obtenção experimental de odontomas em animais por traumatismo durante a odontogênese, nos faz admitir que embora o resultado final seja sempre uma malformação, no odontoma complexo, o agente deve atuar sobre um dente em formação, e no odontoma composto, diretamente sobre a lâmina dentária, resultando por essa razão, em múltiplos dentículos. A manifestação clínica mais comum é a de falta de um dente que permanece incluso. Aumento de volume local e deslocamento de dentes também podem ocorrer. Os Odontomas Compostos ocorrem mais na porção anterior da maxila; os Odontomas Complexos ocorrem mais na região posterior dos maxilares. Radiograficamente, o Odontoma pode aparecer como lesão radiopaca densa (Odontoma Complexo), ou densa não uniforme, revelando múltiplos corpos semelhantes a dentes, mas, em ambos os casos, a lesão tem um halo ósseo esclerótico ao seu redor. O tratamento recomendado para os Odontomas (Composto e Complexo) é a remoção cirúrgica, sendo usualmente excelente o prognóstico.

10 46 CARACTERÍSTICAS DOS 4 TIPOS DE CEMENTOMAS Cementoblastoma benigno. Fibroma Cementificante. Displasia cementária Periapical. LOCAL Md : Região Molar ou Principalmente Md. Pré. Aderido ao dente. região molar ou pré. Principalmente Md. região incisiva. SEXO Predomina no homem. Indiferente. Predomina nas mulheres. IDADE Abaixo de 25. Adolescentes e Pós-Menopausa. adultos jovens. ASPECTOS RADIOGRÁFICOS ASPECTOS HISTOLÓGICOS -Massa radiopaca - densa ou sombreada. -Circundada por fina linha radiolúcida. -Aderida à raiz. -Reabsorção Radicular. -Tecido duro com muitas linhas reversas. -Camadas de Cementóide não calcificado na periferia. -Área radiolúcida bem demarcada, contendo variáveis quantidades de material denso. Variável, segundo o estágio da lesão. Principalmente cementículos fortemente corados. Alguns cementículos fundidos. -Variáveis padrões. -Radiolúcida no início, similar a granuloma. -Focos de calcificação isolados, ou massas radiopacas bem definidas. Mistura de cementículos redondos, grandes massas de cemento e osso fibroso. Cementoma Gigantiforme. Múltiplo. Comumente Simétrico. Principalmente em mulheres pretas. Meia-Idade. Massas densas, muitas vezes lobulados. Sem bordos radiolúcidos. Grandes massas de tecido, semelhante a cemento secundário. Muitas lacunas vazias. Poucos canais vasculares.

11 47 OBJETIVOS: 1- Defina ameloblastoma. 2- Qual a provável origem dos ameloblastomas 3- Cite as principais características epidemiológicas dos ameloblastomas. 4- Cite as características clínicas e/ou radiográficas do ameloblastoma. 5- Cite as características histológicas do ameloblastoma. 6- Defina qual o tratamento de escolha para ameloblastoma. 7- Defina tumor odontogênico adenomatóide (TOA). 8- Qual a provável origem dos TOA. 9- Cite as principais características epidemiológicas dos TOA. 10- Cite as características clínicas e/ou radiográficas do TOA. 11- Cite as características histológicas do TOA. 12- Defina qual o tratamento de escolha para TOA. 13- Defina tumor odontogênico epitelial calcificante (TOEC). 14- Qual a provável origem dos TOEC 15- Cite as principais características epidemiológicas dos TOEC. 16- Cite as características clínicas e/ou radiográficas do TOEC. 17- Cite as características histológicas do TOEC. 18- Defina qual o tratamento de escolha para TOEC. 19- Defina mixoma. 20- Qual a provável origem dos mixoma 21- Cite as principais características epidemiológicas dos mixomas. 22- Cite as características clínicas e/ou radiográficas do mixoma. 23- Cite as características histológicas do mixoma. 24- Defina qual o tratamento de escolha para mixoma. 25- Defina cementoma. 26- Cite os quatro tipos principais de cementoma. 27- Qual a provável origem dos cementomas. 28- Cite as principais características epidemiológicas dos quatro tipos de cementoma. 29- Cite as características clínicas e/ou radiográficas dos quatro tipos de cementoma. 30- Cite as características histológicas dos cementomas. 31- Defina qual o tratamento de escolha para os quatro tipos de cementoma. 32- Defina odontoma. 33- Defina odontoma composto. 34- Defina odontoma complexo. 35- Qual a provável origem dos odontomas. 36- Cite as principais características epidemiológicas dos dois tipos de odontoma. 37- Cite as características clínicas e/ou radiográficas dos dois tipos de odontoma. 38- Cite as características histológicas do odontoma. 39- Defina qual o tratamento de escolha para odontoma.

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