O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO RECENTE DAS EMPRESAS ESPANHOLAS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO.

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1 O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO RECENTE DAS EMPRESAS ESPANHOLAS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO. RUPPERT, Lídia 1 Mestranda em Economia UNESP/ FCL- Araraquara Bolsista CAPES INTRODUÇÃO Com a intensificação da liberalização comercial e financeira e o aumento significativo da participação da Ásia no comércio internacional a partir do início da década de noventa, as economias em desenvolvimento se viram obrigadas a internacionalizar suas empresas como forma de contornar perdas de mercado, de competitividade e de tecnologia causadas por esta nova configuração do cenário mundial. Isto ocorre, pois, a internacionalização das empresas permite, através de seus efeitos multiplicadores, ganhos de escala de produção e de tecnologia, melhora na competitividade, remessas de juros e dividendos para o país de origem, acesso a produtos e tecnologia internacional a custos menores, entre outros. Embora a evolução dos influxos de IDE dos países desenvolvidos foi de crescimento nos últimos 25 anos, a internacionalização dos países emergentes passou a ganhar bastante força, ultrapassando em muitos momentos as inversões realizadas pelos países avançados. Dentro deste cenário, a Espanha destaca-se como um dos países desenvolvidos cujo processo de internacionalização se intensificou largamente nos anos A economia espanhola, caracterizada tradicionalmente por ser grande receptora de investimento direto externo, passou a investir pesadamente no mercado externo. Este processo teve início em 1993 e intensificou-se e diversificouse a partir de Uma das principais razões para esta expansão ter acontecido de forma tão significativa foi a adoção de políticas públicas de fomento ao IDE espanhol, como linhas de créditos específicas para esta atividade, capacitação de recursos humanos, programas voltados para a instrução de como internacionalizar 1 Bacharel em Ciências Econômicas pela Unicamp lidia.ruppert@gmail.com Disponível em: 1

2 as empresas e acordos internacionais. Neste processo, a América latina foi o destino preferido das inversões espanholas, principalmente no período de expansão Os aportes financeiros espanhóis foram tão intensos para esta região que colocou a Espanha como o segundo grande investidor na América Latina, ficando atrás apenas dos EUA. O processo de internacionalização espanhola é composto por dois períodos de expansão, e , tendo, cada um, características diferentes. A interrupção deste processo foi marcada pela desaceleração econômica internacional que se iniciou em meados do ano Alguns acontecimentos como as crises russa e asiática no final da década de noventa e a crise argentina de 2001 impactaram negativamente os fluxos de investimento para os países emergentes, uma vez que criaram uma atmosfera de incerteza e elevado risco. Os atentados terroristas de setembro de 2001 também colaboraram para que os fluxos de investimento em economias desenvolvidas também sofressem reduções, embora em menor grau do que para as em desenvolvimento. Em resumo, os fluxos de investimento direto estrangeiro no mundo via internacionalização de empresas reduziu-se no período Na segunda metade de 2003 a economia internacional demonstra recuperações. Em 2004 há retomada intensa dos fluxos de IDE via internacionalização de empresas, especialmente originados dos países ricos em direção às economias em desenvolvimento, tendência que permanece até Neste cenário, a Espanha se destaca em volume e políticas públicas de incentivo a estes aportes. Embora o ritmo de crescimento neste segundo momento de expansão não seja tão acelerado quanto o observado em , o volume das inversões são sensivelmente mais altos que os registrados no período expansionista anterior. Nesta retomada, o Brasil destaca-se como um dos principais destinos dos investimentos diretos espanhóis. Este artigo tem por objetivo o estudo deste processo de internacionalização das empresas espanholas entre os anos de 1993 e 2006, dando destaque as políticas públicas de incentivo a este processo. A análise será feita sobre literatura já existente neste tema e também sobre dados oficiais do governo espanhol e de entidades de caráter internacional, como a Unctad e a OCDE. Na primeira sessão será feita uma breve explanação a respeito da evolução da economia espanhola Disponível em: 2

3 desde a década de 1960 e anos Na sessão seguinte serão tratadas as principais características do investimento direto externo espanhol entre os anos , destacando as principais empresas espanholas internacionalizadas. A terceira sessão será destinada a explanação do processo de internacionalização espanhola e da descrição das políticas públicas de incentivo. Por fim serão levantadas breves considerações finais. 1. A ECONOMIA ESPANHOLA Os primeiros passos da inserção espanhola na economia internacional datam de 1959 com o chamado Plano de Estabilização, que estabelecia a abertura econômica do país. Durante a década de 1960 e início dos anos 1960 a Espanha passou por um período de convergência com os demais países europeus, inclusive no que se refere à renda per capita. Contudo, entre 1975 e o último ano antes da adesão à Comunidade Econômica Européia (CEE), a Espanha passa por diversas dificuldades. Problemas econômicos advindo de fatores internacionais como a primeira e segunda crise do petróleo, estagflação, brusca elevação dos juros nos EUA, intensa recessão internacional entre 1980 e 1982 e a crise da dívida externa, problemas políticos derivados dos desafios colocados pelo período de transição do regime autoritário de Franco à construção de uma democracia e problemas econômicos internos à Espanha como a aplicação tardia dos programas de ajuste econômicos fizeram com que, até 1985, a sociedade espanhola pagasse um elevado custo pela correção dos desequilíbrios: alta taxa de desemprego. Estes dez anos fizeram com que a economia espanhola retrocedesse em renda média comparada aos países europeus, em nível de final dos anos sessenta. Com a adesão da Espanha à CEE o processo de abertura iniciado nos anos 1960 completou-se. Iniciou-se um processo e intensa dinamização dos investimentos e dos conjuntos de setores da economia. Assim, a convergência com o restante dos países da Europa foi largamente recuperada, porém não aos níveis atingidos em Em 1992 o Sistema Monetário Europeu passa por uma crise, que chega à Espanha com certo atraso em relação ao restante da Europa. Como resultado houve desajustes de inflação, déficit público, déficit de transações correntes, queda no PIB Disponível em: 3

4 e na renda e elevada taxa de desemprego (ao final de 1994 marcava 24,1%) nos anos seguintes. Novamente a Espanha descolava da tendência européia. Entretanto, como requisitos estabelecidos pelo tratado de Maastricht para a entrada da Espanha na União Européia Monetária (UEM), o país teve de adequar sua economia nos anos seguintes. Entre 1995 e 1998 o déficit público caiu de 6,3% do PIB para 2,8%, a inflação decresceu de 4,8% para 1,8% e os salários moderaram-se significativamente. Nesse processo, as taxas de juros seguiram em uma tendência decrescente, reduzindo o diferencial de taxas de juros com a Alemanha. A expansão da formação bruta de capital fixo e das exportações beneficiadas pela estabilidade de preços, custos e câmbio incentivaram o aumento do PIB nestes quatro anos. Ao mesmo tempo houve flexibilização dos contratos no mercado de trabalho e moderação salarial, o que permitiu criações de emprego. A taxa de desemprego passou de 24,1% em 1994 para 18,7% em Assim, foi possível cumprir os critérios de convergência para fazer parte da UEM em janeiro de Foram alcançadas, sem dúvida, condições de estabilidades macroeconômicas nunca conseguidas até então, favorecendo um crescimento baseado no investimento produtivo, em um contexto de maior equilíbrio entre as políticas monetária e fiscal. A incorporação da economia espanhola à UEM implicava o fim da política monetária a favor do banco Central Europeu e a fixação definitiva e irreversível da taxa de câmbio da peseta em relação ao euro e, a partir daí, o estabelecimento do euro como moeda própria, e com ele, a taxa de câmbio do euro. Sendo assim, a política monetária e cambial deixam de ser instrumentos de estabilização interna, de forma que as novas políticas econômicas teriam de se apoiar na política fiscal- para gestão da demanda e nas políticas de oferta para flexibilizar e expandir a oferta agregada. Em 1999 e 2000 a Espanha superou a taxa de 4,5% de crescimento do PIB em 1998, entretanto entre os anos de 2001 e 2003 o país passou por uma fase de desaceleração, como conseqüência da mudança do ciclo da economia internacional. Entretanto, ao contrário do ocorrido em episódios anteriores similares, foi uma desaceleração de menor intensidade em que as taxas de crescimento do PIB caíram de 5,1% em 2000 a 3,7% em 2001, a 2,7% em 2002 e a 3,1% em A desaceleração foi amortecida por uma significativa redução dos juros, que começou nos primeiros meses de 2001 e se acentuou em 2002 e 2003, prolongando Disponível em: 4

5 os efeitos expansivos da convergência e facilitando que a economia avançasse em convergência real com os países da EU e UEM. Em 2004 a economia espanhola parecia consolidar a recuperação insinuada em Em 2005 e 2006 o PIB voltou a registrar taxas de expansão de 3,5% e 3,9%, respectivamente. No entanto, o modelo de crescimento virtuoso, com criação de emprego e correção de desequilíbrios de agregados básicos da etapa de convergência deu lugar a outro modelo de crescimento, que manteve a intensa capacidade de criação de emprego, mas apoiou-se em novas variáveis dinâmicas. O novo modelo continuou promovendo a convergência entre a Espanha e os países da EU-15, EU-25 e EU-27, mas também é verdade que gerou certos desajustes que puseram em perigo a competitividade do da economia. Entre o PIB real cresceu em média anual 3,3%, enquanto o gasto nacional cresceu muito acima (4,2%), originando uma lacuna entre estas variáveis, que deu lugar a tensões de preços, deteriorando o diferencial de preços relativos com os mercados externos. Isso implicou desequilíbrio da balança comercial e de transações correntes, o que necessitou de crescente financiamento externo. Dentro do gasto público, o componente que registrou maior dinamismo foi a formação bruta de capital fixo, com uma taxa média para o períodos de 6,1%. Entretanto, ao contrário da fase de convergência, na qual se destacou o forte impulso ao investimento em bens de produção, o componente mais dinâmico do investimento desde o começo da fase de UEM foi o da construção de moradia. O investimento em bens de produção mostrou certa letargia durante a maior parte desse período, felizmente superada em O tipo das inversões realizadas no período revelou um modelo baseado principalmente em um componente que tem a menor relação com o desenvolvimento tecnológico, não contribuindo para o dinamismo das exportações espanholas e nem evitando a grande penetração de importações. Em relação aos setores produtivos, a análise do PIB mostra que a dinâmica do processo nesta etapa da UEM esteve determinada pelo crescimento do setor de construção, seguido dos serviços de mercado, enquanto a indústria registrou um crescimento muito débil, com uma taxa média anual de 1%. Esta configuração das atividades não pôde impedir que uma parte crescente da demanda interna se Disponível em: 5

6 voltasse aos bens importados e não pôde evitar tensão de preços em relação aos vigentes nos mercados externos, provocando erosão da competitividade. Em relação ao mercado de trabalho, houve intensa criação de empregos no período. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, em 2006 o número de trabalhadores foi 55% maior que em A taxa de emprego passou de 46,9% em 1995 para 63,3% em A taxa de desemprego caiu de 18,7% em 1998 para 8,5% no fim de 2006, o mais baixo índice desde o fim da década de Entretanto, uma grande parte destes postos foi criada por meio de contratos temporários e foi acompanhada por quase um estancamento da produtividade, pois o conjunto da economia registrou, durante o período, uma variação média anual de apenas 0,2%. Em termos setoriais, a produtividade da indústria cresceu 1,1% ao ano em média, a construção registrou taxas negativas e os serviços, nulas. Tanto o perfil da produtividade do conjunto da economia quanto em cada setor confirma que o novo modelo de crescimento na etapa da UEM desviou-se para setores intensivos em mão-de-obra de baixa qualificação, que registram taxas de produtividades negativas ou nulas. Contudo, como o salário real registrou um crescimento negativo, houve aumento da participação do excedente bruto de exploração na renda e uma perda do peso relativo dos salários. O investimento direto externo realizado pelas empresas espanholas dá-se em meio a esta mudança de modelo de crescimento e será analisado nas sessões seguintes. 2. O INVESTIMENTO DIRETO ESPANHOL: UMA CARACTERIZAÇÃO O estoque de investimento direto espanhol no mundo multiplicou-se por quase 40 vezes entre 1990 e 2007, segundo relatório da Unctad de O montante passou de US$ 15 bilhões em 1990 para US$ 168 bilhões em 2000, atingindo o volume de US$ 602 bilhões em Tais valores representam, respectivamente, 0,9%, 2,7% e 4% do total de estoque de saída de IDE no mundo. Analisando os afluxos de IDE, a Espanha representava 1,2% do total mundial em 1990, em 2007 esta relação passou a ser de 6%. Se for considerado apenas o IDE Disponível em: 6

7 europeu, a proporção do investimento espanhol passa a ser de aproximadamente 10% em Esta expansão do investimento direto externo espanhol acentuou-se a partir de 2000, quando os afluxos de IDE ultrapassaram pela primeira vez na história os influxos de investimento. A posição de investidor líquido foi conquistada pela Espanha e consolidada ao longo da década de De 20º maior investidor mundial em 1980, o país passou à 8ª posição em Tal conquista só foi possível com a liberalização econômica e financeira ocorrida ao longo da segunda metade dos anos 1980 e da década de 1990, com a entrada na União Européia, formação do Mercado Comum Europeu e com a adoção do euro como moeda em Ademais, as empresas espanholas contaram com diversas políticas públicas que favoreceram a estratégia de internacionalização das empresas, tanto no âmbito do financiamento quanto da capacitação de recursos humanos e dos acordos internacionais. A internacionalização das empresas espanholas concentra-se em determinados setores desde seu início, a saber: utilidades públicas, telecomunicações, serviços financeiros e seguro e fornecimento de energia. Setores como o têxtil, a produção de vinhos, o automobilístico, o alimentício e a construção civil também são destacados, porém em menor grau. Embora existam empresas com especialização em certas áreas tecnológicas, inclusive na fronteira da inovação técnica, as empresas espanholas acabaram concentrando suas atividades fora do país em setores que demandem mais conhecimentos administrativos e capacidade de execução de projetos do que tecnologia. Por isso, mesmo que a Espanha não esteja dentre os países mais avançados do mundo no que re refere à renda per capita ou desenvolvimento tecnológico e que não possua nenhuma marca de apelo global, centenas de empresas espanholas estão obtendo um formidável desempenho fora do país. Geograficamente o IDE espanhol concentrou-se até o ano 2000 nos países da América Latina, chegando a receber 72% do IDE total espanhol em 1999 (Gráfico 1). Desta região, o Brasil e a Argentina foram os principais destinos das inversões. A partir de 2001, o IDE espanhol passou a ser destinado prioritariamente à Europa, que em 2007 chegou a representar 80% das inversões espanholas. Os países europeus de destaque têm sido Reino Unido, Holanda e Portugal. Tal padrão Disponível em: 7

8 geográfico do IDE espanhol tende a permanecer para os próximos anos, com aumento crescente da participação dos EUA como receptor. É importante ressaltar que a forma de entrada destas empresas nos outros países se dá prioritariamente através de aquisições e fusões e não por novos projetos (operações greenfield ), com o objetivo de se alcançar posições estratégicas no ambiente competitivo imposto pela globalização. Entre , as empresas espanholas realizaram ao menos 55% de IDE via aquisições, 42% foram contribuições de capital a empresas espanholas já existentes e apenas os 3% restantes constituíram novas empresas. A partir dos anos 2000 a inserção externa foi persistida e a importância dada aos mercados externos passou a ser estratégica. Entretanto, esta composição das modalidades de realização de IDE acentuou-se. Entre , as aquisições representaram 70% do total de IDE espanhol, seguidas pelas contribuições de capital (27,5%) e apenas 2,5% do IDE foi destinado à constituição de novas sociedades. Em 2007 as operações de aquisição foram de grande envergadura, através do Santander, BBVA e Iberdrola, entretanto, no mesmo ano, houve uma importante operação de abertura de novas fronteiras no setor de petroquímica e refino com a ampliação da empresa Técnicas Reunidas no Oriente Médio. Os relatórios da Unctad sobre o Investimento Mundial (World Investment Report) destacam como as empresas espanholas mais internacionalizadas: Telefônica, Repsol, Endesa, Santader, BBVA, Iberdola e o Grupo Ferrovial. Destas, realce maior para a Telefônica que se posicionou na 11ª posição no ranking mundial das maiores empresas transacionais não-financeiras quanto a ativos no exterior em Em relação às empresas multinacionais financeiras mais internacionalizadas, o Santander ocupou, no mesmo ano, a 22ª colocação e o BBVA a 35ª. Trataremos aqui das 5 maiores multinacionais financeiras e não-financeiras. A Telefônica, empresa espanhola mais internacionalizada, foi fundada em 1924 como uma empresa 100% privada, permanecendo assim até hoje. Até junho de 2009, fornece serviços de telecomunicações (telefonia móvel e fica, internet e televisão) a mais de 47 milhões de consumidores. Presente em 25 países, ela é operadora líder no Brasil, Argentina, Chile e Peru e possui operações substanciais na em outros países da América Latina. É também um dos maiores operadores espanhóis e possui companhias no Reino Unido, Irlanda, Alemanha, República Disponível em: 8

9 Checa e Eslováquia. As filiais fora da Espanha representaram, em 2006, 69% do total das empresas do grupo. No mesmo ano, o grupo empregou trabalhadores pelo mundo, sendo que destes aproximadamente 75% eram estrangeiros. Em termos de vendas, 62% do total eram feitos em mercado internacional. Em relação aos ativos, os internacionais (aproximadamente US$ 102 bilhões) também possuíam uma grande participação no total da Telefônica, configurando 70%. Estes dados revelam, portanto, uma empresa de grande dimensão externa e de elevada participação internacional em suas operações e empregabilidade. A segunda empresa não-financeira espanhola de maior destaque internacional é a Repsol YPF. Atua no setor de hidrocarbonetos sendo uma companhia internacionalmente integrada de petróleo e gás natural. Nascida em 1927, a empresa, na época Companhia Arrendatária do Monopólio de Petróleo S.A. (CAMPSA), contava com a participação (minoritária) do Estado. Em 1940 a REPESA (Refinaria de Petróleo de Escombreras) foi criada, que viria a ser a empresa mais moderna da Espanha. A REPESA criou suas próprias marcas de petróleo e lubrificantes, sendo a REPSOL a principal delas. Entretanto o logo REPSOL apareceu pela primeira vez apenas em Desde a criação da REPESA algumas outras empresas (públicas e privadas) no setor foram criadas como a Butano S.A., a Sociedade Hispânica de Petróleo (Hispanoil), Petróleos do Norte (Petronor), entre outras. Em 1974 há uma fusão entre REPESA, ENCASO e ENTASA, criando a ENPETRO (Empresa Nacional de Petróleo), tendo o governo mais de 70% de participação. Em 1986 o grupo REPSOL S.A. nasce a partir de um rearranjo do setor de petróleo, possuindo 5 afiliadas. Em 1989 a Repsol inicia seu processo de privatização, que chegou ao seu término apenas em 1997, tornando-se uma empresa totalmente privada. Com a compra de quase 98% da argentina YPF S.A., e com a consolidação da integração com a Gás Natural SDG, o grupo Repsol YPF inicia seu processo intenso de internacionalização. O grupo passa a ser um dos líderes nos mercados privados de petróleo de vários países como Argentina, Venezuela e Brasil. Desde 2005 o Brasil e a América do norte passaram a ser os principais projetos de expansão do grupo. Disponível em: 9

10 Atualmente a Repsol YPF está presente em 30 países e o ocupou a 43ª posição no ranking as empresas transnacionais mais internacionalizadas do mundo em Na época o grupo apresentava 50% do total de seus empregados como sendo estrangeiros, 52% das filiais sendo estrangeiras, 50% do total das vendas sendo feitas externamente e 64% dos ativos sendo internacionais. A terceira empresa não-financeira de maior destaque internacionalmente segundo o ranking da Unctad de 2006 é a Endesa, ocupando o 54ª lugar. Empresa provedora de energia, criada em Após a fusão e aquisição de algumas outras empresas em 1983 surge o grupo Endesa cujas ações são colocadas à venda pela primeira vez em 1988, reduzindo a participação do Estado no grupo. O processo de internacionalização da empresa data do início dos anos 1990 com a aquisição de empresas estrangeiras, principalmente na América Latina. Após algumas rodadas de venda de suas ações, em 1998 a empresa passa a ser 100% privada. Atualmente o grupo é o maior provedor de energia elétrica na Espanha e a primeira companhia elétrica privada da Iberoamérica. É também um relevante operador na Europa mediterrânea. Em 2006, 76% das filiais do grupo localizavam-se em terras estrangeiras, assim como 53% de seus empregados. Em se tratando de vendas no exterior, a relação era de 51% do total. Já em termos de ativos, os estrangeiros representavam 44%. A história do grupo financeiro Santander começa em 1957 com a autorização da rainha Isabel II da constituição do banco de Santander, que desde sua origem foi voltado ao exterior, priorizando o comércio entre o porto de Santander e o Norte da Espanha e a Iberoamérica. Em 1947 as primeiras agências representativas internacionais são abertas, localizando-se na América do Norte, Cuba, Argentina, México e Venezuela. Entre 1950 e 1960 o banco inicia uma trajetória de aquisições de outros bancos na Espanha. A primeira filial internacional na América Latina é aberta em 1960 com a compra de um banco argentino. Outras aquisições na América Latinha foram feitas entre as décadas de 1970 e 1980, além da internacionalização na própria Europa. Em 1995 iniciou-se um novo processo de internacionalização para a América Latina, principalmente para a Argentina, Brasil, México, Colômbia, Peru e Venezuela. Em 1999 o Santander e o BCH proporcionam a primeira grande fusão bancária na zona do euro. Em 2000 há incorporação ao grupo de outros bancos Disponível em: 10

11 latino-americanos como o Banespa (Brasil) e Santiago (Chile). O Santander se consolida como primeira franquia financeira na América Latina. A partir de 2003 os esforços de internacionalização do grupo se dirigem primordialmente para a Europa e EUA. Em 2006 os dados da Unctad mostram que o banco estava presente em 22 países e possuía 73% de suas filiais em território estrangeiro. Dados do próprio grupo evidenciam que 77% dos empregados eram estrangeiros no mesmo ano. Estas informações explicam porque o grupo apresenta-se na 22ª colocação no ranking da Unctad das empresas financeiras transnacionais mais internacionalizadas em O mesmo ranking apresenta o grupo de serviços financeiros BBVA na 35ª posição. Este banco nasceu n Espanha há mais de 150 anos com a criação do banco Bilbao e do banco Vizcaya. Ao longo do século XX diversas empresas financeiras foram surgindo e em 1988 se firma a fusão entre Bilbao e Vizcaya. Em 1999 houve a fusão entre o BBV e o banco Argentaria, criando assim o BBVA. A presença internacional do grupo data de 1902 com a abertura de uma agência do banco Bilbao em Paris. Entretanto, o processo de internacionalização conhecido atualmente teve seu início marcado na década de 1970 com a abertura de agências representativas e de operação na América, Ásia e Europa. Além disso, houve um processo e aquisições, principalmente na América Latina na década de 1990 e anos O BBVA ainda conta com forte presença na Europa e EUA e é uma das poucas instituições financeiras estrangeiras com presença na China. Em 2006, o grupo estava presente em 19 países e 51% de suas filiais localizavam-se fora da Espanha. Dados divulgados pelo BBVA mostram que 60% de seus empregados em 2006 eram estrangeiros. Em suma, os dados evidenciam uma tendência de grande participação dos trabalhadores estrangeiros no processo de internacionalização e uma alta taxa de presença de filiais no exterior. Ademais, é notória a participação de empresas privadas como líderes do movimento de saída de investimento direto da Espanha. A internacionalização espanhola segue uma estratégia de absorção do mercado interno do resto do mundo e também de aproveitamento dos recursos energéticos dos outros países. Nos últimos anos, o setor financeiro tem concentrado grande volume de fluxos de IDE espanhóis, dando indícios de um novo padrão de internacionalização das empresas espanholas. Disponível em: 11

12 Dos obstáculos atuais à internacionalização das empresas espanholas como alta taxa de desemprego na Espanha em relação ao restante da Europa, a necessidade de aumento a produtividade espanhola e de políticas de oferta competitiva especialmente nos setores de educação, matriz energética e sistema científico inovador, destacam-se os problemas em relação à capacitação de profissionais para trabalhar no exterior e à visibilidade das empresas espanholas no meios de comunicação internacional. BOX 1 O Investimento Externo Direto Espanhol no Setor Financeiro Através de fusões domésticas e aquisições internacionais, os bancos líderes espanhóis escalaram os rankings e capturaram a atenção do mercado financeiro internacional. Embora a internacionalização destes bancos tenhas sido recente, na virada do século o Santander e o BBVA tornam-se as maiores instituições financeiras na América latina, estão entre os 5 maiores da zona do euro e entre os 25 maiores no mundo. Apesar de não serem instituições globais como o Citibank, os dois maiores bancos espanhóis têm se mantido entre os maiores, melhores capitalizados e mais lucrativos bancos na Europa, passando pela crise Argentina em 2001 praticamente ilesos. O surgimento destas empresas multinacionais na Espanha transformou o tipo de inserção internacional do país. A Espanha passou a desempenhar um novo papel na economia e finanças globais como resultado dos seus afluxos de IDE. Não só aproveitou dos lucros potenciais destas inversões, como também teve sua posição política modificada dentro das organizações, fóruns e negociações internacionais, nas quais importantes decisões econômicas e financeiras são tomadas. Ademais, a Espanha desde 1999 tem servido como uma ponte financeira entre a Europa e a América Latina através da criação do Latibex único mercado internacional para os títulos latino-americanos. Nos últimos cindo anos notaram-se modificações no padrão do IDE feito pelos bancos espanhóis na década de Em primeiro lugar, os bancos têm buscado novas maneiras de oferecer serviços bancários de maior valor adicionado de forma a escapar do estreitamento dos lucros. Além disso, têm utilizado seus novos tamanhos para se arriscarem em aquisições ou fusões no oeste e/ou leste europeu em uma variedade de segmentos bancários, incluindo financiamento de consumo e banco de investimento. Neste redirecionamento dos IDE dos bancos espanhóis destacam-se os Estados Unidos (BBVA) e a Europa (Santander) como principais destinos. Esta estratégia permite que estes bancos se tornem verdadeiras companhias transnacionais. Disponível em: 12

13 3. O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS ESPANHOLAS E PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS A Espanha passou por diversas situações político-econômicas como isolamento internacional, ditadura e décadas de atraso tecnológico, o que fez com que seu processo de internacionalização fosse tardio, em comparação aos demais países desenvolvidos. Na década de 1980 o país e suas firmas passaram por transformações profundas com o início da liberalização econômica no país, incluindo desregulamentação, privatizações, reforço da concorrência, aumento da exposição às importações e da entrada de investimento estrangeiro. Estas mudanças permitiram intensificação do fluxo de entrada e saída de IDE no país e, por conseqüência, possibilitou a internacionalização das empresas espanholas. Este processo de internacionalização compreendeu duas fases. Entre a economia espanhola, caracterizada tradicionalmente por ser grande receptora de investimento direto externo, passou a investir pesadamente no mercado externo. Este processo intensificou-se a partir de Os recursos esta primeira etapa foram voltados prioritariamente para a América Latina, ficando a Espanha como o segundo maior investidor na região, atrás apenas dos Estados Unidos. A segunda etapa do processo iniciou em 2001 e vai até os dias atuais. A divisão entre as duas fases é caracterizada pelos impactos das crises asiática, russa e argentina que reduziram drasticamente os fluxos de investimento externo direto para os países em desenvolvimento, uma vez que criaram uma atmosfera de incerteza e elevado risco em torno destas economias. Os atentados terroristas de setembro de 2001 nos EUA colaboraram para que os fluxos de investimento em economias desenvolvidas também sofressem reduções, embora em menor grau do que para as em desenvolvimento. Um novo ciclo de IDE espanhol iniciou-se em 2003, porém o destino das inversões passou a ser centralizado na Europa com destaque ao Reino unido e nos Estados Unidos. Neste cenário, a Espanha se destaca em volume e políticas públicas de incentivo a estes aportes. O ritmo de crescimento neste segundo momento de expansão não foi tão acelerado quanto o observado em , Disponível em: 13

14 entretanto, o volume das inversões foram sensivelmente mais altos que os registrados no período expansionista anterior (gráfico 2). A média anual de IDE líquido no exterior descontados os investimentos das Entidades de Depósitos de Valores no Estrangeiro (ETVE 2 ) de não residentes foi de 13,125 bilhões de euros entre , ao passo que em esta média aumentou para 26,833 bilhões de euros. Mesmo nos períodos de crises como e em 2008, o IDE se manteve em nível alto, próximo a 30 bilhões de euros no ano de 2001 e a 28 bilhões de euros em 2008, sendo que, destes últimos, 22% se dirigiram para os EUA e 16% para o Reino Unido. Esta mudança de orientação do IDE da América Latina para os países da EU- 15 é explicada por duas razões. Primeiramente devido ao acesso aos mercados de capitais em condições muito favoráveis para a compra de capacidade produtiva e de ativos patrimoniais pelas empresas espanholas, que permitiram um impulso ao financiamento do processo. Em segundo lugar, porém não menos importante, à dimensão e experiência conseguidas das empresas espanholas em sua expansão na América Latina na etapa As empresas e instituições financeiras mais dinâmicas nessa etapa foram, em grande medida, as mesmas grandes e médias empresas espanholas que têm investimentos na América Latina. Mesmo que estas já tivessem uma presença prévia na EU, é inegável que a experiência na América Latina colocou estas empresas espanholas em uma posição privilegiada em relação às demais, favorecendo seus processos de internacionalização. Algumas multinacionais espanholas já possuem posição consolidada na Europa, como a Ferrovial e a Prosegur, entretanto muitas outras estão iniciando sua presença na região. Santander, Gas Natural e Endesa são umas da empresas que destinaram importantes volumes de IDE para a Europa. Entretanto as empresas espanholas ainda encontram dificuldades políticas para negociar dentro da Europa. Companhias alemãs, francesas ou italianas, por exemplo, não vêem com bons olhos a idéia de serem compradas pela pequena Espanha. O setor financeiro tem sido o que melhor tem se inserido na Europa nos últimos anos. Entretanto, é inegável que as empresas espanholas tornaram-se importantes competidores internacionais. 2 Entidades de Tenência de Valores Estranjeros Empresas espanholas sujeitas às regras tributárias da Espanha, porém isentas de taxação sobre determinados dividendos e ganhos de capital obtidos internacionalemente. Disponível em: 14

15 3.1. Política de Incentivos a Internacionalização e Simplificação de Procedimentos É importante destacar o papel das políticas públicas de fomento neste processo de internacionalização das empresas espanholas. Durante os últimos 15 anos na Espanha, mais expressivamente desde 1996, observa-se apoio governamental às operações comerciais e execuções de projetos no exterior. A principal função desta ajuda é o barateamento das inversões diretas estratégicas em diferentes mercados. Para isso, a Espanha dispõe de medidas que visam à cobertura dos riscos políticos destas operações, à criação de fundos parcialmente públicos de IDE e à facilidade do crédito. Além dos instrumentos de segurança e financeiros, há também os informativos institucionais Instrumentos Informativos: O governo Espanhol colabora, principalmente através do Instituto Espanhol de Comércio Exterior (ICEX), com publicações periódicas, fóruns, seminários, feiras e com o portal da rede de oficinas econômicas e comerciais da Espanha no Exterior. O intuito é reduzir ao máximo a assimetria de informações para as empresas espanholas e proporcionar a expansão do processo de internacionalização. O ICEX é um organismo público pertencente à Secretaria do Estado de Comércio do governo espanhol. Presta serviços às empresas espanholas com a finalidade de impulsionar e facilitar sua proteção internacional. Para tais serviços, o ICEX dispõe de seus próprios recursos financeiros, materiais e humanos. Sua atuação é feita nas seguintes áreas: planejamento e execução de programas de promoção comercial nos mercados externos, elaboração e difusão de informações sobre a oferta de produtos espanhóis e sobre os mercados internacionais, promoção da capacitação técnica dos funcionários da empresa e da formação em comércio exterior e incentivo de projetos de investimento, de implantação industrial e de cooperação empresarial em mercados estrangeiros. O ICEX desenvolve suas atividades no exterior através da rede de Oficinas Econômicas e Comerciais das Embaixadas da Espanha e, na Espanha, através das Direções Regionais e Territoriais de Comércio. Disponível em: 15

16 3.1.2 Instrumentos institucionais: O Governo dispõe de cinco instrumentos institucionais principais que facilitam o processo burocrático da realização do investimento e de tributação. São eles: Convênios para evitar a dupla tributação (CDIs): Acordos entre a Espanha e 45 países e uma confederação (CEI) com o objetivo de evitar a dupla tributação sobre as pessoas físicas ou jurídicas residentes em um ou mais países. São aplicados sobre o imposto de renda de pessoa física ou sociedade ou sobre o patrimônio da empresas. Programa de conversão da dívida em inversões privadas: Acordos bilaterais em que a Espanha cancela uma parte da dívida de um devedor com a Espanha mediante a concordância do país devedor em utilizar os recursos liberados em projetos que possam contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país. Assim, os recursos liberados com cancelamento da dívida são usados para promover o investimento no país devedor. No caso da dívida privada, a dívida com a Espanha se torna um fundo para que empresas espanholas realizem investimentos no país devedor. Programa de conversão da dívida em inversões públicas: A dívida do país devedor torna-se o investimento público da Espanha no mesmo. Esta conversão é articulada através da criação de fundos para o equivalente em moeda local da dívida (ou parte da dívida) perdoada, cujos recursos destinam-se a financiar projetos. Acordos de promoção e proteção recíproca de investimentos (APRIS): Tratados bilaterais recíprocos orientados a minimizar os riscos políticos dos países através do reconhecimento das obrigações e garantias das inversões cruzadas. O objetivo é garantir um ambiente estável, com a incerteza política reduzida e favorável aos investimentos para o exterior. Participam destes acordos 55 países. Entre as medidas estipuladas pelos tratados destacam-se: limitações das expropriações a causas de utilidade pública ou interesse nacional e sujeitas ao pagamento de indenizações, em moeda conversível, adequadas aos investimentos; permissão da livre transferência dos rendimentos e outros pagamentos relacionados aos investimentos feitos, em dividas parcial ou totalmente conversíveis. Disponível em: 16

17 Programas de dedução fiscal: Lei de imposto sobre as sociedades que dá o direito às empresas de praticar deduções de 25% da cota integral dos gastos efetivamente realizados na criação de sucursais ou no estabelecimento permanente no exterior, na participação ou aquisição de sociedades estrangeiras, na constituição de filiais diretamente relacionadas à exportação de bens e serviços ou com publicidade no exterior Instrumentos de Segurança: O governo disponibiliza duas políticas de seguro para o processo de internacionalização. CESCE (Compañía Española de Seguros de Crédito a la Exportación): política de seguros que cobre quatro tipos de riscos políticos que podem afetar os investimentos diretos no exterior relacionados ao direito de propriedade, falta de transparência (bloqueio de remessas), ruptura de compromissos estabelecidos devido a guerras ou revoluções no país receptor de ODE. M.I.G.A. (Multilateral Investment Guarantee Agency): Política de seguro que oferece garantias aos investimentos e empréstimos em termos de risco políticos e ajudas ao países em desenvolvimento para atrair e conservas os investimentos privados. Para usufruir de tal política a empresa debe pertencer a um dos 22 setores industriais destacados pelo programa e realizar o investimento em um dos 139 países em desenvolvimento membros do M.I.G.A Instrumentos Financeiros: O governo espanhol disponibiliza diversos instrumentos financeiros de fomento à inserção externa espanhola via exportações e investimento direto externo. Tais recursos provêm primordialmente do ICO (Instituto de Crédito Oficial) e COFIDES (Compañía Española de Financiación del Desarrollo) e, em menor grau, do ICEX. Estes instrumentos se separam de acordo com a fase da internacionalização das empresas. Disponível em: 17

18 Na fase prévia à internacionalização (análises e estudos) estão disponíveis a Línea de Financiación de Estudios de Viabilidad (FEV) e o Plan de Apoyo a Proyectos de Invesiones (PAPI). Ambos contemplam empresas que estão iniciando sua trajetória no exterior e cobrem partes dos gastos com o estudo da viabilidade do projeto e dos custos de estabelecimento, ampliação e diversificação das empresas espanholas no exterior. Já na fase de materialização dos investimentos diretos externos espanhóis, as empresas contam com outros programas públicos. Os principais dividem-se em: fundos de inversão em capitais de riscos (FIEX e FONPYME); programas de financiamento de grandes inversões no exterior (PROINVEX), linhas de internacionalização para as pequenas e médias empresas (LI) 3 ; linhas financeiras do COFIDES (FOMIN, BERD, BEI I, BEI II, FINSER e PATERNARIADO); projetos do setor privado (CDE e JEV) e programa do ICEX de implantação no exterior (PIE). Todos eles têm caráter de financiar parte dos gastos estruturais e de propaganda com o estabelecimento, expansão e consolidação de sucursais ou filiais no exterior. Alguns são voltados para empresas sem restrição ao país de destino de seus investimentos, alguns, como o PIE, não se aplicam ao IDE direcionado à União Européia. Alguns programas são destinados a projetos em setores específicos como o de infra-estrutura, indústria, agroindústria, de minérios, comercial e turismo. Apesar do grande número de linhas de financiamento ao IDE espanhol, observa-se a preferência do governo, desde o início dos anos 1990, por políticas de incentivo à exportação, dado que estas são feitas em um volume muito maior que os programas que priorizam a concessão de licenças e das inversões diretas no exterior. A evolução dos fundos e contas citadas evidencia grande participação da promoção externa em relação aos demais aportes financeiros, reforçando a preferência do governo por políticas públicas de incentivo à exportação. 3 A União Européia estabelece que as pequenas e médias empresas são aquelas que possuem menos de 250 empregados, balanço inferior a 27 M, faturamento anual inferior a 40 M e não podem ter empresas ou grupos participando em mais de 25% de seus capitais. Disponível em: 18

19 Gráfico 1 Destino do IDE Espanhol Por Região Geográfica (% do total) Europa Estados Unidos América Latina Fonte: Datainvex Ministerio de Industria, Turismo y Comercio. Elaboração própria. Gráfico 2 Evolução do IDE Espanhol (Bilhões de euros) Fonte: Datainvex Ministerio de Industria, Turismo y Comercio. Elaboração própria Disponível em: 19

20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Embora a Espanha ainda tenha muito a superar em termos de convergência com o restante dos países europeus, especialmente em relação aos preços e produtividade, o país conseguiu reduzir grandes desequilíbrios econômicos nos últimos 10 anos. Este fato, somado a incentivos governamentais seja através de tributação e facilidade de crédito, seja através de programas voltados a simetria de informações e melhora do aprendizado, possibilitaram que as empresas espanholas pudessem se inserir no sistema produtivo e comercial internacional de uma forma bastante significativa entre A busca por mercados internos fora da Espanha e como forma se driblar os obstáculos comerciais e de diferencial de preços internos e externos fez com que as empresas espanholas buscassem cada vez mais a instalação de filiais fora do país de origem. A evolução do investimento direto externa demonstra que esta busca tem Disponível em: 20

21 sido bem sucedida e tem representado importante fonte de inversões para a América Latina, principalmente, para o Brasil e, recentemente para a Europa. BIBLIOGRAFIA ARAHUETES, A. e HIRATUKA, C. (2007) Relações econômicas entre Brasil e Espanha. Espanha: Real Instituto Elcano de Estudios Internacionales y Estratégicos. CÍRCULO DE EMPRESARIOS e WHARTON UNIVERSITY OF PENNSILVANIA Yearbook on the Internationalization of Spanish Companies. CÍRCULO DE EMPRESARIOS e WHARTON UNIVERSITY OF PENNSILVANIA Yearbook on the Internationalization of Spanish Companies. GUILLÉN, M. F. (2005) The Rise of Spanish Multinationals: European Business in the Global Economy. Reino Unido: Cambridge University Press. MENZANA, R. B. (2002) Uma visión gerenal de la evolución reciente em la política española de fomento de la internacionalización. Tribuna de Economía ICE, número 802 pp UNCTAD (2008). World Investment Report. Genebra: ONU. Sites: Disponível em: 21

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