INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL INDICADORES CONJUNTURAIS - DEZEMBRO/18
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- Luís Barreiro de Almada
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1 INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL INDICADORES CONJUNTURAIS - DEZEMBRO/18
2 RECEITA LÍQUIDA TOTAL R$ Bilhões constantes Mês / Mês anterior = -12,3% Mês / Mês do ano anterior = -0,8% Acum. ano / Acum. ano anterior = +7,0% Exportação (MM3) Receita Líquida Total (mensal) Receita Líquida Interna (MM3) Receita Líquida Interna (mensal) Após 5 anos consecutivos de queda na receita do setor ficante de máquinas e equipamentos, que levou o setor a encolher 47% no período, 2018 encerrou com crescimento de 7% em relação a Apesar do resultado positivo, o ano encerrou com as atividades produtivas em desaceleração. Dezembro em relação ao mesmo mês de 2017 encolheu 0,8%. De forma geral, o crescimento observado nas vendas se deu predominantemente no mercado externo, no mercado doméstico houve relativa estabilidade (+0,3%) Fonte: DCEE/ABIMAQ e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 2
3 CURVA DE COMPORTAMENTO Receita Líquida Média vs 2017 e 2018 O desempenho das vendas de máquinas e equipamentos, no mês de dezembro de 2018 contrariou as expectativas e recuou para R$ 5,8 bilhões, valor ligeiramente abaixo do mesmo mês de 2017 e 46% abaixo do resultado observado no período pré-crise, quando a indústria de máquinas vendia, em média, R$ 11 bilhões. Para o ano de 2019 a expectativa é de manutenção do crescimento na receita total do setor, mas em taxas pouco abaixo das observadas em 2018, e, puxadas, predominantemente, pelo mercado doméstico. Fonte: DCEE/ABIMAQ. Nota: Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 3
4 EXPORTAÇÃO US$ Bilhões FOB Mês / Mês anterior = -4,4% Mês / Mês do ano anterior = -15,2% Acum. ano / Acum. ano anterior = +7,1% 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 MM3 Mensal O setor ficante de máquinas e equipamentos registrou em 2018 fortes oscilações nas suas exportações, mas manteve o volume de venda bem acima dos níveis observados em Assim, encerrou o ano com crescimento de 7,1% em relação à A indústria de máquinas e equipamentos, já em 2017, visando fazer frente ao encolhimento do mercado doméstico, ampliou suas exportações em quase 17%. Que passaram a representar 44% do total das receitas. Em 2018 a participação das exportações ganhou ainda mais importância e chegou a 47% das vendas, mesmo com a crise econômica pressionando o desempenho de um dos nossos principais parceiros comerciais, a Argentina. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 5
5 EXPORTAÇÃO POR SETORES ores com sua participação no total Mês Ano Participação Máquinas para petróleo e energia renovável -55,7 42,6 8,6% Componentes p/ a ind. de bens de capital Máquinas para logística e construção civil ABIMAQ Máquinas para bens de consumo Infraestrutura e indústria de base Máquinas para agricultura -11,8-4,4-25,1-8,8-6,2 44,2 11,7 7,8 7,1 23,0 4,7 3,7 23,5% 33,7% 100% 6,1% 11,3% 10,0% O bom desempenho das vendas externas foi observado em quase todos os setores ficantes de máquinas e equipamentos. Com destaque para o forte aumento das vendas realizas no setor de óleo e gás (+43%), nos setores ficantes de bens de capital (+12%) e na construção civil (+7,8%). O setor ficante de máquinas e equipamentos está sempre entre os maiores exportadores da indústria de transformação, o que evidencia seu esforço em manter seus produtos adequados às necessidades internacionais. Máquinas para a indústria de transformação -10,7 8,4 6,9% Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 6
6 EXPORTAÇÃO POR DESTINOS US$ Milhões Participação % no total exportado América Latina Estados Unidos Europa 50,6 48,1 44,6 45,2 43,2 44,4 40,1 41,7 42,4 43,6 37,2 17,7 18,3 20,9 20,0 21,7 18,7 17,9 21,5 24,6 19,0 15,1 21,4 15,9 20,4 17,7 15,2 16,0 18,4 17,318,9 18,2 17,8 Quase metade das vendas de máquinas e equipamentos brasileiros (46,0%) tiveram como destino os Estados Unidos e a Europa, 37,2% foram destinados à América Latina e 16,8% para os demais destinos Grupos Jan-Dez/2018 Jan-Dez/2017 Var. % TOTAL GERAL ,1 1 América Latina ,6 Mercosul ,2 2 Estados Unidos ,6 As exportações para América Latina e Mercosul, registraram queda de 8,6% e 18,2% respectivamente, influenciadas, principalmente, pela redução das compras realizadas pela Argentina. As vendas para a Argentina recuaram 31% que ficou 30,6% abaixo do ano passado. 3 Europa ,6 Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. Mercosul Estados Membros: Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística
7 IMPORTAÇÃO US$ Bilhões FOB Mês / Mês anterior = -12,4% Mês / Mês do ano anterior = +0,1% Acum. ano / Acum. ano anterior = +14,6% 3 2,5 2 1,5 1 0,5 MM3 Mensal O recuo dos investimentos observado nos últimos anos não se deu apenas pela redução nas aquisições de bens nacionais, as importações também encolheram fortemente desde 2014 e, mesmo tendo crescido 14,6% em 2018, representam hoje quase metade do resultado observado em 2013 (US$ 28,8 bi). O bom desempenho nas importações de 2018 refletem a recuperação mais intensa no setor ficante de bens de consumo e também à mudança nas regras do Repetro Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 7
8 IMPORTAÇÃO POR SETORES ores com sua participação no total Mês Ano Participação Máquinas para agricultura Máquinas para petróleo e energia renovável Máquinas para bens de consumo Máquinas para logística e construção civil ABIMAQ Componentes p/ a ind. de bens de capital Máquinas para a indústria de transformação Infraestrutura e indústria de base -54,0-14,4-44,2-12,4-7,6-7,2 4,5 36,5 23,3 20,2 16,0 14,6 14,2 12,8 1,7 5,9 3,8% 0,8% 18,6% 11,4% 100% 28,8% 22,6% 14,0% Em 2018 houve crescimento de 14,6% nas importações de máquinas e equipamentos no país. Em todas as atitudes houve incremento, mas o destaque é o aumento das importações de componentes, parte para reposição, parte para o próprio setor que teve a sua produção melhorada, mas ra parte importante com itens que já estavam em operação no setor de óleo e gás, mas que entraram oficialmente nas estatísticas em função da mudança das regras do Repetro. Outro aumento importante a ser destacado foram as aquisições de máquinas para bens de consumo tanto não duráveis, no setor de alimento, como duráveis na indústria de bens de transporte Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 8
9 PRINCIPAIS ORIGENS DAS IMPORTAÇÕES Participação no total importado (US$) EUA Alemanha 18,7% 17,4% 15,5% Ranking (peso) 1.º 2.º 3.º Pelo segundo ano consecutivo a China, permaneceu como a principal origem das importações de máquinas e equipamentos, tanto em valores como em quantidade. As máquinas de origem chinesa representaram em ,7% do total das importações realizadas. um aumento na participação em 9,3 p.p. em 10 anos. Itália Japão China Coréia do Sul 7,9% 6,5% 2,7% 4º 7º 6.º Os Estados Unidos que já foram a principal origem com 22% de participação, encerrou o ano de 2018 na segunda colocação com 17,0% do total. A Alemanha, que ocupava a segunda colocação até 2011, manteve-se na terceira colocação pelo 7º ano consecutivo, com 15,5% do total de máquinas importadas pelo Brasil. Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 9
10 CONSUMO APARENTE R$ Bilhões constantes* Mês / Mês anterior = -14,8% Mês / Mês do ano anterior = +8,7% Acum. ano / Acum. ano anterior = +13,4% Receita Líquida Interna (MM3) Consumo aparente mensal Importados (c/ CIF+II) MM Os investimentos produtivos, medidos pelo consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção exportação + importação) após quedas consecutivas nos últimos quatro anos, registrou, em 2018 crescimento de 13,4%. Num cenário de fraca recuperação da atividade econômica, este resultado é um bom indicativo de que as expectativas são de aumento mais intenso do consumo. Realmente, a elevada ociosidade (25%) e o ritmo mais fraco da economia tende a favorecer a continuidade da política monetária expansionista, além disso ros fatores de otimismo são: sinalizações do governo em seguir uma agenda reformista, nova rodada de concessões de infraestrutura e privatizações. Fonte: DCEE/ABIMAQ, Bacen e SECEX. Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * Deflator utilizado coluna 32 - FGV DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 10
11 NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada (%) CARTEIRA DE PEDIDOS Em meses para atendimento NUCI Carteira de Pedidos % 78% Carteira de pedidos -1,3% s/ setembro de % 75,5% O NUCI Nível de Utilização da Capacidade Instalada do setor ficante de máquinas se equipamentos manteve, durante o ano de 2018, a tendência de recuperação, mas, ainda assim, encontra-se em patamar bastante baixo (75%), o que significa que ainda há espaço para expansão das atividades com a atual estrutura produtiva, a exemplo do que ocorre nos demais setores da indústria de transformação. A carteira de pedidos estabilizou em 2 meses. A expectativa é de que esse número retorne ao seu patamar histórico, acima de 4 meses, quando o setor de infraestrutura voltar a investir Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 11
12 Jan Jan Jan Jan Jan Jan Jan Jan Jan EMPREGO Em mil pessoas Mês / Mês anterior = -0,8% Mês / Mês do ano anterior = +2,2% ,6 Em meados de 2013, quando teve início o encolhimento de postos de trabalho na indústria de máquinas e equipamentos, o setor empregava quase 380 mil pessoas, ao final da crise, em 2017, o número tinha encolhido para 291 mil pessoas. Em 2018, o setor retomou então o processo de contratações, após 4 anos consecutivos de redução da mão de obra, e reempregou quase 10 mil pessoas. A expectativa é que esta firme recuperação não seja interrompida ao longo se Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. DCEE - Departamento de Competitividade, Economia e Estatística 12
13 Indústria de Máquinas e equipamentos Investimentos previstos e realizados - R$ Milhões Constantes Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. * 2019 previstos
14 Investimentos por porte de empresas (valores em R$ mil constantes¹) Porte² Distribuição da amostra 4 Investimento Realizado 2018 Investimento Previsto 2019 Var. % 2019/18 Micro e Pequena 45,3% ,7 Empresa Média Empresa 33,6% ,3 Grande Empresa³ 21,2% ,9 TOTAL 100% ,1 Fonte: DCEE/ABIMAQ. Elaboração: Própria. Notas: 1. Deflator utilizado: IPA OG coluna 32 - Máquinas e equipamentos da FGV; 2. Distribuição por porte definidas onde a Receita Operacional Bruta anual ou anualizada para micro empresa é menor ou igual a R$ 2,4 milhões; para pequena empresa é maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões; para média empresa é maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões; para grande é maior que R$ 90 milhões 3. União das empresas com médio grande porte com as empresas de grande porte; 4. Distribuição do universo de ficantes sócios da ABIMAQ, de acordo com o DATAMAQ base dezembro de 2018.
15 Destinação dos investimentos (percentual) Descrição (P) Modernização tecnológica 34,6 36,19 31,6 37,2 35,5 Ampliação da capacidade industrial 24,9 24,75 18,9 22,6 24,0 Reposição de máquinas depreciadas 28,6 27,6 31,2 29,1 30,5 Outros 11,9 11,46 18,2 11,1 10,0 Fonte e Elaboração: DCEE/ABIMAQ. (P) Investimento previsto
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