RISCOS DO MERCADO LIVRE X MERCADO CATIVO
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- Alessandra Nathalia Gusmão Silva
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1 Centr Universitári Fundaçã Sant André MBA em Gestã de Energia Disciplina Geraçã de Riscs Prfessr Rdrig Cutri RISCOS DO MERCADO LIVRE X MERCADO CATIVO Denilsn Freire Mendes Lúcia Yukie Nakada Matsumt Talita Parise Azeved Abstract: The Brazilian electrical sectr has changed markedly since 1993, when it began a restructuring t change the ways f marketing electric pwer and encurage free cmpetitin in the sectr. This research seeks t present the risks f existing cntracts fr the implementatin f a decisin mdel in the market sectr f electricity, whereby a large cnsumer may migrate t the free energy market, and t return the captive market if it is already free. Keywrds: Free Market, Captive Market, Key Accunts, Energy Marketing, Risks. Resum: O Setr Elétric Brasileir tem sfrid frtes transfrmações desde 1993, quand iniciu uma reestruturaçã para alterar as frmas de cmercializaçã de energia elétrica e incentivar a livre cmpetiçã n setr. Esta pesquisa busca apresentar s riscs de cntrats existentes para a aplicaçã de um mdel de decisã n setr de cmercializaçã de energia elétrica, pel qual um grande cnsumidr pderá migrar para mercad livre de energia, bem cm de retrnar a mercad cativ, se já estiver livre. Palavras Chaves: Mercad Livre; Mercad Cativ, Grandes Clientes, Cmercializaçã de Energia, Riscs. 1. INTRODUÇÃO A energia elétrica pde ser cnsiderada cm alg indispensável para s seres humans, transfrmada em serviçs e benefícis indispensáveis para a manutençã e desenvlviment da sciedade. Inicialmente a energia elétrica era vista cm mais um insum d prcess prdutiv, u seja, assciand-a as matérias primas que resultaria na btençã de um determinad prdut. Já na atualidade, passa a ter uma cntaçã mercantilista, cm uma valraçã cmercial própria, na medida em que fram implementadas mdificações estruturais n setr elétric mundial intrduzidas pelas idéias neliberais que tiveram iníci na Inglaterra. A refrma d setr elétric brasileir cmeçu em 1993 cm a Lei nº 8.631, que extinguiu a equalizaçã tarifária vigente e criu s cntrats de supriment entre geradres e distribuidres. Fi marcada pela prmulgaçã da Lei nº de 1995, que criu Prdutr Independente de Energia e cnceit de Cnsumidr Livre. A cexistência d mercad regulad (ACR) e mercad livre (ACL) n Nv Mdel d Setr Elétric permitiram a existência de mais uma atividade, a Cmercializaçã. Dentr dessa cadeia, a Geraçã, além de ser pnt de partida da indústria da energia elétrica, tem grande representatividade na cmpsiçã final da tarifa de frneciment, absrvend em média 30% d valr final. O Decret nº de 30 de Julh de 2004 regulamenta a cmercializaçã da energia elétrica, da seguinte frma: Art. 1º A cmercializaçã de energia elétrica entre cncessináris, permissináris e autrizads de serviçs e instalações de energia elétrica, bem cm destes cm seus cnsumidres n Sistema Interligad Nacinal - SIN, dar-se-á ns Ambientes de Cntrataçã Regulada u Livre, ns terms da legislaçã, deste Decret e de ats cmplementares. 1
2 1º A Agência Nacinal de Energia Elétrica - expedirá, para s fins d dispst n caput, em especial, s seguintes ats: I - a cnvençã de cmercializaçã; II - as regras de cmercializaçã; e III - s prcediments de cmercializaçã. 2º Para fins de cmercializaçã de energia elétrica, entende-se cm: I - Ambiente de Cntrataçã Regulada - ACR segment d mercad n qual se realizam as perações de cmpra e venda de energia elétrica entre agentes vendedres e agentes de distribuiçã, precedidas de licitaçã, ressalvads s cass prevists em lei, cnfrme regras e prcediments de cmercializaçã específics; II - Ambiente de Cntrataçã Livre - ACL segment d mercad n qual se realizam as perações de cmpra e venda de energia elétrica, bjet de cntrats bilaterais livremente negciads, cnfrme regras e prcediments de cmercializaçã específics [1]. O bjetiv deste artig é apresentar as características da aquisiçã de energia elétrica através d mercad livre e d mercad cativ e seus respectivs riscs de cntrats tant para a geraçã cm para cliente final ( cnsumidr ). 2. OS AGENTES DO MERCADO DE GERAÇÃO. Em 2004, a intrduçã d Nv Mdel d Setr Elétric teve cm bjetivs principais: garantir a segurança n supriment; prmver a mdicidade tarifária; e prmver a inserçã scial, impulsinad particularmente pr prgramas de universalizaçã (cm Luz para Tds). Para segment de geraçã fi de grande imprtância a substituiçã d critéri utilizad para a cncessã de nvs empreendiments, nde passu a vencer s leilões e investidr que ferecesse menr preç para a venda da prduçã das futuras usinas. Outr fatr imprtante na reestruturaçã d setr elétric fi a instituiçã da cexistencia d Ambiente de Cntrataçã Regulada (ACR), exclusiv para geradras e distribuidras, e Ambiente de Cntrataçã Livre (ACL), d qual participaram geradras, cmercializadras, imprtadres, exprtadres e cnsumidres livres. Uma ferramenta muit imprtante para a geraçã de energia elétrica, assim cm para s utrs segments, é Plan Decenal de Expansã de Energia. N Plan Decenal pde ser bservad a tendencia de cnsum de energia para s próxims ans de acrd cm estatísticas de cresciment ppulacinal, previsã de cresciment industrial entre utrs. O resultad ds estuds desenvlvids pela Empresa de Pesquisa Energética EPE, a partir de diretrizes d MME, é um ds principais instruments de planejament. Apresenta as alternativas cabíveis para cmpr plan de ferta, cntempland prgrama de bras para a expansã das infra-estruturas de ferta e de transprte ds energétics, além de energia elétrica, cntemplads nesse hriznte de planejament. (EPE) O Setr Elétric Brasileir atende hje a quase 60 milhões de cnsumidres e adta uma estrutura institucinal hrizntal, cm a participaçã de centenas de empresas públicas e privadas, sejam essas de capital nacinal u estrangeir.(bm) Sã assciads da CCEE (Câmara de Cmercializaçã de Energia Elétrica ) tds s Agentes cm participaçã brigatória e facultativa prevists na Cnvençã de Cmercializaçã de Energia Elétrica. Os Agentes da CCEE dividem-se nas Categrias de Geraçã, de Distribuiçã e de Cmercializaçã, cnfrme definid na Cnvençã de Cmercializaçã. A categria ds agentes geradres, prdutres independentes e aut-prdutres tem cm atividade a geraçã de energia elétrica, permanecend cm seu caráter cmpetitiv, send que tds s Agentes de Geraçã pderã vender energia tant n ACR cm n ACL. Os Agentes Geradres também pssuem livre acess as sistemas de transmissã e distribuiçã de energia elétrica. Os Agentes de Geraçã pdem ser classificads em: Cncessináris de Serviç Públic de Geraçã: Agente titular de Serviç Públic Federal delegad pel Pder Cncedente mediante licitaçã, na mdalidade de cncrrência, à pessa jurídica u cnsórci de Empresas para explraçã e prestaçã de serviçs públics de energia elétrica, ns terms da Lei 8.987, de 13 de fevereir de Prdutres Independentes de Energia Elétrica: sã Agentes individuais u reunids em cnsórci que recebem cncessã, permissã u autrizaçã d Pder Cncedente para prduzir energia elétrica destinada à cmercializaçã pr sua cnta e risc. Aut-Prdutres: sã Agentes cm cncessã, permissã u autrizaçã para prduzir energia elétrica destinada a seu us exclusiv, pdend cmercializar eventual excedente de energia, desde que autrizad pela. : é utr agente que regula e fiscaliza a geraçã, a transmissã, a distribuiçã e a cmercializaçã da energia elétrica, atendend reclamações de agentes e cnsumidres cm equilibri e em benefici da sciedade. Ela media s cnflits de interesses entre s agentes d setr elétric e
3 entre estes e s cnsumidres. Cncede, permiti e autriza as instalações e serviçs de energia, garantind tarifas justas e zeland pela qualidade d serviç.exigi investiments e estimula a cmpetiçã entre s peradres e assegura a universalizaçã ds serviçs. A missã da é prprcinar cndições favráveis para que mercad de energia elétrica se desenvlva cm equilíbri entre s agentes e em benefíci da sciedade. Categria ds Agentes Imprtadres e Exprtadres, Cmercializadres e Cnsumidres Livres. Imprtadres: Sã s Agentes d setr que detêm autrizaçã d Pder Cncedente para realizar imprtaçã de energia elétrica para abasteciment d mercad nacinal. Exprtadres: Sã s Agentes d setr que detêm autrizaçã d Pder Cncedente para realizar exprtaçã de energia elétrica para abasteciment de países vizinhs. Cmercializadres: Os Agentes Cmercializadres de energia elétrica cmpram energia através de cntrats bilaterais celebrads n ACL, pdend vender energia as cnsumidres livres, n própri ACL, u as distribuidres através ds leilões d ACR. Cnsumidres Livre: Sã cnsumidres que, atendend as requisits da legislaçã vigente, pdem esclher seu frnecedr de energia elétrica (geradres e cmercializadres) pr mei de livre negciaçã. A tabela abaix resume as cndições para que cnsumidr de energia pssa se trnar livre. Critéris vigentes para se trnar Cnsumidr Livre: Demanda mínima Tensã de frneciment Data de ligaçã d cnsumidr 3 MW Qualquer tensã após 08/07/ MW 69 kv antes de 08/07/1995 A partir de 1998, cnfrme regulamenta a Lei nº 9.427, parágraf 5º, art. 26, de 26 de dezembr de 1996, s cnsumidres cm demanda mínima de 500 kw, atendids em qualquer tensã de frneciment, têm também direit de adquirir energia de qualquer frnecedr, desde que a energia adquirida seja riunda de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) u de fntes alternativas (eólica, bimassa u slar). Cnfrme dispst n incis III d art. 2º d Decret nº 5163/2004, s cnsumidres livres e aqueles atendids cnfrme parágraf 5º d art. 26 da Lei nº devem garantir atendiment a 100% de seu cnsum verificad, através de geraçã própria u de cntrats bilaterais celebrads n Ambiente de Cntrataçã Livre que, quand necessári, deverã ser aprvads, hmlgads u registrads na. 3. MERCADO CATIVO O Mercad Cativ é ambiente de cntrataçã de energia elétrica n qual papel d cnsumidr é ttalmente passiv, ist é, a energia utilizada é sempre frnecida pr uma empresa distribuidra que retém a cncessã de uma determinada regiã. A energia é frnecida exclusivamente pela distribuidra lcal, cm preç e as demais cndiçõs de frneciment regulads pela Agência Nacinal de Energia Elétrica () [4]. N mercad cativ frneciment de energia elétrica das geradras para as distribuidras é cntratad pr mei de leilões rganizads pel gvern. Neles, as geradras se cnstituem em um pl para ferecer a prduçã presente u futura às distribuidras. Os preçs mínim e máxim de venda sã fixads pel gvern. Cada distribuidra, cm base n cnsum presente e prjetad para futur, infrma a quantidade de energia elétrica desejável. O ttal de energia fertada é rateada entre tdas as distribuidras. Os preçs desta energia, s custs de manutençã e expansã da distribuidra junt a utras variáveis dã rigem à tarifa cbrada d cnsumidr final. Pr este sistema sã cntratads 72% da energia elétrica que circula n SIN. Ele atende, prtant, à mairia ds cnsumidres de energia elétrica d país[6]. 4. MERCADO LIVRE O nv mdel d setr elétric define que a cmercializaçã de energia elétrica é realizada em dis ambientes de mercad: Ambiente de Cntrataçã Regulada (ACR) e Ambiente de Cntrataçã Livre (ACL). A cntrataçã n ACR é frmalizada pr mei de cntrats bilaterais regulads, denminads Cntrats de Cmercializaçã de Energia Elétrica n Ambiente Regulad (CCEAR), celebrads entre Agentes Vendedres (Agente de Geraçã, Cmercializaçã u de Imprtaçã, devidamente habilitads) e distribuidres que participam ds leilões de cmpra e venda de energia elétrica. Já n ACL há a livre negciaçã entre s Agentes geradres, cmercializadres, cnsumidres livres, imprtadres e exprtadres de energia. Nesse ambiente há liberdade para se estabelecer vlumes de cmpra e venda de energia e seus respectivs preçs, 3
4 send s acrds de cmpra e venda de energia pactuads pr mei de cntrats bilaterais. Além de haver a liberdade pr parte ds clientes livres em esclher seu frnecedr de energia. A participar d mercad livre cnsumidr assume respnsabilidades em relaçã a sua expsiçã as preçs da energia, mas tem prtunidade de ser atendid de frma individual, cnfrme suas características de cnsum, que é impssível n mercad cativ. O mercad livre, cm sua capacidade de recnhecer a individualidade de cada cnsumidr em lidar cm s riscs e prtunidades da cmercializaçã de energia prmve a invaçã e equilíbri entre ferta e demanda cm decisões descentralizadas sbre cnsum e a prduçã de energia [2]. 5. COMERCIALIZADORAS DE ENERGIA A primeira cmercializadra de energia brasileira surgiu em 1998, cm a missã de negciar sbras de energia e atender s primeirs cnsumidres livres d país. Em fevereir de 2006, de acrd cm dads da Câmara de Cmercializaçã de Energia Elétrica CCEE, já existiam 46 cmercializadras registradas ficialmente, embra nem tdas atuantes. Destas, 25 eram assciadas à Assciaçã Brasileira ds Agentes Cmercializadres de Energia Elétrica ABRACEEL [3]. Apesar de existentes desde 1998, as perações de cmercializaçã de energia n mercad livre só vieram a ganhar vlume a partir d iníci d sécul XXI, períd particularmente difícil para mercad de energia em ba parte d mund. Em 2001, vieram a públic as práticas fraudulentas da Enrn e crreu ataque a Wrld Trade Center, este últim vind a causar uma desaceleraçã da ecnmia mundial. Entre 2000 e 2001 a Califórnia mergulhu em uma crise energética causada, dentre utrs mtivs, pr falhas n prcess de reestruturaçã e desregulamentaçã. N Brasil, racinament energétic, crrid entre junh de 2001 e març de 2002, prvcu a primeira mudança n nv mdel setrial, prejudicu a privatizaçã de geradras e fi incrretamente atribuíd à reestruturaçã d setr e à criaçã d Mercad Atacadista de Energia MAE [3]. Tds esses prblemas, especialmente escândal da Enrn, afetaram negativamente a imagem das cmercializadras. A recuperaçã deu-se as pucs e hje tais agentes gzam de grande prestígi, send recnhecids pela agilidade na criaçã e implementaçã de sluções para mercad livre. Ns EUA e na Eurpa, as cmercializadras também estã se recuperand d impact negativ causad pela Enrn, segund Barrinuev (2006). N Brasil, devid as particularidades d prcess de reestruturaçã, as cmercializadras dividem-se em dis tips básics: as independentes, desvinculadas de grandes grups, e as vinculadas, que atuam n bj de uma grande distribuidra u geradra, ainda que cm persnalidade jurídica diferente. N primeir cas, a cmercializadra atua agressivamente, de md a cnquistar mercad. N segund, especialmente quand a cmercializadra é vinculada a uma distribuidra, a atuaçã é defensiva, na tentativa de se evitar u minimizar a perda de cnsumidres cativs. Cmercializadras vinculadas a geradres geralmente peram n mercad atacadista, nã n varejista. Iss crre prque a gestã de cntrats de pequens mntantes nã é atrativa d pnt de vista de um geradr detentr de capacidade prdutiva da rdem de centenas u milhares de mega-watts. Uma exceçã é cas das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), usinas de bimassa, eólicas e ftvltaicas, autrizadas a vender energia a cnsumidres de alta tensã, desde que estes tenham demanda igual u superir a 500 kw. Nesse cas, tant s cnsumidres quant as usinas sã de pequen prte, e geradr geralmente é representad na CCEE pr utr agente [3]. N iníci d Mercad Livre brasileir, as cmercializadras eram vistas cm meras atravessadras. Tal pensament era certamente reflex d ambiente mnplista e fechad à cmpetiçã que vigrava até entã. Cm temp, ficu evidente que papel desempenhad pelas cmercializadras é imprtante e relevante, pis elas: Efetivam a aprximaçã entre s demais agentes d Setr Elétric, principalmente geradres e cnsumidres, aumentand a liquidez d mercad, incentivand a cmpetiçã e reduzind s preçs as cnsumidres finais. Cm seu knw-hw especializad, cntribuem para a divulgaçã e melhria das regras e prcediments d mercad de energia. Oferecem assessria clara e segura as demais agentes d mercad. Assumem riscs de preçs, prazs, crédit e perfrmance de cnsumidres e geradres. Assim, as cmercializadras atuam cm intermediáris de alt nível entre geradres e cnsumidres, frnecend assessria durante prcess de migraçã para mercad livre e
5 ferecend s melhres preçs e cndições após a migraçã. Dentre as várias atividades realizadas pelas cmercializadras, encntram-se: Análise ecnômic-financeira cmparativa entre as mdalidades de frneciment de energia elétrica cm Cnsumidr Cativ e cm Cnsumidr Livre. Análise jurídica ds cntrats atuais firmads entre as unidades cnsumidras d cliente e as respectivas distribuidras lcais. Apresentaçã da base legal que qualifica cada unidade cnsumidra d cliente a migrar para a mdalidade Cnsumidra Livre. Realizaçã de ctações e leilões de cmpra de energia elétrica n mercad, e efetivaçã da cntrataçã aprvada pel cliente. Assessria em tdas as etapas envlvidas na btençã ds cntrats de cnexã e us e de utrs cntrats que venham a ser necessáris. Determinaçã d tip e mntante das garantias a serem aprtadas, frente à CCEE u a geradres, referentes a frneciment de energia elétrica. Especial: cnsumidr u cnjunt de cnsumidres dispsts em área cntígua u que pssuam mesm CNPJ cuja demanda seja igual u superir a 500 kw, atendid em qualquer tensã. A esse tip de cnsumidr só é permitid cmprar energia prveniente de fntes incentivadas, a saber: Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), empreendiments cm base em fntes slar, eólica e bimassa, cuja ptência injetada seja menr u igual a kw. A energia prveniente dessas fntes tem descnt na tarifa de transprte, que beneficia tant s geradres quant s cnsumidres, trnand este segment bastante cmpetitiv [4]. 6. MERCADO LIVRE E MERCADO CATIVO O quadr abaix demnstra as principais características d frneciment de energia elétrica em ambs s mercads [4]: Características Cativ Livre Frnecedr Preç da Energia Cncessinária lcal Tarifas reguladas pela Qualquer geradr u cmercializadr d SIN* Livremente pactuad Instalaçã e dispnibilizaçã d sistema de acmpanhament de mediçã de energia das unidades cnsumidras d cliente. Emissã de relatóris mensais e detalhads de cmercializaçã. Acmpanhament d cnsum das unidades cnsumidras e avaliaçã das necessidades de aquisiçã de energia adicinal. Acmpanhament, junt a MAE e a ONS, das mudanças nas regras e prcediments de mercad. Preç d Transprte Reajuste Praz Cntratual Vlume Respnsável pela entrega *SIN: Sistema Interligad Nacinal Tarifas reguladas pela Determinad anualmente pela Pré-estabelecid pela De acrd cm a energia cnsumida Cncessinária lcal Tarifas reguladas pela Indexadr pactuad Livremente pactuad Livremente pactuad Cncessinária Lcal Acmpanhament da legislaçã d Setr Elétric junt à, e manutençã cnstante das cndições legais de frneciment. Representaçã e estruturaçã de leilões de energia elétrica, cas sejam de interesse d cliente. A cntrataçã de uma cmercializadra nã é brigatória para que um cnsumidr de energia se trne livre, mas facilita bastante prcess, garantind segurança a tdas as partes envlvidas [3]. Atualmente, existem dis tips de cnsumidres ptencialmente livres: a) Cnvencinal: cnsumidr cuja demanda seja igual u superir a 3.000kW atendid em tensã nã inferir a 69kV, se a instalaçã fr anterir a 07/07/1995, u atendid em qualquer tensã se a instalaçã fr psterir a essa data. 7. RISCOS 7.1. Riscs de Racinament Nã se pde falar sbre riscs d mercad cativ e mercad livre sem discutir sbre a matriz energética brasileira. Atualmente a matriz energética brasileira é frmada pr 80% de fntes hidrelétricas, prntant, a variaçã ds níveis hidrlógics interferem diretamente n flux energétic brasileir e sã fundamentais para determinaçã ds riscs d frneciment de energia. Pr ter 80% da matriz energética brasileira de fntes hidrlógicas surge a necessidade de criaçã de regras que pssibilitem que utras fntes de energia sejam inseridas n SIN (Sistema Interligad Nacinal) de maneira que a saznalidade ds níveis ds reservatóris das hidrelétricas sejam cmpensads afim de garantir a 5
6 demanda energética d país. As regras de abertura d mercad de energia fram aberts em 1995 prém smente após racinament de energia que a figura de cnsumidr livre ganhu destaque n setr elétric, quand as indústrias se viram brigadas a cnter seu cresciment devid falta de recurss energétics. Para garantir interesse de investidres em fntes de energias térmicas, fram criadas regulamentações que pssibilitaram a cmercializaçã dessa energia n mercad livre Riscs de aquisiçã de energia Atualmente muit se fala nas vantagens em se trnar cliente livre, mas antes da migraçã para mercad livre é imprtante realizaçã de estuds de tarifas e demandas, pis, prdut final entregue a cnsumidr é mesm, energia elétrica, independente da empresa frnecedra. O que difere n mment ds estuds é verificar se frnecedr de energia pssui subsídis gvernamentais para a tarifa da TUSD, a cmparaçã das tarifas d mercad cativ e mercad livre, mas para um hriznte mair que 1 an e as previsões hidrlógicas d país. Quand se fala em mercad cativ nã se fala muit em riscs n que se refere a falta de energia garantida, prém, valres sã fixs, cm pssibilidade apenas de adequaçã de demanda cntratada, que pde levar à um valr superir cmparad cm tarifas de clientes livres. Já n mercad livre, risc é uma palavra muit utilizada, nde principal se refere as preçs negciads da energia. Quand se fala de energia para clientes livres é imprtante lembrar que a tarifa nã é apenas a da energia, há também a tarifa TUSD (Tarifa d Us d Sistema de Distribuiçã) que é regulad, a sma das duas tarifas muitas vezes nã trna mercad livre atrativ. Outr risc muit bem calculad pelas indústrias e cmercializadras é atendiment d lastr de energia. Raramente s cntrats de cmercializaçã de energia cbrem efetivamente as quantidades cnsumidas, para mitigar este risc fi criad mercad spt, cmercializaçã de energia de curt praz que permite ajuste das diferenças entre a energia cntratada e a energia cnsumida[7]. N Brasil s cálculs da energia de curt praz sã realizads pela ONS que nã utiliza as fertas de demandas ds agentes, mas sim mdels cmputacinais para definiçã semanal ds preçs da energia spt. Esse tip de mdel permite que as cmercializadras e clientes nã cntratem ttal da demanda necessária, pis, spt muitas vezes ferece cndições mais atrativas que as tarifas de lng praz. Essa prática vem send amplamente utilizada, nesse cntext que as cmercializadras ganham frça nã apenas cm mediadras, mas sim cm gestra de energia de seus clientes, prmvend melhres ganhs financeirs. Outr risc envlvid na cmercializaçã de energia nã muit cmentad é da nã entrega da energia pr parte das geradras, prblemas cm repasse d subsídi da TUSD as clientes. 8. CONCLUSÃO: A decisã em se trnar um cliente d mercad livre (ACL) nã pde ser baseada apenas pr uma cnta simples cmparativa de custs direts ist é valr d MW n mercad cativ cmparad cm mercad livre. Quand se pensa em mercad cativ nã há riscs prevists, a tarifa é regulada pela e flux energétic é garantid pr mei de fiscalizações e previsões encaminhadas anualmente para um cenári decenal. Em ambs s mercads s cntrats sã firmads cm base na demanda prjetada. Diferente d mercad cativ, nde a ultrapassagem da demanda é penalizada, n mercad livre há a pssibilidade de firmar cntrats cm demandas superires u inferires as necessárias de acrd cm cmprtament d mercad, ist é, há a pssibilidade de cntratar uma demanda mínima e adquirir a diferença da energia necessária n mercad spt, sem que haja penalizaçã a cnsumidr, da mesma maneira que é permitid um cliente que tenha cntratad demanda mair que suas necessidades e vender esta energia sbressalente. Tdas essas ações cntribuem para que mercad livre seja uma ba alternativa as grandes clientes. Cntapnd essas expectativas de ecnmia, a flutuaçã de preçs em decrrência das saznalidades das fntes energéticas é fatr fundamental na frmaçã ds preçs d MW e um risc ptencial a clientes. Visand mitigar esses riscs s grandes clientes cntratam empresas respnsáveis pela gestã ds cntrats de energia de frma que garanta sempre melhr retrn as clientes, evitand a falta de cbertura de lastr, cmprand e vendend energia n mercad spt. É imprtante ressaltar que cliente livre, quand define sua migraçã a ACL assume risc de uma alta repentina ns valres d MW cmercializads e estã cientes que retrn a mercad cativ depende da dispnibilidade de capacidade de frneciment das distribuidras de energia, que muitas vezes exige praz de pel mens 1 an para este retrn. Prtant, a decisã sbre adquirir energia d mercad cativ u mercad livre depende se d nível de risc que cliente pretende assumir. Atualmente para
7 clientes de demandas elevadas mercad livre se mstra a melhr pçã a ser adtada. 9. REFERÊNCIAS [1] Site da Página < > acess em 03 de mai.2009, 14:05:30. [2] Página da ABRACEEL. Dispnível em [3] AUGUSTO, Alvar em O Livre Mercad de Energia Elétrica Brasileir Parte IV: as Cmercializadras. Dispnível em [4] Site da CMU Cmercializadra de Energia. Dispnível em [5] Arquiv em pdf dispnível em abraceel/frumabraceel_canalenergia.pdf [6] Site da Delta Energia - ercad4 [7] Oliveira, Adilsn, Mercad Elétric Centralizar a gestã de Riscs, 2007 [8] Site d Banc Mundia - [9] Site da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) - 7
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