CONTRIBUIÇÕES PARA A INTERFACE PROJETO OBRA: TIPOLOGIA RESIDENCIAL COM MÚLTIPLOS PAVIMENTOS

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RICARDO DE LUCCA BONGIOLO CONTRIBUIÇÕES PARA A INTERFACE PROJETO OBRA: TIPOLOGIA RESIDENCIAL COM MÚLTIPLOS PAVIMENTOS CRICIÚMA, JULHO DE 2010

2 1 RICARDO DE LUCCA BONGIOLO CONTRIBUIÇÕES PARA A INTERFACE PROJETO OBRA: TIPOLOGIA RESIDENCIAL COM MÚLTIPLOS PAVIMENTOS Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Engenheiro Civil, no Curso de Engenharia Civil da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientadora: Esp. Prof.ª Mônica Elizabeth Daré CRICIÚMA, JULHO DE 2010

3 2 RICARDO DE LUCCA BONGIOLO CONTRIBUIÇÕES PARA A INTERFACE PROJETO OBRA: TIPOLOGIA RESIDENCIAL COM MÚLTIPLOS PAVIMENTOS Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Engenheiro Civil, no Curso de Engenharia Civil da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Gerenciamento e Coordenação de Projetos. Criciúma, 01 de Julho de BANCA EXAMINADORA Prof.ª Mônica Elizabeth Daré Esp. Eng. (Unesc) - Orientadora. Fulano de TaliProf.ª Evelise Chemale Zancan Msc. Eng. (UNESC) nstituição) Richard Williann Schmidt Eng. (Criciúma Construções)of. Fulano de Tal - Titulação - (Instituição)

4 3 Dedico este trabalho aos meus pais, Fortunato e Vanilda, minha irmã Lizandra e minhas sobrinhas Gabriela e Nathália, os quais tem sido a grande razão do meu aperfeiçoamento e a base para minha vida.

5 4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pois sem a vontade Dele nada seria possível. À minha família, em especial minha noiva Aílian Leacina Bento, por estar sempre ao meu lado, me apoiando e incentivando ir sempre além. A minha orientadora Prof.ª Mônica Elizabeth Daré, pelas diretrizes seguras e o acompanhamento constante para realização deste trabalho. A Prof.ª Evelise Chemale Zancan, por seus acompanhamentos e incentivos nos momento finais. A empresa Incorporadora/Construtora, pela oportunidade de poder realizar esta pesquisa. Aos agentes envolvidos nas pesquisas de campo, especialmente a pessoa do Supervisor de Operações pelo apoio e encaminhamentos. Aos colegas de faculdade, que ao passar esses anos juntos tornaram-se amigos, e com certeza amigos inesquecíveis.

6 5 Não há cultura inútil, mas sim os que não sabem reconhecer a utilidade da cultura. Por menor que seja o conhecimento, ele sempre será maior que a ignorância. (Antonio Lopes de Sá)

7 6 RESUMO Com a inserção de novas tecnologias e produtos no mercado da construção civil, e o aperfeiçoamento, criação e divisão das especialidades de projeto, houve consequentemente, um aumento de profissionais envolvidos nas fases do processo de projetos de edificações. Contudo, existe um grande volume de informações geradas, sendo que nem sempre os requisitos para uma boa execução dos projetos em canteiros de obras são planejados e explicitados previamente à execução das obras. Contribuições para a Interface Projeto Obra: Tipologia Residencial com Múltiplos Pavimentos consiste numa pesquisa baseada em um estudo de caso em uma empresa Incorporadora/Construtora com sede no Município de Criciúma SC. O intuito foi analisar como ocorreram as etapas do processo de projeto nos empreendimentos do estudo de caso, com ênfase nos projetos arquitetônicos e estruturais, e destes com a interface projeto obra, nas considerações referentes as necessidades e expectativas dos agentes de obra. O trabalho propõe inclusive, sugestões de melhorias, que se aplicadas durante o processo de projeto na empresa da presente pesquisa, contribuirão para a melhor interface projeto obra. Palavras chave: Processo de Projeto; Interface Projeto Obra; Contribuições.

8 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Distribuição de Normas por Tipo...19 Figura 2: Comitês Relacionados à Construção Civil Figura 3: Coordenação das Equipes de Projeto e Execução no Processo de Projeto Figura 4: Processo de Projeto x Fluxo de Informações...25 Figura 5: Equipe Multidisciplinar de Projeto Simultâneo Figura 6: Retroalimentação do Processo de Projeto...31 Figura 7: Retroalimentação como Reintrodução de Informação Figura 8: Fluxo do Desenvolvimento das Atividades...42 Figura 9: Localização do Município de Criciúma SC Figura 10: Organograma Funcional Incorporadora/Construtora...44 Figura 11: Definição dos Agentes Envolvidos para Aplicação dos Questionários...48 Figura 12: Fluxograma do Processo de Projeto Figura 13: Padronização dos Elementos Construtivos...56 Figura 14: Padronização dos Elementos Construtivos...57 Figura 15: Modularização dos Elementos Construtivos...58

9 8 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Relação de Normas Técnicas Aplicadas ao Projeto Arquitetônico e Estrutural...20 Quadro 2: Etapas do Processo de Projeto X Participação da Produção...28 Quadro 3: Experiência dos Agentes Intervenientes Quadro 4: Caracterização dos Empreendimentos...47 Quadro 5: Indicativo dos Questionários...49 Quadro 6: Relação das Atividades/Variáveis X Agentes Intervenientes...53 Quadro 7: Conformidades nos Projetos Arquitetônicos e Estruturais...59 Quadro 8: Alterações nos Projetos Arquitetônicos e Estruturais...61

10 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CB-02 Comitê Brasileiro da Construção Civil CII Construction Industry Institute ISO International Organization for Standartdization NBR Norma Brasileira PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat

11 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO Delimitação da Pesquisa Problema de Pesquisa Justificativa Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O segmento da Construção Civil e o Processo de Projeto Definições de Projeto Normas Técnicas Aplicadas aos Projetos Arquitetônicos e Estruturais A Gestão do Processo de Projeto Processos de Projeto X Interface Projeto Obra As Etapas do Processo de Projeto A Interface Projeto-Obra Projeto Simultâneo Retroalimentação do Processo de Projeto Compatibilização de Projetos Construtibilidade Outros Estudos de Caso A Qualidade Atual dos Projetos de Edifícios Residenciais, Sob a Ótica dos Agentes da Obra Contribuição à Coordenação de Projeto na Construção de Edifícios Análise da Interface de Projeto com a Produção de Edifícios e da Retroalimentação do Processo de Projeto METODOLOGIA Procedimentos Metodológicos Período de Tempo do Aprofundamento Bibliográfico Período de Tempo da Pesquisa de Campo Caracterização da Empresa Incorporadora/Construtora Caracterização dos Agentes Intervenientes no Processo de Projeto Caracterização dos Empreendimentos...46

12 Questionários Visitas e Registros Fotográficos Documentações Técnicas Analisadas APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA Fluxograma do Processo de Projeto da Incorporadora/Construtora Resultados e Análises dos Projetos Arquitetônicos e Estruturais X Execução de Obras Resultados e Análises das Alterações de Projeto e Documentações Técnicas de Obra PROPOSTAS DE MELHORIAS PARA O PROCESSO DE PROJETO DA EMPRESA INCORPORADORA/CONSTRUTORA CONCLUSÃO...64 REFERÊNCIAS...66 APÊNDICE...69 APÊNDICE A QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO REFERENTE À CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO PRÉVIA DO ORGANOGRAMA DA EMPRESA INCORPORADORA/CONSTRUTORA...70 APÊNDICE B QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO AO DIRETOR/PRESIDENTE REFERENTE AOS EMPREENDIMENTOS DO ESTUDO DE CASO...73 APÊNDICE C QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO A GERÊNCIA COMERCIAL REFERENTE AOS EMPREENDIMENTOS DO ESTUDO DE CASO...76 APÊNDICE D QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO A GERÊNCIA DE OPERAÇÕES; SUPERVISÃO OPERACIONAL E DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA REFERENTE AOS EMPREENDIMENTOS DO ESTUDO DE CASO APÊNDICE E QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO A ARQUITETOS E ENGENHEIROS ESTRUTURAIS REFERENTE AOS EMPREENDIMENTOS DO ESTUDO DE CASO APÊNDICE F QUESTIONÁRIO PARA APLICAÇÃO AOS ENGENHEIROS DE OBRAS REFERENTES AOS EMPREENDIMENTOS DO ESTUDO DE CASO...85 APÊNDICE G QUADROS: ATIVIDADES/VARIÁVEIS X AGENTES INTERVENIENTES....94

13 12 1 INTRODUÇÃO Tem-se observado na área da engenharia civil, que a qualidade dos métodos de construção e a intensidade com a qual a execução de uma obra é planejada e controlada ainda não se desenvolveram tanto quanto o ideal para a racionalização dos métodos e da diminuição de desperdícios de materiais e períodos improdutivos. Gehbauer et al. (2002) aponta que a integração entre o projeto e a execução está longe do ideal, indicando existir nessa interface a possibilidade de promover maior racionalização da execução. O mesmo autor cita também, que em muitos casos, a atividade de compatibilização de projetos, que é a integração de todas as especialidades de projetos, acontece apenas na fase de elaboração dos projetos executivos, provocando alterações onerosas, comprometendo antes de tudo a qualidade do empreendimento. Segundo Gehbauer et al. (2002) para o desenvolvimento de uma cultura de equipe é importante estruturar a organização de tal maneira que ela proporcione maior eficácia tanto no processo de decisão como no processo de execução. No processo de decisão devem ser consideradas as experiências do maior número de pessoas, sendo indispensável que os membros de uma equipe busquem opiniões dentro de suas próprias subequipes antes que uma decisão seja tomada. Dessa forma, segundo Bertezini (2006) deve-se entender o empreendimento como um conjunto de processos que estabelecem interfaces entre si, em que todos os agentes desenvolvem suas atividades de maneira integrada, coordenada e em caráter cooperativista. Melhado et al. (2005) menciona que o projeto deve atender as atividades de produção no canteiro de obras, contemplando informações que não poderiam ser elaboradas no ambiente de obra, sendo que através de um projeto eficiente torna-se possível a elaboração de um planejamento e programação de controle de qualidade para materiais e serviços. O mesmo autor cita ainda que parte das perdas de eficiência na construção civil é relacionada aos problemas de projeto, como modificações no transcorrer do processo construtivo, falta de consulta ou de comprimento às

14 13 especificações e de detalhamento insuficiente de projeto, bem como falhas de coordenação entre as diversas especialidades de projeto. A presente pesquisa consiste em um estudo de caso realizado em uma Incorporadora/Construtora situada no Município de Criciúma/SC, especializada em edificações verticais residenciais de múltiplos pavimentos. 1.1 Delimitação da Pesquisa A presente pesquisa será realizada em uma empresa Incorporadora/Construtora de Criciúma/SC, para tipologia residencial com múltiplos pavimentos, tendo a pesquisa ênfase nos projetos Arquitetônico e Estrutural. 1.2 Problema de Pesquisa A relação projeto obra corresponde a uma etapa que tende a transformar idéias e conceitos num produto final. Devido à distância entre esses processos, ou até mesmo a falta de inter-relação entre si, essa transição de informações tende a gerar transtornos e conflitos entre ambos. Melhado et al. (2005) ressalta que já é visível a importância do projeto para a qualidade, passando a existir a iniciativa de diversas empresas em rever a gestão de projeto, desde a contratação e orientação dos projetistas até mudanças no caráter da informação, tornando-a mais acessível às equipes de obra. Para a empresa do estudo de caso, no processo de projeto estão sendo consideradas as necessidades e expectativas do canteiro e da equipe de obra? 1.3 Justificativa A construção civil que há alguns tempos atrás era considerada um

15 14 segmento atrasado e sem tecnologia, na qual a figura do construtor tinha o poder sobre todas as informações e etapas da obra, atravessam significativas mudanças. Com a inserção tecnológica e da complexibilidade dos novos produtos, surgiram novas especialidades, fazendo com que várias funções sejam exercidas por diferentes profissionais, provocando uma dissociação entre a atividade de projeto e a execução. (MELHADO et al. 2005). Thomaz (2001) comenta que a incrementação na fase de projeto, de organização dos processos e gestão das interfaces desde a concepção até a execução, são algumas das ferramentas que podem auxiliar nos problemas relacionados à falha na execução/detalhamento de projetos, bem como na falta de harmonização entre os diferentes projetistas. Melhado et al. (2005) cita que a falta de qualidade não está apenas relacionada aos insumos utilizados no processo de produção, envolvendo materiais, mão de obra e controle dos serviços contratados; mas também aos projetos entregues à obra com diversos erros e insuficiências de informações, acarretando grandes perdas de eficiência nas atividades de execução. Sendo assim, várias dificuldades e dúvidas de execução de obras estão relacionadas diretamente aos projetos que lhes competem, ou seja, adequando os projetos a execução propriamente dita, pode-se diminuir consideravelmente as perdas com materiais, mão de obra e reduziriam prazos de execução, entre outros. 1.4 Objetivos Objetivo Geral O objetivo geral dessa pesquisa é contribuir com informações para que projetos de empreendimentos de múltiplos pavimentos e uso residencial sejam desenvolvidos considerando-se a necessidade de produção, canteiro e equipe de obra, com ênfase nos projetos Arquitetônico e Estrutural.

16 Objetivos Específicos Como objetivos específicos destacam-se os seguintes: Estudar e analisar os projetos e as documentações técnicas de edificações de múltiplos pavimentos da empresa incorporadora e construtora do estudo de caso da pesquisa; Verificar e identificar em quais fases do processo de projeto estão sendo consideradas as necessidades e expectativas da produção, com relação a definições e especificações dos projetos; Elaborar o fluxograma do processo do projeto e definir os agentes intervenientes em cada etapa, com ênfase na interface projeto obra; Verificar e identificar se ocorre o não atendimento da produção ao projeto e a documentação técnica e quais as possíveis causas; Verificar e identificar se o detalhamento dos projetos atende as necessidades e expectativas da produção; Verificar e identificar se ocorre omissão de informações de projeto e especificações necessárias para a produção; Propor contribuições a serem desenvolvidas e cumpridas durante o processo de projeto, visando à melhor interface projeto obra, para a empresa incorporadora e construtora do estudo de caso.

17 16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O segmento da Construção Civil e o Processo de Projeto Em todo o cenário nacional as mudanças tecnológicas influenciam áreas industriais. Do ponto de vista do mercado, houve uma separação das fronteiras comerciais e a conseqüente globalização da economia, acompanhada pela dispersão das áreas de concentrações da produção, dando origem a novos mercados e estimulando o desenvolvimento de pequenas empresas. Toda essa mudança está obrigando as empresas construtoras a refletirem sobre o custo de produção para poderem dar continuidade nos seus empreendimentos. (MELHADO et al., 2005). Os movimentos pela qualidade e produtividade em todos os setores produtivos têm atingido também a indústria da construção civil. A reestruturação está propiciando a mudança do perfil das empresas atuantes no mercado e, sobretudo mudanças significativas nas relações entre os vários agentes de produção e destes com seus clientes em toda a cadeia produtiva. Toda e qualquer mudança tecnológica e organizacional não ocorre sob uma justificativa apenas tecnicamente correta, mas diante de estratégias competitivas que os setores adotam no âmbito da economia como um todo e das empresas no âmbito de seu mercado de atuação, incluindo sua posição perante os concorrentes e clientes. (SILVA E SOUZA, 2003). Parafraseando ainda os mesmos autores, na construção civil, o desenvolvimento do projeto é um processo compartilhado entre vários intervenientes que desempenham funções diferenciadas, mas complementares, entre si. Sendo um processo compartilhado entre várias especialidades que possuem maneiras próprias de produção, o desenvolvimento do projeto deve ter como objetivo primordial, o atendimento das necessidades do cliente, seja ele interno ou externo. Melhado et al. (2005) complementa que com a efetiva colaboração dos coordenadores de projetos e dos intervenientes dentro da suas especialidades na busca das melhores e mais apropriadas formas de execução de seus projetos, aliadas a compatibilização dos mesmos, torna-se evitável as improvisações no canteiro de obra, fator determinante de custos indesejáveis.

18 17 Oliveira e Melhado (2006) citam que o processo de projeto deve ser encarado como um processo de informação, que pode ser de natureza tecnológica (indicações de detalhes construtivos, locação de equipamentos, nesse caso já pensando no produto projeto) ou meramente gerencial (servindo como suporte ao planejamento e programação da obra, como maneira processual). Tzortzopoulos (1999) descreve que o processo de projeto é um dos subprocessos mais importantes da construção civil. Dessa maneira, segundo a autora, devem ser identificadas as relações entre o processo de projeto e os demais processos da construção. A partir de uma visão abrangente de processo de projeto, torna-se visível todas as etapas do empreendimento, sendo facilmente identificados os vários intervenientes envolvidos, contribuindo para uma colaboração mútua entre todos. 2.2 Definições de Projeto Define-se projeto como a caracterização de um conjunto de idéias físicas, compreendido desde a concepção até a sua conclusão (BATISTA, 2008). Meseguer (1991) define projeto como produto de diferentes graus de elaboração. Os graus correspondem a três etapas sucessivas do processo de projeto: Estudo preliminar: Localização, requisitos, limitações, etc.; Anteprojeto: Tipo estrutural, dimensões dos elementos, sem grandes detalhes; Projeto detalhado: Dimensionamento final e dados precisos. Conforme a NBR 5674 (ABNT, 1999), projeto é definido como descrição gráfica e escrita das propriedades de um serviço ou obra de Engenharia ou Arquitetura, definindo seus atributos técnicos, econômicos, legais e financeiros. Já Souza (1997 apud TZORTZOPOULOS, 1999, p. 10), [...] define projeto como a concepção e desenvolvimento do produto, a partir da identificação das necessidades dos clientes finais. O mesmo autor afirma

19 18 que a qualidade da solução de projeto determina a qualidade do produto final, ou seja, que o projeto tem implicação direta sobre o grau de satisfação dos clientes finais. O autor enfatiza ainda o forte impacto do projeto sobre o processo de produção da edificação. Melhado (1994 apud TZORTZOPOULOS, 2001) conceitua projeto como o procedimento ou prática de projetar com visão voltada aos resultados do mesmo. Ele ainda descreve que o projeto deve incorporar a visão do produto, funções e também o processo de produção. como: A NBR (ABNT, 1995) define a elaboração de projeto de edificação Determinação e representação prévia dos atributos funcionais, formais e técnicas de elementos de edificação a construir, a pré-fabricar, a montar, a ampliar (...), abrangendo os ambientes exteriores e interiores e projetos de elementos de edificação e das instalações prediais. Na construção civil, o termo projeto também se refere ao projeto do produto, que são os projetos das várias especialidades. A atividade de projeto também compreende os projetos para produção, voltados exclusivamente aos canteiros de obras. 2.3 Normas Técnicas Aplicadas aos Projetos Arquitetônicos e Estruturais De acordo com Carvalho (2004) as normas técnicas tornaram-se cada vez mais importantes no Brasil a partir da década de 90, devido à publicação do Código de Defesa do Consumidor, aos programas de qualificação, e também do PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat). Sendo assim, os construtores começaram a se preocupar mais com a qualidade das obras pelo fato da legislação estar mais rigorosa. A figura 1 apresenta a distribuição das normas necessárias para uma edificação.

20 19 Figura 1: Distribuição de Normas por Tipo. Fonte: Construção Mercado Ed. 41 Dez Carvalho (2004) cita que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) divide em comitês cada segmento de atuação profissional. A construção civil corresponde ao CB-02 (Comitê Brasileiro da Construção Civil), que também é subdividido em outras especialidades relacionadas. A figura 2 aponta as subdivisões do CB-02. Figura 2: Comitês Relacionados à Construção Civil. Fonte: Construção Mercado Ed. 41 Dez

21 20 A presente pesquisa contempla o estudo da interface projeto obra para os projetos arquitetônico e estrutural. Sintetizam-se no quadro 1 as Normas Técnicas aplicáveis aos projetos arquitetônicos e estruturais para edificações. Quadro 1: Relação de Normas Técnicas Aplicadas ao Projeto Arquitetônico e Estrutural. Fonte: Autor (adaptado de ABNT, 2010). O quadro 1 apresenta uma relação orientativa, sendo que o responsável pelo projeto de sua especialidade, também é responsável pelo cumprimento de todas as Normas Técnicas, em versão atualizada. 2.4 A Gestão do Processo de Projeto De acordo com Silva e Souza (2003) o processo de desenvolvimento do projeto é direcionado para fora do processo de produção, ou seja, apenas visando

22 21 às necessidades e expectativas do cliente externo. Mas para que esse objetivo seja alcançado, algumas necessidades dos clientes internos aos processos precisam ser atendidas, tornando possível a própria atividade de construir e conseqüentemente a realização do produto final. Melhado et al. (2005) cita que a gestão do processo do projeto consiste em um conjunto de ações de natureza estratégica, tais como a formação das equipes de projetistas, estabelecimentos de prazos para etapas de projeto, assim como assegurar a necessidade de cooperação entre os diversos agentes para o desenvolvimento do projeto e a sua continuidade durante a fase de execução do empreendimento. Gehbauer et al. (2002) baseia-se que no planejamento e gerenciamento de um projeto há grande potencial de melhoria do processo de construção, ou seja, as grandes deficiências de planejamento estão vinculadas a coordenação de projetos e detalhamentos construtivos. A figura 3 ilustra a estrutura de gestão e planejamento, incorporando os vários agentes do processo de projeto. Figura 3: Coordenação das Equipes de Projeto e Execução no Processo de Projeto. Fonte: Gehbauer et al. (2002).

23 22 Tzortzopoulos (1999) menciona que o processo de projeto compreende uma visão ampla, que busca apontar as atividades relacionadas ao projeto que são desenvolvidas em cada uma das etapas do processo de produção da indústria da construção civil. A partir disso, é visível a impossibilidade de dissociação entre o processo de projeto e gestão do empreendimento. Essa união visa favorecer a gestão e a simplificação do processo, na medida em que as interfaces dos processos internos são facilmente identificáveis e gerenciáveis. Melhado (1992 apud THOMAZ, 2001) atribui que o projeto deve agregar o máximo de eficiência tecnológica e racionalização construtiva, atendendo as condições de desempenho e funcionalidade do empreendimento. Ainda, o mesmo autor, considera essenciais os seguintes requisitos para que se tenha satisfatória qualidade do projeto: Profissionais de projetos qualificados; Coordenação e análise de projetos; Preparação de projetos para produção; Monitoramento da qualidade dos projetos; Acompanhamento e controle das modificações nos projetos durante a produção; Elaboração de projetos com auxílio de softwares; Análise dos projetos da condição de desempenho relacionados à durabilidade da edificação. 2.5 Processos de Projeto X Interface Projeto Obra A construção civil, especificamente a construção de edifícios, pode ser considerada uma indústria que exerce a prática de fabricar o seu produto sem uma projeção específica de como produzi-lo. Decorrente desta prática é notável o comprometimento do desempenho na fase de execução, gerando várias insuficiências nesta fase e seguintes (MELHADO et al., 2005).

24 23 Romano, Back e Oliveira (2001) apontam que a falta de qualidade em edificações tem como grande causa a falta de qualidade no processo de projeto, normalmente desenvolvido de forma não planejada, sem uma visão abrangente e integrada da relação projeto/obra. O mesmo autor enfatiza também as formas de condução de projetos de edificações: Realização em paralelo de várias etapas do processo, em especial, o desenvolvimento integrado de projetos do produto e para produção; Estabelecimento de equipes multidisciplinares, formadas por projetistas, usuários e construtores, em especial os engenheiros de obras; Orientação para a satisfação dos clientes e usuários; Padronização das formas de apresentação e documentação do projeto; Adoção de procedimentos para coleta de dados durante a execução e após a entrega das obras, tornando possível a retroalimentação dos projetos. Considerando essa esfera de mudança de condução de projetos, as empresas precisam inicialmente conhecer a forma com que o projeto é executado, ou seja, ter o seu desenvolvimento de produto modelado, permitindo uma visão global do mesmo. Por meio da modelagem do processo de projeto de edificações é possível ter uma visão abrangente e integrada do trabalho de desenvolvimento de produtos, melhorando e podendo até redefinir o processo praticado atualmente. Basicamente, os benefícios da modelagem do processo de projeto de edificações têm reflexos diretos sobre o sucesso do projeto, tanto no aspecto técnico quanto no aspecto organizacional (VARGAS, 2000 apud ROMANO, BACK e OLIVEIRA, 2001) As Etapas do Processo de Projeto As etapas do processo de projeto nem sempre estão definidas de forma concreta. Diversos fatores influenciam a subdivisão, os quais podem ser relacionados à complexibilidade de um projeto, as características dos intervenientes

25 24 e do grau de detalhamento, que geram alto grau de incertezas (TZORTZOPOULOS, 1999). A norma NBR 13531(ABNT, 1995) divide as etapas de projetos em: Levantamento; Programa de Necessidades; Estudo de Viabilidade; Estudo Preliminar; Anteprojeto e/ou Pré Execução; Projeto Legal; Projeto Básico; Projeto para Execução. Para Melhado (2005) existe uma correlação entre o processo de projeto e seus respectivos produtos, que ele divide da seguinte forma: Idealização do Produto, Desenvolvimento do Produto, Formalização, Detalhamento do Produto, Planejamento para a Execução, Entrega Final. Rodriguez e Heineck (2002 apud BATISTA, 2008) dividem as etapas do processo de projeto em: Planejamento e Concepção do Empreendimento; Estudo Preliminar; Anteprojeto; Projeto Legal; Projeto Executivo; Acompanhamento da Execução e Uso.

26 25 Oliveira e Melhado (2006) entendem que as etapas do processo de projeto também podem ser encaradas como um fluxo de informação, de incerteza tecnológica e gerencial. As peculiaridades de cada projeto e as freqüentes trocas de informação entre empreendedores, projetistas e construtores necessitam de uma eficaz coordenação de informações para que o processo transcorra de maneira integrada, evitando dessa maneira insatisfação com projetos e trabalhos, e conseqüentemente desperdício de tempo. A figura 4 expõe as fases de execução do processo de projeto e seu interrelacionamento com o fluxo de informações. Figura 4: Processo de Projeto x Fluxo de Informações. Fonte: Oliveira e Melhado (2006). Tzortzopoulos (1999) alegando falta de padrões existentes nas subdivisões propostas na literatura para o processo de projeto adotou as seguintes divisões para sua pesquisa: Planejamento e concepção do empreendimento; Estudo preliminar; Anteprojeto; Projeto legal; Projeto Executivo; Acompanhamento da obra;

27 26 Acompanhamento de uso. Codinhoto (2003) inspirou-se na proposta de Ulrich e Eppinger (2000) para desenvolver a divisão das etapas do processo de projeto, sendo-as: Planejamento; Desenvolvimento do conceito; Projeto em níveis de sistemas; Projeto detalhado; Teste e refinamento; Produção Ramp up. É possível observar que alguns autores diferem-se com relação às etapas, justamente pela amplitude que consideram o processo de projeto. Gehbauer et al. (2002) cita que todas as etapas do processo de projeto são uma coletânea de possibilidades imagináveis, que não se aplicam a todo empreendimento, mas que devem ser analisadas e criticamente examinadas quanto a sua aplicabilidade e abrangência A Interface Projeto-Obra Fundamentando-se na indústria seriada, a construção civil percebeu a importância do projeto relacionado à produção. Ante a essa percepção, os responsáveis pela elaboração do projeto do produto não consideravam as interferências causadas na produção do produto, resultando em baixos níveis de qualidade do produto final e altos custos de produção (MELHADO et al., 2005). O mesmo autor ainda cita que a indústria seriada, compreendendo a relação entre o projeto do produto e o projeto do processo, criou algumas iniciativas para estreitar tais fases, destacando-se:

28 27 Treinamento dos projetistas com relação aos processamentos e custos básicos de manufatura; Envolvimento dos gerentes de produção no momento de tomada de decisões críticas com os projetistas; Contratação de um grupo para desenvolver o projeto da produção com base nos projetos do produto. Essas iniciativas empreendidas na indústria seriada dão origem a uma nova filosofia de projetar, caracterizada pelo projeto simultâneo do produto e do processo de produção. Souza et al. (1995 apud JUNIOR, 2006) relatam que existe uma grande necessidade no setor da construção civil, mais especificamente na elaboração de projetos de edificações, o aperfeiçoamento e a integração com a execução, no sentido de otimizar e agregar valor ao empreendimento como produto final, tratando assim o projeto, como elemento fundamental na concepção do empreendimento. Romano, Back e Oliveira (2001) entendem que uma etapa comum a qualquer esforço de melhoria de processos é a modelagem ou levantamento do processo atual. Considerando os conceitos relativos às etapas do processo de projeto e a conseqüente modelagem, e dada à importância dessa ferramenta para o sucesso do projeto como um todo, foi elaborada uma analogia das etapas do processo de projeto em relação à efetiva participação da produção no mesmo. O quadro a seguir apresenta o conceito de três autores consultados como referência, e suas considerações referentes às necessidades de interação da participação da produção nas etapas do processo de projeto. O quadro 2 identifica através de números a relação de cada autor com as etapas do processo de projeto que considerou em suas pesquisas. Essas etapas foram agrupadas conforme as suas semelhanças.

29 Quadro 2: Etapas do Processo de Projeto X Participação da Produção. Fonte: Autor. 28

30 29 De acordo com o quadro 2, nota-se que os autores citados possuem definições distintas, mas semelhantes das etapas do processo de projeto e também das implicações com este, da participação da produção Projeto Simultâneo Segundo Melhado et al. (2005) projeto simultâneo, também denominado de engenharia simultânea é a integração entre os agentes de um processo na obtenção de um produto final que atenda as expectativas do cliente, partindo do pressuposto que a integração insuficiente gera incertezas no processo e comprometimento na qualidade final do produto. De acordo com o mesmo autor ainda, o projeto simultâneo visa o trabalho em equipe com extrema comunicação e que os principais agentes do processo devem participar dessa equipe de projeto com o desígnio de expor suas necessidades e expectativas a todo o processo. Também devem os engenheiros de produção, ser deslocados, para com os engenheiros de projetos, formarem equipes multidisciplinares, propiciando melhor desempenho e menores prazos na elaboração do projeto. A figura 5 expressa de forma esquemática, uma equipe multidisciplinar de projeto simultâneo, seus participantes e interações entre coordenação. Figura 5: Equipe Multidisciplinar de Projeto Simultâneo. Fonte: Melhado et al. (2005).

31 30 Melhado et al. (2005) também confere os principais benefícios que se objetiva obter ao adotar o projeto simultâneo: Maior integração entre os diversos agentes do processo, pela formação de equipes multidisciplinares; Redução do tempo de elaboração dos projetos; Melhoria de desempenho do produto e do processo; Diminuição de custos. Mas para tanto, o desempenho da coordenação de projetos será essencial para obtenção destes objetivos. Segundo Kamara et al. (1997 apud CODINHOTO, 2003) as metas e fundamentos do projeto simultâneo são bastante adequados aos desafios enfrentados na construção civil, que são: Necessidade de melhorar a qualidade; Redução de custos; Aumento do grau de satisfação do cliente. Esses mesmos autores salientam que a adoção do projeto simultâneo traz melhorias para as seguintes áreas: Integração dos processos de projeto e produção; Abordagem colaborativa para projeto e fabricação do produto; Abordagem pró-ativa para a utilização de novas tecnologias para melhorar os processos existentes; Padronização e automação; Satisfação dos clientes internos; Segurança de execução na concepção do projeto; Melhor comunicação entre equipes de projeto e produção. Entretanto, Kamara et al. (1997 apud CODINHOTO, 2003) expõe que para a efetiva aplicação do projeto simultâneo deve ser levado em consideração

32 31 algumas peculiaridades do setor, pois essa ferramenta é baseada na interação entre equipes interfuncionais, no alto nível de cooperação e no compartilhamento de informações, sendo desse modo, em certas ocasiões, ser preciso romper barreiras profissionais e organizacionais. 2.6 Retroalimentação do Processo de Projeto Tzortzopoulos (1999) salienta que a retroalimentação deve ser efetuada nas etapas de acompanhamento de obra e uso, propiciando como proposta para o estabelecimento de um banco de dados. Ainda de acordo com a mesma autora, são importantes que sejam definidas quais informações devem fazer parte do banco dados, e a quem é pertinente essas informações. Melhado et al. (2005) define retroalimentação como um mecanismo de aprendizagem organizacional, com o objetivo de identificar, documentar e comunicar os erros cometidos, contribuindo para melhoria contínua dos produtos e serviços. Tais informações podem ser coletadas junto a clientes, construtores, usuários e gerentes prediais. A figura 6 demonstra que a retroalimentação do processo ocorre tanto dos que executam o projeto em canteiro de obras (construtor) quanto dos que utilizam e operam o empreendimento (usuários, síndicos e técnicos e manutenção predial). Figura 6: Retroalimentação do Processo de Projeto Fonte: Melhado et al. (2005). Oliveira e Melhado (2006) entendem a retroalimentação como a reintrodução de informações no sistema, proporcionado um processo de comunicação que se intensifica a cada entrada de informação, desencadeando novas ações, subseqüente e sucessivamente.

33 32 A figura 7 ilustra o processo de retroalimentação como ferramenta de informação de dados para reintrodução no sistema. Figura 7: Retroalimentação como Reintrodução de Informação. Fonte: Oliveira e Melhado (2006). Silva e Souza (2003) abordam como requisito de informação e aplicação em sucessivos projetos e consequentemente em novos empreendimentos um levantamento da satisfação dos usuários finais e da avaliação pós-ocupação, visando o fornecimento de subsídios para o aperfeiçoamento do produto. Ainda de acordo com os autores, essa cadeia de informação alimentará desde o planejamento estratégico, definição do produto, tecnologia construtiva, até a qualidade de execução. 2.7 Compatibilização de Projetos Tzortzopoulos (1999) define compatibilização como a atividade de integrar projetos, visando à redução de incompatibilidades resultantes da falta de coordenação de projetos. Essa atividade, além de ser de responsabilidade de cada projetista envolvido, requer um controle externo para que interferências entre projetos não identificadas anteriormente, não sejam detectadas apenas na execução da obra. Codinhoto (2003) relaciona a compatibilização com a efetiva troca de informações entre os agentes envolvidos, convertendo as informações agregadas,

34 33 em projeto. Tal atividade pode ser mais coesa através de melhores práticas relacionadas à definição do escopo, do planejamento das atividades, prototipação, congelamento das decisões, entre outros. Segundo Picchi (1993 apud JUNIOR, 2006) a compatibilização de projetos visa à sobreposição de vários projetos com a intenção de identificar interferências, e de criar meios de resolução das mesmas, caso tenham sido detectadas. Novaes (1995 apud JUNIOR, 2006) destaca que a atividade de compatibilização deve ser realizada pela equipe de coordenação de projetos, com a finalidade de conciliar física, geométrica, tecnológica e produtivamente, os componentes necessários à edificação. Essa atividade contribui também para a integração dos diversos agentes e especialidades com a produção. As maiores falhas no processo de projeto estão relacionadas a deficiências de coordenação de interfaces entre as várias especialidades envolvidas. Os meios para realização da coordenação de interfaces estão ligados à organização em torno dos subsistemas e das especialidades (SILVA E SOUZA, 2003). Gehbauer et al. (2002) menciona que em muitos casos, a atividade de compatibilização de projetos ocorre apenas na fase de elaboração dos projetos para execução, ocasionado alterações onerosas que influenciam na qualidade do empreendimento. Para o mesmo autor, a compatibilização deve ter início já na fase de estudo preliminar, agrupando fatores como custos, fornecedores, construtores, e demais intervenientes. Melhado et al. (2005) caracteriza a compatibilização como sendo a sobreposição dos projetos das diferentes especialidades para que sejam identificadas as incoerências e interferências entre informações produzidas pelos diferentes membros da equipe de projeto. 2.8 Construtibilidade A Construction Industry Institute CII (1987 apud RODRIGUEZ E HEINECK, 2002) define a construtibilidade como: O uso ótimo do conhecimento e da experiência em construção no planejamento, projeto, contratação e trabalho no

35 34 canteiro, para atingir os objetivos globais do empreendimento. Gonçalves e Melhado (2009) relacionam construtibilidade à impossibilidade/dificuldade/complexidade de execução do projeto. Salientam ainda que o termo construtibilidade reflita à facilidade que o projeto oferece para a execução do subsistema. Segundo Griffith e Sidwell (1995 apud RODRIGUEZ E HEINECK, 2002) a construtibilidade em projeto consistem na consideração em detalhes dos elementos, garantindo o atendimento dos requerimentos técnicos e financeiros do empreendimento, sendo considerada sempre que possível a relação projeto-obra. Peralta (2002) define a construtibilidade como: Otimização da construção pela eficiência do processo ao projeto, servindo como condutor da evolução tecnológica. Baseado nas definições, construtibilidade refere-se ao emprego do conhecimento e experiência técnica nos vários níveis, como o intuito de racionalizar a execução de empreendimentos, ressaltando a interface entre as etapas do processo de projeto e a execução. É entendida também como à habilidade e facilidade do produto em ser construído, com a integração do conhecimento e experiência construtiva durante as fases de concepção, planejamento e execução da obra, com a intenção de facilitar as operações construtivas (OLIVEIRA, 1995 apud PERALTA, 2002). 2.9 Outros Estudos de Caso Conforme Oliveira e Melhado (2006) no Brasil atual, as empresas de empreendimentos de construção estão cada vez mais valorizando o projeto como ferramenta estratégica competitiva, despendendo melhorias na sua elaboração. Silveira, Heineck e Alves (2008) entendem que executar obras com qualidade, dentro do prazo e custos previstos é o que toda organização deseja, por isso, busca-se insistentemente utilizar métodos e ferramentas gerenciais que possibilitem aos gestores pensar a obra previamente. As mudanças e adaptações em canteiro, de projetos, todavia causam transtorno tanto para quem executa quanto os que projetam. As várias bibliografias

36 35 destinadas ao gerenciamento e desenvolvimento do processo de projeto na construção civil salientam que as necessidades de canteiro devem ser observadas já nas primeiras fases do processo de projeto. Os próximos itens apresentam de forma resumida, estudos de caso baseados em gerenciamento, coordenação e qualidade dos projetos, pesquisados por autores distintos A Qualidade Atual dos Projetos de Edifícios Residenciais, Sob a Ótica dos Agentes da Obra Oliveira e Graffunder (2004) realizaram a pesquisa em obras do segmento de empreendimentos imobiliários pertencentes às diferentes empresas incorporadoras e/ou construtoras, composta por edificações residenciais multifamiliares em altura, que possuem 4 ou mais pavimentos tipos repetitivos, projetadas por diferentes arquitetos e engenheiros, executadas com sistema construtivo tradicional, composto por estrutura de concreto armado com vedação externa de blocos cerâmicos. Foram analisados 18 canteiros de obras distintos, pertencentes a empresas diferentes, escolhidos em quantidade compatível com o volume de obras em andamento para melhor representar mercado atual de construção de edifícios residenciais. O objetivo inicial foi determinar como os agentes de obra resolvem as deficiências de projeto quando não existem consultoria e tempo hábil para o atendimento dos projetistas. Contudo, os autores detectaram a importância de aumentar e qualificar as informações que os projetistas necessitam na fase de desenvolvimento dos projetos para prevenir as deficiências de execução, ao invés de corrigi-las no canteiro de obras. O embasamento teórico permitiu que fosse explicitada uma análise das melhores práticas em relação à gestão do processo de projeto, como: Estrutura organizacional da empresa e o posicionamento das suas áreas que participam da fase de projeto;

37 36 As etapas de desenvolvimento do projeto na empresa e a forma de apresentação dos projetos; Relacionamento com escritórios de projeto contratados e à coordenação de projetos na empresa; Sistematização e transmissão das características do produto e do conhecimento processual; Procedimentos e instrumentos de controle e retroalimentação do processo de projeto. Verificaram os autores, que é possível diferenciar a qualidade do processo de projeto em obras cujos empreendedores/construtores aderiram ao PBQP-H ou ao sistema de gestão ISO 9000 daquelas que ainda não possuem nenhum tipo de certificação. Os projetos das empresas certificadas apresentaram melhorias de qualidade, representando satisfação e otimismo dos agentes de obra. As entrevistas revelaram que os projetistas freqüentam os canteiros de obras apenas quando solicitados, mas que diante das melhorias aplicadas na gestão do processo, o prazo de entrega dos projetos melhorou acentuadamente. De acordo com os entrevistados, o problema mais freqüente relativo aos projetos e consequentemente as obras, são as alterações no projeto e em serviços já executados em pavimentos não tipos solicitadas pelo empreendedor e projetistas. Também merecem atenção as deficiências de compatibilização e de não conformidades na apresentação (fontes de letras e números inelegíveis e detalhes confusos). Segundo Oliveira e Graffunder (2004) houve significativa evolução quanto ao atendimento das necessidades e expectativas dos projetos, pelos agentes da obra Contribuição à Coordenação de Projeto na Construção de Edifícios Sánchez e Andery (2007) realizaram um estudo de caso com três agentes atuantes na área de projetos na construção civil, com foco nas dependências entre os agentes para a realização de atividades do processo de projeto. O agente 1

38 37 concentra sua atuação em projetos de racionalização de alvenarias e compatibilização entre especialidades técnicas a partir do estudo preliminar de arquitetura até a elaboração e implementação de projeto para produção em obra. O agente 2 atua em gerenciamento de obras e coordenação de disciplinas técnicas a partir da concepção do modelo de negócio até a fase de obra. Para finalizar, o agente 3 atua em projetos de arquitetura e urbanísticos, assim como, compatibilização entre especialidades técnicas a partir da análise de viabilidade técnico-econômica do produto até o desenvolvimento de projeto executivo de arquitetura. Segundo Sánchez e Andery (2007) o desenvolvimento dos projetos se dá, predominantemente, em contextos organizacionais. Em geral, percebe-se que os componentes (agentes, documentos, atividades) são organizados através de modelos de fluxo. Porém, existe pouca ênfase em modelos conceituais que incorporem a essência da coordenação como forma de aproximar as dependências e interações entre agentes. O coordenador tem a função de intermediar os diversos agentes do processo. Os autores compreendem que no processo de projeto, a informação é um recurso compartilhado e de uso simultâneo, porém este processo é sobrecarregado por ser um recurso não consumível, o que significa um estoque sempre crescente proveniente do natural processo de desenvolvimento do projeto, quantitativamente agravado por um processo seriado e fragmentado. Para Sánchez e Andery (2007) o coordenador deve ter capacitação em planejamento dinâmico, formação e experiência para analisar e intervir quando eventos acontecem, garantindo a continuidade do processo de projeto e a interação entre os agentes Análise da Interface de Projeto com a Produção de Edifícios e da Retroalimentação do Processo de Projeto Gonçalves e Melhado (2009) realizaram um estudo de caso em uma empresa incorporadora de empreendimentos residenciais e comerciais, verticalmente integrada e com atuação desde a concepção do negócio até a

39 38 administração predial. A empresa atua em São Paulo e Rio de Janeiro e conta com uma equipe de mais de 700 profissionais, localizados em 22 escritórios em todo o mundo. Apesar de a empresa não executar propriamente a construção dos edifícios que incorpora, ela deve ter conhecimento de requisitos de custos, qualidade e prazos desta atividade, a fim de exigí-los das construtoras. Portanto, a empresa possui fluxos estruturados de ações que iniciam na fase de concepção do negócio e vão até a manutenção do edifício. Gonçalves e Melhado (2009) observaram que o fluxo de projeto para elaboração das documentações necessárias para a construção dos empreendimentos assemelha-se aos bibliográficos, sendo divididos em: Estudo Preliminar, Anteprojeto, Projeto Básico e Projeto Executivo. Paralelamente a todo o processo, ocorrem estudos de novas tendências, acompanhamento financeiro, avaliação da equipe técnica e supervisão de todo o desenvolvimento através de uma coordenação, devido ao número de agentes envolvidos. O acompanhamento dos consultores e da construtora inicia-se desde o desenvolvimento dos projetos, por ser julgado fundamental para um bom resultado. A supervisão de projetos conta com o Manual de Coordenação de Projetos, que foi desenvolvido para utilização durante o processo de projeto e outras ferramentas de coordenação como: Ficha de Solicitação de Esclarecimentos Técnicos, Escopo de Trabalho, Relatórios de Acompanhamento de Projetos e Relatórios de Vistoria, entre outros. Os agentes envolvidos no estudo de caso foram os coordenadores de projetos e gerentes de obras, onde foi possível extrair os pontos de conflito entre os diversos agentes envolvidos (coordenação de projetos, supervisão da incorporadora, gerentes de obra). Ao final da pesquisa foi constatado que a empresa está bem focada aos conceitos de gestão de projetos e apresenta um alto nível gerencial. No entanto, algumas ferramentas mostraram-se pouco eficaz, com pouca condição de rastreabilidade e de análise dos problemas apresentados. Gonçalves e Melhado (2009) recomendaram para a empresa incorporadora algumas propostas no sentido da aplicação da melhoria continua nos processos de gestão em geral:

40 39 Intensificar o envolvimento do coordenador de projetos na fase de concepção do produto; Intensificar a utilização das ferramentas de controle de projetos disponíveis, de modo a dispor de histórico consistente das atividades, dúvidas e avaliações; Criar ferramenta para identificação de alterações de escopo; Criar condições para que os enfoques em projeto simultâneo e fase de transição entre projetos e obra seja mais produtivo; Treinar e convencer os agentes envolvidos da necessidade e importância do registro das solicitações para a retroalimentação do processo. Segundo Gonçalves e Melhado (2009) a pesquisa revelou que faltou no processo de retroalimentação adotado, clareza nas definições de cada problema, a natureza deles, e também de parâmetros para a busca de melhorias. A comunicação entre a produção e as fases anteriores do processo deve ser melhor explorada, pois muitos registros de falha foram elaborados de maneira imprecisa e sem clareza, impossibilitando a compreensão.

41 40 3. METODOLOGIA Este capítulo apresenta a forma com que os dados da pesquisa foram obtidos, o local, e seu período de realização. Para promover a contribuição proposta, definiu-se como mais adequado uma pesquisa bibliográfica seguida de um estudo de caso. Segundo Rodríguez (2005 apud PEREIRA, 2007) o estudo de caso atende as situações relevantes em que não exige o controle sobre eventos comportamentais e tenta responder a questões do tipo como e por que. Yin (2001 apud OLIVEIRA E GRAFFUNDER, 2004) aponta que o estudo de caso é adequado quando os principais objetivos consistem em expandir e generalizar teorias e análises sem, todavia enumerar freqüências. Para Silva e Menezes (2001 apud OLIVEIRA E GRAFFUNDER, 2004) a pesquisa aplicada desenvolve-se nos estudos de caso quando objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Ainda segundo os mesmos autores, a técnica de coleta de dados deve estar relacionada com o problema, a hipótese ou os pressupostos da pesquisa e objetiva obter elementos para que os objetivos propostos possam ser alcançados. Para o presente estudo, evidenciam-se as informações a serem aplicadas em futuros empreendimentos, satisfazendo as necessidades e expectativas dos agentes de obra, quando da sua utilização. 3.1 Procedimentos Metodológicos Deu-se início a pesquisa por meio de um aprofundamento bibliográfico com assuntos pertinentes ao tema sugerido. Paralelo a etapa inicial, desenvolveu-se a identificação dos agentes pertinentes para o estudo de caso, sendo formulados questionários e entrevistas para posterior aplicação. Buscou-se nessa formulação adaptar uma linguagem específica para cada agente envolvido, a fim de tornar a pesquisa mais precisa possível.

42 Período de Tempo do Aprofundamento Bibliográfico O aprofundamento bibliográfico teve início no mês de Fevereiro de 2010 e foi concluído no mês de Abril de Durante o período pesquisou-se diversos livros, teses, dissertações e artigos relacionados a gerenciamento, coordenação e gestão de projetos, com ênfase na interface projeto-obra. 3.3 Período de Tempo da Pesquisa de Campo A pesquisa de campo ocorreu em meados do mês de Abril e no mês de Maio de Neste período realizaram-se entrevistas e aplicação de questionários aos agentes intervenientes considerados importantes para o estudo abordado. Também foram analisadas documentações técnicas e administrativas referentes a informações dos projetos do estudo de caso. 3.4 Desenvolvimento da Pesquisa A presente pesquisa dividiu-se em três etapas distintas, porém interligadas entre si, buscando a objetividade do processo. A etapa 1 destinou-se a pesquisas bibliográficas recentes, de autores consagrados em gerenciamento e coordenação de projetos de edificação, dando destaque a conceitos e experiências em modelos do processo de projeto e na interface projeto-obra. A etapa 2 compreendeu a definição da incorporadora/construtora para o estudo de caso e a respectiva escolha de três empreendimentos em fase construtiva semelhantes. Verificou-se as documentações técnicas disponíveis que caracterizam os produtos e as peças técnicas elaboradas nas fases do processo de projeto. Ainda na etapa 2 confeccionou-se e aplicou-se os questionamentos aos agentes diretamente envolvidos nas etapas do processo de projeto, baseados no presente

43 42 estudo de caso. Além destas atividades, praticaram-se registros fotográficos dos empreendimentos em questão, evidenciando-se aspectos relativos à padronização de elementos e detalhes construtivos paralelamente planejados nas fases do processo de projeto. Na etapa 3 realizou-se a análise dos dados coletados através das pesquisas de campo e comparados com os modelos de autores citados na fundamentação teórica; propondo melhorias a serem desenvolvidas visando à melhor interface projeto-obra, para a empresa incorporadora e construtora do estudo de caso. A Figura 8 demonstra de forma resumida o desenvolvimento da pesquisa proposta. Figura 8: Fluxo do Desenvolvimento das Atividades. Fonte: Autor.

44 Caracterização da Empresa Incorporadora/Construtora A empresa incorporadora/construtora atua há 17 anos no mercado de edificações verticais de múltiplos pavimentos, com sede no Município Criciúma - SC, contabilizando mais de 50 empreendimentos executados e 33 em execução. Conta com aproximadamente 500 funcionários diretos e 600 funcionários indiretos que representam os serviços terceirizados. A figura 9 ilustra a localização do Município de Criciúma - SC, onde se situa a sede da empresa incorporadora/construtora da presente pesquisa. Figura 9: Localização do Município de Criciúma SC. Fonte: Autor (adaptado de Por meio de visitas à empresa e diálogos com o supervisor de operações da empresa incorporadora/construtora obtiveram-se os dados iniciais para a caracterização da empresa, como também o organograma funcional da mesma, ilustrado na figura 10, a seguir.

45 44 Figura 10: Organograma Funcional Incorporadora/Construtora. Fonte: Autor (adaptado de incorporadora/construtora). O organograma funcional da empresa serviu como base para identificação dos agentes intervenientes do processo de projeto pertinentes a presente pesquisa, dos quais foram coletadas informações com o intuito de alcançar aos objetivos propostos inicialmente. 3.6 Caracterização dos Agentes Intervenientes no Processo de Projeto Partiu-se do pressuposto, por se tratar de empreendimentos da mesma incorporadora/construtora, que os agentes intervenientes do processo de projeto desta pesquisa seriam os mesmos para os empreendimentos do estudo de caso, com exceção dos Engenheiros de Obras, dos Arquitetos Projetistas e dos Engenheiros de Estruturas.

46 45 Tais empreendimentos foram classificados da seguinte forma: Empreendimento 1 Empreendimento 2 Empreendimento 3 Estudo de Caso 1 (C1); Estudo de Caso 2 (C2); Estudo de Caso 3 (C3). A hipótese inicial se confirmou, ou seja, os agentes intervenientes do processo de projeto considerados anteriormente eram comuns aos empreendimentos da presente pesquisa e coincidentemente para os três empreendimentos, o Arquiteto Projetista e o Engenheiro de Estruturas eram os mesmos. O profissional de arquitetura, comum aos três empreendimentos, no estudo de caso 1 e 2 encontrava-se como funcionário da incorporadora/construtora, e no estudo de caso 3 foi contratado para elaboração do projeto de forma terceirizada. Este profissional desenvolveu em torno de onze projetos para a empresa, durante cinco anos, como funcionário e/ou prestador de serviços. O profissional de estruturas é usualmente contratado para mais de um empreendimento, constituindo pacotes de projetos, caracterizado também como terceirizado. Desenvolveu aproximadamente quinze projetos, em 6 anos de parceria e sua experiência como Engenheiro Civil ultrapassa 25 anos. Outro agente interveniente do Processo de Projeto considerado nessa pesquisa são os Engenheiros de Obras da empresa. Nos estudos de caso 1 e 2, tal atribuição era desempenhada pelo mesmo profissional. No caso 3, outro profissional desempenhava essa função. De maneira geral, os Engenheiros de Obras envolvidos na pesquisa possuem menos de 5 anos de experiência profissional, atuam na empresa incorporadora/construtora a menos de 1 ano e são os responsáveis pela execução dos empreendimentos em questão há poucos meses, ou seja, não atuaram em etapas iniciais da execução e consequentemente do processo de projeto. Os outros agentes intervenientes identificados no processo de projeto são aqueles comuns a todos os empreendimentos, que possuem ligação direta com a incorporadora/construtora, sendo:

47 46 Diretor/Presidente; Gerência Comercial; Gerência de Operações; Supervisão Operacional; Departamento de Arquitetura. O quadro 3 demonstra, de forma simplificada, a experiência profissional e o tempo de atuação na empresa, dos profissionais comuns a todos os empreendimentos do estudo de caso, e com vínculo empregatício com a empresa. Quadro 3: Experiência dos Agentes Intervenientes. Fonte: Autor. De acordo com o quadro 3, pode-se considerar a experiência do Diretor / Presidente com equivalente ao tempo de atuação da empresa incorporadora/construtora, no mercado da construção civil. Com relação aos outros agentes intervenientes, o tempo de experiência profissional não necessariamente corresponde a atuação na área descrita, mas entende o autor, que poderia ser considerado dessa forma, por possuírem experiência acumulada para exercerem as atribuições atuais. 3.7 Caracterização dos Empreendimentos Para o estudo proposto, coletou-se e analisou-se informações e documentações do processo de projeto de três empreendimentos pertencentes à mesma incorporadora/construtora. Estes se situam na região de Criciúma-SC, facilitando assim a pesquisa e possuem técnicas construtivas semelhantes. Salienta-

48 47 se que a ênfase desta pesquisa fundamenta-se nos projetos arquitetônicos e estruturais. O quadro 4 caracteriza de forma detalhada os três empreendimentos do estudo de caso. Quadro 4: Caracterização dos Empreendimentos. Fonte: Autor.

49 Questionários Baseando-se na pesquisa bibliográfica adotada, iniciou-se a etapa correspondente a coleta de informações por meio de entrevistas com questionários. A partir de uma análise do organograma da empresa, obteve-se a identificação dos agentes envolvidos para a realização das entrevistas. Para a escolha dos entrevistados, inicialmente caracterizou-se os agentes do processo de projeto que poderiam contribuir com informações ou exigências quanto à escolha das tecnologias e técnicas construtivas adotadas nos empreendimentos do estudo de caso da pesquisa, sempre enfatizando os projetos arquitetônicos e estruturais. A figura 11 indica os agentes do processo de projeto que foram entrevistados para a presente pesquisa. Julgou-se que os mesmos são de fundamental importância para as decisões no âmbito da interface projeto-obra. Figura 11: Definição dos Agentes Envolvidos para Aplicação dos Questionários. Fonte: Autor (adaptado de Pereira, 2007).

50 49 Identificado os agentes do processo de projeto pertinentes a proposta da pesquisa, iniciou-se a elaboração dos questionários, inspirados em estudos realizados em temas semelhantes, destacando-se Fontenelle (2002), Oliveira e Graffunder (2004) e Pereira (2007). Tal etapa desprendeu grande tempo do autor e inúmeras correções na busca da clareza e objetividade dos questionamentos. Os questionários foram elaborados de acordo com a área de atuação do profissional entrevistado, ou seja: Concepção inicial e empreendedor; Concepção Comercial e necessidades do cliente comprador; Assessoria para elaboração de projetos e execução de obras; Elaboração de projetos; Execução de projetos. A técnica utilizada para a elaboração dos questionamentos foi de maneira geral a de perguntas estruturadas e semi-estruturadas. Essas técnicas permitem ao entrevistado a argumentação e explicação. Apenas para os Engenheiros de Obras que se utilizou além das anteriores, o artifício de perguntas estruturadas e dicotômicas, ou seja, respostas de caráter sim e não. O quadro 5 relaciona os agentes intervenientes do processo de projeto e os respectivos questionários, aplicados pelo autor. Quadro 5: Indicativo dos Questionários. Fonte: Autor.

51 50 A aplicação dos questionários procedeu por meio de entrevistas pessoais, e em alguns casos via telefone e por meio eletrônico ( ). Esses dois últimos entendem o autor, poderiam dificultar o entendimento da pergunta e consequentemente o teor da resposta. É importante salientar que devido à impossibilidade de ser aplicado o questionário ao Diretor/Presidente, o Gerente de Operações e o Supervisor Operacional responderam por esta atribuição. Este último também concedeu os dados referentes a caracterização da empresa incorporadora/construtora. 3.9 Visitas e Registros Fotográficos Considerou-se necessário, durante a realização das visitas às obras do estudo de caso, alguns registros fotográficos relacionados aos objetivos iniciais. Tais registros estão apresentados no item correspondente a análise dos resultados e compreende evidências relacionadas ao não cumprimento das especificações ou falhas nas especificações de projetos, se eventualmente ocorreram e considerações sobre padronização e racionalização de elementos construtivos. Esses registros foram extraídos dos três empreendimentos analisados na pesquisa Documentações Técnicas Analisadas Para realização dos objetivos propostos nessa pesquisa houve a necessidade de análise das documentações técnicas disponíveis em obra, sendo: Projetos Arquitetônicos e Estruturais; Memorial Descritivo; Manual de Procedimentos Operacionais.

52 51 Essas documentações estavam presentes nos três empreendimentos em questão, e de acordo com os agentes de obra, quando possuem informações suficientes, claras e objetivas, contribuem consideravelmente para uma correta execução dos empreendimentos.

53 52 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PESQUISA Este capítulo apresenta os resultados obtidos com os questionários elaborados pelo autor e aplicados em entrevistas aos agentes intervenientes do processo de projeto, com ênfase na interface projeto-obra. Apresenta também os dados obtidos por meio de visitas do autor aos empreendimentos em execução, do estudo de caso da presente pesquisa. Os dados coletados a partir das entrevistas realizadas com os agentes intervenientes do processo de projeto, de acordo com os objetivos propostos inicialmente, foram organizados conforme as seguintes etapas utilizadas por Melhado (2005) em suas pesquisas: a) Idealização do Produto; b) Desenvolvimento do Produto; c) Formalização do Produto; d) Detalhamento; e) Planejamento e execução; f) Pós-entrega do empreendimento. As respostas e dados das entrevistas foram agrupados conforme as seguintes atividades e variáveis: a) Comunicação; b) Padronização; c) Documentos / Registros; d) Verificação; e) Alterações de Projetos f) Processo / Execução; g) Caracterização; h) Definição Tecnológica Construtiva; i) Retroalimentação; j) Definição dos Agentes Intervenientes para os parâmetros de técnicas construtivas;

54 53 k) Procedimentos; l) Acompanhamentos; m) Conformidade Projeto-obra; n) Autoridades (Validação). Desenvolveu-se uma tabela contemplando as perguntas e respectivas respostas a cada agente entrevistado, direcionadas conforme as atividades e variáveis citadas anteriormente. Devido à dimensão excessiva desta tabela, não foi possível incorporá-la ao presente trabalho em seu tamanho original, sendo desmembrada e disponibilizada no Apêndice G a título de informação. Salienta-se que está tabela em formato original serviu como subsidio para as análises conclusivas propostas nos objetivos iniciais. Elaborou-se o quadro 6, que demonstra de forma resumida a participação dos agentes intervenientes nas atividades/variáveis, definidas pelo autor, do processo de projeto dos empreendimentos da pesquisa, na elaboração dos questionários. Quadro 6: Relação das Atividades/Variáveis X Agentes Intervenientes. Fonte: Autor. Salienta-se que não necessariamente, o agente entrevistado, tenha participado ou fornecido informações sobre as atividades/variáveis questionadas.

55 Fluxograma do Processo de Projeto da Incorporadora/Construtora A partir do agrupamento das informações coletadas, elaborou-se o fluxograma do processo de projeto com ênfase na interface Projeto-Obra da empresa incorporadora/construtora da presente pesquisa, conforme a figura 12. No fluxograma, não se considerou a etapa referente à Pós-entrega do Empreendimento, pois os empreendimentos em análise encontravam-se em fases de execução de obra. Mas, de acordo com os dados coletados pelo autor nas entrevistas com os agentes intervenientes do processo de projeto, o setor de Reformas e Manutenção da empresa, contribui diretamente com informações de não-conformidades encontradas nos empreendimentos em fase de pós-ocupação, que auxiliam, principalmente em execuções de projetos futuros. Figura 12: Fluxograma do Processo de Projeto. Fonte: Autor (adaptado de Melhado, 2005).

56 Figura 12: (continuação) Fluxograma do Processo de Projeto. Fonte: Autor (adaptado de Melhado, 2005). 55

57 56 Diante do fluxograma incorporadora/construtora, do elaborado processo pelo autor, de projeto observou-se da empresa como foram desenvolvidas as etapas de projeto, os participantes envolvidos e principalmente, as informações geradas em cada fase do processo de projeto, para os empreendimentos do estudo de caso. Detectou-se, a partir da análise do fluxograma e das informações coletadas por meio das entrevistas com agentes intervenientes do processo de projeto, que muitas informações pertinentes à adequada execução das obras são discutidas e geradas nas primeiras etapas do processo de projeto. Pode-se compreender como as definições das tecnologias construtivas para os empreendimentos, paralelo aos procedimentos operacionais existente na empresa, apontarem para a padronização dos elementos, materiais e processos construtivos. As figuras 13 e 14 mostram a padronização das dimensões de elementos construtivos, como vigas, pilares e aberturas, em dois empreendimentos do estudo de caso. Figura 13: Padronização dos Elementos Construtivos. Fonte: Autor (adaptado de estudo de caso 2).

58 57 Figura 14: Padronização dos Elementos Construtivos. Fonte: Autor (adaptado de estudo de caso 1). Oliveira e Graffunder (2004) relatam em seus estudos, que os projetos em sua maioria, não utilizam modulação, padronização, repetitividade, simplificação da variedade de tipos e dimensões de elementos, componentes e materiais; dificultando dessa maneira, a aplicação de tecnologias e métodos de execução racionalizados e desfavorecendo o planejamento e a organização da produção. Nos empreendimentos em análise desta pesquisa, observou-se por meio do estudo dos projetos arquitetônicos e estruturais e da coleta de dados com entrevistas aos agentes de projeto e posteriormente confirmadas por agentes de obras, que as dimensões dos elementos, de forma geral, obedecem aos requisitos quanto à padronização e modularização. A figura 15 registrada em um dos empreendimentos do estudo de caso, demonstra a utilização dos conceitos de modularização nas fases de elaboração dos projetos e posteriormente, executados em obra. Essa constatação reflete a compatibilização da altura do pavimento com a quantidade de elementos cerâmicos dispostos.

59 58 Figura 15: Modularização dos Elementos Construtivos. Fonte: Autor (adaptado de estudo de caso 3). 4.2 Resultados e Análises dos Projetos Arquitetônicos e Estruturais X Execução de Obras Os dados coletados com os agentes de obras dos empreendimentos em análise relativos aos projetos arquitetônicos e estruturais contribuíram para elucidar principalmente, as ocorrências relacionadas a insuficiências e omissões de informações nos projetos. O quadro 7 relaciona os itens questionados aos agentes de obras com os respectivos empreendimentos. Os itens assinalados correspondem que o mesmo estava contemplado no projeto analisado para cada estudo de caso da pesquisa. É importante salientar que para a obtenção dos dados do respectivo quadro, além da participação dos Engenheiros de Obras, houve colaboração incondicional dos Mestres de Obras dos empreendimentos analisados.

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