Trabalho e qualificação nas empresas de call center

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Trabalho e qualificação nas empresas de call center"

Transcrição

1 Trabalho e qualificação nas empresas de call center Bruno de Melo Delatin Resumo: Este estudo aborda a questão da qualificação dos trabalhadores sob o trabalho informacional nas empresas de Call Center. Para isso foi necessário mostrar o debate sociológico sobre o tema da qualificação no século XX e o uso atual do conceito de competência que se fortaleceu nos últimos anos. Verificamos em estudos de casos que, prevalece nos estudos sociológicos sobre Call Center o ponto de vista do tempo de formação escolar enquanto medida da qualificação, e também que a noção de competência nos oferece um ponto de vista mistificador enquanto componente da qualificação. Palavras-chave: Qualificação; competência; trabalho informacional. Abstract: This study approaches the subject of the workers' qualification under the work informacional in the companies of Call Center. For that it was necessary to show the sociological debate on the theme of the qualification in the century XX and the current use of the competence concept that he/she strengthened in the last years. We verified in studies of cases that, it prevails in the sociological studies on Call Center the point of view of the time of school formation while measure of the qualification, and also that the competence notion offers us a point of view mistificador while component of the qualification. Key words: Qualification; competence; work informacional. Introdução A discussão sobre o tema da qualificação dos trabalhadores de Call Centers, faz parte integrante do discurso gerencial sobre o uso de novas tecnologias e da qualidade do trabalho. Por outro lado, as teses sociológicas apontam para a continuidade das formas organizacionais típicas do taylorismo. Os pontos de vista sobre dois conceitos fundamentais, qualificação/desqualificação, representada no tipo de organização fordista/taylorista, e o conceito de competência, que aparece mais freqüentemente no discurso da organização de tipo toyotista ou flexível, passam a ser incluídos nos estudos desta nova categoria de trabalhadores. Antes de tudo, devemos deixar claro que a noção de conhecimento trabalhado aqui se apóia na noção de conhecimento que é gerado pelas relações sociais, tanto no aspecto subjetivo, isto é, da classe trabalhadora, quanto os aspectos objetivos, considerando os instrumentos utilizados para o trabalho. São considerados então os indivíduos reais em sua ação e em suas condições materiais de existência, que Ao produzirem os seus meios de Mestrando em Ciências Sociais pela UEL. End. eletrônico: brunond2@yahoo.com.br

2 existência, os homens produzem indiretamente sua própria vida material (MARX, 2002 pp.10-11). O estudo da qualificação dos trabalhadores de call center requer primeiramente o entendimento do significado do conceito de qualificação e também a sua relação com a noção de competência. O conceito de qualificação nos remete a uma atividade especial e produtiva, elementar na ligação entre o homem e a natureza, isto é, condição mediadora metabólica entre o homem e a natureza. Assim, com base no entendimento de Marx, Como criador de valores de uso, como trabalho útil, é o trabalho, por isso, uma condição de existência do homem, independente de todas as formas de sociedade, eterna necessidade natural de mediação do metabolismo entre homem e natureza e, portanto, da vida humana (1996, p.172), a qualificação é entendida enquanto elemento essencial desta mediação e que, forma-se a partir das múltiplas atividades desenvolvidas historicamente pelo trabalho humano, compreendendo então todo o desenvolvimento social necessário que formam as forças produtivas, tanto técnicas quanto científicas. Desta forma, entendemos que a qualificação não é fruto do advento do capitalismo, mas que sob ele ela toma outra forma. Enquanto elemento essencial do trabalho, a qualificação assume, sob o modo de produção capitalista, as particularidades da organização social do trabalho sob o capital. Torna-se parte do processo de produção e reprodução do capital que a molda sob as condições de desenvolvimento das forças produtivas, isto é, que a molda e a utiliza como elemento essencial da força de trabalho humana. Assim, a qualificação enquanto parte inseparável da força de trabalho humana é parte inseparável da mercadoria força de trabalho que entra no mercado para ser vendida e ser utilizada como parte do capital produtivo. Desta forma, é o processo de produção capitalista que determina a necessidade de qualificação enquanto submete as condições subjetivas de produção ao capital. Tanto a força de trabalho humana quanto às tecnologias, condições subjetivas e objetivas de produção, são subordinadas e transformadas em capital no processo de produção. Conforme Mészáros (2002), a tendência da modernização e a tese da polarização das qualificações na divisão do trabalho internacional produziu a reversão da tendência da

3 modernização. A explicação do desemprego estrutural não pode ser encontrada nas tecnologias, mas sim à cega subordinação tanto do trabalho como da tecnologia aos devastadores e estreitos limites do capital como árbitro supremo do desenvolvimento e do controle sociais (2002, p.1004). O conceito de qualificação posto em relação ao mercado de trabalho está ligado às questões de certificação e codificação como, diplomas e títulos, que demarca a posição do trabalhador na hierarquia das funções, salários e em negociações com as empresas. A qualificação sempre está ligada ao desenvolvimento das forças produtivas. Isto não significa dizer que toda a força de trabalho que utiliza tecnologias com base em informática, por exemplo, detenha conhecimentos complexos e especializados, pois como podemos perceber no processo de trabalho em call center, especialmente para os subcontratados ou temporários, os níveis de qualificação são os básicos para este momento histórico. Quero dizer então que, se temos que considerar o desenvolvimento histórico das forças produtivas, da mesma forma temos que considerar historicamente o acompanhamento da qualificação em termos de força produtiva. O Debate sociológico dividido em três partes Podemos separar o debate sobre a qualificação no século XX em três momentos históricos. Podemos situar o primeiro momento do debate sobre a qualificação nas décadas de 1950/60. A importância do período pós-guerra está no fato de que a qualificação surge como forma de avaliação profissional reconhecida e organizada na hierarquia do mercado de trabalho, não ignorando que as primeiras classificações datam do senso dos Estados Unidos do final do século XIX e depois em A qualificação estava relacionada à análise ocupacional, dando preferência ao tempo de formação profissional, ou maior tempo de estudos escolares 2. Podemos dizer que na sociologia, a introdução da produção contínua ou automatizada foi encarada por Touraine (1973), Naville (1973) e Friedman (1983) como a 1 Para visualizar melhor as mudanças na classificação das ocupações ver Braverman (1987, pp ). 2 Tema abordado por LEITE (1996).

4 possibilidade do fim da divisão do trabalho através de uma outra forma de utilização da força de trabalho, que se apresentava para estes autores como elevadora da qualificação. Na década de 1970, com a diminuição do crescimento econômico e o aumento dos índices de desemprego, as discussões sobre a utilização e o impacto da automação no processo de produção e a extensão de sua difusão começou a ser questionado. O debate se acirra principalmente com o lançamento em 1974 da obra Trabalho e Capital Monopolista, que viria ser uma crítica ao posicionamento otimista do período anterior. Braverman nos mostra em seu estudo que, ao analisar mais de perto as mudanças na qualificação média, esta não passava necessariamente de uma qualificação simples para uma complexa, com o uso da maquinaria, aumento da educação e em grande parte a permanência da organização do trabalho de tipo taylorista, mas sim, que servia aos termos da acumulação do capital o processo de desqualificação progressiva do trabalho. Compreendeu que a modernização tecnológica reforçaria tanto a divisão do trabalho quanto à desqualificação dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que polarizaria de um lado, uma maioria de trabalhadores desqualificados e de outro lado, uma minoria de trabalhadores altamente qualificados. A permanência de trabalhadores altamente qualificados em áreas concentradas, mostra-se como a parte relativa do processo absoluto de desqualificação do trabalho verificado em termos históricos e, esta seria decorrência dos desenvolvimentos técnicos que criam constantemente novos postos de trabalho. A divisão técnica do trabalho e o crescimento da utilização da automação no processo de produção, é a relação entre o conhecimento científico empregado no processo de produção e o conhecimento requerido dos trabalhadores para utilizarem as novas tecnologias. A partir desta relação Braverman vai discutir o processo de desqualificação relativa dos trabalhadores. A divisão técnica do trabalho para Braverman, por sua vez inviabilizou o conceito tradicional de qualificação, ao mesmo tempo em que o transformou em um (...) conceito reinterpretado e dolorosamente inadequado de qualificação: uma habilidade específica, uma operação limitada e repetitiva, a velocidade como qualificação, etc. (1987, p.375). Braverman mostra que por mais que a qualificação possa estar ligada ao desenvolvimento da maquinaria, sob o capitalismo e sob a rotinização da operação

5 mecânica 3 ela não pode significar um aumento, mas seu contrário. Assim, quando se fala em qualificação média, devemos levar em consideração que por mais que tenha aumentado o conhecimento da população para operar equipamentos eletrônicos, fruto da incorporação pela parcela urbana da sociedade do desenvolvimento científico, e que tenha também aumentado o tempo de permanência da população em escolas, estes fatos não representam por si só o nível de qualificação geral da sociedade. Na década de 1980 em diante, com a difusão da automação microeletrônica e a telemática, representada em muitas obras como a época em que a informação se transforma em mercadoria, e também com a difusão das novas formas de gerenciamento do trabalho, o processo de trabalho passa por profundas transformações. Novamente teses sociológicas celebram o fim da divisão do trabalho; novamente estaríamos diante do controle do processo de trabalho pelo trabalhador autônomo e qualificado. Assim aparece na obra de Kern; Schuman, La fin de la division du travail?, pela crença de que na busca pela produtividade, o reconhecimento da qualificação dos trabalhadores como força produtiva e capazes de responder com eficiência a procura cada vez maior por produtos diferenciados, derivaria da utilização das novas tecnologias. Para Piore e Sabel, o desenvolvimento histórico do capitalismo teria levado ao que chamam de segunda ruptura industrial. A segunda ruptura industrial seria o resultado da passagem da produção em massa para a produção flexível. Piore e Sabel entendem que esta transição que marca o fim do fordismo e a entrada na produção flexível traria a volta do trabalhador artesão qualificado. Neste processo, a importância de um novo tipo de gerenciamento do processo de trabalho também é colocado como fundamental pois, designa a retomada do controle pelos trabalhadores do processo de produção, resgatando assim a qualidade do trabalho artesão em pleno processo de reestruturação produtiva. As possibilidades abertas pelas transformações tecnológicas, e o uso de tecnologias informacionais aplicadas ao processo de produção foi encarada por Lojkine como tão profundas que chegou a chamá-las de revolução informacional. 3 Para a discussão que Braverman (1987) sobre a rotinização da operação mecânica ver p. 364.

6 A informática estaria no centro destas novas transformações no processo de produção, e a profundidade que as tecnologias informacionais poderiam alcançar chega a ser entendida por Lojkine como emancipatórias. A qualificação dos trabalhadores seria resgatada neste contexto como forma de atender as necessidades da utilização das novas tecnologias, o que levaria ao fim da divisão do trabalho. Assim, Lojkine nos mostra que esta possibilidade despontou no horizonte das sociedades capitalistas, pois pela primeira vez numa sociedade de classes, surja a perspectiva histórica de superar a divisão entre os que produzem e os que pensam a produção, entre os produtivos e os improdutivos (1995, p.229 e 230). Para Castells, tão importante quanto a análise do avanço tecnológico para o aumento da produtividade e competitividade entre as empresas, está à análise das formas gerenciais. A flexibilização da produção atrelada às novas formas de gerenciamento representaria um avanço em direção ao fim da divisão do trabalho. Assim Castells diz estar observando a crise do modelo corporativo tradicional baseado na integração vertical e no gerenciamento funcional hierárquico: o sistema de funcionário e linha de rígida divisão técnica e social do trabalho dentro da empresa (1999, p.1978). Sob a forma de produção flexível, o relacionamento cooperativo entre os gerentes e os trabalhadores representaria o novo tipo de relação fundado neste momento histórico, uma nova base prática. (...) a característica central de diferenciadora do modelo japonês foi abolir a função de trabalhadores profissionais especializados para torná-los especialistas multifuncionais (1999, p.180). Assim como os outros autores que vêem o desenvolvimento tecnológico e as novas formas de gerenciamento com certo otimismo, e que apontam a qualificação e o fim da divisão do trabalho como tendência, ao perceberem tímidas manifestações relativas de autonomia e controle dos trabalhadores sobre o processo de produção, em poucos estudos de casos, Castells entende que o capitalismo sob a fase do informacionalismo representa um avanço positivo em relação a sua fase anterior. Na mesma época e frente ao uso de tecnologias informacionais, Zarifian ajudaria a criar um novo entendimento de qualificação. No seu entendimento, o uso das tecnologias informacionais trouxe uma nova forma de qualificação, não apenas ligada aos conhecimentos internos dos trabalhadores mas fundamentalmente a suas capacidades de

7 lidar com situações imprevistas no processo de produção. Para o autor estas seriam as mutações no conteúdo do trabalho : evento, comunicação e serviço. Zarifian entende que o novo processo de produção no momento da crise da noção de posto de trabalho, isto é, da ruptura com os procedimentos tayloristas, conduziria a atenção não apenas ao processo, mas também sobre os indivíduos e suas qualidades. Assim, a atenção dada às qualidades não apenas que o trabalhador possuísse, mas também as que ele poderia adquirir em um processo de produção qualificante, formou o novo conteúdo das qualificações, que no entendimento de Zarifian é a aquisição contínua de competência. O conceito de eventos é fundamental para entender a transformação do conceito de qualificação em contínua aquisição de competência. Vemos melhor como Zarifian define o seu conceito de eventos, como um avanço da qualificação em relação ao posto de trabalho. Entende-se, aqui, por evento, o que ocorre de maneira parcialmente de maneira imprevista, inesperada, vindo perturbar o desenrolar normal do sistema de produção, superando a capacidade da máquina de assegurar sua auto regulagem, não entendida como algo que deva ser solucionado para que nunca mais ocorra, mas sim de importância para o sucesso da atividade produtiva (2001, p.41). Destas interações, Zarifian percebe a importância da comunicação para a atividade da organização. Tanto que acredita ser a comunicação no processo de interação dos trabalhadores, fundamental para atacar a divisão do trabalho. Zarifian liga o conceito de evento e comunicação ao conceito de serviço, entendido por ele como uma atividade que não pode ser delimitada como categoria específica da economia, mas sim que está presente em todos os tipos de atividade pois, o serviço representa uma modificação no estado ou nas condições de atividade de outro humano, ou de uma instituição(...) (2001, p.48). A importância dos serviços seria dar um sentido unificado a comunicação, e unir os trabalhadores ao tomarem parte dos desejos dos clientes sob uma forma de produção de mercadorias diferenciadas. Estes três conceitos formam a base do conceito de competência que Zarifian adota. A competência no esquema de Zarifiam é individual e só pode ser avaliada nas situações concretas de trabalho. Ela pressupõe um trabalhador capaz de tomar iniciativa e assumir responsabilidade diante de eventos, ao mesmo tempo mobilizar uma rede de trabalhadores em interações para compartilhar responsabilidades.

8 Estudos de casos Podemos verificar, através de análises presentes em teses e dissertações nos estudos de casos sobre call center, algumas continuidades e descontinuidades do entendimento de qualificação já exposto aqui. Nos estudos sociológicos que se apresentam como críticos do tipo de organização tayloristas do trabalho nas empresas de call center, todos os estudos pesquisados adotam uma perspectiva que se aproxima da análise ocupacional, dando preferência ao tempo de formação profissional, ou maior tempo de estudos escolares. Diferentemente da linha de Braverman, que nega a qualificação do ponto de vista da escolaridade, a favor da qualificação em relação ao domínio do conhecimento do trabalhador sobre o processo de trabalho, as teses e dissertações sobre call center parecem não seguir o mesmo caminho no que diz respeito a este ponto senão a precarização do trabalho sob o uso de novas tecnologias. Para todas as empresas de call center, a exigência de escolaridade para o trabalho fica entre estar cursando ou ter concluído o ensino médio, ou estar cursando ou ter concluído o ensino superior. Para Mendes (2005), vemos que a média da escolaridade, visto como a medida da qualificação, está ligada ao seu entendimento de que as novas tecnologias necessariamente necessitam de trabalhadores qualificados, mesmo que o tipo de trabalho seja degradante, no sentido do trabalho repetitivo e rotineiro. Assim entende Mendes, Sobre a questão do avanço tecnológico, merece destaque o fato das redes descentralizadas, pois se trata da forma de organização atual do capital, favorecida pela informatização e agilizando a acumulação. Em conseqüência, o trabalho ganha a flexibilidade e ajuste multifuncional. Frente a uma acirrada competição, exige-se um trabalhador mais qualificado (2005, p. 29). E mais adiante, Ora, que diferença há nessas características do taylorismo, com a padronização dos roteiros de atendimento, pensados pela empresa contratante e executados pelos trabalhadores da empresa terceirizada de teleatendimento sendo que esses não podem modificá-los sob pena de punição? Ainda, pode-se comparar a ergonomia das posições de atendimento e a implantação de ginástica laboral nos call centers com as condições pensadas pelo taylorismo (2005, p. 92).

9 Para Braga (2006a); (2006b); (2007), a questão dos anos de escolaridade não aparece claramente como requisito para a qualificação, mas a palavra operador carrega conforme Braga, o sentido de desfigurar a noção de operário, entre qualificado e nãoqualificado. Entretanto, o autor adota a posição de Braverman em relação à degradação do trabalho organizado com base no tipo taylorista, o que chama de infotaylorista, isto é, o trabalho informacional que utiliza as novas tecnologias em conjunto com as práticas tayloristas. Assim vemos, Em grande medida, a emergência das Centrais de Tele- Atividades (CTAs)26 coroa os desdobramentos da rotinização taylorista da relação de serviço e eleva o processo de produção desta mesma relação à escala industrial (2006, pp. 9-10). Em outras obras vemos a mesma situação, Ao contrário do que muitos previam há quinze anos, a revolução informacional não foi capaz de superar a oposição existente entre as atividades laborais de execução e as de concepção: serviu, antes, como um privilegiado instrumento de controle e de rotinização da força espiritual do trabalho (2007). Para a pesquisadora Selma B. Venco, em seu estudo Telemarketing nos Bancos: o emprego que desemprega, nos mostra no seu estudo de caso que a qualificação baseada na escolaridade fica em segundo plano onde o trabalho é desenvolvido por mulheres e com o uso de novas tecnologias. 4 Mesmo assim, Venco aponta o tempo de formação escolar como indicador de valorização no mercado 5. Em seu estudo, Venco percebeu que as novas exigências gerenciais apontam para a noção de competência. Tanto que, ao falar sobre o tipo de qualificações exigidas das trabalhadoras de telemarketing aponta para as qualificações tácitas que estão na base do desenvolvimento das competências. Assim, conclui Venco (1999, p. 109), que há uma série de exigências e justificativas em relação às qualificações destas trabalhadoras, o que demonstra, por um lado, a intensa valorização da escolarização no mercado, mesmo que não corresponda ao conteúdo do trabalho (...); e, por outro, são valorizadas as competências. Mesmo reconhecendo o uso da noção de competência pela empresa, Venco toma uma postura crítica a esta visão individualista de competência, quando essa pretende negar 4 Para esta discussão sobre a utilização da força de trabalho feminino e as novas tecnologias ver Hirarta (2002) e Neves (2000). 5 Este seu ponto de vista permanece em sua tese de doutorado (VENCO, 2006).

10 a existência do taylorismo. Este ponto de vista está de acordo com a hipótese levantada no seu estudo: a constatação de que a organização do trabalho em telemarketing assume contornos caracteristicamente tayloristas, negando aos trabalhadores o desenvolvimento de suas competências e tentando, incessantemente, padronizar e controlar seus comportamentos e atitudes (1999, p. 98). A presença prática das competências na postura gerencial pode ser percebida mais facilmente nos estudos de casos da área da administração. Vemos melhor com as práticas de recursos humanos que alguns autores trabalham 6. As práticas de gestão de recursos humanos são encaradas pelas gerencias como novas formas de recrutamento. Vemos como isso é aplicado na prática com o estudo de Silva (2004), Na entrevista coletiva, é apresentado ao candidato as vagas disponíveis, os horários de trabalho, o salário e os benefícios correspondentes. Após, é realizada uma dinâmica de grupo, que tem como objetivo perceber atributos como espontaneidade e motivação. Neste sentido, a empresa busca conhecer o perfil do candidato, para posteriormente determinar em que atividade melhor se enquadraria. São também observados dicção e fluência verbal do candidato. Tais habilidades comunicativas são observadas ao longo de todo processo de seleção e também no treinamento (p.28) Esta claro que este caso em particular não pode ser generalizado. Existem outras formas de recrutamento, mas é que esta forma é apresentada para demonstrar a nova estratégia gerencial que é a gestão por competência e que se inicia nos anos A noção de competência desenvolvido na área de administração, e assim as competências em alguns estudos 7 estão diretamente relacionadas à avaliação de desempenho e conseqüentemente a idéia de capacitação. Podemos ver que no conceito de competência, a diferença entre os trabalhadores não está submetida a uma forte estratificação, mas podem ser encaradas como contribuições adicionais para o desenvolvimento de um potencial em comum. No entanto, o conceito de competência carrega um forte peso ideológico. Conforme ele foi tratado até o momento, o conceito de competência pode ser visto como capacitador. O problema é que o conceito de capacitação pode mostrar-se como produto 6 Para esta discussão ver os trabalhos de BOONEN (2002); SILVA (2004); SILVA (2007); FERREIRA (2001). 7 Como nos trabalho de SILVA (2004); FERREIRA (2001); SILVA (2007).

11 de um falseamento da realidade, pois esconde a base cultural das habilidades e práticas dos trabalhadores. O conceito de competência nos remete aos conceitos de trabalho e o conceito de vida, e carrega em seu interior uma forte relação com o presente, ou seja, está ligado ao desenvolvimento ininterrupto de habilidades e tarefas que podem ser substituídas ou mesmo desaparecer. Assim, está difundido nas sociedades capitalistas a idéia de que é necessário o desenvolvimento de novas habilidades para sempre estar apto a enfrentar as transformações no mercado de trabalho e na própria vida. Desta forma, desenvolver novas habilidades passa a significar algo vital. Assim que, a capacitação aparece como a possibilidade de permanecer inserido no mercado e continuar na disputa por uma vaga no mercado de trabalho, permanecendo e enfrentando as exigências do trabalho e da vida. A capacitação é entendida aqui, como a capacidade que o indivíduo tem de ser ensinado ou de se auto-ensinar. Isso é fundamental, pois essa capacidade representa o ponto essencial que o indivíduo deve possuir, e também toda a sociedade. Essa capacidade de ser ensinado possibilita que o indivíduo possa ser reapropriado para usos que se fizerem necessários em dado momento, dependendo de um eventual tipo de organização ou da utilização de tecnologia. Conclusão Podemos perceber através do entendimento do conceito de qualificação em seu uso nos estudos sobre o trabalho informacional dos call centers que os sociólogos apresentados não estabelecem a correspondência em relação à qualificação com o estudo de Braverman. Apenas no ponto em que se trata do trabalho taylorizado enquanto trabalho degradado estão de acordo. Sabemos que no mercado de trabalho, o tempo de formação escolar constitui um critério na formação da hierarquia da divisão do trabalho e de salários. A pesquisadora Tanguy (1999) nos mostra bem que do ponto de vista da escolarização para a classe operária, o critério da formação escolar constitui a negação da qualificação em termos históricos enquanto prevalece para a camada operária uma educação mínima necessária.

12 Outro ponto levantado foi os usos feitos da noção de competências que se mostram equivocados ao esbarrarem nas novas formas de taylorismo presentes nos Call Centers, e ao seu uso ideológico realizados pelas empresas e que recaem sobre a noção de capacitação. Referências: BRAVERMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no século XX. Rio de Janeiro: Zahar, CASTELLS, M. A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Rio de janeiro: Paz e Terra, (vol. 1). FERREIRA, D. Taisa. Análise da situação de trabalho do supervisor como líder estratégico em call center s: um estudo de caso numa operadora de telecomunicações. Dissertação (Mestrado). Florianópolis, UFSC, FRIEDMAN, G. O trabalho em migalhas. São Paulo em perspectiva, cidade, ano, vol, pp. X-X, 1983 HIRATA, Helena. Nova divisão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa e a sociedade. São Paulo: Boitempo, KERN; SCHUMAN. La fin de la division du travail. Maison des Sciences de l Homme. Paris, LEITE, E. M. El rescate de la calificación. Montevidéu: Cinterior, LOJKINE, J. A Revolução Informacional. São Paulo: Cortez, MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, MENDES, Josiane. A terceirização na área de atendimento telefônico em Curitiba: análise da continuidade do taylorismo/fordismo no trabalho flexível dos call centers. Dissertação (Mestrado). Curitiba, UFPR, MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. São Paulo/Campinas: Boitempo/Editora da Unicamp, PIORE, M., SABEL, C. The Second Industrial Divide. New York: Basic Books, SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas/ São Paulo: Autores Associados, (4ª ed.). SILVA, S. Leandro. A gestão por competência como instrumento de avaliação de desempenho um estudo de caso em uma empresa de call center. Dissertação (Mestrado Profissional). Campinas, Unicamp, SILVA, F. Maria. As práticas de recursos humanos e o resultado operacional do Call Center. Dissertação (Mestrado). São Paulo, PUC/SP, ZARIFIAN, P. Objetivo Competência: Por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, VENCO, B. Selma. Telemarketing nos Bancos: o emprego que desemprega. Dissertação (Mestrado). Campinas, Unicamp, VENCO, B. Selma. Tempos moderníssimos nas engrenagens do telemarketing. Tese (Doutorado). Campinas, Unicamp, NAVILLE, Pierre. Divisão do trabalho e distribuição de tarefas In: FRIEDMAN, G.; NAVILLE, P. (Orgs.). Tratado de Sociologia do Trabalho. São Paulo: Cultrix/Editora USP, (Vol. 1).

13 NEVES, Magda de Almeida. Reestruturação produtiva, qualificação e relações de gênero In: ROCHA, M. I. B. (Org.). Trabalho e gênero: mudanças, permanências e desafios. São Paulo: Editora 34, TOURAINE, Alain. A organização profissional da empresa In: FRIEDMAN, G.; NAVILLE, P. (Orgs.). Tratado de Sociologia do trabalho. São Paulo: Cultrix/Editora USP, (Vol. 1). BRAGA, Ruy. Trabalho e fluxo informacional: nossa herança (info)taylorista. O Comuneiro, nº 5, BRAGA, Ruy. Infotaylorismo: o trabalho do teleoperador e a degradação da relação de serviço. Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, cidade, vol. VIII, nº 1, ene abr Disponível em: < Acesso em 29/07/08. BRAGA, Ruy. Uma sociologia da condição proletária contemporânea. Tempo soc. São Paulo, vol. 18, nº 1, Disponível em: < Acesso em 29/07/08. BOONEN, M. Eduardo. As várias faces do teletrabalho. E & G Economia e Gestão, Belo Horizonte, vols. 2-3, nº 4-5, pp , dez. 2002/jul SILVA, F. S. C. Luís. Novos cenários de emprego nas telecomunicações: trabalho e qualificação em um Call Center de Porto Alegre. Trabalho de Conclusão de Curso. Porto Alegre, UFRGS. Disponível em: < Acesso em 30/07/08.

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES

Elétrica montagem e manutenção ltda. AVALIAÇÃO DE COLABORADORES AVALIAÇÃO DE COLABORADORES RESUMO A preocupação com o desempenho dos colaboradores é um dos fatores que faz parte do dia-a-dia da nossa empresas. A avaliação de desempenho está se tornando parte atuante

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS

POLÍTICA CARGOS E SALÁRIOS 1. OBJETIVO Estabelecer critérios de remuneração, baseados na legislação brasileira vigente e nas regras definidas pela Secretaria Executiva e Conselho Curador, com o objetivo de constituir uma estrutura

Leia mais

Módulo 11 Socialização organizacional

Módulo 11 Socialização organizacional Módulo 11 Socialização organizacional O subsistema de aplicação de recursos humanos está relacionado ao desempenho eficaz das pessoas na execução de suas atividades e, por conseguinte, na contribuição

Leia mais

Tendências em Gestão de Pessoas

Tendências em Gestão de Pessoas Tendências em Gestão de Pessoas Iniciamos um novo ano, 2011. Dois meses já se passaram, e voltamos aos artigos sobre RH estratégico, Tendências de Recursos Humanos, Novos Rumos para a área de Recursos

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA RESULTANTE DAS DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL

PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA RESULTANTE DAS DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA RESULTANTE DAS DISSERTAÇÕES E TESES EM EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL Alexandre Soares dos Santos 1. Jose Dorival Gleria 2. Michele Silva Sacardo 3. RESUMO Saber se as dissertações e teses,

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

ESTRUTURA E TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO

ESTRUTURA E TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO ESTRUTURA E TENDÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO Colombo, 06 de abril de 2010. Instrutora: Amanda G. Gagliastri Formação: Administradora de Empresas O momento em que vivemos Processo acelerado de mudanças

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Aula 09 - Remuneração por competências: uma alavanca para o capital intelectual

Aula 09 - Remuneração por competências: uma alavanca para o capital intelectual Aula 09 - Remuneração por competências: uma alavanca para o capital intelectual Objetivos da aula: Estudar a remuneração por habilidades; Sistematizar habilidades e contrato de desenvolvimento contínuo.

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS

FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS 1 FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS MAURICIO SEBASTIÃO DE BARROS 1 RESUMO Este artigo tem como objetivo apresentar as atuais

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL. Giovani Cammarota UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA PRÁTICA DE ENSINO DE MATEMÁTICA III EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO FUNDAMENTAL Giovani Cammarota

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS

G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS Amplitude de Controle Conceito Também denominada amplitude administrativa ou ainda amplitude de supervisão, refere-se ao número de subordinados que um

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO

OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL EM UM DESENHO CONTEMPORÂNEO Karen Ramos Camargo 1 Resumo O presente artigo visa suscitar a discussão acerca dos processos de trabalho do Serviço Social, relacionados

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 1-CEPE/UNICENTRO, DE 27 DE JANEIRO DE 2014. Aprova o Curso de Especialização em MBA em Gestão Estratégica de Negócios, modalidade regular, a ser ministrado no Campus de Irati, da UNICENTRO.

Leia mais

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos

Resolução de Exercícios Orientações aos alunos 2015 Resolução de Exercícios Orientações aos alunos Área de Concentração: EXATAS Disciplina de Concentração: FÍSICA Professores: Gustavo Castro de Oliveira, Reine Agostinho Ribeiro. UBERABA 2015 Colégio

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas By Marcos Garcia Como as redes sociais podem colaborar no planejamento e desenvolvimento de carreira (individual e corporativo) e na empregabilidade dos profissionais, analisando o conceito de Carreira

Leia mais

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FUNDAMENTOS DE SISTEMAS DE Rafael D. Ribeiro, M.Sc,PMP. rafaeldiasribeiro@gmail.com http://www.rafaeldiasribeiro.com.br Princípios da Teoria de Sistemas 1 Grupos diferentes dentro de uma organização necessitam

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

Avaliação da unidade IV Pontuação: 7,5 pontos

Avaliação da unidade IV Pontuação: 7,5 pontos Avaliação da unidade IV Pontuação: 7,5 pontos 2 QUESTÃO 01 (1,0) Durante a constituição do capitalismo industrial, no século XVIII, firmou-se o trabalho assalariado, reservado aos indivíduos que não dispunham

Leia mais

PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS

PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS Elvis Fabio Roman (Bolsista programa universidade sem fronteiras/projeto associativismo apícola no município de Prudentópolis), e-mail:

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA (GESTÃO PARTICIPATIVA)

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA (GESTÃO PARTICIPATIVA) ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA (GESTÃO PARTICIPATIVA) A administração participativa é uma filosofia ou política de administração de pessoas, que valoriza sua capacidade de tomar decisões e resolver problemas,

Leia mais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais

Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Lustre sem graxa Engenharia de Produção Apesar de colocar-se no campo das Engenharias, profissional destaca-se, também, pelo aprimoramento das relações pessoais Falo sempre com a minha família que não

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Trabalho e Educação. Conceito e compreensão histórica do desenvolvimento da ação humana e sua inserção na EJA

Trabalho e Educação. Conceito e compreensão histórica do desenvolvimento da ação humana e sua inserção na EJA Trabalho e Educação Conceito e compreensão histórica do desenvolvimento da ação humana e sua inserção na EJA Samara Marino Mestranda em Ciências Sociais, pela Pontifícia Universidade Católica PUC-SP. Graduada

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

FORMAÇÃO PROFISSIONAL COMO FATOR ESTRATÉGICO. Praia, 20 Outubro 2015. Organização da Apresentação. Formação Profissional como fator estratégico;

FORMAÇÃO PROFISSIONAL COMO FATOR ESTRATÉGICO. Praia, 20 Outubro 2015. Organização da Apresentação. Formação Profissional como fator estratégico; 1 Apresentação 2ª edição EXPO RH FORMAÇÃO PROFISSIONAL COMO FATOR ESTRATÉGICO Praia, 20 Outubro 2015 Vargas Melo Presidente do Conselho de Administração Organização da Apresentação Enquadramento; Formação

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

2 Trabalho e sociedade

2 Trabalho e sociedade Unidade 2 Trabalho e sociedade Os seres humanos trabalham para satisfazer suas necessidades, desde as mais simples, como as de alimento, vestimenta e abrigo, até as mais complexas, como as de lazer, crença

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 2012 Graduando em Psicologia na Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil adauto_montenegro@hotmail.com

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO

difusão de idéias EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 EDUCAÇÃO INFANTIL SEGMENTO QUE DEVE SER VALORIZADO Moysés Kuhlmann :A educação da criança pequena também deve ser pensada na perspectiva de

Leia mais

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010 Empregabilidade: uma análise das competências e habilidades pessoais e acadêmicas desenvolvidas pelos graduandos do IFMG - Campus Bambuí, necessárias ao ingresso no mercado de trabalho FRANCIELE CLÁUDIA

Leia mais

Introdução à Teoria Geral da Administração

Introdução à Teoria Geral da Administração à Teoria Geral da Administração Disciplina: Modelo de Gestão Página: 1 Aula: 01 Página: 2 O mundo em que vivemos é uma sociedade institucionalizada e composta por organizações. Todas as atividades relacionadas

Leia mais

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina Blois, Marlene Montezi e-mail: mmblois@univir.br Niskier, Celso e-mail: cniskier@unicarioca.edu.br

Leia mais

II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores ALUNOS DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA: UM OLHAR SOBRE SUAS PRÁTICAS DOCENTES

Leia mais

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional A Capes abrirá, nos próximos dias, uma chamada para proposição de cursos de Mestrado Profissional, em várias áreas do conhecimento. Os requisitos

Leia mais

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA Ano 3 Número 1 ISSN 2317-7330 outubro de www.cni.org.br FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade

Leia mais

Empreendedorismo de Negócios com Informática

Empreendedorismo de Negócios com Informática Empreendedorismo de Negócios com Informática Aula 5 Cultura Organizacional para Inovação Empreendedorismo de Negócios com Informática - Cultura Organizacional para Inovação 1 Conteúdo Intraempreendedorismo

Leia mais

Conceito de pesquisa

Conceito de pesquisa Conceito de pesquisa A pesquisa e uma atividade voltada para a solução de problemas, através do emprego de procedimentos científicos. Seus elementos são: 1. Problema ou dúvida 2. Metodo científico 3. Resposta

Leia mais

FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU FIB - FACULDADES INTEGRADAS DE BAURU CURSO DE PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU GESTÃO INTEGRADA: PESSOAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO TURMA V E EIXOS TEMÁTICOS PARA A MONOGRAFIA FINAL Professor Ms. Carlos Henrique

Leia mais

1 A sociedade dos indivíduos

1 A sociedade dos indivíduos Unidade 1 A sociedade dos indivíduos Nós, seres humanos, nascemos e vivemos em sociedade porque necessitamos uns dos outros. Thinkstock/Getty Images Akg-images/Latin Stock Akg-images/Latin Stock Album/akg

Leia mais

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG Curso de Graduação Administração Modalidade a Distância Dados do Curso Contato Ver QSL e Ementas Universidade Federal do Rio Grande / FURG 1) DADOS DO CURSO: COORDENAÇÃO: Profª MSc. Suzana Malta ENDEREÇO:

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 42-CEPE/UNICENTRO, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012. Aprova o Curso de Especialização MBA em Gestão Estratégica de Organizações, modalidade regular, a ser ministrado no Campus Santa Cruz, da UNICENTRO.

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

CAPACITAÇÃO P R O F A. D R A. M A R I A D A G L Ó R I A V I T Ó R I O G U I M A R Ã E S P R O F. D R. D A N I E L R E I S A R M O N D D E M E L O

CAPACITAÇÃO P R O F A. D R A. M A R I A D A G L Ó R I A V I T Ó R I O G U I M A R Ã E S P R O F. D R. D A N I E L R E I S A R M O N D D E M E L O CAPACITAÇÃO P R O F A. D R A. M A R I A D A G L Ó R I A V I T Ó R I O G U I M A R Ã E S P R O F. D R. D A N I E L R E I S A R M O N D D E M E L O MAPEAMENTO DA DEMANDA/OFERTA O que é Capacitação Ato ou

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção Curso de Engenharia de Produção Organização do Trabalho na Produção Condicionantes da Estrutura Organizacional De acordo com Simeray ( 1970) é produto dos seguintes fatores: O valor do homem O conhecimento

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS 1. EMENTA Paradigmas de Organização Escolar: pressupostos teóricos e práticos. Administração/gestão escolar: teorias e tendências atuais no Brasil. A escola concebida e organizada a partir das Diretrizes

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE 689 O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE Ana Paula Reis de Morais 1 Kizzy Morejón 2 RESUMO: Este estudo traz os resultados de uma pesquisa de campo realizada em uma escola pública

Leia mais

MBA MARKETING DE SERVIÇOS. Turma 19. Curso em Ambiente Virtual

MBA MARKETING DE SERVIÇOS. Turma 19. Curso em Ambiente Virtual MBA MARKETING DE SERVIÇOS Turma 19 Curso em Ambiente Virtual São Paulo, 1 de Setembro de 2011 1. Apresentação O MBA em Marketing de Serviços, coordenado pelos Professores Marcos Cortez Campomar e Geraldo

Leia mais

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações

O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações O papel educativo do gestor de comunicação no ambiente das organizações Mariane Frascareli Lelis Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho UNESP, Bauru/SP e-mail: mariane_lelis@yahoo.com.br;

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

Necessita MISEREOR de Estudos de linhas de base? Um documento de informação para as organizações parceiras

Necessita MISEREOR de Estudos de linhas de base? Um documento de informação para as organizações parceiras Necessita MISEREOR de Estudos de linhas de base? Um documento de informação para as organizações Impressão Documento de informação: Autor: EQM, MISEREOR, em Janeiro de 2012 : Bischöfliches HIlfswerk MISEREOR

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FEA USP ARTIGO COMO AS MUDANÇAS NAS ORGANIZAÇÕES ESTÃO IMPACTANDO A ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Paola Moreno Giglioti Administração

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

Gestão da Qualidade em Projetos

Gestão da Qualidade em Projetos Gestão da Qualidade em Projetos Você vai aprender: Introdução ao Gerenciamento de Projetos; Gerenciamento da Integração; Gerenciamento de Escopo- Declaração de Escopo e EAP; Gerenciamento de Tempo; Gerenciamento

Leia mais

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA Profª. Danielle Valente Duarte 2014 Abrange três componentes interdependentes: a visão sistêmica; o pensamento estratégico e o planejamento. Visão Sistêmica

Leia mais

Network and Economic Life

Network and Economic Life Network and Economic Life Powell and Smith Doerr, 1994 Antonio Gilberto Marchesini Doutorado DEP INTRODUÇÃO Antropólogos e sociólogos desde bem antes já buscavam compreender como os indivíduos são ligados

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Estrutura de um Sistema de Informação Vimos

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS Flávio Pereira DINIZ (FCS UFG / diniz.fp@gmail.com) 1 Dijaci David de OLIVEIRA (FCS UFG / dijaci@gmail.com) 2 Palavras-chave: extensão universitária;

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um 1 TURISMO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DERIVADOS DA I FESTA DA BANAUVA DE SÃO VICENTE FÉRRER COMO TEMA TRANSVERSAL PARA AS AULAS DE CIÊNCIAS NO PROJETO TRAVESSIA DA ESCOLA CREUSA DE FREITAS CAVALCANTI LURDINALVA

Leia mais