Produção Habitacional na Área Central do Rio de Janeiro: Revitalização com Diversidade ou com Exclusão?
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- Marco Moreira Benevides
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1 Mesa 3: Produção Habitacional na Área Central do Rio de Janeiro: Revitalização com Diversidade ou com Exclusão? Programas Públicos de Habitação em São Paulo. Questões para o debate Margareth Matiko Uemura Instituto Polis
2 Programas Públicos de Habitação PREFEITURA MUNICIPAL Municipal Subprograma de Cortiços - Área Central Fixação dos moradores de cortiços no centro Projetos para melhoria das condições de habitabilidade. Aplicação da Lei Moura fiscalização dos imóveis ocupados precariamente Provisão e Mutirão (autogestão) área centrais (projeto qualificado) e autogestão na periferia 12 mil moradias UrbFavelas - Urbanização de Favelas Inicia-se a discussão sobre permanência dos moradores e sobre a regularização fundiária Inicio Programa Manancial a do
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4 Grandes Conjuntos Habitacionais COHAB - CDHU ITAQUERA I Mapa com os cjtos habitacionais CDHU e municípios GRANDES CONJUNTOS HABITACIONAIS ITAQUERA I TEOTÔNIO VILELA CIDADE TIRADENTES
5 Programas Públicos de Habitação PREFEITURA MUNICIPAL Programa Morar no Centro Locação Social: atende famílias de 1 a 3 salários mínimos em unidades de propriedade municipal (recursos municipais e federais) Programa de Arrendamento Residencial (PAR): atende famílias de 3 a 6 salários mínimos (recursos federais) Bolsa Aluguel: Programa que atribui um subsídio utilizável na complementação do aluguel mensal no mercado privado, por um período de até 30 meses, podendo ser prorrogado por igual período. Perímetros de Reabilitação Integrada do Habitat PRIH: As intervenções nos PRIH são intervenções em áreas delimitadas em bairros centrais, compreendendo um conjunto de quadras com concentração de moradias precárias. As intervenções no espaço físico serão acompanhadas de programas culturais, de saúde, de educação, de capacitação profissional e de geração de renda.
6 Programas Públicos - Moradia no centro PROGRAMA EMPREENDIMENTO UH Mutirão Madre de Deus 45 Mutirão da Celso Garcia 182 Imoroty 8 Pedro Fachini 12 Vilinha 25 de Janeiro 33 Eiras Garcia 15 MUNICIPAL Olarias Locação Social 137 SEHAB/COHAB Parque do Gato Locação Social 486 Vila dos Idosos Locação Social 145 Baronesa Porto Carrero 22 Senador Feijó 45 Asdrúbal do Nascimento 40 Riachuelo 120 Subtotal 1290
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8 Programas Públicos - Moradia no centro PROGRAMA EMPREENDIMENTO UH Maria Paula 75 Labor Brigadeiro Tobias 84 Fernão Sales 54 Riskallah Jorge 167 Olga Benário Prestes 84 Joaquim Carlos 93 Hotel São Paulo 152 Subtotal 709 FEDERAL CAIXA/PAR 709 UH PAR carta de crédito empreendimentos em construção
9 1. Dificuldade na aprovação de projetos 2. Problemas fundiários/escala Clique para editar os estilos do 3. Desmembramentos necessários para viabilidade economica Segundo nível Terceiro nível 4. Financiamentos que não Quarto nível prevem o uso misto» Quinto nível 5. Gestão condominial
10 Programas Públicos - Estado e União GOVERNO DO ESTADO CDHU - PAC Programa de Ação de Cortiço Interdição dos Cortiços pela Lei Moura. Alternativa de atendimento : Produção de Moradia ( em cortiços demolidos ou em vazios urbanos) Carta de crédito (não há controle na destinação da carta de crédito) GOVERNO FEDERAL 2011 Do conjunto de 25 imóveis destinados pela SPU para movimento de moradia no Brasil. Em São Paulo 5 deles localiza-se na área central 2 estão sendo reformados com recursos federais. MCMV entidades Discussão do Patio do Pari RFSSA
11 Programas Públicos - Moradia no centro PROGRAMA ESTADUAL CDHU/PAC/BID carta de crédito 943 empreendimentos em construção EMPREENDIMENTO UH Pirineus 28 Ana Cintra 70 Pari A1 160 Brás G1/G2 200 Brás M 66 Mooca B e C 268 Cambuci A Melhor idade 66 Pari D 42 Pari F 17 Pari G 26 Subtotal 943
12 Intervenções no centro PREFEITURA Demolição do quadra da Luz Demolição do São Vito Interdição da Feira da madrugada Área SPU Projeto Nova Luz
13 Demolição do São Vito e Mercurio 2003: Projeto Foi desocupado na gestão Marta Suplicy para ser realizado um novo projeto. O projeto proposto em 2004 previa dois condomínios menores 375 UH, sendo 50 quitinetes, 275 apartamentos de 1 dormitório e 50 apartamentos de 2 dormitórios. O térreo e a sobreloja deveriam ser ocupados por serviços públicos e comunitários, como telecentro e centro de capacitação e treinamento. Os antigos inquilinos e proprietários poderiam retornar num âmbito de um programa de habitação social na área central. O edifício Mercúrio continuou ocupado, em condições relativamente Adequadas e poderia ser reformado com ou sem o apoio do poder público, sem ser desocupado.
14 Demolição do São Vito e Mercurio 2010: Demolição do São Vito: 20 milhões 2500m2 - terreno 738 unidades habitacionais e 28 mil metros quadrados de área construída Custo do m2 de demolição: 8 mil reais As famílias que recebiam bolsa aluguel continuam recebendo até hoje. Gastouse recurso para desapropriação do edifício Mercúrio. Despejando os não proprietários. Os edifícios São Vito e Mercúrio, com 27 pavimentos, foram projetados e construídos nos anos O térreo e a sobreloja foram destinados a 30 salas. Na cobertura, foi implantado um auditório. Formaram dois condomínios diferentes, sendo o primeiro dividido em 603 quitinetes e o segundo em 135 apartamentos de um quarto.
15 Projeto Nova LUZ Histórico da área Março de 2005 Cracolândia - início de diversas ações policiais, lacramento de imóveis Dezembro de 2005 lei de incentivos fiscais em um perímetro delimitado. Decreto de utilidade pública no mesmo perímetro. Março de 2006 apresentação da idéia do projeto Nova Luz com diretrizes. Outubro de Demolição de imóveis para construção de equipamentos públicos abertura de edital para seleção de projetos Maio de 2009 aprovação da lei que autoriza a concessão urbanística na área da Nova Luz. Agosto de Edital para seleção de empresa para realizar o projeto urbanístico da Nova Luz 2010 contratação e formulação do projeto Apresentação do plano para a Nova Luz
16 ABRANGÊNCIA PERÍMETRO PÓLO LUZ Área ~ 343 ha População = PERÍMETRO DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA / NOVA LUZ Área ~ 36,30ha População = DECRETO DE UTILIDADE PÚBLICA Nº /05 Área total: 105milm²
17 QUADRO COMPARATIVO DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS Finalidade C.A. máximo permitido AIU 03 Sé Área de Intervenção Urbana Santa Efigênia Reurbanização da área descrita por meio de projeto de desenho urbano 4 Demais parâmetros urbanísticos A serem definidos Condições A serem regulamentadas Incentivos Permissão de aplicação de diversos instrumentos urbanísticos Contrapartida Obrigatória em função dos incentivos concedidos Operação Urbana Centro Conjunto integrado de intervenções, visando a melhoria e valorização ambiental da área central da cidade 6 para habitação e usos específicos Especiais - Lei /97 FOR FOLLOW-UP COOPERATION Somente para empreendimento que utilizarem os benefícios Área de estacionamento não computada em alguns casos Maiores coeficientes na coroa envoltória p/ determinados usos Permissão de maiores coeficientes para o uso misto Obrigatória em função dos incentivos concedidos ZEIS Zona Especial de Interesse Social 3 Recuperação urbanística, regularização fundiária e produção de HIS ou HMP 4 Especiais - Decretos /04, /04 e Lei /04 40% HIS, 40% HMP, 20% OUTROS USOS Isenção de contrapartida para C.A. acima do básico ISENTO
18 INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS E FISCAIS JD.DA LUZ R. MAUÁ LEGENDA EST. LUZ PÇA. PRINCESA ISABEL AIU-03 ZEIS-3 AV. DUQUE CAXIAS RUA STA. EFIGÊNIA INCENTIVO FISCAL AV. CÁSPER LÍBERO DECRETO DE UTILIDADE PÚBLICA Obs: Todos os perímetros representados estão contidos na Operação Urbana Centro AV. RIO BRANCO PÇA. ALFREDO ISSA AV. SÃO JOÃO AV. IPIRANGA REPÚBLICA
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26 Projeto Nova LUZ Instrumento: Concessão urbanística A Concessão Urbanística é um contrato administrativo por meio do qual o Município, por meio de licitação, transfere a pessoa(s) jurídica(s) a execução de obras de urbanização ou reurbanização de interesse público. As obras são executadas pela pessoa(s) jurídica(s) contratada, com base em projeto urbanístico específico previamente definido pelo Poder Público Municipal. Previsto art. 239 do Plano Diretor. A empresa concessionária obterá sua remuneração mediante exploração, por sua conta e risco, dos terrenos e edificações destinados a usos privados que resultarem da obra realizada, da renda derivada da exploração de espaços públicos, nos termos que forem fixados no respectivo edital de licitação e contrato de concessão urbanística.
27 Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível» Quinto nível Demolições de até 60% das construções de 45 quadras. A= 285milm2 Custo = 62 milhões 55% da superfície atualmente construída sofrerão transformações
28 Bar Leo: famoso e tradicional Prédio residencial reformado Casa Aurora: padaria, pizzaria e restaurante. Funciona há mais de 50 anos Fonte: Loja na General Osório Prédio que abriga lojas e escritórios e ocupa quase um quarteirão, construído há menos de um ano.
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30 Clique para editar os estilos do texto mestre Segundo nível Terceiro nível Quarto nível» Quinto nível ZEIS ZEIS ZEIS
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32 Projeto Nova LUZ QUESTÕES: 1. Modelagem Financeira Na modelagem da análise de viabilidade econômica e financeira da Concessão, adotou-se a premissa de que a única fonte de receita da concessionária seria aquela obtida com a venda dos terrenos previamente adquiridos. A incorporação, construção e venda das unidades não entram nas despesas e receitas. A Prefeitura teria que aportar aproximadamente - R$355milhões a título de patrocinio. Nos 6 primeiros anos de concessão. Onde? E para que? Não fica claro, em que condições o poder público aportaria estes recursos.
33 Projeto Nova LUZ QUESTÕES: 1. Modelagem Financeira Onde está o valor de 542 milhões (1.700,00m2) para as desapropriações previstas e 62 milhões para demolir o que está construído? O estudo mostra que em 10 anos foram lançados 1146 empreendimentos residenciais em Sta Cecilia. O Projeto pretende abrir uma nova frente imobiliária para atuação do mercado. A média de construção comercial no centro é de menos que 1 mil m2 por ano. Porque não fomentar um Programa de Reforma ou Melhoria Habitacional?
34 Projeto Nova LUZ QUESTÕES: 2. Instrumento: Concessão urbanística Não há regras claras em relação a como serão tratadas as desapropriações O Projeto Nova Luz fornece segurança jurídica apenas aos proprietários, não há apontamentos de que forma serão tratados os locatários, tanto residenciais quanto comerciais.
35 Projeto Nova LUZ QUESTÕES: 3. Instrumento: Vazios Urbanos Aumento do valor da terra O anuncio e/ou a implementação do projeto com muito recurso amplia a disputa pela terra e acirra o conflito urbano processo de expulsão e exclusão. Aplicação do Parcelamento,Edificação e Uso Compulsorio nos terrenos localizados nos distritos Sé e República. Imoveis abandonados e com divida de IPTU dos imóveis. Como serão tratados? Caso do Ed.Prestes Maia.
36 4. Plano Urbanístico Não foram apresentadas as análises de capacidade de suporte de infraestrutura para a renovação proposta 55% da superfície e 23% da área atualmente construída sofrerão transformações As ZEIS não são objeto de intervenção prioritária no faseamento proposto. Como elas serão tratadas? Quem aporta recurso? 54 imóveis Qual é a finalidade?? 10 ocupados pelo Movimento de Moradia 44 imóveis foram ocupados
37 5. Plano de Habitação 356 UH prevista no centro para 2009/2012 Déficit: 12 mil uh atendimento de cortiço 80 mil moradores de cortiço O crack foi colocado como uma das principais razões da degradação e, portanto, motivo da intervencão, mas não há propostas claras de como lidar com este problema social no âmbito do projeto.
38 6. Instrumento: Regulação do Solo Parâmetros Urbanísticos com exceção do CA máx já definido no PD, os demais parâmetros serão estipulados pelo projeto aprovada com o instrumento da concessão Distribuição de renda e criação de emprego não bastam para caminhar no sentido de uma sociedade urbana mais justa; é preciso distribuir cidade. Isso significa controlar o uso do solo Ermínia Maricato
39 Projeto Nova LUZ Política para atuação do Mercado e não uma política pública 1. A cidade como um campo aberto para atuação do mercado imobiliário, Cidade de negócios 2. Desregulamentação Urbana 3. Utilização de Fundos Públicos
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