RESUMO. É elaborado pelo Executivo municipal e aprovado pela Câmara municipal por meio de lei.
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1 Anual Diurno Questões, súmulas e jurisprudência Luiz Antonio de Souza Data: 26/09/2012 Aula 32 RESUMO SUMÁRIO 1) Tutela da política urbana 1.1) Instrumentos 1) Tutela da política urbana 1.1) Instrumentos Estão previstos no art. 4º do Estatuto da Cidade. a) Plano diretor: Art. 182, 1º e 2º da CF Art. 4º, III, a e arts. 39 a 42-B do Estatuto da Cidade É elaborado pelo Executivo municipal e aprovado pela Câmara municipal por meio de lei. As situações em que o plano diretor é obrigatório estão previstas no art. 41 do Estatuto da Cidade. A Lei /12 (Lei da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil) incluiu a necessidade de plano diretor para cidades localizadas em regiões sujeitas a desastres naturais, que estejam inseridas no cadastro nacional. Cidades com mais de habitantes tem que fazer o plano de transporte urbano integrado, além do plano diretor. Podem ser feitos no mesmo plano ou separadamente. A Lei /12 (Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana) estabelece que todo município sujeito a fazer plano diretor tem que elaborar em 3 anos o plano de mobilidade urbana. Prazo para fazer o plano diretor: 5 anos, a contar do fato gerador, sob pena de improbidade administrativa. O plano diretor tem que ser revisado pelo menos a cada 10 anos (pode ser feito em menos tempo). Caracteriza improbidade administrativa se o Prefeito não tomar providências para a revisão. Condicionantes que devem ser garantidas durante a elaboração e a revisão do plano diretor: Publicidade Acessibilidade Participação popular (audiências públicas) é a chamada gestão democrática das cidades O não atendimento dessas condicionantes caracteriza improbidade administrativa.
2 Em qualquer lei municipal de política urbana deve ser ouvida a comunidade, sob pena de inconstitucionalidade (não é só no plano diretor). É possível o ajuizamento de ação civil pública para que o Prefeito elabore o plano diretor e o submeta ao Legislativo. O art. 42 estabelece os pontos mínimos que devem conter no plano diretor (esses pontos podem ser requeridos na ação civil pública). b) Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV): Art. 4º, VI, do Estatuto da Cidade Arts. 36 a 38 do Estatuto da Cidade O art. 36 estabelece que lei municipal deve estabelecer quais são os empreendimentos e atividades que devem fazer o EIV. No entanto, a lei não estabelece prazo nem sanção por isso, não é possível ajuizar ação civil pública para que a lei seja elaborada (deve ser analisado caso a caso, ajuizando ação apenas para situações em que há um significativo impacto). A lei também não estabeleceu um conteúdo mínimo para conceder o EIV, o que acaba gerando uma disputa entre os municípios. O EIV não se confunde com o EIA, pois este é consiste na verificação do impacto no meio físico, biológico e socioeconômico, enquanto que aquele tem por objetivo verificar o impacto urbano. O EIV é apenas para zona urbana e o EIA é tanto para a zona urbana quanto rural. c) Instrumentos de indução ao desenvolvimento urbano e ao direito à moradia: Art. 182, 4º, da CF Art. 4º e arts. 5º ao 8º do Estatuto da Cidade A elaboração desses instrumentos é facultativa, de acordo com o art. 182 da Constituição Federal (não é possível ajuizar ação civil pública para que estes sejam elaborados). Esses instrumentos podem ser usados quando a propriedade não atende à sua função econômica-socialambiental. Instrumentos: 1- Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios: Para utilizar esses instrumentos é preciso que a área urbana esteja inserida no plano diretor. Após, deve ser elabora lei municipal com prazo e condições para que seja feito um projeto. Prazo: 1 ano para elaborar o projeto e 2 anos para iniciar a obra após a aprovação (não pode ser menos do que isso). O proprietário tem que ser notificado pessoalmente e, se não encontrado, por edital. Deve ser averbado na matrícula do imóvel, no Cartório de Registro de Imóveis. 2 de 5
3 2- IPTU progressivo: a alíquota máxima é de 15%. 3- Desapropriação: trata-se de uma opção do Executivo, porque ele pode desapropriar se entender que é conveniente; caso contrário pode ser mantida a alíquota máxima até que o proprietário tome uma providência. Havendo desapropriação, o Prefeito tem 05 anos para dar uma destinação ao imóvel, sob pena de improbidade. O imóvel também pode ser vendido, abrindo-se, para tanto, procedimento licitatório. Constituição Federal: Art A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Estatuto da Cidade: Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades: I com mais de vinte mil habitantes; II integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; III onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no 4o do art. 182 da Constituição Federal; IV integrantes de áreas de especial interesse turístico; V inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional. 3 de 5
4 VI - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos. 1 o No caso da realização de empreendimentos ou atividades enquadrados no inciso V do caput, os recursos técnicos e financeiros para a elaboração do plano diretor estarão inseridos entre as medidas de compensação adotadas. 2 o No caso de cidades com mais de quinhentos mil habitantes, deverá ser elaborado um plano de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido. Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo: I a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização, na forma do art. 5 o desta Lei; II disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei; III sistema de acompanhamento e controle. Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos: I planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; II planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões; III planejamento municipal, em especial: a) plano diretor; b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; c) zoneamento ambiental; d) plano plurianual; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual; f) gestão orçamentária participativa; g) planos, programas e projetos setoriais; h) planos de desenvolvimento econômico e social; IV institutos tributários e financeiros: a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU; b) contribuição de melhoria; c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros; V institutos jurídicos e políticos: a) desapropriação; b) servidão administrativa; c) limitações administrativas; d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano; e) instituição de unidades de conservação; f) instituição de zonas especiais de interesse social; g) concessão de direito real de uso; h) concessão de uso especial para fins de moradia; i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; j) usucapião especial de imóvel urbano; l) direito de superfície; 4 de 5
5 m) direito de preempção; n) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso; o) transferência do direito de construir; p) operações urbanas consorciadas; q) regularização fundiária; r) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos; s) referendo popular e plebiscito; t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Medida Provisória nº 459, de 2009) u) legitimação de posse. (Incluído pela Medida Provisória nº 459, de 2009) t) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária; (Incluído pela Lei nº , de 2009) u) legitimação de posse. (Incluído pela Lei nº , de 2009) VI estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV). 5 de 5
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