Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Escola Superior Agrária de Ponte de Lima

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1 Instituto Politécnico de Vin do Cstelo Escol Superior Agrári de Ponte de Lim Influênci do fosfto de Gfs, d correcção orgânic e d recção do solo, n produtividde d lfce e d couve repolho no Modo de Produção Biológico Dissertção Mestrdo em Agricultur Biológic José Mnuel Rodrigues Monteiro Ponte de Lim, Novembro 2011

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3 Instituto Politécnico de Vin do Cstelo Escol Superior Agrári de Ponte de Lim Influênci do fosfto de Gfs, d correcção orgânic e d recção do solo n produtividde d lfce e d couve repolho no Modo de Produção Biológico Dissertção Mestrdo em Agricultur Biológic José Mnuel Rodrigues Monteiro Orientdor: Professor Doutor Luís Miguel Cortêz Mesquit de Brito Ponte de Lim, Novembro 2011

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5 As doutrins expresss neste trblho são d exclusiv responsbilidde do utor.

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7 Aos meus pis, irmão, os meus filhos, Mtilde e Gonçlo.

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9 ÍNDICE ÍNDICE... i AGRADECIMENTOS... v RESUMO... vii ABSTRACT... ix LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS... xi LISTA DE QUADROS... xiii LISTA DE FIGURAS... xv 1. INTRODUÇÃO Enqudrmento Agricultur biológic Gestão d fertilidde do solo Gestão d MO do solo Importânci d mtéri orgânic Compostgem e utilizção de correctivos orgânicos Azoto e fósforo no solo Azoto no solo Fósforo e su mobilidde no solo Minerlizção e imobilizção do zoto Voltilizção e lixivição do zoto Azoto e fósforo n plnt Azoto n plnt Fósforo n plnt Fertilizntes Fertilizntes zotdos Fertilizntes fosftdos Correctivos orgânicos Correctivos mineris lclinizntes A cultur d lfce Morfologi Desenvolvimento e exigêncis edáfo-climátics Instlção d cultur i

10 Fertilizção A cultur de couve repolho Morfologi Desenvolvimento e exigêncis edáfo-climátics Instlção d cultur Fertilizção Objectivos do trblho MATERIAL E MÉTODOS Delinemento experimentl e fertilizntes utilizdos Ensio d lfce Instlção d cultur de lfce Preprção dos vsos e trnsplntção Preprção ds plnts de viveiro, composto e solo pr nálise Cuiddos, regs e trtmentos fitossnitários Colheit d lfce Ensio d couve repolho Instlção d couve repolho Trnsplntção e preprção dos vsos Preprção ds plnts de viveiro, solo e composto pr nálise Cuiddos, regs e trtmentos fitossnitários Colheit d couve repolho Colheit de mostrs e métodos de nálise lbortoriis Análise ds plnts Análise do solo e do composto Tx de minerlizção Análise esttístic RESULTADOS Ensio d cultur d lfce Peso fresco, peso seco e teor de mtéri sec ds folhs Teores e cumulção de nutrientes ns folhs de lfce Peso fresco, peso seco e teor de mtéri sec ds rízes Teores e cumulção de nutrientes ns rízes d lfce Rzão entre o teor de N e dos outros nutrientes ns folhs e ns rízes ii

11 Rzão entre teores de nutrientes ns folhs e ns rízes Tx de minerlizção Ensio d cultur de couve repolho Peso fresco, peso seco e teor de mtéri sec ds folhs Teores e bsorção de nutrientes ns folhs d couve repolho Peso fresco, peso seco e teor de mtéri sec ds rízes Teores e bsorção de nutrientes ns rízes d couve repolho Rzão entre o teor de N e dos outros nutrientes ns folhs e ns rízes Rzão entre teores de nutrientes ns folhs e ns rízes Tx de minerlizção Teores de nutrientes ns folhs e ns rízes ds plântuls d lfce e d couve repolho DISCUSSÃO Ensio d lfce Peso fresco d lfce Absorção de nutrientes Rzão entre o teor de N e dos outros nutrientes Rzão entre teores de nutrientes ns folhs e ns rízes Tx de minerlizção Ensio d couve repolho Peso fresco d couve repolho Absorção de nutrientes Rzão entre o teor de N e dos outros nutrientes Rzão entre teores de nutrientes ns folhs e ns rízes Tx de minerlizção CONCLUSÕES Cultur d lfce Cultur d couve repolho BIBLIOGRAFIA iii

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13 AGRADECIMENTOS Quero grdecer mizde e cmrdgem de todos os meus colegs de mestrdo sem excepção, em prticulr o coleg Henrique que desde d primeir hor esteve no incentivo pr levr bom termo est exigente e estimulnte tref. Ao Eng.º Virgílio, Eng.º Durão, e às Senhors Glóri pelo uxílio primordil que disponibilizrm neste trblho, o meu grdecimento. Aos professores deste mestrdo, ms em especil os Professores Doutores Isbel Mourão, Luís Mour, Rul Rodrigues e José Pedro Arújo pelo estímulo e entusismo que sempre trnsmitirm, não esquecendo competênci que colocrm n edificção do Mestrdo em Agricultur Biológic. Um grdecimento especil o meu orientdor Professor Doutor Miguel Brito pel form desprendid, exigente e sempre disponível com que sempre colocou o meu dispor, su competênci técnic e sobretudo científic. O Professor Miguel Brito fez-me relembrr conhecimentos que rotin do trblho fez esquecer, crescentou-me sberes, ms fundmentlmente ressuscitou-me o przer do sber. Pr lém do homem de ciênci, fic o migo pr vid que rest. A todos o meu muito obrigdo. v

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15 RESUMO Avlirm-se os efeitos d plicção de fertilizntes certificdos pr o modo de produção biológico (MPB) no crescimento d lfce e d couve repolho em vsos com o objectivo de contribuir pr melhori ds recomendções de fertilizção no MPB. As experiêncis form relizds com qutro blocos csulizdos e doze trtmentos resultntes d estrutur fctoril entre três fctores: (i) fosfto de Gfs com 2 níveis (0 e 200 kg de P 2 O 5 h -1 ); (ii) Nutrimis (compostdo de resíduos orgânicos urbnos seprdos n origem) com 3 níveis (0, 15 e 30 t h -1 ); e (iii) clcário com 2 níveis (0 e 8 t h -1 CCO 3 equivlente). As doses crescentes de Nutrimis contribuírm pr umentr substncilmente produtividde d lfce, provvelmente em consequênci do elevdo teor de N minerl presente neste compostdo. Verificou-se um intercção de primeir ordem entre o clcário e o fosfto de Gfs, um vez que produção não umentou com plicção do clcário qundo se plicou fosfto. A cumulção dos mcronutrientes principis umentou ns folhs ds plnts de lfce produzids com fosfto ou com Nutrimis, enqunto com plicção de clcário pens cumulção de N umentou significtivmente. Concluiu-se que é recomendável plicção deste compostdo pr cultur de lfce no MPB e que recomendção d dose de P depende d cidez do solo e d recomendção d clgem. O peso fresco d couve umentou com plicção de qulquer dos fertilizntes. Apesr do composto não estr bem mturdo não foi fitotóxico. Pelo contrário, os umentos mis significtivos de produção verificrm-se com plicção ds doses crescentes de composto, provvelmente em consequênci do seu elevdo teor de N minerl. O efeito do clcário e do fosfto n produção de couve foi mis evidente qundo não se plicou composto. Um ds limitções no crescimento d couve repolho no solo sem clcário poderá ter-se devido o fcto d cidez do solo diminuir solubilidde do P. No entnto, mesmo com plicção de clcário, respost d couve à plicção de fosfto foi clrmente positiv. O teor de N ns folhs umentou significtivmente com plicção de fosfto e de clcário, e com s doses crescentes de composto. Reltivmente os restntes nutrientes ns folhs, plicção de fosfto umentou o teor de P e o clcário umentou o teor de C. A cumulção de N umentou com plicção de todos os fertilizntes enqunto cumulção de P e K umentou pens com plicção de fosfto e com plicção de composto té 15 t h -1. O teor de nutrientes foi mis elevdo ns folhs do que ns rízes excepto pr o Mg e o Fe. A distribuição do N, P, K e C entre s vii

16 folhs e s rízes foi relizd em benefício ds folhs, ms em menor expressão pr o P e o C em comprção com o N e o K. Conclui-se que plicção destes fertilizntes deve ser recomendd pr umentr bsorção de nutrientes e produtividde d couve repolho. Plvrs-chve: zoto, clcário, compostdo, fósforo, minerlizção viii

17 ABSTRACT We ssessed the effects of fertilizers certified for orgnic griculture (OA) on lettuce nd cbbge growth in pots to improve fertiliztion recommendtions for OA. The experiments were set up with four rndomized blocks nd twelve tretments resulting from the fctoril structure of three fctors: (i) Gfs phosphte with 2 levels (0 nd 200 kg P 2 O 5 h -1 ), (ii) Nutrimis (composted source seprted municipl orgnic wste) with three levels (0, 15 nd 30 t h -1 ) nd (iii) limestone with two levels (0 nd 8 t h -1 CCO 3 equivlent). The incresing rtes of Nutrimis contributed to substntilly increse lettuce yield, probbly becuse of high minerl N content present in this compost. There ws first order interction between the limestone nd Gfs phosphte becuse lettuce yield hs not incresed with lime when phosphte ws lso pplied. N, P nd K ccumultion incresed in lettuce shoots produced with phosphte or Nutrimis, but only the ccumultion of N ws significntly incresed with liming. Therefore, the ppliction of this type of compost should be recommended for orgnic lettuce nd the recommendtion of the P should depend on soil cidity nd liming recommendtion. The fresh weight of cbbge incresed with the ppliction of ny fertilizer. Despite not being well-mtured the compost ws not phytotoxic. Rther, the most significnt increses in cbbge yield occurred with the ppliction of incresing rtes of compost, probbly due to its high minerl N content. The effect of lime nd phosphte on cbbge yield ws stronger when compost ws not pplied. One of the limittions on the growth of cbbge in soil without lime my hve been reduced P vilbility due to soil cidity. However, even with lime ppliction, the response of cbbge to the ppliction of phosphte ws clerly positive. The N content in leves incresed significntly with the ppliction of phosphte nd lime, nd with incresing compost rtes. For the remining nutrients in the leves, the ppliction of phosphte incresed P uptke wheres lime incresed C uptke. N ccumultion incresed with the ppliction of ll fertilizers while the ccumultion of P nd K incresed only with the ppliction of phosphte nd the ppliction of compost up to 15 t h -1. Nutrient contents in leves were higher thn nutrient contents in roots except for Fe nd Mg. Prtitioning of N, P, K nd C between leves nd roots ws held for the benefit of the leves, but to lesser extent for P nd C, compred to N nd K. The ppliction of these fertilizers should be recommended to enhnce cbbge yield nd nutrient uptke. ix

18 Key-words: compost, limestone, minerliztion, nitrogen, phosphorus x

19 LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS AB Agricultur biológic AC Agricultur convencionl Al Alumínio C Crbono C Cálcio C ++ - Ião cálcio CBPA Código ds bos prátics grícols CE Condutividde eléctric CO 2 Dióxido de crbono C/N Rzão crbono/zoto C/P Rzão crbono/fósforo CTC Cpcidde de troc ctiónic EDM Entre-Douro e Minho Fe Ferro FSC Frcção sólid de chorume GEE Gses de efeito de estuf H (%) teor de humidde em Percentgem H 2 O Águ HPO Ião hidrogenofosfto (ortofosfto secundário) H 2 PO Ião dihidrogenofosfto (ortofosfto primário) K Potássio K + - Ião potássio K 2 O Oxido de potássio KCl Cloreto de potássio Mg Mgnésio Mg ++ - Ião mgnésio Mn Mngnésio MO Mtéri orgânic xi

20 MPB Modo de produção biológico MPC Modo de produção convencionl MS (%) - teor de mtéri sec em Percentgem MDS Menor diferenç significtiv N Azoto N 2 Azoto moleculr N + - Ião sódio NADH - Nicotinmid denin dinucleótido hidreto N/C Rzão zoto/cálcio N/Fe Rzão zoto/ferro NH 3 Amoníco N/K Rzão zoto/potássio N/Mg Rzão zoto/mgnésio N-NH Azoto monicl NO Ião nitrito NW - Noroeste N-NO Azoto nítrico N/P rzão zoto/fósforo O 2 Oxigénio elementr P Fósforo PF Peso fresco P 2 O 5 Pentóxido de fósforo PS Peso seco RSU Resíduos sólidos urbnos S Enxofre SAU Superfície grícol utilizável SC Suspensão concentrd ZV1 Zon vulnerável 1 (quífero livre entre Esposende e Vil de Conde) xii

21 LISTA DE QUADROS Qudro 1.1. Áre e número de horticultores em MPB do EDM reltivmente o totl: nos de Qudro 1.2. Clssificção dos fertilizntes orgânicos de cordo com os teores mínimos, percentgem em peso do produto comercil pr clssificção enqunto dubo 20 Qudro 1.3. Composição médi ds folhs d lfce: vlores expressos por 100 g de prte comestível.25 Qudro 1.4. Temperturs pr cultur d lfce Qudro 1.5. Exportções d lfce de cordo com os respectivos utores Qudro 1.6. Recomendção (kg h -1 ) de fertilizção de mcronutrientes principis pr cultur d lfce 28 Qudro 1.7. Composição médi ds folhs de couve de repolho: vlores expressos por 100 g de prte comestível 29 Qudro 1.8. Temperturs pr cultur d couve repolho...31 Qudro 1.9. Exportções d couve repolho Qudro Recomendção (kg h -1 ) de fertilizção de mcronutrientes principis pr cultur d couve repolho..33 Qudro 2.1. Crcterístics do solo e do compostdo no ensio d lfce (médi e desvio pdrão (DP)).46 Qudro 2.2. Crcterístics do solo e do composto no ensio de couve repolho (médi e desvio pdrão (DP))..46 Qudro 3.1. Teores de nutrientes (mg g -1 ) ns folhs d lfce Qudro 3.2. Teores de nutrientes (mg g -1 ) ns rízes d lfce.. 54 Qudro 3.3. Rzão entre o teor de N e o teor dos outros nutrientes ns folhs de lfce pr o conjunto de trtmentos.56 Qudro 3.4. Rzão entre o teor de N e o teor dos outros nutrientes ns rízes d lfce pr o conjunto de trtmentos.56 Qudro 3.5. Rzão entre o teor de nutrientes ns folhs e ns rízes d lfce pr o conjunto de trtmentos 57 Qudro 3.6. Teores de nutrientes (mg g -1 ) ns folhs d couve repolho Qudro 3.7. Teores de nutrientes (mg g -1 ) ns rízes d couve repolho Qudro 3.8. Rzão entre o teor de N e o teor dos outros nutrientes ns folhs d couve repolho pr o conjunto de trtmentos...67 xiii

22 Qudro 3.9. Rzão entre o teor de N e o teor dos outros nutrientes ns rízes d couve repolho pr o conjunto de trtmentos...68 Qudro Rzão entre o teor de nutrientes ns folhs e ns rízes d couve repolho pr o conjunto de trtmentos.68 Qudro Teores de nutrientes ns folhs e ns rízes ds plântuls de lfce e d couve repolho...70 Qudro Peso fresco (PF) ns folhs d lfce pr médi de cd um dos trtmentos xiv

23 LISTA DE FIGURAS Figur 2.1. Loclizção d estuf utilizd nos ensios em vsos d lfce e couve repolho n ESAPL.34 Figur 2.2. Tbuleiro pós sementeir d lfce Figur 2.3. Tbuleiro pr preprção de cd trtmento, nos 8 kg de terr dicionr cd um dos 48 vsos...37 Figur 2.4. Os 4 blocos e respectivos 48 vsos pós trnsplntção d lfce Figur 2.5. Seprção prte ére/riz pr determinção de peso fresco Figurs 2.6. Sequênci d colheit d lfce em cd trtmento: ) Seprção do torrão de terr do vso; b) seprção do solo ds rízes; c) lvgem ds rízes.40 Figur 2.7. Tbuleiro com plnts de couve repolho lguns dis pós emergênci Figur 2.8. ) Vso, solo e emblgens com os fertilizntes utilizdos no trtmento mis fertilizdo e b) specto d plicção do trtmento (200 kg P 2 O 5 h -1, 30 t h -1 de composto e 8 t h -1 de clcário) 42 Figurs 2.9. Os 4 blocos e respectivos 48 vsos pós trnsplntção d couve repolho 42 Figur Plnts de viveiro tipo de couve repolho Figur Seprção d terr ds rízes d couve repolho Figur 3.1. Peso fresco e peso seco ns folhs de lfce Figur 3.2. Teor (%) de mtéri sec (MS) ns folhs de lfce Figur 3.3. Acumulções de nutrientes (mg plnt -1 ) de N, P, K, C, Mg e Fe ns folhs de lfce 51 Figur 3.4. Peso fresco e peso seco ds rízes d lfce Figur 3.5. Teor (%) de mtéri sec (MS) ns rízes de lfce Figur 3.6. Acumulções de nutrientes (mg plnt -1 ) de N, P, K, C, Mg e Fe ns rízes de lfce...55 Figur 3.7. Peso fresco e peso seco ns folhs d couve repolho Figur 3.8. Teor (%) de mtéri sec (MS) ns folhs de couve repolho Figur 3.9. Acumulções de nutrientes (mg plnt -1 ) de N, P, K, C, Mg e Fe ns folhs d couve repolho...62 Figur Peso fresco e peso seco ns rízes d couve repolho Figur Teor (%) de mtéri sec (MS) ds rízes d couve repolho...63 Figur Acumulções de nutrientes (mg plnt) de N, P, K, C, Mg e Fe ns rízes d couve repolho xv

24 Figur Relção entre o teor de zoto (N) e de cálcio (C) ds folhs e ds rízes d couve repolho (***-(p <0,001); ns-não significtivo) xvi

25 1. INTRODUÇÃO 1.1. Enqudrmento A necessidde d produção grícol suprir do ponto de vist quntittivo e qulittivo s necessiddes em limentos d populção, exige dos técnicos e gricultores responsbilidde de desenvolver métodos e prátics de gricultur sustentável. A gricultur biológic (AB) tem esse propósito, di o seu desenvolvimento, nos últimos nos no nosso pís. A áre em Portugl no modo de produção biológico (MPB) representv em 2008, cerc de 7% d Superfície Agrícol Utilizável (SAU) com um tx de crescimento médio nul entre os 30% no período de No âmbito do Plno Estrtégico Ncionl pr o Desenvolvimento Rurl e d Estrtégi Ncionl de Desenvolvimento Sustentável, é impost pr Portugl met de 10% d SAU no MPB (Vilão et l., 2010). A lfce e couve repolho são dus culturs hortícols com grnde importânci económic no Noroeste (NW) de Portugl e com forte implementção n gricultur convencionl (AC). A produção dests culturs no MPB tem, tmbém, cd vez mis importânci, compnhndo o crescimento deste modo de produção grícol em Portugl. A produção hortícol no MPB tem enorme potencil de crescimento em Portugl continentl, ddo que em 2008, somente 1,3% d produção vegetl no MPB, veio do sector hortícol (Vilão et l., 2010) e porque existe de fcto um umento do consumo e d procur de produtos oriundos do MPB (Mourão, 2007) As necessiddes de elevds quntiddes de zoto (N) exigid por culturs hortícols de folh num curto período de tempo, dificult su produção no MPB, porque neste modo de produção não é possível recorrer dubos zotdos de síntese (CE, 2007). N impossibilidde de recurso mteriis compostdos n própri explorção o gricultor tem de recorrer fertilizntes orgânicos comerciis que disponibilizem nutrientes de form rápid. No entnto, s txs de minerlizção desses fertilizntes e consequentemente su cpcidde pr disponibilizr os nutrientes têm que ser vlids. Entre estes fertilizntes orgânicos, destc-se o fertiliznte Nutrimis pr gricultur biológic produzido e comercilizdo pel empres LIPOR e que foi vlido no presente estudo. A mnutenção dos teores de mtéri orgânic, e o seu enriquecimento nos solos utilizdos no MPB, torn-se decisivo. Com o decréscimo dos teores de MO (MADRP/DGADR, 1

26 2009), donde somente 11% dos solos em Portugl têm teores de MO suficientes pr produção grícol e cerc de 70,4% dos solos têm um teor de MO considerdo bixo, ou sej, inferior 1% (DGA, 2000), é ctegórico que este sej um desfio resolver. N grnde miori dos solos de Portugl e pr s culturs mis frequentes no nosso pís, o fósforo (P) não se encontr disponível em quntiddes suficientes, sendo necessário plicálo sob form de fertiliznte (Sntos, 2002), um vez que somente 57% dos solos portugueses têm o P necessário pr produção grícol (DGA, 2000). Dí necessidde de ferir eficáci n disponibilizção de P por prte dos fertilizntes fosftdos certificdos pr o MPB, como é o cso do fosfto de Gfs que foi utilizdo nos ensios d lfce e d couve repolho. A recção do solo n grnde miori dos solos em Portugl (80%) é ácid (Freits, 1984) e 82,9% dos solos em Portugl têm ph inferior 5,5 (DGA, 2000). Por est rzão, nesses solos, plicção de correctivos mineris lclinizntes poderá beneficir produtividde ds culturs, inclusive no MPB que permite utilizção de fertilizntes certificdos pr corrigir recção do solo. Por outro ldo, clgem influenci disponibilidde de nutrientes de que se destc o cso prticulr do P. Por est rzão justific-se o ensio com utilizção de um clcário simples neste trblho pr quntificr o efeito d su plicção ns culturs de lfce e d couve repolho e pr identificr que intercções poderão ocorrer entre este fertiliznte e os outros dois fctores em estudo Agricultur biológic N AB não é permitid utilizção de fertilizntes de síntese químic e recentemente entrou em vigor em 2009 o Regulmento (CE) 834/2007 (CE, 2007) em substituição do nterior Regulmento CE 2092/91, documento legl que regul ctividde d AB n União Europei. Este regulmento determin um período de conversão de 2 nos pr s culturs nuis (CE, 2007). Recentemente, em 2008, o Interntionl Federtion of Orgnic Agriculture Movements (IFOAM), orgnismo de âmbito mundil pr AB sedid n Alemnh, definiu mesm como um sistem de produção que promove súde dos solos, ecossistems, biodiversidde e ciclos dptdos às condições locis em lterntiv o uso de suplementos com efeitos dversos. A gricultur biológic combin trdição, inovção e ciênci de modo ser benéfic pr o espço prtilhdo, promove relcionmentos justos 2

27 ssegurndo um bo qulidde de vid todos os envolvidos (IFOAM, 2008), qul, congreg em si mesm, os 4 princípios doptdos pelo IFOAM, pelos quis AB se bsei: súde, ecologi, justiç e precução (Schmid et l., 2008; IFOAM, 2008). As preocupções sobre súde humn em relção à ingestão de limentos levrm um crescente interesse n qulidde nutricionl dos produtos limentres que ingerimos. Os fertilizntes mineris e os correctivos orgânicos usdos n AC e n AB, respectivmente, não só influencim produtividde e qulidde dos vegetis, como influenci igulmente composição químic dos produtos comercilizáveis (Sorensen, 1999). Deste modo AB enqunto modo de produção de limentos, promove segurnç e qulidde limentr, ument o sequestro de dióxido de crbono (CO 2 ), ssegurndo mior sustentbilidde mbientl, evit degrdção d qulidde d águ e do solo, detendo degrdção d biodiversidde ou mesmo incrementndo ess biodiversidde e, do ponto de vist socil, pode integrr bem-estr, empregbilidde e desenvolvimento económico em regiões desfvorecids (Mourão, 2007). A horticultur tmbém tem compnhdo evolução positiv d AB em Portugl, com cerc de 1900 produtores em ctividde em 2008, representndo 7% d AB totl no mesmo no (Vilão et l., 2010). O qudro 1.1. represent o sector hortícol no MPB, no Entre- Douro e Minho (EDM) reltivmente o totl de gricultores no MPB entre 2004 e 2008 (INE, 2010). Qudro 1.1. Áre e número de horticultores em MPB do EDM reltivmente o totl: nos de Áre (h) Produtores (número) Anos Totl Horticultur EDM Fonte: INE, 2010 De cordo com ddos do EUROSTAT, Espnh represent cerc de 17%, Itáli 13%, Alemnh 12%, o Reino Unido 10%, Frnç 8% e Portugl 3% d áre totl em AB dos h no MPB dos 27 píses d União Europei (Rohner-Thielen, 2010). Existem n Europ utores cujos trblhos contribuem e vão no sentido ds vntgens d AB comprtivmente à AC. Stolze et l. (2000), Fließbch et l. (2007) e Chirind et l. (2008) concluírm que AB contribuiu pr conservção d fertilidde do solo devido 3

28 níveis de MO mis elevdos e mior ctividde microbin, níveis inferiores de lixivição de nutrientes, menores emissões de gses com efeito de estuf (GEE CO 2, N 2 O, CH 4 e NH 3 ), miores cuiddos com o bem-estr e o respeito pelos nimis e limentos com menores níveis de nitrtos e resíduos de pesticids. Em Portugl n AB e em concreto n horticultur existem trblhos neste sector em cujs culturs hortícols tingirm produtividdes similres e mesmo superiores às tingids n AC (Mourão, 2006; Mrreiros, 2008; Brrote, 2009; Brrote, 2010) Gestão d fertilidde do solo Pr umentr produtividde d lfce e d couve repolho no MPB são necessários resultdos experimentis que suportem s recomendções de fertilizção orgânic, nomedmente com o objectivo de disponibilizr os nutrientes em quntiddes que permitm lcnçr s produções desejds pelo gricultor, de form que s produtividdes dests culturs se possm proximr ds produções em MPC. Um gestão eficiente n dição de mteriis orgânicos pr fertilizção ds culturs requer o conhecimento d dinâmic de minerlizção de nutrientes, visndo optimizr sincronizção d disponibilidde de nutrientes no solo com necessidde ds mesms, evitndo imobilizção durnte o período de lt necessidde ou rápid minerlizção durnte o período de bix necessidde ds plnts (Myers et l., 1994; Hndynto et l., 1997; Tilmn et l., 2002; Horwth, 2005), sendo quele, com grnde probbilidde, o mior desfio no MPB. A gestão d fertilidde do solo em AB, mis do que ser mntid, é preciso que sej umentd e melhord, dndo prioridde à plicção de determinds prátics culturis em MPB tendo como decisivo objectivo melhori ds proprieddes físics, químics e biológics do solo. A utilizção de rotções e consocições proprids, com inclusão de Fbáces (pr fixção de zoto tmosférico) e/ou pr siderção e utilizção de compostos certificdos pr MPB ou ind o uso de grmínes no prisionmento de nutrientes no período ds chuvs, são prtics ter em cont. (Brito, 2007; Ferreir, 2009). Ns rotções existem culturs melhordors como por exemplo s Fbáces que disponibilizm N e outrs exigentes em nutrientes que diminuem o seu teor no solo como lfce e couve repolho (Brito, 2007). 4

29 A utilizção dos resíduos ds culturs nteriores e dos estrumes de origem niml compostdos n própri explorção contribui pr melhorr o teor de MO dos solos no MPB, disponibilizndo nutrientes necessários às culturs, nomedmente N (Brito, 2007). As mobilizções pouco profunds ou mesmo não mobilizção (mntendo o coberto vegetl do solo) poderá conservr MO do solo (Brito, 2007) Gestão d MO do solo Importânci d mtéri orgânic Um teor elevdo de MO do solo é fundmentl no MPB, tendo como objectivo melhorr s proprieddes físics, químics e biológics do solo, cuj finlidde é optimizr produção vegetl. Este specto é ind mis importnte no MPB do que no MPC, um vez que fertilizção com N minerl não é permitid no MPB (CE 2007), um vez que o grnde problem em sistems de gricultur sustentáveis é o declínio contínuo d MO do solo pr níveis muito bixos pr fins grícols (Ludicin et l., 2011). Um gestão bem sucedid d fertilidde do solo pode proporcionr no MPB um produtividde e um qulidde dos produtos superior os obtidos no MPC (Horwth, 2005), e de form que, o modo de produção sej o mis sustentável, o longo do tempo (Smith et l., 2011). Coutinho (2007) consider três frcções n MO do solo e dos correctivos orgânicos em decomposição: resíduos frescos (frcção instável siderções, dejectos nimis frescos e chorume), resíduos em decomposição e compostos humificdos ou húmus (frcção estável). O teor de MO do solo (frcção estável), gerlmente estimdo trvés d determinção do crbono orgânico do solo (Rsmussen et l., 1998), é essencil n vlição d qulidde de um solo (Reeves, 1997) sendo o principl indicdor d fertilidde, d qulidde e d produtividde do mesmo. O teor de MO do solo, n generlidde dos solos, vri entre 1 6% d mss totl d cmd rável. Frequentemente 60-80% d MO do solo é constituíd por húmus (Vrennes, 2003; Sntos, 2002), cso não tenh sido incorpord MO fresc, sendo MO compost, em médi, por 55% de C, 5-6% de N e 1% de P e S (Horwth, 2005). A melhori qulittiv dos solos e consequente disponibilidde de nutrientes pr s culturs em MPB depende d dição de correctivos orgânicos. A plicção de correctivos 5

30 orgânicos longo przo não só melhor qulidde dos solos ms tmbém contribui pr protecção mbientl o sequestrr C nos solos (Powlson et l., 1998). Vrennes (2003) e Sntos (2002) referirm s crcterístics que MO promove nos solos, com bse em estudos de diversos utores, destcndo que MO: protege o solo d rdição solr, do impcto ds gots ds chuvs e do vento (protegendo d erosão do vento e d águ (Gjdos, 1992)); fornece nutrientes e promove ctividde microbin do solo; ument cpcidde de retenção de águ e de dsorção de nutrientes; melhor estrutur do solo porque contribui pr formção de gregdos; melhor drengem e infiltrção de águ; ument o rejmento; reduz toxicidde pelo lumínio em solos ácidos; estbiliz o ph do solo devido o seu poder tmpão (Mkinde et l., 2009); dição de MO pode umentr o ph e ument cpcidde de troc ctiónic (CTC) (Ylmz et l., 2010). Os correctivos orgânicos gerlmente melhorm estrutur do solo (Shirlipour et l., 1992; Crpenter-Boggs et l., 2000), cpcidde de infiltrção de águ e estbilidde dos gregdos (Benbi et l., 1998), fcilitndo o desenvolvimento rdiculr ds culturs pel diminuição d densidde prente (Mmmn et l., 2007). A fertilizção com estrume de origem niml dicion bstntes benefícios o solo (Heitkmp et l., 2011) umentndo os níveis de C orgânico e N totl (Christensen, 1996; Weigel et l., 1998). Considerndo que prte d MO se perde n form de dióxido de crbono devido à respirção dos microrgnismos, existe necessidde de sucessivs e constntes dições de MO pr mnter o nível existente no solo (Vrennes, 2003). O incremento do teor de MO ument biomss microbin (Wiegel et l., 1998) e ctividde enzimátic do solo (Stolze et l., 2000; Gofei et l., 2009), diversidde e ctividde biológic do solo (Shirlipour et l., 1992; Crpenter-Boggs et l., 2000), melhorndo s proprieddes biológics do solo. A mcroflor biológic tmbém é umentd em virtude d dição de mteriis orgânicos (Zller e Kopke, 2004) Compostgem e utilizção de correctivos orgânicos A utilizção e incorporção de mteriis orgânicos o solo é fundmentl n AB, sendo compostgem um processo importnte pr o produtor biológico produzir compostos com diferentes crcterístics e os utilizr com o objectivo de fornecer nutrientes às plnts, de 6

31 modo que ests possm umentr produção, de cordo com s crcterístics dos compostos e s respectivs txs de plicção (Wong et l., 1999; Coutinho, 2007; Melero et l., 2007), porque os correctivos orgânicos vrim muito n su composição, no gru de estbilizção d su MO e, consequentemente n cpcidde pr libertr nutrientes (Sikor e Szmidt, 2001). Os compostos umentm fertilidde do solo porque fornecem nutrientes pr s culturs, umentm o poder tmpão do solo à cidificção, previnem erosão, reduzem necessidde de fertilizntes mineris e melhorm s proprieddes físics e químics do solo (DeLuc e DeLuc, 1997; Yun e Ro, 2009). A compostgem tem sido reconhecid como um lterntiv no processmento de resíduos orgânicos de diferentes origens, incluindo estrumes, lms, resíduos urbnos e resíduos industriis (Hoitink e Heener, 1993; Kshmnin et l., 2009). Os objectivos d compostgem determinm conversão do mteril orgânico, que não está em condições de ser incorpordo no solo, num mteril dmissível de ser utilizdo no solo. O termo composto orgânico pode ser plicdo o produto compostdo, estbilizdo e higienizdo, que é benéfico pr produção vegetl (Zucconi, e Bertoldi, 1987). Brito (2006) divide os mteriis utilizáveis n compostgem em dus clsses: mteriis ricos em crbono (mteriis lenhosos como csc de árvores, s prs de mdeir e o serrim, s pods dos jrdins, folhs e gulhs ds árvores, plhs e fenos, e ppel) e os mteriis ricos em zoto (folhs verdes, estrumes nimis, urins, restos de plnts hortícols, erv, etc.) sendo que os mteriis ricos em crbono fornecem MO e energi pr compostgem e os mteriis zotdos celerm o processo de compostgem, porque o N é necessário pr o crescimento dos microrgnismos. Brito (2006) crescent que relção crbono/zoto (C/N) (peso em peso) idel pr compostgem nd à volt dos 30, um vez que pr relções C/N inferiores, o zoto ficrá em excesso e poderá ser perdido como moníco cusndo odores desgrdáveis e pr relções C/N mis elevds flt de zoto irá limitr o crescimento microbino resultndo num compostgem mis lent. A relção C/N dos mteriis compostr pode ser consultdo no Anexo 10 do Código ds Bos Prátics Agrícols (CBPA) (MADRP, 1997). As prtículs compostr devem ter um dimensão entre 1 8 cm e deve-se evitr utilizção de substâncis lclinizntes, como o clcário ou cinz, porque umentm o ph, que contribui pr perds de NH + 4 por voltilizção (Brito, 2007). 7

32 Durnte compostgem o crescimento microbino é promovido pel presenç de águ, crbono orgânico, oxigénio e nutrientes, n qul, os microrgnismos decompõem MO produzindo CO 2, H 2 O, clor e húmus. Em AB o processo de compostgem mis utilizdo é em pilhs estátics (ou com volteio pós 3 4 semns de compostgem), durnte 3 meses, seguid de mis 3 meses pr mturção do compostdo (Brito, 2006). Pr definir qulidde do composto us-se com frequênci su estbilidde e gru de mturidde, mbos os termos usdos frequentemente n litertur como sinónimos (Reinikinen e Herrnen, 2001), tendo em tenção que um fctor limitnte de quntiddes excessivs de correctivos orgânicos, designdmente qundo não são compostdos, ou se encontrm pouco mturdos, podem resultr problems de fitotoxicidde provocdos por elevdos teores de sis ou de NH + 4 e problems de imobilizção do N do solo (Brito, 2001; Wong, et l., 1999). Existem indicdores de estbilizção dos compostdos de cordo com + o teor de NH 4 do composto. Zucconi e Bertoldi (1987) propõem o limite de 400 mg kg -1 MS, cim do qul o composto não está mturdo. A rzão NH /NO 3 do composto inferior 0,5 é indictiv d mturção do compostdo como propõem o Compost Mturity Index (CCQC, 2001) ou ind inferior 1 (Lrney e Ho, 2007). O ph do composto pode ser um indictivo do estdo de compostgem um vez que o ph decresce ns primeirs hors té vlores próximos de 5 (fcilitndo o crescimento e cção de fungos n decomposição d celulose e lenhin) e, umentndo grdulmente té vlores de 7 8 (Brito, 2007). De outro modo, Jnn et l. (1959), por exemplo, propuserm um teste rápido à mturção de mteriis orgânicos incubdos em condições neróbis 55 C com bse no ph, sendo que no cso do composto se mntivesse lclino durnte 24 hors er considerdo como estndo suficientemente mdurecido. Hrd et l. (1981) referirm que mturção do composto poderá ser determind n bse d CTC, e que o vlor mínimo necessário pr ssegurr um mturção ceitável seri de 60 meq por 100 g de composto, com bse no mteril sem cinzs. A nitrificção tmbém terá sido utilizd como conceito pr definir o gru de mturção dos compostdos, um vez que Finstein e Miller (1985) enuncirm que, qundo surgem durnte o processo de compostgem quntiddes preciáveis de nitrtos e nitritos, é indicção que o composto está ceitvelmente compostdo. A relção C/N tem sido trdicionlmente utilizd como um bom indicdor do gru de decomposição dos mteriis orgânicos, sendo relções C/N inferiores 20 indictivs de um mturção ceitável (Morel et l., 1985). 8

33 O N fornecido prtir de compostos depende tnto d disponibilidde inicil de N minerl do composto como d tx de minerlizção do N orgânico longo przo (Flvel e Murphy, 2006), ou sej, pr lém d elevd concentrção em N orgânico totl, é necessário umentr quntidde de N minerl e de N orgânico fcilmente minerlizável, pr umentr o interesse dos horticultores pelos compostos como fertilizntes do solo e suprir s necessiddes ds culturs no MPB (Brito, 2007). No entnto, é importnte dizer como refere Lmpkin (1990) que o umento, no longo przo, dos teores de mtéri orgânic no solo é conseguido com utilizção dos mteriis bem compostdos e não com mteriis mis frescos. As elevds produtividdes obtids pel AC têm sido muito fcilitds pel plicção de fertilizntes ricos em N. Pelo contrário, n AB, devido o teor reduzido de nutrientes disponíveis dos compostos em comprção com os fertilizntes mineris, tornm-se necessáris doses elevds de compostos pr stisfzer s necessiddes ds culturs em mcronutrientes principis. Especilmente se um elevd produção de mtéri sec for esperd em períodos reltivmente curtos de crescimento. Por outro ldo, um dos desfios no uso continudo de estrumes e compostos como fertilizntes orgânicos está no fornecimento equilibrdo de nutrientes às culturs. Por exemplo, o plicr os compostos o solo pr stisfzer s necessiddes de N pode-se estr umentr excessivmente o fornecimento de P. Isto, porque rzão N/P dos compostos é gerlmente inferior à rzão N/P que result d bsorção destes dois nutrientes pel miori ds culturs (Eghbll, 2002) Azoto e fósforo no solo Azoto no solo O zoto sendo elemento muito móvel e dinâmico, cpz de ser trnsformdo químic e biologicmente trvés de um serie de processos que constituem o ciclo do zoto (Cordovil, 2004). O principl método de proximção às rízes por prte do zoto é o fluxo de mss, que consiste, no movimento convectivo dos iões em direcção á riz devido o fluxo de águ, o qul, será consequênci, sobretudo d trnspirção d plnt, logo, este processo tem tendênci pr ser mis elevdo ns épocs de mior clor, qundo solução do solo está 9

34 mis provid de nutrientes (Sntos, 2002) e é um processo que é muito influencido pelo teor de águ no solo (Vrennes, 2003). O zoto (N) minerl pode entrr no solo por diverss vis: minerlizção d mtéri orgânic do solo ou d mtéri orgânic incorpord no solo trvés de resíduos de culturs, estrumes e outros resíduos orgânicos, por deposição por vi húmid de N (NH 3, NO x e N orgânico), bsorção folir de NH 3 por deposição sec, por fixção simbiótic e não simbiótic de N 2, por utilizção de dubos mineris, trvés d águ de reg e, eventulmente, inputs pels sementes e exsuddos rdiculres, sendo retirdo do solo por exportção pels culturs, escomento superficil e erosão, lixivição, desnitrificção, voltilizção de NH 3 e de outros gses e dsorção e fixção nos coloides dos solos. O teor de N no solo vri gerlmente entre 0,2 e 25 g kg -1, sendo os vlores mis bixos encontrdos em profundidde e os mis elevdos em solos orgânicos (Cordovil, 2004). Do N totl do solo, pens 2 5% é N minerl (Cordovil, 2004) e proximdmente 95 98% do zoto totl é N orgânico. Ambs s forms, minerl e orgânic, permnecem em equilíbrio dinâmico no solo, sendo minerlizção e imobilizção os processos responsáveis por este fcto (Sntos, 2002). O NO - 3 é form de zoto minerl mis bsorvid pels rízes sendo bstnte solúvel podendo ser rrstdo pels águs, ou sej, lixivido, um vez que sendo de crg negtiv não tem fácil retenção físic no solo (Sntos, 2002). O NH + 4, o monião, é bsorvível pels plnts e pode ser dsorvido pelos coloides mineris e orgânicos do solo, nos quis, predomin s crgs negtivs que lhes permite dsorver iões que presentem crg positiv, como é o cso do NH + 4 (Sntos, 2002). A cpcidde de dsorção de NH + 4 por prte de um solo, depende d presenç de MO e mineris de rgil principlmente vermiculite e ilite, d concentrção de NH + 4 n solução do solo, d lternânci de processos congelmento/descongelmento e humedecimento/secgem, d presenç de ctiões nomedmente o K +, do ph e do teor de MO (Nommik e Vhtrs, 1982) Fósforo e su mobilidde no solo O P é usulmente, seguir o N, o mcronutriente principl que mis limit produção vegetl (Vrennes, 2003). Este nutriente pode encontrr-se no solo incorpordo n mtéri 10

35 orgânic e n form minerl (Sntos, 2002), sendo n form minerl frequentemente diciondo o solo pr umentr produção vegetl (Sims et l., 2000). Os teores de fósforo no solo são gerlmente bixos, sendo que o fósforo totl nos solos pode representr pens 1/10 do teor de zoto (Sntos, 2002), e 1/20 do teor de potássio, vrindo entre 50 e 1100 mg P kg -1 (Vrennes, 2003) e torn-se mis disponível com recção do solo entre os vlores de ph de 6 7 (Sntos, 2002). Ao contrário do N, o P não se voltiliz trvés dos gses, nem se perde fcilmente por lixivição sendo gerlmente dsorvido ou precipitdo no solo (Vrennes, 2003). Nos solos cultivdos, pens 10-20% do P veiculdo pelos fertilizntes é bsorvido pels plnts no primeiro no pós plicção, em prte porque o P é dsorvido n su mtriz, ms tmbém porque difusão ocorre pens pequen distnci ds rízes, sendo o nutriente extrído pens prtir de um pequeno volume de solo, isto explic porque os gricultores, qundo o nível do nutriente é bixo, têm de plicr quntiddes superiores às extríds nulmente pel cultur (Vrennes, 2003). A bsorção do fósforo tende ser limitd pels bixs temperturs do solo, sendo que mesm, é feit trvés ds rízes, sob form iónic, trvés do ortofosfto primário (ião dihidrogenofosfto), H 2 PO - 4. Por outro ldo, em situções ssocids sobretudo vlores elevdos de ph do solo, o ortofosfto secundário (ião hidrogenofosfto), HPO = 4, tmbém é bsorvido, ms o primeiro em cerc de 10 vezes mis que o segundo (Sntos, 2002). Se o ph do solo é inferior 6 predomin o ião H 2 PO - 4, em solos lclinos predomin o ião HPO = 4 e pr vlor de ph 7, proporção ds dus forms é proximdmente igul (Blck, 1968; Vrennes, 2003). Qundo o teor de P disponível é bixo, biomss microbin e s rízes poderão umentr produção de fosftses responsáveis pel minerlizção do P (Chbot et l., 1996), no entnto, os fenómenos de minerlizção e de imobilizção do P são difíceis de prever, porque trnsformção e disponibilidde do P no solo é reguld por fctores bióticos e bióticos, trvés de processos ind deficientemente esclrecidos n litertur. Os fertilizntes fosftdos plicdos o solo rpidmente se tornm indisponíveis, devido à dsorção e formção de compostos pouco solúveis. Por outro ldo, o P orgânico pode representr té 80% do totl de P no solo (Schchtmn et l., 1998) e só se torn disponível pós minerlizção por enzims fosftses libertds pels rízes e microrgnismos 11

36 (Sntos, 2002). A imobilizção process-se trvés dos microrgnismos do solo que utilizm o P pr o seu metbolismo, ocorrendo imobilizção se rzão crbono/fósforo (C/P) for superior 300 (Sntos, 2002; Vrennes, 2003) sendo que plicção de P em forms mineris, ument minerlizção de P orgânico, pelo umento d rzão C/P (Sntos, 2002). A dsorção ou fixção do fósforo ocorre trvés de ligções os coloides (principlmente de rgils), os óxidos/hidróxidos de lumínio (Al) e ferro (Fe), coloides morfos (tipo lofn) e à MO pr todos os tipos de ph, (Smple et l., 1980; Sntos, 2002). Nos solos muito ácidos podem ocorrer teores elevdos de iões de Al, Fe e Mngnésio (Mn) em solução, que regindo com o P, formm compostos insolúveis, tis como fosftos de Al, fosftos de Fe e fosftos de Mn, respectivmente e precipitm o P em grnde extensão (Smple et l., 1980; Vrennes, 2003). Em solos lclinos ocorre precipitção de P com formção de fosftos de cálcio insolúveis pr ph entre 7 e 8,5 (Sntos, 2002; Amer et l., 1991; Smple et l., 1980). A disponibilidde de P pr suprir s necessiddes ds plnts, tendo em cont o seu crácter pouco móvel o contrário d grnde mobilidde de N (Brdy, 1990), pode ser colmtd com correcção d cidez e d lclinidde (Gerke e Meyer, 1995; Ims et l., 1997). As micorrizs rbusculres fornecem às plnts nutrientes, prticulrmente P e recebem ds plnts hidrtos de crbono (Smith e Red, 2008). Ests estbelecem relções simbiótics com rízes de mis de 95% ds fmílis de plnts (Smith e Red, 1997). O uso de micorrizs em horticultur, ument resistênci situções de stress mbientl (Azcon-Aguilr et l., 1994; Morte e Honrubi, 2002). Vil et l. (2008) verificrm num ensio com ipo, um umento de peso fresco de 18% ds plnts micorrizds em MPB, em comprção com um umento de 12% ds plnts em MPC, reltivmente às plnts controlo. Mirnd e Mirnd (2003) referirm que presenç de micorrizs mximizou o efeito do correctivo clcário. A importânci ds disponibiliddes de N e de P regul colonizção ds rízes por prte ds micorrizs, cuj quntidde foi reduzid somente qundo mbos os elementos estvm em concentrções e quntiddes suficientes, disponíveis pr s plnts (Sylvi e Nel, 1990; Jonhson et l., 2003; Blnke et l., 2005). Blnke et l. (2011), concluírm que s micorrizs melhorm nutrição ds plnts em P ms tmbém em N. 12

37 1.6. Minerlizção e imobilizção do zoto Os resíduos orgânicos incorpordos no solo, ou deixdos n superfície do solo, sofrem minerlizção com intensidde vriável, onde os compostos orgânicos solúveis são os de mis fácil e rápid minerlizção, influencindo bstnte o teor d NH + 4 no solo (Cordovil, 2004). A minerlizção é medid por microrgnismos e dição de mteriis orgânicos é um dos prâmetros que fectm ctividde microbin (Crneiro et l., 2007). Pr lém do crbono, os orgnismos do solo requerem zoto, enxofre e fósforo, num proporção respectiv de C:N:S:P de cerc de 100:10:1:1 (Vrennes, 2003). A incorporção de mteriis orgânicos o solo ument disponibilidde de nutrientes nomedmente N, P e K (Byu et l., 2006) dependendo disponibilidde destes nutrientes do gru de decomposição d MO, d quntidde de MO minerlizd, ds proprieddes do solo e ds condições climtérics (Jrvis et l., 1996; Johnston et l., 2009). Os resíduos ds culturs e os correctivos orgânicos diciondos o solo sofrem trnsformção pelos orgnismos do solo sendo um prte minerlizd fornecendo nutrientes às plnts (N, P, K, C, Mg, Fe, etc.), e sendo prte restnte humificd resultndo húmus, que corresponde à frcção mis estável d MO (Ferreir, 2009). A minerlizção dos mteriis orgânicos depende d su composição (por exemplo, d rzão C/N), ds crcterístics físico-químics (ph, teor de humidde, etc.) e biológics do solo, e ds condições climátics (tempertur e humidde) (Rees et l., 1993; Rodrigues e Coutinho, 1995; Sims, 1995; Griffin et l., 2002; Kessel e Reeves, 2002). A minerlizção do N orgânico tem váris fses: minizção (trvés de orgnismos heterotróficos, bctéris em solo neutro/básico ou fungos em meio cido), monificção (executd por orgnismos heterotróficos, verificndo-se libertção de energi e NH 3 (primeir form de N minerl), o qul, o protolizr-se origin zoto monicl, o NH + 4. A nitrificção d móni é executd por orgnismos utotróficos em dus fses: primeir executd pels nitrosomons, em que o NH + 4 é convertido em NO - 2 n presenç de O 2 e segund fse executd pel nitrobcteris, que convertem os nitritos em NO - 3 (Sntos, 2002). A nitrificção é um processo cidificnte e ocorre n presenç de oxigénio. Este processo ocorre mis rpidmente com um tempertur entre os o C (sendo o processo inibido bixo de 0 o C e cim dos 50 o C). A nitrificção é fvorecido pel presenç de NH + 4, requer presenç de C e P pr o metbolismo microbino, solos bem rejdos e recção do solo idel é próximo d neutrlidde (Boswell et l., 1985; Sntos, 13

38 2002). Pelo contrário, s bixs temperturs e o enchrcmento do solo diminuem s txs de nitrificção (Rodrigues e Coutinho, 1995). O conhecimento ds txs de minerlizção tnto dos mteriis orgânicos diciondos o solo como d MO já existente no solo torn-se essencil pr um gestão com sucesso do ciclo de nutrientes no solo de cordo com s necessiddes ds culturs, sendo pois necessário estimr s txs de minerlizção dos diversos mteriis orgânicos e influênci que estes exercem nos processos e ns proprieddes do solo (Ambus et l., 2002; Gbrielle et l., 2004; Crneiro et l., 2007), no entnto, s crcterístics deste, designdmente tempertur e humidde, fectm fortemente s txs de minerlizção (Agehr e Wrncke, 2005). Kessel e Reeves (2002), ssumirm um tx de minerlizção de 35% pr o estrume no primeiro no pós su plicção o solo. Brito (2005) refere que n Áustri tribui-se um tx de minerlizção de 25% do N no primeiro no dos compostos frescos e Eghbll et l. (2002) sugere tx de 18% pr compostos com resíduos de bovinos. Verdonck (1998) refere que disponibilidde do N no primeiro no, tendo em cont plicções de 30 t h -1, seri de 10% 15%. Amlinger et l. (2003), defendem que o N disponível às culturs vri entre 15 20% do N totl no primeiro no de plicção e nos nos seguintes o N residul é minerlizdo à tx nul de 3 8%. N Dinmrc sugere-se que os compostos de resíduos de bovinos disponibilizm, no segundo no, cerc de 10% de N, no entnto em Portugl é possível que estes vlores sejm mis elevdos um vez que s temperturs são mis elevds que nestes píses do norte d Europ (Brito, 2005). Em Portugl, especilmente ns regiões meridionis, os Verões quentes e Invernos suves crcterísticos do clim mediterrâneo, permitem um elevd ctividde dos microrgnismos responsáveis pel minerlizção durnte todo o no, desde que humidde do solo não limite o seu rendimento (Gonçlves, 2005). Os coeficientes de minerlizção d MO estável do solo são mis lentos n mior prte dos condicionlismos groclimáticos. Diferentes utores têm referido diferentes txs de minerlizção, como por exemplo, entre 1,5 2% (Sntos, 2002), de 2 3% (Gonçlves, 2005), 2 5% (Pul e Clrk, 1996), 2 3% o no (Ferreir, 2009) ou ind à tx de 1 3% (MADRP, 1997) pr frcção estável ou húmus d MO do solo. No entnto, é importnte referir que um tx reduzid d minerlizção d mtéri orgânic, em sistems de produção orgânicos, pode umentr o rmzenmento de N (Clrk et l., 1998) e reduzir s perds de N por lixivição e poluição ds águs subterrânes (Brndt e Mølgrd, 2001; Poudel et l., 2002). 14

39 As crcterístics dos mteriis orgânicos diciondos o solo tmbém influencim rpidez com que disponibilizm nutrientes nomedmente N às plnts. O N orgânico é constituído por frcção fcilmente minerlizável que fornece nutrientes no curto przo (por um ldo, os detritos vegetis de Fbáces e chorumes contribuem pr rápid disponibilidde de N, por outro ldo o estrume de viário comprdo com o de bovino, disponibiliz mior quntidde), e outr frcção resistente à minerlizção e contribuindo pr o umento d fertilidde do solo no longo przo (cso d plh e do feno) (Brito, 2007). A imobilizção do N é um processo inverso d minerlizção. Consiste n ssimilção de N pelos microrgnismos heterotróficos do solo. Ambos os processos ocorrem em simultâneo no solo, onde imobilizção é indispensável à ocorrênci d minerlizção, um vez que grnte renovção d MO e ssimilção de nutrientes pelos microrgnismos, ssegurndo ssim su multiplicção, crescimento e mnutenção d biomss e microflor ctiv do solo (Cordovil, 2004). Qundo rzão C/N é elevd, ou sej, superior 30 (cso ds plhs dos cereis em que o vlor é d ordem de 60-70), é de esperr imobilizção de N minerl, ns fses iniciis d trnsformção d mtéri orgânic, onde certmente cultur instld irá ter flt de zoto. Se rzão C/N dos mteriis orgânicos for d ordem de 20-30, não é de recer imobilizção de zoto minerl (Sntos, 2001), um vez que os mteriis orgânicos terão N suficiente pr os microrgnismos e ssim minerlizção e imobilizção do zoto equilibrm-se (Tisdle et l., 1985). Se rzão C/N for inferior 20 (como contece ns siderções de leguminoss, como é o cso d tremocilh que possui rzão C/N de 13), ocorre um umento do zoto minerl no solo, um vez que o mteril orgânico tem N que excede s necessiddes dos microrgnismos (Sntos, 2002; Cordovil, 2004). Os resíduos de origem niml, crcterizdos por possuírem bix rzão C/N, são fcilmente degrdáveis no solo e levm um rápid libertção de nutrientes disponíveis pr s plnts, especilmente de N, consequentemente, estes resíduos têm sido mplmente utilizdos como fertilizntes no MPB pr umentr disponibilidde de N pr s culturs (Teixeir et l., 2010) Voltilizção e lixivição do zoto A voltilizção e lixivição são dois processos nos quis ocorrem perds de zoto e que no MPB é importnte minimizr. 15

40 Em trblhos sobre lixivição de N foi ssumido que o N rrstdo pr lém d zon rdiculr ds plnts, é irremedivelmente perdido (Krlen et l., 1996; Wtson et l., 1993). O estbelecimento de coberto vegetl pode diminuir substncilmente quntidde de zoto presente no solo no Outono com risco de ser lixivido (Christin et l., 1992), cuj evidênci é igulmente vlid no longo przo (Mcdonld et l., 2005), onde certs culturs podem ser usds pr o esgotmento de N ns cmds inferiores do solo, como culturs retentors de N (Thorup-Kristensen, 2006). O enterrmento de leguminoss ou pstgens no solo tmbém podem levr excesso de N no solo, se o N não for utilizdo pel cultur seguinte, pode ser lixivido durnte o Inverno prticulrmente se os solos forem renosos e pobres em MO (Kyser et l., 2010), donde ns culturs de Inverno o N lixivido depende do gru de precipitção, do tipo de solo e d fertilidde dos mesmos (Thorup-Kristensen et l., 2009). A imobilizção biológic de N pode ser um bom meio de reter no solo o N potencilmente lixiviável (Rodrigues e Coutinho, 1995). Os fctores que condicionm extensão ds perds de N por voltilizção são o ph (s perds de N por voltilizção umentm com vlores elevdos de ph), os elevdos teores de crbonto de cálcio, bix CTC, textur do solo renos, tempertur elevd, o teor de humidde (em solos excessivmente húmidos e sobretudo se tempertur é elevd), quntidde e tipo de fertiliznte (nomedmente urei e forms monicis se forem plicdos à superfície em especil em solos lclinos) e profundidde de plicção (qundo os resíduos orgânicos são decompostos à superfície) (Stevenson, 1986; Rodrigues e Coutinho, 1995). O efeito do ph é crucil n formção d quntidde de NH + 4 e NH 3 ns perds de zoto sob form de NH 3 por voltilizção (Gy e Knowlton, 2009) sendo miores com ph cim de 7,3 e lts temperturs (Wiederholt e Jonhson, 2005). O NH 3 é menos solúvel que o NH + 4, sendo rpidmente convertido num gás (Gy e Knowlton, 2009). A Environmentl Protection Agency (EPA), orgnismo dos Estdos Unidos, estim que produção niml é responsável por 50 85% do NH 3 voltilizdo nquele pís, sendo certo que o moníco pode percorrer centens de km (Gy e Knowlton, 2009). A desnitrificção é processo que pode suceder em csos em que os solos fiquem lgdos por lrgos períodos de tempo, n qul, microrgnismos neróbios (que dispensm o oxigénio tmosférico e utilizm o oxigénio dos nitrtos) reduzem o NO - 3 compostos zotdos, tis como, o zoto moleculr (N 2 ) e vários óxidos de zoto (NO e N 2 O), que por 16

41 serem bstnte voláteis, conduzem perds de zoto pr tmosfer (Sntos, 2002). De cordo com o Pinel Intergovernmentl sobre Alterções Climátics (IPCC, 2001) o N 2 O tem um potencil de quecimento globl (GWP) 296 e 13 vezes superior o CO 2 e o CH 4 respectivmente, sendo um dos gses responsáveis pel diminuição do ozono d estrtosfer e é um precursor do ácido nítrico sendo, por isso, tmbém responsável pel chuv ácid. Sntos (2002) crescent que desnitrificção envolve consumo de H +, o que implic subid do ph. O rejmento do solo é o fctor que mis condicion desnitrificção, onde bixos teores de O 2 no solo resultm no incremento d síntese e ctividde de enzims desnitrificntes, restringindo o fornecimento de NO - 3, um vez que limitm nitrificção (Rodrigues e Coutinho, 1995). As perds de nturez físic são s que tem mior vlor e incluem tods s forms de zoto solúveis em águ, (s forms orgânics de estruturs complexs não são solúveis em águ), sendo que pr lém d drengem intern ou lixivição, o zoto pode igulmente perder-se por drengem extern ou erosão. As perds químics dão-se por químio-desnitrificção (fenómeno que ocorre trvés de recções em que se encontrm envolvidos os nitritos) e por libertção de NH 3, sendo que no cso d químio-desnitrificção, s perds não terão muito significdo, por outro ldo s perds de moníco tem bstnte mis significdo, se não houver form de reter o NH 3. As perds de nturez biológic dão-se essencilmente por desnitrificção (Sntos, 2002). As perds de N trvés dos processos de voltilizção do NH 3 e de desnitrificção (redução do NO - 3 ) podem ser responsáveis por perds significtivs de N que podem tingir, entre 21-77% (Tiqui e Tm, 2000) ou 16-74% em que miori ds perds de N seri cusd fundmentlmente pel voltilizção de NH 3 (Rviv et l., 2004) Azoto e fósforo n plnt Azoto n plnt O N encontr-se n plnt, reltivo à mtéri sec, em quntiddes que vão de 1 5% do totl e cerc de 40 50% do protoplsm ds céluls (Sntos, 2002). A fertilizção com N celer o crescimento vegettivo ds plnts (Witzell e Shevtsov, 2004), sendo bix disponibilidde de N condição comum mis limitnte d produção primári ds plnts (Brndt e Mølgrd, 2001; Cntrero et l., 1997; Witzell e Shevtsov, 2004), de tl modo que durnte o período de conversão do MPC pr o MPB 17

42 produtividde ds culturs podem ser prejudicds pel flt de N (Berry, et l., 2002; Clrk, et l., 1999; Png e Letey, 2000; Scow et l., 1994). Ns plnts, o N inorgânico gerlmente não é rmzend ns céluls, ms é rpidmente incorpordo em proteíns ou minoácidos, (Chpin et l., 1990), e fz prte d molécul de clorofil (Sntos, 2002). As plnts bsorvem N sobretudo trvés ds rízes, embor tmbém o possm fzer pels folhs trvés dos estoms e mcroporos d cutícul extern. O N é bsorvido pels rízes sobretudo n form nítric e monicl e ns folhs pode ser bsorvido n form mídic (Sntos, 2002). Do ponto de vist energético s plnts precem preferir bsorção de NH + 4, um vez que o NO - 3 depois de bsorvido tem de ser fortemente reduzido NH + 4, ntes de ser incorpordo em compostos orgânicos, processo o qul, consume energi (consumo de dus moléculs de NADH por cd ião de nitrto reduzido) (Tisdle et l., 1985). No entnto, como móni se nitrific rpidmente no solo, e como os nitrtos são fcilmente solúveis n solução do solo, o N nítrico torn-se frequentemente form de N mis bsorvid pels plnts. Os gricultores costumm usr fertilizntes zotdos pr umentr o rendimento ds culturs, dí tem como consequênci que muitos vegetis e culturs forrgeirs cumulm ltos níveis de nitrto (Murmoto, 1999). Em prticulr, vegetis de folhs, como espinfre, ipo, lfce que contêm teores de nitrto em níveis significtivos (Mynrd et l., 1976). Os tecidos de folhs e cule cumulm mis nitrto, seguido pels rízes (Lorenz, 1978). Dos fctores estuddos dubção zotd e intensidde d luz form identificdos como os principis fctores que influencim os níveis de nitrto nos vegetis (Cntliffe, 1973). O fcto de o N fzer prte d molécul de clorofil fz com que os sintoms de crênci possm ser visíveis ns folhs, como é o cso d cultur d lfce trvés do mrelecimento ds folhs mis velhs, ntes ds folhs jovens, fruto d mobilidde deste nutriente (Sntos, 2002). N generlidde ds plnts crênci de N mnifest-se por flt de vigor, crescimento reduzido, cules estioldos, folhs pequens e esprss, clorose ns folhs mis velhs, senescênci premtur e mturção ntecipd (Brito, 2007). O excesso de zoto, por outro ldo, pode tornr-se igulmente num problem, um vez que ument áre folir e com el superfície disponível pr fotossíntese, umentndo síntese de glúcidos, que serão convertidos em proteíns e protoplsm e ficrão em menor 18

43 proporção pr síntese de predes celulres e tecidos mecânicos, tornndo plnt mis susceptível o tque de doençs, prgs e condições climtérics dverss (Sntos, 2002). As culturs d lfce e couve repolho cultivds em Portugl no Inverno com elevd dubção zotd e com bix rdição podem ter um concentrção de nitrtos elevd ns folhs por deficiente disponibilidde de crbono fotossintetizdo que permit utilizção dos nitrtos pr síntese de proteíns (Addiscott e Benjmin, 2004) Fósforo n plnt O fósforo é um mcronutriente importnte pr miori ds plnts (Osborne et l., 2002). O P é essencil pr s plnts um vez que entr n composição de compostos fundmentis, tis como, NADPH, denosin-trifosfto (ATP), denisin-difosfto (ADP) e ácido fosfórico (H 3 PO 4 ). O fósforo é simultnemente componente importnte e estruturl dos ácidos nucleicos (DNA e RNA), fosfoproteins e fosfolípidos (Sntos, 2002; Elser et l., 1996; Sinclir e Vdez, 2002). A importânci do P no crescimento ds plnts, torn o seu interesse mior em prticulr no umento do sistem rdiculr, o que permite à plnt bsorver mis águ e nutrientes (Sntos, 2002), sendo, por exemplo, o nutriente básico ns pstgens rics em Fbáces (Crespo, 2005). Ns plnts o P inorgânico é rmzendo nos vcúolos ds céluls ds plnts, tingindo cerc de 2/3 do totl de P ns plnts (Sinclir e Vdez, 2002), sendo o P inorgânico form que se move regulrmente trvés do xilem e floem (Bloom et l., 1985) Fertilizntes Existem vários mteriis fertilizntes que podem ser utilizdos em MPB, plicdos o solo directmente ou pós compostgem, pr lém de existirem no mercdo em comercilizção, vários fertilizntes de diverss empress com vrids formulções, os quis, são referidos no Gui dos fctores de produção pr gricultur biológic (Ferreir, 2009b). A diferenç entre fertiliznte e correctivo é feit com bse nos teores mínimos de N, P, K e MO, de cordo com o qudro 1.2. (Ferreir, 2009b). 19

44 Qudro 1.2. Clssificção dos fertilizntes orgânicos de cordo com os teores mínimos, percentgem em peso do produto comercil pr clssificção enqunto dubo. Fertiliznte N orgânico P (P 2 O 5 ) K (K 2 O) N+P 2 O 5 +K 2 O MO Adubo orgânico zotdo 3% % Adubo orgânico zotdo NPK 2% 2% 2% 10% 50% Adubo orgânico NP 2% 3% - 6% 50% Adubo orgânico NK 3% - 6% 10% 50% Fertilizntes zotdos Os compostos de estrumes e de outros mteriis constituem um fonte importnte de nutrientes, um vez que possuem teores significtivos de N e de outros nutrientes e menor rzão C/N que os mteriis originis, (Brito, 2003; Ferreir, 2009). Os fertilizntes com bse em sngue, por exemplo, possuem elevdos teores de N disponível ou fcilmente minerlizável em comprção com estrumes ou compostos com bse em mteriis vegetis (Brker, 1975; Ferreir, 2009). No MPB, s culturs dependem do N fornecido pelo solo e, no cso ds Fbáces, dependem, tmbém, d fixção biológic de N por prte do rizóbio. Ests culturs com cpcidde pr fixrem N tmosférico podem ser utilizds pr siderção e, ssim, contribuir pr suprir s necessiddes de N por prte ds culturs (Berntsen et l., 2006). No nexo 8 do CBPA estão descrits s quntiddes de N fixdo por lgums Fbáces (MADRP, 1997) Fertilizntes fosftdos O fosfto de Gfs, fonte de P utilizdo nos ensios d lfce e d couve repolho deste trblho, pode ser utilizdo em MPB (Ferreir, 2009b). O fosfto é um componente de interesse gronómico nests rochs e qunto mior for o conteúdo de fosfto (P 2 O 5 ) em form de ptite, mior é o potencil económico d roch (McClelln e Vn Kuwenbergh, 2007). Os fosftos nturis rectivos, como o fosfto nturl de Gfs (região loclizd n Tunísi), são de origem sedimentr, sendo encontrdos em áres desértics de clim seco, onde predominm ptites com lto gru de substituições isomórfics de fosfto por crbonto, resultndo em cristis imperfeitos, com grnde porosidde, que lhes confere mior superfície específic, podendo ser fcilmente hidrolisdos, sendo, por isso, conhecidos como fosftos moles e de grnde rectividde (Hmmond, 1977; Peruzzo et l., 20

45 1997). O interesse n utilizção de fosftos nturis em solos ácidos dvém do fcto de possuírem crácter lcliniznte (sendo lterntiv e complemento os correctivos lclinizntes) e sturrem o complexo de fixção do solo em fósforo (Sntos, 2002). Os fosftos nturis utorizdos em AB, como o fosfto de Gfs podem ser tão eficientes qunto os fosftos solúveis (Corrê et l., 2005; Rij et l., 1992), no entnto su eficiênci depende d cultur, do tipo de solo, d dose utilizd, do ph do solo e d durção d vlição (Kochhnn et l., 1982). Os fosftos nturis são pouco solúveis em águ e necessitm de lgum cidez do solo pr solubilizr-se o longo do tempo (Goedert e Sous, 1984), de form que o fosfto de roch necessit ser plicdo ntes d clgem (Mglhães et l., 1987), tendo em tenção que num solo muito ácido, diminui solubilidde do P devido à precipitção de fosftos de lumínio, ferro e mngnês, e diminui s txs de minerlizção d MO porque prejudic ctividde microbin. Em gerl, eficiênci gronómic dos fosftos nturis é bix pr culturs de ciclo curto ou nuis, porém no longo przo su eficiênci tende umentr, sendo té gerlmente superior os fosftos solúveis (Lopes, 1999). A eficiênci do fosfto de Gfs pode ser inferior os fosftos solúveis se plicdo loclizdo (Rij et l., 1982), porque deste modo reduz o número de rízes com contcto com P, pesr de poder diminuir dsorção de P (Corrê et l., 2005), possuindo mior eficáci qundo plicdo lnço (Goedert e Sous, 1984). De outro modo, o fosfto de Gfs se plicdo lnço pode ser tão eficiente qunto os superfosftos triplos (Rij et l., 1982). A frinh de osso é tmbém um mteril com potencil pr dicionr quntiddes interessntes de P (Ferreir, 2009) Correctivos orgânicos Em MPB, o gricultor pode utilizr vris fontes orgânics como estrumes (mistur de dejectos ds cms dos nimis), e chorume (frcção líquid) (Ferreir, 2009), devendo os correctivos orgânicos ter origem n própri explorção ou noutrs explorções grícols, em regime de MPB (CE, 2007). A quntidde de mcronutrientes principis que compõem os estrumes e chorumes ds váris espécies pecuáris principis estão descrits no nexo 1 e 2 do CBPA (MADRP, 1997; Ferreir, 2009). A compostgem pelo gricultor dos estrumes e chorumes deve ser um prátic considerr no MPB (Brito, 2003; Ferreir, 21

46 2009). Diverss empress comercilizm vridíssimos correctivos pr o MPB, como é o cso d LIPOR, qul, utiliz vários mteriis no fbrico do Nutrimis pr AB: produtos horto-frutícols, restos de limentos criteriosmente selecciondos em resturntes, cntins e estbelecimentos similres, resíduos de explorção florestl (troncos, rmgens, folhgem) e resíduos verdes (flores, relvs, pods, etc.), mteriis impróprios pr consumo humno ou processmento (fruts, legumes e lcticínios em estdo sólido e mteril d pnificção, que não inclu msss frescs) e mteriis lenhosos. Os resíduos ds culturs tmbém podem ser usdos n plicção direct o solo ou em compostgem. No nexo 9 estão descrits s quntiddes de N, P e K que os resíduos de lgums culturs dicionm o solo (MADRP, 1997). O bgço de uv e de zeiton pode igulmente ser compostdos e utilizdos no MPB (Ferreir, 2009). Num vlição de treze correctivos orgânicos, Oliveir et l. (2009), concluírm que 23,1% dos correctivos nlisdos não tinhm qulidde ceitável pr serem usdos como correctivos orgânicos por serem susceptíveis de fectr produção e fertilidde do solo e outros 23,1% podim ser usdos ms com restrições, o que não deix de ser preocupnte, mesmo sbendo que são correctivos orgânicos pr o MPC Correctivos mineris lclinizntes A correcção d recção do solo fect disponibilidde de nutrientes e fect ctividde microbin (Brito, 2007). Os correctivos que podem ser usdos no MPB são o crbonto de cálcio (CCO 3 ), o crbonto de mgnésio (MgCO 3 ), o crbonto de cálcio de mgnésio (CMg(CO 3 ) 2 ), o hidróxido de cálcio (C(OH) 2 ), o oxido de cálcio (CO), o hidróxido de mgnésio (Mg(OH) 2 ) e o oxido de mgnésio (MgO) (Vrennes, 2003). A plicção de 6 t h -1 8 t h -1 de crbonto de cálcio n generlidde corrige elevndo o ph em um vlor, dependendo este vlor do poder tmpão do solo, ou sej, do teor de MO do solo, sendo que em solos ricos em MO pode ser mis elevdo e pr solos mis pobres em MO pode ser mis reduzido (Brito, 2007) O cálcio O cálcio pode-se encontrr no solo em cinco forms: n estrutur de mineris, dsorvidos n mtriz do solo, precipitdo, n solução do solo e n mtéri orgânic (Vrennes, 2003). O cálcio é bsorvido pels plnts n form iónic, isto é, C ++, sendo que, o seu comportmento é lgo semelhnte o comportmento do potássio. O ião de cálcio, C ++, é 22

47 dsorvido no complexo de troc (o cálcio de troc), constituindo quse sempre, o ctião lrgmente predominnte nquele complexo e constitui sobretudo, pós pssgem pr solução do solo, principl fonte de cálcio pr s plnts e devido à su crg (++) e á su bix cpcidde de hidrtção, é retido com um energi superior à de outros ctiões, nomedmente o potássio (K + ), sódio (N + ) e mgnésio (Mg ++ ) (Sntos, 2002). O cálcio encontr-se ns plnts em quntiddes muito vriáveis situndo-se de modo gerl elevds, entre 0,5 e 3% n mtéri sec, sendo que o cálcio é muito pouco móvel n plnt. A pouc mobilidde n plnt fz com que deficiênci de cálcio se mnifeste ns prtes mis jovens (Sntos, 2002) A cultur d lfce A lfce (Lctuc stiv) é provvelmente descendente d espécie silvestre Lctuc serriol e teve origem no Próximo Oriente e Mediterrâneo (Almeid, 2006). A lfce é domesticd desde ntiguidde, e é cultivd n região mediterrânic desde 2500.C., sendo que no Antigo Egipto er cultivd pr proveitmento de óleo extrído ds sementes e n Gréci Antig e Império Romno já er cultivd pels folhs comestíveis (Almeid, 2006). A lfce é um ds cerc de cem espécies do género Lctuc e existem pens três espécies do género que podem hibridizr com lfce, nomedmente L. serriol, L. slign e L. viros, tods els espontânes n região mediterrâne (Almeid, 2006). A lfce é plnt herbáce nul. O sistem rdiculr é prumdo, pouco rmificdo e reltivmente superficil, sendo que em cultivo intensivo de regdio riz d lfce concentr-se nos primeiros 30 cm do solo, ms pode tingir 60 cm se lfce for origind por sementeir direct (Almeid, 2006), não ultrpssndo os 50 cm se for trnsplntd (Mourão, 2007). Sendo prte ére d lfce bstnte polimórfic, o cule é curto, com 2 5 cm durnte fse vegettiv, ms long-se e rmific durnte o espigmento, podendo tingir 1 m de ltur (Almeid, 2006). Durnte fse de crescimento vegettivo s folhs encontrm-se disposts em roset, s quis, são longds nos primeiros estdos do desenvolvimento e lrgm-se qundo se inici formção do repolho (Almeid, 2006). Existem cinco grupos de cultivres n lfce: Bol de Mnteig, Btávi, Romn, Acéfl ou de corte e de Cule. A cultivr utilizd neste trblho é do tipo Btávi: form um repolho rredonddo ou ovóide, de folhs cresps com mrgens sinuoss ou recortds, 23

48 sendo que s btávis europeis se distinguem ds btávis mericns (tipo iceberg) qundo o repolho muito compcto está nitidmente seprdo ds folhs externs (Almeid, 2006). Ambs têm folhs com bordo onduldo, sendo por isso tmbém conhecids por lfces frisds (Mirnd e Fernndes, 2001). Em Portugl, o Entre-Douro e Minho (Póvo de Vrzim e Esposende), Beir Litorl (Vgos e Mir), Oeste (Lourinhã e Torres Vedrs) e Algrve (Fro, Olhão e Silves), são s regiões grícols mis representtivs em termos de áre de produção (Mirnd e Fernndes, 2001). As cultivres mis difundids em Portugl pertencem o grupo ds Bol de Mnteig, embor nos últimos nos o cultivo de Btávis (de origem europei) tenh vindo grdulmente umentr, mesmo em regiões como o Entre-Douro e Minho, onde há cerc de dus décds prticmente não existi (Mirnd e Fernndes, 2001). A lfce é cultivd pels folhs e consumid em slds (Almeid, 2006). Tem sido considerd como um plnt com proprieddes trnquilizntes (Mroto, 2000). As folhs de lfce são essencilmente constituíds por águ, ms são rics em vitmins (principlmente vitmin A e C), mineris e fibr (Almeid, 2006), como se descreve no qudro 1.3. A Tbel de Composição dos Alimentos (TAC) fornecid pelo Instituto de Súde Doutor Ricrdo Jorge vi online ( propõe seguinte composição (100 g de produto edível): (i) Águ 95,9 (g); (ii) Energi 12 (Kcl); (iii) Proteín 1,8 (g); (iv) Gordur 0,2 (g); (v) Hidrtos de crbono 0,8 (g); (vi) Fibr 1,3 (g); (vii) Vitmin A 115 (ug); (viii) Timin 0,060 (mg); (ix) Riboflvin 0,020 (mg); (x) Nicin 0,40 (mg); (xi) Vitmin B6 0,040 (mg); (xii) Potássio 313 (mg); (xiii) Cálcio 70 (mg); (xiv) Fósforo 46 (mg); (xv) Mgnésio 22 (mg); (xvi) Sódio 3,0 (mg); (xvii) Ferro 1,5 (mg). A concentrção de zoto ns folhs d cultur d lfce é de 43 g kg -1 (New Mexico Climte Center citdo por Brito, 2007). O vlor nutritivo d lfce vri em função d cor ds folhs: s mis esbrnquiçds do interior do repolho são menos nutritivs do que s folhs do exterior, sendo que s lfces de folhs e romn tendem ser mis rics em fibr, vitmins e mineris do que s lfces de repolho (Almeid, 2006). 24

49 Qudro 1.3. Composição médi ds folhs d lfce: vlores expressos por 100 g de prte comestível (Almeid, 2006). Águ (%) Vitmin A (UI) Potássio (mg) Energi (Kcl) Timin (mg) 0,04-0,07 Cálcio (mg) Proteín (%) 0,8-1,6 Riboflvin (mg) 0,03-0,07 Fósforo (mg) Gordur (%) 0,15-0,30 Nicin (mg) 0,12-0,38 Mgnésio (mg) 7-13 Hidrtos de 2,1-3,5 Ácido scórbico 3,0-24,0 Sódio (mg) 5-9 crbono (%) (mg) Fibr (%) 1,1-2,1 Vitmin B6 (mg) 0,04-0,09 Ferro (mg) 0,4-1, Morfologi A lfce é um espécie nul com ciclo reltivmente curto, cuj durção depende d cultivr, d região e d époc de produção. O ciclo culturl em estuf dur cerc de 6 8 semns n époc de Primver-Verão e semns durnte o Inverno (Almeid, 2006). De cordo com Almeid (2006), o ciclo vegettivo d lfce pode dividir-se em 5 fses: (i) germinção e emergênci; (ii) formção d roset de folhs; (iii) formção do repolho; (iv) espigmento e florção; e (v) mturção dos quénios. As fses (iv) e (v) não fzem prte do ciclo culturl destind o consumo. Por outro ldo, Mroto (2000) distingue pr o ciclo vegettivo d lfce 3 fses: (i) fse de formção de um roset de folhs; (ii) fse de formção de um repolho mis ou menos compcto; (iii) fse de reprodução ou de emissão de hste florl Desenvolvimento e exigêncis edáfo-climátics A germinção d lfce pode ocorrer em 2 3 dis com s temperturs do substrto de o C, levndo cerc de 4 6 dis 15 o C (Almeid, 2006). Após fse de desenvolvimento que se segue à emergênci ou pós superção d crise de trnsplntção, plnt produz folhs que se inserem em espirl formndo um roset e curvds pr o interior, sendo que s folhs se sobrepõem e enclusurm s folhs mis jovens, formndo o repolho, o qul, é influencido pel tempertur (especilmente nocturn) e pel luminosidde (Almeid, 2006). A formção do repolho é dificultd qundo ocorrem temperturs elevds (20 o C) durnte um período de frc intensidde luminos, ms o repolho form-se se temperturs dquel ordem ocorrerem em períodos de elevd intensidde luminos, por outro ldo, em 25

50 condições de bix luminosidde, formção do repolho é fvorecid por temperturs bixs (Almeid, 2006). As temperturs médis n ordem dos 7 o C reduzem muito o crescimento d lfce, ssim, temperturs médis de o C são considerds óptims pr produção d grnde miori ds cultivres de lfce (Almeid, 2006). No qudro 1.4., são indicds s temperturs pr cultur d lfce. Qudro 1.4. Temperturs pr cultur d lfce (Almeid, 2006). Prâmetro Tempertur ( o C) Germinção Mínim 2-5 Óptim Máxim 30 Tempertur médi mensl óptim Fse de produção de folhs di noite Fse de formção do repolho di noite 2-6 Tempertur do solo óptim A lfce pode ser cultivd com sucesso em diversos tipos de solo, embor prefir solos frescos e bem drendos, sendo que se dá melhor em solos de textur frnc ou rgilos, ricos em MO, slientndo-se que os solos renosos devem ser reservdos pr cultur de Inverno (Almeid, 2006). A sensibilidde d lfce à slinidde é moderd, e tem como máximo dmitido sem que hj redução de produtividde o vlor de 1,3 ds m -1, podendo percentgem de redução d produtividde cim do nível critico tingir os 13% por ds m -1 (Mynrd e Hochmuth, 1997). O ph óptimo situ-se entre 6,0 e 6,8 (Mynrd e Hochmuth, 1997) Instlção d cultur As forms de rmção do terreno mis comuns são em cmlhões com váris linhs, sendo que os compssos típicos pr lfce consistem em entrelinhs de cm e distânci entre plnts n linh de cm. A lfce podendo ser um cultur principl n rotção, devido o seu curto ciclo culturl, é normlmente um cultur interclr (Almeid, 2006). Assim, lfce não se deve suceder outr cultur de lfce, senso que s Brssicáces e s Fbáces hortícols são precedentes evitr, enqunto s Solnáces, Cucurbitáces e s Apiáces são bons precedentes pr cultur d lfce (Almeid, 2006). 26

51 A lfce é um cultur exigente em águ. A águ é especilmente importnte no inicio do ciclo culturl d lfce, ms o excesso de águ n fse finl d cultur fvorece incidênci de podridões do colo (Sclerotini spp.) (Almeid, 2006). As regs devem ser frequentes durnte o verão Fertilizção A lfce pós trnsplntção necessit de ter os nutrientes fcilmente disponíveis n cmd superficil do solo um vez que tem rápido crescimento e um sistem rdiculr pouco profundo. A lfce é reltivmente pouco exigente em zoto. Um solo com 5% de MO pode reduzir substncilmente necessidde de fertilizção neste nutriente (Almeid, 2006). Por outro ldo, o excesso de N pode originr grves inconvenientes: trso n formção do repolho, produção de repolhos pouco compctos, mior susceptibilidde doençs e excessiv cumulção de nitrtos ns folhs, especilmente em condições de bix luminosidde, tl como referido por diversos utores que registrm que concentrção de nitrto ns folhs de lfce em cultur protegid foi mior no inverno e menor no verão (Mynrd et l., 1976; Reinink, 1991; Almeid, 2006). Note-se que um elevd concentrção de nitrtos em produtos frescos é considerdo um perigo pr súde (Mynrd et l., 1976). É recomendd mnutenção de fertilizção d relção K 2 O/N de cerc de 4 n cultur de Inverno e de 3 n de Primver (Almeid, 2006). Diversos utores indicm que elevndo fertilizção zotd ument o tmnh d lfce e o número de folhs por plnt (Awny e Moursy, 1992), o peso fresco e produção totl (Awny e Moursy, 1992; Gwish, 1997; Cmeri et l., 2000) e o teor de nitrto ns folhs (Awny e Moursy, 1992; Bkr e Gwish, 1997). Contudo, Custic et l. (1994) concluiu que o umento d fertilizção zotd pode umentr os teores de nitrto nos tecidos d lfce, sem conduzir umentos significtivos de produção. O qudro 1.5. descreve s exportções d lfce tipo Btvi pr s produções correspondentes de cordo com o utor. Qudro 1.5. Exportções d lfce de cordo com os respectivos utores. Produtividde N P 2 O 5 K 2 O CO MgO Fonte (t.h -1 ) (Kg.h -1 ) (Kg.h -1 ) (Kg.h -1 ) (Kg.h -1 ) (Kg.h -1 ) Almeid, MADRP,

52 No qudro 1.6. estão descrits s recomendções de fertilizção, pr s produções esperds pontds, pr os mcronutrientes principis pr cultur d lfce o r livre, tendo em tenção que lfce é sensível á crênci de cálcio, mgnésio e boro (MADRP/INIAP, 2005). Qudro 1.6. Recomendção (kg h -1 ) de fertilizção de mcronutrientes principis pr cultur d lfce (MADRP/INIAP, 2005). Produção esperd (t h -1 ) N (kg.h -1 ) Fósforo (P 2 O 5 ) - níveis no solo (mg kg -1) ) Potássio (K 2 O) - níveis no solo (mg kg -1 ) < >200 < > A cultur de couve repolho A cultur de couve repolho encontr-se documentd n Alemnh desde o século XII, dmitindo-se que o ntepssdo ds ctuis brássics hortícols tenh sido originário ds zons costeirs d Europ temperd e mediterrânic (Almeid, 2006). A espécie Brssic olerce é extremmente polimórfic (Almeid, 2006). N designção genéric de couves de repolho, são incluíds tods s couves que formm um único repolho terminl, estndo neste cso tods s forms d vriedde botânic Brssic olerce L. vr. cpitt L. n qul, se inclui couve-repolho, couve-brnc, couvecorção, couve-rox e couve-lombrd (Almeid, 2006). A clssificção botânic ds couves de repolho bsei-se n distinção entre quels que formm folhs liss e s que têm folhs frisds (couve-lombrd), sendo que ns que formm folhs liss, distinguem-se ind dus forms, lb de folhs brncs e rubr de folhs com pigmentos ntociânicos (Almeid, 2006). A clssificção ctul ds couves de repolho é seguinte: () Brssic olerce L. vr. cpitt L., com dus forms: (i) lb, couve-brnc e couve-corção do tipo pontigudo (ou spitz-kohl); (ii) rubr, couve-rox e (b) Brssic olerce L. vr. sbud L. que é couve-lombrd, tmbém conhecid por couve-de-milão ou couve-de-sbói. Este grupo 28

53 de cultivres tem como sinoními frequente e legl de Brssic olerce L. vr. bullt D.C. A couve repolho é um cultur hortícol que se consome pels folhs, normlmente comercilizds em fresco e consumids cozinhds e é reltivmente ric em mineris, nomedmente cálcio, ferro, mgnésio e potássio e vitmins, com destque pr vitmin C e provitmin A ns cultivres de folhs verdes (Almeid, 2006), como se descreve no qudro 1.7., sendo o seu teor em mineris inferior o espinfre ms superior o tomte (Hui et l., 2004), sendo vriável com fertilizção e estção do no (Citk e Sonmez, 2010). Igulmente, cultur de couve repolho é tmbém ric em proteíns (Almeid, 2006). A Tbel de Composição dos Alimentos (TAC) fornecid pelo Instituto de Súde Doutor Ricrdo Jorge vi online ( propõe seguinte composição (100 g de produto edível) pr couve lombrd: (i) Águ 91,1 (g); (ii) Energi 19 (Kcl); (iii) Proteín 2,4 (g); (iv) Gordur 0,2 (g); (v) Hidrtos de crbono 2,1 (g); (vi) Fibr 3,1 (g); (vii) Vitmin A 166 (ug); (viii) Timin 0,15 (mg); (ix) Riboflvin 0,030 (mg); (x) Nicin 0,70 (mg); (xi) Vitmin B6 0,15 (mg); (xii) Potássio 252 (mg); (xiii) Cálcio 51 (mg); (xiv) Fósforo 64 (mg); (xv) Mgnésio 12 (mg); (xvi) Sódio 9,0 (mg); (xvii) Ferro 0,5 (mg). Destc-se os indícios epidemiológicos pr correlção invers entre incidênci de certos tipos de cncro (e.g. cncro do cólon) e o consumo de brássics, devido à presenç de glucosinoltos. A concentrção de zoto ns folhs d couve repolho é de 41,5 g kg -1 (New Mexico Climte Center, citdo por Brito, 2007). Qudro 1.7. Composição médi ds folhs de couve de repolho: vlores expressos por 100 g de prte comestível (Almeid, 2006). Águ (%) 92 Vitmin A (UI) 126 Potássio (mg) 246 Energi (Kcl) 24 Timin (mg) 0,05 Cálcio (mg) 47 Proteín (%) 1,44 Riboflvin (mg) 0,03 Fósforo (mg) 23 Gordur (%) 0,12 Nicin (mg) 0,3 Mgnésio (mg) 15 Hidrtos de 5,6 Ácido scórbico (mg) 47,3 Sódio (mg) 18 crbono (%) Fibr (%) 2,3 Vitmin B6 (mg) 0,1 Ferro (mg) 0,6 29

54 Morfologi As couves de repolho são plnts herbáces bienis e o seu sistem rdiculr é prumdo e superficil. N fse vegettiv, o cule é curto e não rmificdo e s folhs são normlmente espesss, glbrs, disposts em roset num primeir fse e formndo posteriormente um repolho (Almeid, 2006). As couves de repolho crcterizm-se por formrem um único repolho terminl, constituído pel sobreposição de folhs d gem terminl inserids num cule não rmificdo com entrenós muito curtos (Almeid, 2006). Ns couves de repolho existe um grnde diversidde morfológic em termos de tmnho, d form e d cor do repolho, sendo que ltur ds plnts pode tingir os cm (Almeid, 2006) Desenvolvimento e exigêncis edáfo-climátics As couves de repolho são plnts bienis, cultivds como nuis (Almeid, 2006), de crescimento reltivmente lento (Mroto, 2000). Almeid (2006) consider dus fses no desenvolvimento ds couves de repolho: fse vegettiv e fse reprodutiv, cd um ds fses com cinco estádios, ssim: Fse vegettiv: (i) germinção; (ii) emergênci e estbelecimento; (iii) formção ds folhs; (iv) formção do repolho; (v) mturção do repolho. A Fse reprodutiv, pós vernlizção (temperturs óptims de vernlizção vrim entre 4-10 o C, entre 10 e 50 dis): (i) longmento do cule; (ii) desenvolvimento dos botões floris; (iii) florção; (iv) desenvolvimento ds síliqus; (v) desenvolvimento ds sementes. Mroto (2000), citndo Biley (1963), consider somente três fses no ciclo culturl ds couves de repolho: (i) fse de crescimento d plnt, com formção bundnte de folhs, ns quis, se cumulm reservs elbords pel plnt e ocorre formção de gomos; (ii) fse de inicição d formção dos primórdios floris; (iii) fse de crescimento e lrgmento dos botões floris, que finliz com formção de flores e sementes. A germinção ocorre qundo tempertur mínim é de 4 o C e se cumulm cerc de 105 o C (Almeid, 2006). Após emergênci plnt produz folhs de desenvolvimento horizontl dquirindo form de roset, s quis, desempenhm um ppel primordil n formção do repolho, no que diz respeito à morfologi como tmbém pel trnslocção de fotossimildos, sendo que cerc de 40% do crbono ssimildo é trnslocdo pr o repolho, prtir ds folhs 30

55 externs (Almeid, 2006). A tx de precimento de novs folhs é de 0,1 0,5 por di, ou sej, cerc de 3 folhs por cd 100 o C (T 0 =0 o C) (Almeid, 2006). As couves são plnts indiferentes o fotoperíodo. Durnte o processo de formção do repolho s folhs produzids são mis lrgs, sem pecíolo, de inserção mis erect e começm curvr-se pr o interior d plnt (Almeid, 2006). As couves de repolho são culturs microtérmics, de estção fri, moderdmente tolerntes à ged, sendo que melhor qulidde é obtid em regiões com temperturs uniformes d ordem dos o C, um vez que temperturs superiores 25 o C prejudicm form e firmez do repolho (Almeid, 2006). No qudro 1.8., são indicds s temperturs pr couve-repolho. Qudro 1.8. Temperturs pr cultur d couve repolho (Almeid, 2006). Prâmetro Tempertur ( o C) Germinção - Mínim 4,5 Óptim 29 Máxim 38 Vegetção - Mínim 7 Óptim (di) e (noite) Máxim 35 Vernlizção 4-10 As couves de repolho preferem solos de textur médi ou rgilos, bem drendos pr plntções de Verão-Outono e os solos mis leves (que quecem mis fcilmente), são mis dequdos pr cultur de Outono-Primver (Almeid, 2006). A sensibilidde ds couves de repolho à slinidde é moderd, e tem como máximo dmitido sem que hj redução de produtividde o vlor de 1,8 ds m -1, podendo percentgem de redução d produtividde cim do nível critico tingir os 10% por ds m -1 (Mynrd e Hochmuth, 1997). O intervlo de ph óptimo vri entre vlores de 5,5-7,0 (MADRP/INIAP, 2005), no entnto Almeid (2006), defende intervlo óptimo de ph pr couve repolho entre vlores de 6,5-7,5, cuj tolerânci à cidez é reduzid, citndo Mynrd e Hochmuth (1997) Instlção d cultur A sementeir em tbuleiros lveoldos e trnsplntdos com riz protegid ocorre 6 semns pós sementeir, de modo que plntção poss ser feit com terreno rmdo à rs ou em cmlhões com 1 2,5 m de lrgur (Almeid, 2006). 31

56 Os compssos mis frequentes ns couves de repolho consistem em entrelinhs de cm e distânci entre plnts n linh vrindo entre 25 e 50 cm (Almeid, 2006). As couves de repolho são frequentemente culturs interclres, n execução de rotção, sendo que se devem evitr outrs culturs Brssicáces (só devem voltr à mesm folh pssdos 5 nos) como precedente culturl. Já s Aliáces, Qunopodiáces, Solnáces e Cucurbitáces são precedentes culturis que não têm inconvenientes pr s culturs de couves (Almeid, 2006). As couves de repolho são reltivmente tolerntes à secur, ms exigem bundnte disponibilidde de águ pr um bo produtividde. A reduzid profundidde rdicl útil, cerc de cm (Allen, et l., 1998, citdo por Mourão (2007)), dificult eficáci ds couves n utilizção d águ do solo (Almeid, 2006). A formção do repolho é fse crític em termos de exigêncis hídrics, podendo quele fendilhr em condições de reg deficientes (Almeid, 2006). A utilizção d reg por spersão fvorece o precimento de doençs, em prticulr podridão negr ds brássics (Xnthomons cmpestris pv. cmpestris) (Almeid, 2006) Fertilizção As couves repolho são exigentes no que diz respeito à fertilidde do solo, influencindo ssim produtividde e qulidde ds mesms. O nível de N é especilmente importnte n fse inicil d formção do repolho, no entnto o excesso de zoto, dificult formção do repolho e pode reduzir percentgem de mtéri sec, sendo que plicção de N deve ser frcciondo, com plicção de 1/3 em fundo, 1/3 plicdo em cobertur 2 3 semns pós plntção e o restnte cerc de 2 3 semns depois (Almeid, 2006). O fósforo e o potássio são igulmente importntes n fse de crescimento ds folhs externs, devendo su plicção, ser justd em função d fertilidde do solo, nlogmente est cultur é sensível crêncis de molibdénio em solos ácidos, de boro em solos lclinos e de enxofre (100 kg.h -1 ) (Almeid, 2006) e o mgnésio (MADRP/INIAP, 2005). De cordo com o CBPA (MADRP, 1997) s exportções d couve repolho pr produções entre 35 e 50 t estão descrits no Qudro 1.9. No qudro 1.10., estão descrits s recomendções de fertilizção (pr s produções esperds pontds), pr os 32

57 mcronutrientes principis pr cultur d couve repolho (MADRP/INIAP, 2005). Almeid (2006) preconiz um plicção de correctivo orgânico à rzão de t h -1. Qudro 1.9. Exportções d couve repolho (MADRP, 1997; Almeid, 2006). Cultur Prte d plnt Produção Exportções (kg h -1 ) N P 2 P 5 K 2 O Couve repolho Folhs e tlos Qudro Recomendção (kg h -1 ) de fertilizção de mcronutrientes principis pr cultur d couve repolho. Produção esperd (t h -1 ) N (kg h -1 ) Fósforo (P 2 O 5 ) níveis no solo (mg kg -1 ) Potássio (K 2 O) níveis no solo (mg kg -1 ) < >200 < > Objectivos do trblho Os objectivos deste trblho consistem n vlição dos efeitos d plicção de fertilizntes certificdos pr o MPB incluindo um fertiliznte orgânico, um fosfto nturl e clcário, n produção e n composição minerl d lfce e d couve repolho e n vlição ds intercções entre fertilizntes, com o objectivo de contribuir pr melhori ds recomendções de fertilizção no MPB pr ests culturs. 33

58 2. MATERIAL E MÉTODOS Os ensios com lfce e com couve repolho form instldos n Escol Superior Agrári de Ponte de Lim (ESAPL) (41 o N, 8 o O, 50 m de ltitude), num estuf sem climtizção (figur 2.1.). Nestes ensios só se utilizrm fctores de produção que stisfizessem legislção em vigor pr o MPB, nomedmente o Regulmento (CE) nº 834/2007 (CE, 2007). N Figur 2.1. Loclizção d estuf utilizd nos ensios em vsos d lfce e couve repolho n ESAPL Delinemento experimentl e fertilizntes utilizdos As experiêncis d lfce e d couve repolho form executds em vsos com 4 blocos csulizdos e 12 trtmentos diferentes, resultntes d seguinte estrutur fctoril com três fctores: - Fctor 1: plicção de fosfto de Gfs (Fertigfs) com 2 níveis (0 e 200 kg de P 2 O 5 h - 1 ). - Fctor 2: plicção de dubo orgânico (Nutrimis) com 3 níveis (0, 15 e 30 t h -1 ). - Fctor 3: plicção de clcário (Ferticl) com 2 níveis (0 e 8 t h -1 ). 34

59 Utilizou-se mesm csulizção pr s dus culturs, cultur de lfce e couve repolho. Utilizrm-se 48 vsos em cd experiênci, um pr cd repetição de cd trtmento. ) Fertigfs O Fosfto de Gfs utilizdo é comercilizdo pel ADP Fertilizntes S.A e tem designção comercil de Fertigfs, não existindo recomendção deste fertiliznte pr culturs hortícols, n litertur fornecid pelo fbricnte. É um dubo fosftdo constituído por fosfto nturl mcio com formulção de 0-26,5-0. Possui s seguintes crcterístics: (i) 26,5% de pentóxido de fósforo (P 2 O 5 ) totl; (ii) 15% de pentóxido de fósforo (P 2 O 5 ) solúvel em ácido fórmico 2%; (iii) gru de moend com 90% de pssgem trvés de um crivo com um bertur de mlh de 0,063 mm (ADP, 2009). De cordo com especificções do fbricnte o fosfto de Gfs present-se n form grnulométric e é fosfto de origem sedimentr. O fosfto de Gfs lém de P present riquez em C (29% de CO), enxofre, mgnésio, sódio, coblto, ferro, mngnês e zinco. O fosfto de Gfs present elevd rectividde, dd su elevd superfície específic (22,5 m 2 /g), dí que 100 kg de fosfto nturl de Gfs oferece um superfície de contcto de 225 h de solo, donde rectividde do fosfto de Gfs comprd com outros fosftos sedimentres é dd pel solubilidde no ácido fórmico 2% e pel solubilidde crbónic, respectivmente de 75-80% e 80% e 22-60% e 50% (ADP, 2009). b) Nutrimis O dubo orgânico utilizdo com designção comercil de Nutrimis pr gricultur biológic é comercilizdo pel Lipor. Este correctivo orgânico pertenci um lote que foi certificdo pr o MPB. De cordo com s especificções do fbricnte o Nutrimis é um produto feito á bse de resíduos de explorção florestl (troncos, rmgens e folhgem), resíduos impróprios pr consumo ou processmento (crnes, peixes, fruts, legumes, lcticínios, pnificção), mteriis lenhosos, resíduos verdes (flores, relvs, pods), resíduos biodegrdáveis de cozinhs e cntins e resíduos de mercdos, devidmente seprdos n origem. O Nutrimis pr gricultur biológic é conselhdo em horticultur n rzão de l (100 m 2 ) em estuf e l (100 m 2 ) o r livre. Este Nutrimis possuí s seguintes crcterístics de cordo com o fornecedor: (i) humidde <28%; (ii) M.O.> 59%; (iii) ph <9,2; (iv) condutividde eléctric <2,7 ms/cm; (v) C/N <13; (vi) P 2 O 5 >1,4%; (vii) K 2 O >1,8%; (viii) MgO = 0,47%; (ix) consumo de O 2 <6,45 35

60 mg O 2 /g MS; (x) teste de uto-quecimento (Dewr) clsse V; (xi) metis pesdos (mg/kg M.S.), de cordo com recolh de mostr e nlises efectuds pel SATIVA, referênci nº LD-08/00212 de : Cádmio totl (Cd) <1; Cobre totl (Cu) 40,16; Mercúrio totl (Hg) 0,27; Níquel totl (Ni) 7,4; Chumbo totl (Pb) 30,7; Zinco totl (Zn) 123,09; Crómio totl (Cr) 21,74. c) Ferticl O correctivo grícol lcliniznte utilizdo em pó tem designção comercil de Ferticl sendo comercilizdo pel ADP Fertilizntes S. A. Possui 96% de crbonto de cálcio (CCO 3 ) totl Ensio d lfce Instlção d cultur de lfce A vriedde de lfce (Lctuc stiv) utilizd no ensio tem designção comercil de JAZZIE d empres Rijk Zwn (lfce tipo Btávi, cv. Jzzie d Rijk Zwn). Est vriedde possui s seguintes crcterístics: - Tipo: Alfce Btávi - inclui s btávis de origem europei (conhecids por btávis) e s de origem mericn (mis conhecids por lfces do tipo Iceberg). A textur crocnte ds folhs é semelhnte ns btávis e Iceberg, no entnto, s Iceberg formm repolhos miores, mis fechdos e mis firmes que s btávis. Ambs têm folhs com o bordo onduldo sendo, por isso, tmbém conhecids por lfces frisds. - Crcterístics gronómics: plnt de cor verde-clr, com desenvolvimento constnte e uniforme e bom comportmento pernte s bixs temperturs. - Crcterístics comerciis: lt uniformidde em que densidde de folhs e o desenvolvimento d cbeç, são em form de roset. - Resistêncis: vriedde resistente o míldio: Bremi lctuce Regel 1-16 e Recomendções: recomendd pr plntções de Outono-Inverno, sendo possível colheits durnte todo o Inverno e princípios d Primver. O substrto utilizdo tem designção comercil de A17966 Try Mix for Bio P , sendo comercilizdo pel empres BVB-Bs Vn Buuren. Possui s seguintes crcterístics: (i) 100% turf e rei, próprio pr propgção de sementes; (ii) zoto 36

61 disponível: mg/l; (iii) P 2 O 5 disponível: mg/l; (iv) K 2 O disponível: mg/l; (v) ph: 5-6,5; (vi) teor de sis: <1,5 g/l. A sementeir foi relizd em tbuleiros de esferovite com 220 lvéolos (3 x 2,5 x 5,5 cm 3 ), no di 27 de Agosto de 2009, utilizndo o substrto referido e, cobrindo os lvéolos e semente com vermiculite (figur 2.2.). A emergênci ds plnts de lfce verificou-se 3 dis pós sementeir, de form homogéne. Figur 2.2. Tbuleiro pós sementeir d lfce Preprção dos vsos e trnsplntção Os 48 vsos form previmente lvdos. Em cd vso (0,25 m de diâmetro e 0,20 m de ltur) colocrm-se 8 kg de terr nteriormente recolhid entre 0 e 20 cm de profundidde num prcel d explorção grícol d ESAPL que se encontrv à dois nos em pousio e que nteriormente er utilizdo pr culturs no MPB. Cd vso foi regdo com 2 litros de águ, té o solo ficr sensivelmente à cpcidde de cmpo. Cd um dos 48 trtmentos foi preprdo no di nterior à plntção (23 de Setembro de 2009) num tbuleiro de mdeir, o qul, serviu de mes de preprção de cd trtmento (figur 2.3.). Figur 2.3. Tbuleiro pr preprção de cd trtmento, nos 8 kg de terr dicionr cd um dos 48 vsos. 37

62 A densidde de plntção utilizd pr o cálculo d fertilizção foi de plnts h - 1, que corresponde um compsso de plntção de 0,25 m x 0,20 m. Pr determinção d quntidde de Fertigfs (nível 200 kg P 2 O 5 h -1 ), Nutrimis (níveis 15 e 30 t h -1 ) e Ferticl (nível de 8 t h -1 ), que se dicionou em cd trtmento considerou-se o teor de P 2 O 5 pr o fosfto de Gfs e o vlor neutrliznte do Ferticl. A trnsplntção foi relizd no di 24 de Setembro de Os vsos ficrm o r livre té o di 6 de Outubro, ltur em que form colocds no interior d estuf. A figur 2.4. mostr o specto gerl do ensio pós trnsplntção. Figur 2.4. Os 4 blocos e respectivos 48 vsos pós trnsplntção d lfce. As plnts provenientes do viveiro form seleccionds pel homogeneidde pr serem trnsplntds Preprção ds plnts de viveiro, composto e solo pr nálise No di em que se executou trnsplntção, form seleccionds 40 plnts de lfce, constituindo 4 grupos de 10 plnts. Ests 40 plnts, representtivs ds plnts trnsplntds pr os trtmentos, form lvds em águ corrente, com o objectivo de lhes serem retirds o substrto, pr ficrem com riz nu. De imedito form secs com ppel bsorvente e seprds riz d prte ére pelo colo d plnt (figur 2.5.). Foi determindo o peso fresco d cd prte ére (PA) e de cd riz (R) ds 40 plnts de viveiro. 38

63 Figur 2.5. Seprção prte ére/riz pr determinção de peso fresco. As plnts provenientes do viveiro form em seguid colocds n estuf durnte 2 dis à tempertur de 65-75oC, seguido de 103oC durnte 4 hors, pr posterior determinção do peso seco. No di d trnsplntção, form colhids 6 mostrs de solo (S) com cerc de 0,5 kg cd, s quis, form dividids em mostrs de 400 g e 100 g. As mostrs de solo de 100 g, devidmente identificds, form colocds de imedito no congeldor (pr posterior nálise os extrctos com KCl pr determinção do zoto minerl N-NH4+ e N-NO3-), enqunto s de 400 g form conservds no frigorífico (pr determinção d humidde, ph, CE, MO, P2O5, K2O, e pr produção de mtéri sec pr digestão sulfúric (pr determinção de N e P) e digestão nitro-perclóric (pr determinção de K, C, Mg e Fe). Colherm-se 6 mostrs de Nutrimis (composto C) com cerc de 0,5 kg cd, s quis, form dividids em mostrs de 400 g e 100 g cd, pr conservção tl como referido pr os solos e subsequente nálise. Foi determindo percentgem de mtéri sec (MS) do solo e do composto trvés do método grvimétrico por secgem 105 oc Cuiddos, regs e trtmentos fitossnitários Durnte o ciclo vegettivo d lfce té á colheit houve o cuiddo de eliminr tod s infestntes logo pós emergirem pr que não houvesse bsorção de N pels infestntes. Todos os vsos form colocdos sobre um prto com finlidde de recolher os lixividos, os quis, form recolocdos no vso. 39

64 Efecturm-se regs nos seguintes dis: à trnsplntção (2 L /vso); 26 de Setembro (0,5 L/vso); 4 de Outubro (1 L/vso); 25 de Outubro (0,25 L/vso); 10 de Novembro (0,5 L/vso) e 24 de Novembro (1 L/vso). Totl de regs: 5,25 L/vso. Relizrm-se dois trtmentos fitossnitários, 9 e 25 de Outubro, com um fungicid pr combte do míldio (Kocide DF d Agroquis groquímicos S.A.) (Agroquis, 2009), em grânulos dispersáveis em águ (WG), e com 35% (p/p) de cobre (sob form de hidróxido de cobre). O Kocide DF é um fungicid cúprico de cção preventiv, possuindo tmbém cção bcteriostátic e está utorizdo pr plicção em MPB (DGADR/DSPFSV, 2009). A persistênci de cção deste fungicid é de dis. O Kocide DF é conselhdo n dose de 300 g por 100 L/águ, por isso, foi plicdo com concentrção de 3 g/l Colheit d lfce A colheit ds 48 lfces foi efectud no di 2 de Dezembro de 2009, 69 dis pós plntção. O processo de colheit foi executdo d seguinte form (figur 2.6.): O torrão de terr com plnt foi retirdo com ligeiro btimento n bse do vso ()). Posteriormente foi colocdo num blde com águ pr fcilitr seprção d terr, ds rízes d plnt. Est tref foi relizd mnulmente (b)). Com águ corrente retirou-se o resto d terr té á riz nu (c)) e colocou-se plnt com s rízes no respectivo vso. ) b) c) Figurs 2.6. Sequênci d colheit d lfce em cd trtmento: ) Seprção do torrão de terr do vso; b) seprção do solo ds rízes; c) lvgem ds rízes. Posteriormente s plnts form colocds em sco de plástico, devidmente identificds e trnsportds pr o lbortório, onde form seprds pelo colo. Procedeu-se então à determinção do peso fresco d prte ére e ds rízes ds plnts de cd trtmento. De seguid form colocds em sco de ppel, e colocds n estuf à tempertur de 65 o C, 40

65 durnte cerc de dois três dis, no fim dos quis, foi determindo o peso seco d prte ére e d riz d plnt de cd trtmento Ensio d couve repolho Instlção d couve repolho A cultivr de couve repolho ( Brssic olerce vr. cpitt) utilizd nest experiênci tem designção de Corção de Boi (cv. Corção de Boi d Biosom, comercilizd pel Germisem-sementes Ld., semente nº ). Est cultivr está certificd pr o MPB pel Biogrnti BLIK e possui s seguintes crcterístics: repolho de corção volumoso, chtdo, firme e bem estruturdo de cor verde-clro e pé curto; couve muito produtiv, rústic e semi-precoce. Est couve conselh-se que não sej semed durnte dois nos consecutivos no mesmo locl. A sementeir foi efectud em tbuleiro de esferovite, do mesmo modo descrito pr lfce. O substrto utilizdo foi o mesmo que se utilizou n lfce. A sementeir foi executd em 10 de Abril de Figur 2.7. Tbuleiro com plnts de couve repolho lguns dis pós emergênci. A emergênci ds plnts de viveiro d couve repolho deu-se 10 dis pós sementeir nos tbuleiros (figur 2.7.) Trnsplntção e preprção dos vsos A trnsplntção foi relizd no di 3 de Mio de 2010, pr vsos (0,26 m de diâmetro e 0,23 m de ltur). Em cd vso form colocdos 11 kg do mesmo solo já referido no ensio d lfce. Cd vso foi regdo com 1 litro de águ, té o solo ficr à cpcidde de cmpo. 41

66 ) b) Figur 2.8. ) Vso, solo e emblgens com os fertilizntes utilizdos no trtmento mis fertilizdo e b) specto d plicção do trtmento (200 kg P 2 O 5 h -1, 30 t h -1 de composto e 8 t h -1 de clcário). A preprção de cd um dos trtmentos foi efectud tl como pr lfce. N figur 2.8., é presentdo: ) o vso 43 e b) specto d preprção do vso 43 com fosfto de gfs (200 kg P 2 O 5 h -1 ), correctivo orgânico (30 t h -1 ) e clcários (8 t h-1) esplhdos uniformemente no solo. A densidde de plntção considerd pr o cálculo ds doses dos fertilizntes foi de plnts/h -1, correspondente um compsso de plntção de 0,40 m x 0,50 m. Figurs 2.9. Os 4 blocos e respectivos 48 vsos pós trnsplntção d couve repolho. Tl como pr lfce s plnts trnsplntds form seleccionds pel homogeneidde. Os vsos prontos form colocdos no interior d estuf (figur 2.9.) no di d trnsplntção em cim dos prtos pr recolh dos lixividos. No di 5 de Junho form trnsferidos pr o exterior d estuf pr se evitrem s elevds temperturs tingids no interior d estuf Preprção ds plnts de viveiro, solo e composto pr nálise Utilizrm-se 40 plnts (4 grupos de 10) n fse de trnsplntção pr proceder à determinção do peso fresco e do peso seco médio de cd plnt (folhs e rízes 42

67 seprdmente) d mesm igul form à nteriormente descrit pr lfce. N figur 2.10., está um plnt de viveiro tipo de couve repolho. Figur Plnts de viveiro tipo de couve repolho. Tl como descrito pr o ensio d lfce procedeu-se à colheit e nálise de 6 mostrs de solo e do composto Cuiddos, regs e trtmentos fitossnitários Os vsos form identificdos de cordo com o método utilizdo pr cultur d lfce. Form cortds s plnts infestntes imeditmente á emergênci pr evitr consumo de N e recolocdos os lixividos do prto. A reg foi relizd mnulmente sempre que necessário, com quntiddes vriáveis entre 0,25 L e 0,75 L por vso, e um periodicidde de 1 4 dis dependente d evpotrnspirção, pr evitr que o crescimento ds plnts fosse limitdo pel flt de humidde no solo. N totlidde ds regs utilizrm-se 17 litros de águ por vso. Relizou-se um trtmento fitossnitário com um insecticid Spintor 480 SC d Dow AgroSciences, e comercilizdo em Portugl pel Lusosem produtos pr Agricultur S.A. no di 6 de Junho. Este insecticid, utorizdo pr MPB (DGADR/DSPFSV, 2009), é um suspensão concentrd (SC) com 480 g/l de spinosde e tem como modo de cção fundmentlmente por contcto e ingestão. Aconselhdo pr horticultur protegid e r livre n couve repolho pr o combte d lgrt mineir ds folhs (Liriomyz trifolii) e tripes (Thrips sp.) n dose de 20 cc/100 L de águ, com o máximo de 2 plicções té às 6-8 folhs verddeirs e tem 3 dis de intervlo de segurnç. 43

68 Relizou-se igulmente um trtmento fitossnitário no di 19 de Julho com o fungicid Kocide DF d Agroquis groquímicos S.A. pr combte bcterioses (Agroquis, 2009), já referido pr lfce, n dose de 3 g / 1 L de águ, igulmente utorizdo pr MPB (DGADR/DSPFSV, 2009) Colheit d couve repolho A colheit ds 48 plnts de couve repolho foi executd no di 29 de Julho de 2010, 87 dis pós plntção. O processo de colheit foi executdo com todos os cuiddos descritos pr cultur d lfce (figur 2.11.). Figur Seprção d terr ds rízes d couve repolho. Após colheit de cd plnt form seprds prte ére d riz devidmente identificds e determindo o peso fresco e o peso seco, tl como referido nteriormente pr lfce Colheit de mostrs e métodos de nálise lbortoriis Análise ds plnts O peso fresco e o peso seco ds folhs e ds rízes (ds plnts de viveiro e ds plnts colhids) d lfce e d couve repolho form determindos com blnç de precisão. Pr produção de mtéri sec pr relizção ds digestões, s plnts form moíds num moinho de precisão Retsch GM 200. Os digeridos form nlisdos por espectrofotometri de bsorção moleculr, pós digestão ds mostrs em ácido sulfúrico (N e P). O K foi determindo por fotometri de emissão de chm e o C, o Mg e o Fe 44

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