Pelo estudo, cerca de 13 milhões de brasileiros estão envolvidos diretamente com alguma atividade empreendedora.
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- Bruna Brunelli Cerveira
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1 1 Grande Expediente proferido pela Dep. Profª Raquel Teixeira Brasília, Uma recente pesquisa publicada pelo Global Entrepreneurship Monitor coloca o Brasil em 7º lugar entre as nações mais empreendedoras do mundo, à frente de países como Japão, Alemanha e França. Pelo estudo, cerca de 13 milhões de brasileiros estão envolvidos diretamente com alguma atividade empreendedora. E qual não foi o brasileiro, que pelo menos por uma vez sequer, não sonhou em abrir o seu próprio negócio, ou não sonhou em ser o patrão do seu destino? Não são poucos, eu tenho a mais absoluta certeza. Assim como tenho a certeza de que a infinita maioria que sonha ou que está desenvolvendo alguma atividade empreendedora não teve a oportunidade de buscar ou de encontrar informações, produtos os serviços que contribuíssem para o sucesso de seu negócio. E nesse ponto senhor Presidente, nós entramos em outra estatística, que mostra como o sonho pode se transformar em pesadelo, pois 45% das pequenas empresas fecham as portas antes de completar o segundo ano de vida. E sabem por que isso acontece? Na maioria dos casos, por falta de informação! Por simples desconhecimento sobre as linhas de crédito existentes, sobre o mercado, sobre o concorrente e até mesmo sobre o seu próprio negócio.
2 2 E isso se agrava quando consideramos outros fatores econômicos, pois o Brasil é a 4ª nação do planeta com maior custo para a demissão de empregados, a 5ª onde se leva maior tempo para se abrir legalmente uma empresa e a 21ª onde se leva mais tempo para se encerrar um contrato mercantil. Nesse ambiente, o risco do investimento acaba ficando bem acima da média mundial, pois enquanto na União Européia e nos Estados Unidos o empresário consegue reaver até 70% do capital investido quando a empresa quebra, no Brasil o que se costuma ver é a perda total dos investimentos, além do acúmulo de dívidas trabalhistas e judiciárias. O quadro é desfavorável, senhoras e senhores, mas o brasileiro é daquele povo que não desiste nunca! Mesmo contra todas intempéries econômicas, sufocado por uma carga tributária que retira do caixa da empresa 4 de cada dez reais comercializados, o brasileiro ainda consegue manter abertas cerca de 4,5 milhões de empresas formais. Este efetivo, é bom ressaltar, é composto em sua maioria por micro e pequenos empreendimentos, que respondem por 99% de todas as empresas em atividade no País. Nas micro e pequenas empresas, está empregada 68% da mão-de-obra assalariada do País. Elas também são responsáveis por 48% do Produto Interno Bruto nacional e por ser a porta de entrada do jovem no mercado de trabalho. Em Goiás, no meu Estado-natal, as micro e pequenas empresas somam empreendimentos, onde estão legalmente contratados trabalhadores.
3 E se Goiás, a cada dia, alcança melhores posições nos rankings nacionais de produtividade e crescimento, muito devemos às micro e pequenas empresas. A política austera do governador Marconi Perillo e sua visão focada no princípio básico do desenvolvimento socioeconômico, ajudaram a criar um ambiente favorável para as micro e pequenas empresas goianas. Para o setor, o governador Marconi Perillo baixou o ICMS de 17% para 12%, beneficiando mais de 52 mil micro e pequenas empresas. Também criou linhas específicas para financiamento, como a GoiásFomento e Banco do Povo, lançou o Farol da Micro e da Pequena Empresa, além de promover feiras e encontros setoriais. Com isso, se levarmos em conta apenas os últimos seis anos, o crescimento econômico do estado é bastante representativo. Nesse período, o PIB goiano saltou de 17 bilhões de reais para 39 bilhões de reais; a renda per capita saltou de reais para 7 mil reais; e a produção de grãos saltou de seis milhões para 13 milhões de toneladas anuais; o volume de exportações do Estado passou de 327 milhões de dólares para 1,4 bilhão de dólares, um expressivo crescimento de 330%, em apenas meia década. Neste Goiás que acertou o rumo, a taxa de crescimento anual é 50% superior à do Brasil. 3 Estas ações governamentais muito contribuíram para a arrancada de Goiás no cenário econômico nacional, mas o Governo do Estado teve um grande parceiro em todas as suas empreitadas.
4 4 Falo do Sebrae, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, um entidade que há mais de três décadas apóia o surgimento e o fortalecimento das micro e pequenas empresas em Goiás. Administrado desde 2003 pelos diretores Gilvane Felipe, Carlos Alberto Guimarães e Ney Borges, o Sebrae tem sido o responsável direto por uma série de ações positivas que fazem de Goiás um Estado melhor a cada dia. Sendo uma instituição técnica, de apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte, voltada para o fomento e difusão de programas e projetos que visam à promoção e ao fortalecimento das micro e pequenas empresas, o Sebrae trabalha de forma estratégica e inovadora para fazer com que as pequenas empresas tenham as melhores condições possíveis para uma evolução sustentável e duradoura. Graças à sua flexibilidade, o Sebrae consegue levar para todo o Estado de Goiás informações sobre a Cultura Empreendedora, Orientação Empresarial, Acesso a Mercados, Negócios Culturais e Turismo, e Acesso à Tecnologia, seja através do atendimento presencial, das consultorias, das feiras e exposições, ou mesmo por meio do desenvolvimento e promoção dos arranjos produtivos locais. E nestes últimos anos, particularmente, o Sebrae tem desempenhado uma atuação irretocável e dinâmica, sem precedentes em sua história, alcançando resultados bastante expressivos. E não são apenas resultados numéricos. O Sebrae conseguiu resgatar o sentimento de goianidade de nosso povo, lançando o Projeto Goiás é Bom Demais!
5 Com este projeto o Sebrae está atuando de forma estratégica em setores potenciais como o turismo, a moda, o artesanato, o patrimônio natural e cultural, a gestão do conhecimento, os econegócios e a biodiversidade, orientando como os empresários destes setores podem agregar valor aos seus produtos e serviços, utilizando a cultura goiana como diferencial competitivo. Para isso, o Sebrae realizou um ousado estudo iconográfico, que levou dois anos para estudar e pesquisar a formação cultural do povo goiano, bem como a sua arqueologia, arquitetura, arte religiosa, atrativos naturais, fauna, flora, folclore e cultura. Também no setor cultural, o Sebrae partiu para questões que até então ainda não haviam despertado interesse, como a promoção e a realização do Encontro Afro-Goiano e do Empório Sebrae Fica de Cinema e Vídeo. Com o Encontro Afro-Goiano o Sebrae pretende não só resgatar e valorizar a importância das comunidades afrodescendentes para a formação de nossa sociedade mas, sobretudo, transformar os costumes, a culinária, os rituais, as crenças, a beleza e os valores negros em negócios sustentáveis, melhorando a qualidade de vida e gerando emprego e renda para estas comunidades. Durante o Empório, o Sebrae promove consultorias internacionais, propiciando o intercâmbio entre produtores, distribuidores e representantes, possibilitando o estabelecimento de parcerias estratégicas e produtivas, bem como realiza oficinas, debates, palestras, reuniões e apresentações culturais do povo goiano. 5 Em uma de suas ações de maior destaque, por exemplo, a Feira do Empreendedor, o Sebrae conseguiu capacitar e
6 repassar informações para 37 mil empreendedores, em apenas quatro dias. Em uma pesquisa durante a Feira, constatou-se que 97% dos participantes garantiram que as informações repassadas contribuíram, e muito, para concretizar a abertura de suas empresas. Outros 96% disseram que a Feira alcançou totalmente o objetivo de conhecer produtos e serviços inovadores e 94% dos entrevistados disseram que a Feira do Empreendedor contribuiu para tornar realidade o sonho de montar o próprio negócio. 6 Contudo, senhores deputados, senhoras deputadas, se o estado e o Sebrae estão fazendo a sua parte, nós também precisamos fazer a nossa. Encontra-se em tramitação nesta Casa, aguardando votação, a chamada Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que precisamos olhar com atenção e carinho. É a emenda substitutiva aglutinativa ao Projeto de lei Complementar nº 123, de 2004, de autoria do Líder de meu partido, Deputado Jutahy Júnior. Entre os principais pontos da Lei estão a criação de um Cadastro Único; a arrecadação unificada de tributos federais, estaduais, e municipais; o respeito às diferenças de enquadramento e porte; além da criação de regras de transição, preservando-se as garantias e estímulos já alcançados pelas pequenas empresas. A Lei Geral também racionaliza e reduz a tributação, e cria o Supersimples, dando a opção para que prestadores de serviço sejam contemplados pelo sistema.
7 Atualmente, a lei do Simples só é aplicada a tributos federais e apenas 21 Estados possuem regras de incentivo aos pequenos negócios. Com a aprovação da nova lei, todas as micro e pequenas empresas com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões poderão aderir ao Simples o limite atual é R$ 1,2 milhão. Portanto, meus colegas, o futuro das 4,5 milhões de micro e pequenas empresas formais e das 10 milhões de empresas informais do nosso País está em nossas mãos. 7 Eu não tenho dúvidas de que a Lei Geral será um divisor na linha do tempo do empreendedorismo no Brasil. E saber conjugar o verbo empreender é o caminho certo para produzir, exportar, gerar emprego, crescimento econômico e prosperidade. Muito obrigado a todos!
Levantamento Qualitativo e Quantitativo
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