UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CONTADOR

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CONTADOR Ivanize Chagas de Almeida Lopes PROFESSOR ORIENTADOR: PALMIRO F. COSTA Rio de Janeiro 2002

2 ii RESPONSABILIDADE SOCIAL DO CONTADOR Ivanize Chagas de Almeida Lopes Rio de Janeiro 2002

3 iii Agradeço a meu marido, pelo apoio, amor, colaboração na construção deste trabalho e paciência pelas ausências nas tardes de sábado.

4 iv Se quisermos um ano de prosperidade, devemos cultivar grãos. Se quisermos dez anos de prosperidade, devemos cultivar árvores, mas se quisermos cem anos de prosperidade, devemos cultivar pessoas. (Provérbio Chinês)

5 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 CAPÍTULO I A PROFISSÃO CONTÁBIL E O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA OS DESAFIOS DA PROFISSÃO CONTÁBIL NO III MILÊNIO PROFISSIONAL CONTÁBIL RUMO À GLOBALIZAÇÃO O PERFIL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL DO FUTURO FATORES INFLUENTES NA CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL PROFISSIONAL... 9 CAPÍTULO II RESPONSABILIDADE SOCIAL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL A CONTABILIDADE SOCIAL OS INVESTIMENTOS SOCIAIS EMPRESARIAIS CAPÍTULO III BALANÇO SOCIAL RELEVÂNCIA DA DEMONSTRAÇÃO APRESENTAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA... 29

6 2 INTRODUÇÃO Todo ser humano tende sempre a procurar o que ocorre ao seu redor para melhor poder participar no contexto da Sociedade, como cidadão e como profissional. A história demonstra que na sociedade dinâmica em que estão inseridas as profissões de hoje não há mais sentido perguntar se haverá mudanças. O problema é antes como os profissionais podem enfrentar a inevitável bateria de mudanças que os assedia diariamente e manterem-se viáveis. Embora as mudanças façam parte da vida, para serem eficazes os profissionais não podem mais contentar-se com deixá-las acontecer. Têm que ser capazes de desenvolver estratégias para planejar, dirigir e controlar as mudanças. Hoje, mais do que nunca, é preciso uma visão abrangente e com profundidade das novas situações exigidas pelo mercado globalizado. Vivemos uma era de intensas mudanças em ritmo acelerado, onde todas as profissões estão passando por um profundo processo de reflexão, para avaliar se a sua atuação está condizente com os novos preceitos e exigências impostas pela globalização. O profissional Contábil vive um momento de aflição. A interligação inexorável da internacionalização da Ciência Contábil é um fato consumado. O mundo mudou. Os caminhos da Ciência Contábil que nos trouxeram até aqui não são do mesmo tipo e espécie dos que poderão nos conduzir daqui para frente. A história já não ensina muito mais. Estamos vivendo, como profissionais da Contabilidade, em uma Sociedade espantosamente dinâmica, instável, evolutiva e de transformação. A única certeza estável é que tudo muda. Refletir sobre a atividade da profissão é o que a aldeia global quer, é uma necessidade para qualquer profissional desejoso de progredir e condição sine qua non para não perder espaço na Sociedade, sendo, portanto um imperativo de alerta, o dever indeclinável de mostrar o quão somos importantes no contexto social com competência e lucidez. Este trabalho pretende enfocar, chamar atenção e apresentar que o profissional contábil deve assumir uma nova postura frente à um novo mundo, buscando um perfil audacioso para mudanças às exigências do mercado globalizado, e, assim, o seu

7 3 desenvolvimento e valorização profissional, com responsabilidade social; focar e valorar a Contabilidade e a importância do Balanço Social como instrumentos de transparência de dados gerenciais, dentro do processo de gestão, mediante o uso de tecnologia da informação para disponibilizar, em tempo integral, o maior número de informações aos usuários. Seus reflexos no fluxo de informações, controles, análises, indicadores de desempenho, tomadas de decisões, diretrizes e regras são determinantes nos processos de gestão; e também propor a discussão, de forma crítica, dos investimentos sociais das empresas no Brasil e a sua contribuição para o processo de mudança, não somente do perfil deste segmento da sociedade, como sua influência na formação de um outro que seria a do futuro profissional da contabilidade, também e principalmente envolvido no processo globalizante de reformas impostas pela crescente tecnologia nos meios de produção.

8 4 CAPÍTULO I Neste capítulo será apresentado o profissional contábil, o que ele deve fazer e quais as qualidades que ele deve ter para se adequar às novas necessidades do mundo globalizado. Pretende-se também identificar os desafios da profissão contábil com a globalização, como o profissional contábil irá superá-los, o novo perfil deste profissional e os fatores que influenciam na construção deste perfil A PROFISSÃO CONTÁBIL E O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA O mundo se transformou em uma grande aldeia global, como já era previsto pelos pensadores há algumas décadas atrás. Essa globalização trouxe junto com seus benefícios uma série de preocupações e grandes dificuldades para o homem. A qualificação profissional é o mais importante item a ser levado em consideração para servir como um efetivo veículo de ascensão, ou pelo menos de manterse presente na aldeia global. O processo de qualificação é árduo, pois ele exige, obrigatoriamente, empenho, disciplina, persistência, disposição, vontade inigualável de conhecer novos métodos existentes no planeta e, ainda por cima, conhecer como deve se comportar no presente e futuro. A necessidade de conhecer o presente e futuro é de suma importância, pois o mundo está mudando muito rapidamente, e o profissional deve ter a perspicácia de saber o momento certo de participação e avanços. Por sua vez, o profissional contábil deverá se reciclar para acompanhar esta evolução. É chegada a hora de prever as mudanças em seu ambiente e não apenas reagir a elas, pois o mundo globalizado exige profissionais multifuncionais, eficientes, criativos, com visão de futuro, senso de oportunidade, intuitivos e, principalmente empreendedores. Vai se tornando indispensável o conhecimento não apenas de sua área de atuação, mas da linguagem da aldeia global. Além das habilidades específicas da profissão, garra e

9 5 coragem são determinantes. Para poder responder às mudanças são fundamentais entender claramente qual a sua importância e atividade na Sociedade OS DESAFIOS DA PROFISSÃO CONTÁBIL NO III MILÊNIO No mundo globalizado as mudanças são velozes e há os que correm para o futuro, os que caminham e aqueles que são tragados, sendo arrastados pelas transformações. Para sobreviver neste novo milênio, o profissional da Contabilidade deve possuir, além do conhecimento, qualidade fundamental, agilidade, perspicácia e disponibilidade para resolver os problemas que surgem não os empurrar para o próximo da fila. Será valorizado aquele que assumir responsabilidades, ter iniciativa, boas idéias e soluções para as questões cotidianas ou não. Nesse novo contexto o profissional contábil tradicional tende a ser extinto. Todavia, a competição entre as empresas, cada vez mais exige profissionais diferenciais, gerando outras funções para a classe contábil. Teoricamente, as necessidades estão aí, basta supri-las. Este é o momento ideal do profissional contábil retomar espaços, além de, quem sabe, conquistar novos terrenos. milênio? Mas, quais seriam, afinal, os desafios da profissão contábil nesse limiar de O primeiro desafio, que será vencido concomitantemente com os demais, é mudar a imagem. O profissional contábil deve ser e passar a imagem de uma pessoa dinâmica, bem informada, deter as informações, saber utilizá-las e saber retransmiti-las. O segundo é abandonar a idéia da Contabilidade tradicional, tal tarefa continuará sendo feita, pelo menos a curto prazo, diante das exigências fiscais e legais, mas o profissional da Contabilidade do novo milênio irá apenas supervisionar o trabalho, esclarecendo dúvidas, solucionando problemas e desenvolvendo o aspecto estrategista. O terceiro desafio é deter a informação de tudo que ocorre na empresa, tratar esses dados de forma que sejam úteis aos gestores do negócio e conquistar um canal aberto

10 6 de comunicação com os usuários, pois é de vital importância que as mesmas estejam adequadas às suas necessidades, sob pena da perda de utilidade das mesmas, bem como do executor. Finalmente, deve tornar-se imprescindível nas empresas, ou seja, de tal forma se impor que torne a pessoa à qual sempre se consulta antes da implementação de um novo projeto, bem como, durante e pós-implantação PROFISSIONAL CONTÁBIL RUMO À GLOBALIZAÇÃO Um dos assuntos da moda é Globalização, isto porque, este processo de integração mundial está ocorrendo em todos os setores da Sociedade e por isso, de algum modo, afeta a vida de todos. A Contabilidade, dentre diversos conceitos existentes, é uma ciência social que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio das entidades informando, avaliando e demonstrando a seus usuários análises de natureza física, econômica, financeira e de produtividade. A Contabilidade, assim como qualquer outra ciência, está em constante mutação frente aos mais variados acontecimentos dos dias de hoje. Enfrentamos neste momento, uma globalização política-econômica-profissional. Esse fato gera grandes revoluções nas formas de atuação das profissões e de seus profissionais. Como não poderia ser diferente, a Contabilidade e seus profissionais habilitados também estão passando por mudanças. Dessa forma, o profissional habilitado para exercer a Contabilidade em uma entidade deve manter-se atualizado e em constante aperfeiçoamento para enfrentar os desafios, as mudanças existentes e provenientes dos próximos anos, haja vista que uma entidade é circunscrita por inúmeras variáveis. Muito além da empregabilidade, do aprendizado de línguas e da informática está a consciência humana de aprendizado permanente. A todo momento nos perguntamos o que devemos fazer para transitar e sobreviver na nova economia globalizada, e a resposta mais imediata é o constante aperfeiçoamento de nosso aprendizado. Frente a esses fatos o profissional contábil deve interagir com os profundos e irreversíveis desafios que a globalização está impondo na atualidade. O mundo dos

11 7 negócios não é mais limitado por fronteiras geográficas e está se tornando cada vez mais complexo. Afinal, o que é globalização? É um processo de integração mundial que vem ocorrendo em todos os setores expressivos da Sociedade, em especial nos setores econômico, financeiro-contábil, das comunicações e dos negócios. A internacionalização da profissão contábil é uma via sem retorno diante do processo globalizador. Querer desprezar seus impactos em nossas vidas é uma posição de alto risco, podendo representar uma medida irresponsável. É perder mercado de serviços, ficar excluído da profissão, ser omisso em relação à Sociedade onde vivemos. As empresas precisam de nossos serviços, os empresários necessitam de nosso assessoramento e a aldeia global exige o nosso respaldo para ter confiabilidade. Se aceitarmos que o processo de globalização é irreversível, devemos entender esses problemas e distorções buscando alternativas que possam oferecer ao usuário da informação contábil, instrumentos de avaliação uniforme. Ou atingimos eficazmente esses caminhos ou o usuário da informação contábil buscará outras fontes que lhes sejam úteis para atingir seus objetivos. Visto dessa forma, fica cada vez mais evidente que os profissionais da Contabilidade têm a necessidade de aperfeiçoar seus conhecimentos em diversas áreas técnicas, gerais e comportamentais para cumprir corretamente as obrigações O PERFIL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL DO FUTURO O perfil do profissional do futuro está mudando velozmente o que impede que se possa fazer projetos a longo prazo. O que se pode fazer é optar pelos caminhos com maior ou menor ousadia e à medida que os novos caminhos vão sendo trilhados, novos desafios vão surgindo, alterando não só as expectativas mas também colocando o caminho percorrido sob nova perspectiva. Aliás, ousadia, desejo de aprender constantemente e a capacidade de lidar com o conhecimento são pontos chaves para o profissional do futuro ser bem sucedido. A ousadia é importante pois ela possibilita a mudança. Muitas funções e cargos estão sumindo ou exigindo uma requalificação profissional, à medida que novos cargos estão surgindo, o que leva o profissional que deseja se manter no mercado a não ter medo de mudar, ousar por um caminho novo e, até mesmo, desconhecido.

12 8 O desejo de aprender deve ser algo aplicado a todo o momento. A polivalência será um requisito básico, pois no futuro as empresas vão querer profissionais que sejam muito bons em algumas coisas e ótimo em várias. Isso faz com que esses profissionais tenham uma vontade de aprender sempre maior. Além disso, devem acumular habilidades e competências, sempre se atualizando e se reciclando. Juntamente com isso, vem a capacidade de lidar com o conhecimento, pois de nada adianta a pessoa saber muito sobre muitas coisas e não ser capaz de aplicar seus conhecimentos em soluções na organização. Só o conhecimento pode agregar soluções, produtividade e sucesso, pois as pessoas que enxergam longe podem ser capazes de criar outros focos de interesse e atuação. O profissional deve dominar línguas, computação, ter pós-graduação, cursos de especialização e tudo mais que possa incrementar seu currículo. Porém isso de nada adianta se o profissional não tiver talento. O talento vem do conhecimento e o conhecimento se adquire através da informação e a busca da informação vem da vontade de conquistar novos horizontes, ou seja, o profissional deve ter um senso empreendedor. As pessoas devem ter também o sentido de cooperação, calma, entusiasmo e bom senso diante de qualquer problema, devem se motivar e persistir diante das frustrações. Outro aspecto que será importante no profissional do futuro que caminha para um mundo onde a espiritualidade e as humanidades farão parte de uma visão holística são a ecologia e as artes. O profissional que souber se utilizar disto, tanto na vida profissional como na pessoal, vai se destacar dos demais. A utilização de conceitos ecológicos traz qualidade de vida as pessoas; práticas artísticas como música e teatro motivam as pessoas na realização de suas tarefas, dá entusiasmo e enriquece os profissionais, possibilita-lhes que possuam cultura geral mais acentuada. Assim, hoje o que importa é a capacidade de aprender a lidar com as mudanças, com as idéias de melhorias. O bom currículo educacional e profissional não é mais o ponto de chegada e sim o de partida para se conquistar o mundo. O desejo de aprender deve estar dentro do profissional que deseja ser bem sucedido, porém não só o desejo de aprender aquilo que é explicado na escola, mas aquele aprendizado que se adquire na empresa ou na vida. Esse desejo de aprender está associado ao prazer, ao

13 9 desafio e ao controle dos medos. A coragem é o primeiro requisito diante das mudanças que vêm ocorrendo cada vez mais e com uma maior velocidade. O medo vai surgir, porém só o conhecimento vai poder administrá-lo. Além disso, não deve-se buscar o dinheiro como única finalidade para a vida, e sim deve-se buscar paixão e o desejo em tudo o que fizer FATORES INFLUENTES NA CONSTRUÇÃO DE UM PERFIL PROFISSIONAL O perfil do profissional Contábil diante desse novo quadro, deverá considerar alguns aspectos para um planejamento profissional. O profissional Contábil terá de administrar a própria profissão como um produto a ser vendido no mercado. Portanto, deverá saber lidar com pressões, frustrações, ser integrado e principalmente, saber criar empatia com os outros, evitando julgamentos críticos baseados em sensações e não fatos. Além disso, deverá estar atento às oportunidades de mercado, descobrir os nichos existentes e investir em marketing pessoal. Atualmente o mercado precisa de profissionais que tenham habilidades em liderar diferentes ambientes. Entender o cenário da aldeia global é uma característica indispensável a quem busca novas chances de vencer na profissão. A variável que está exigindo cada vez mais informações constantemente atualizadas, força-nos a refletir sobre a função de profissionais da área contábil, no papel de cidadãos. Por isso, a mudança no perfil que sempre atendeu, basicamente, a uma demanda de informações sobre o registro de fatos já passados, e que para o futuro ao ensejarmos participar deste constante quadro de rápidas transformações, deva absorver a idéia que somente adotando um aprendizado de valores sociais será atingido o estágio desejado pela comunidade empresarial e pela sociedade. Segundo a literatura especializada, as novas tecnologias exigem um contador cada vez mais qualificado. Como decorrência dessa assertiva, diz-se que aquele que não se conscientizar dessa realidade está fora do mercado de trabalho, caso seja empregado, e sem nenhuma possibilidade, a médio prazo, de fazer frente à concorrência, caso seja um autônomo.

14 10 Talvez muitos futuros contabilistas jamais se transformarão em profissionais de conhecimento e progressistas. Muitos poderão colocar a culpa na conjuntura econômica ou na concorrência, mas o grande empecilho será a falta de valores virtuosos capaz de gerar-lhe uma visão de associação da empresa com a comunidade. A integridade e a honestidade de propósitos é condição primeira para o profissional progressista do novo milênio. Os valores traduzem os pensamentos e sentimentos das pessoas. Assim, se somos o que pensamos e sentimos, nossa profissão de informantes dos valores das empresas à sociedade, também é o nosso conjunto de valores junto a ela. Portanto, a formulação de propostas que venham a contribuir na construção de bases com intuito de formar um perfil desejável ao futuro contabilista, deve abordar três focos de discussão importantes: a) o primeiro diz respeito à formação acadêmica; b) o segundo não menos importante por se tratar das bases sobre as quais o profissional irá aplicar os seus conhecimentos, é a empresa e; c) o terceiro conseqüentemente seria aquele de controle dos atos de gestão contábil, empregados pelas entidades da classe, que são os Conselhos. A evolução das comunicações e a globalização estão forçando as empresas a divulgarem a cada ano, com maior transparência e para um público mais abrangente e consciente, suas demonstrações contábeis. As informações, reduzidas ao máximo, por determinação da Lei n 6.404/76 1, são quase que intraduzíveis para a maioria das pessoas leigas em contabilidade, até mesmo para pequenos investidores que não dispõem da estrutura das corretoras para traduzirem os números contábeis divulgados pelas empresas. Com a globalização da economia e a perseguição da qualidade total, que se alastram em nosso país, sendo que essa última está plenamente adotada pela maioria das grandes empresas aqui instaladas, o relacionamento social das empresas com seus empregados, seus clientes, seus acionistas e a comunidade que as cerca ou delas dependem 1 Lei das Sociedades por Ações

15 11 a cada dia está mais evidenciado, forçando a uma abertura e transparência sempre maior das informações, não só as econômico - financeiras, como também as relacionadas aos resultados sociais produzidos e aos reais acréscimos de riqueza na economia do país. Aqui entra a iniciativa e a competência do profissional da contabilidade, mediante convencimento do empresário sobre a divulgação dessas informações. Deve-se lembrar ainda, que esse é um campo de investigação novo, a partir da mudança de comportamento das empresas em relação aos seus investimentos em projetos voltados ao social, bem como a utilização do instrumento denominado de Balanço Social, ao qual todo profissional da área contábil deve dirigir as suas atenções, articulando novos conhecimentos nesse ensaio, com o firme propósito de adquirir um novo perfil que se dedique não somente aos assuntos estritamente da área técnica de demonstração de resultados econômicos, senão também sociais. Grande será também a sua responsabilidade perante a sociedade.

16 12 CAPÍTULO II Este capítulo se propõe a explicar o que é a Contabilidade Social, sua importância no que diz respeito ao lado social da empresa, originando a Responsabilidade Social do Contador e mostrar os investimentos sociais realizados pelos empresários cada vez mais preocupados e envolvidos com a questão social RESPONSABILIDADE SOCIAL DO PROFISSIONAL CONTÁBIL O profissional contábil entra numa nova era, mais atualizada, mais dinâmica, mais inovadora e mais exigente. Cabe aos profissionais da Contabilidade a responsabilidade pela maximização da utilidade da informação contábil e todo o trabalho de procurar atender aos diferentes usuários destas informações. Não podemos deixar que a Contabilidade seja apenas um retrato histórico da situação passada da entidade. Ela deve, além disso, representar uma ferramenta essencial para projeções de situações patrimoniais e resultados futuros planejados. Além disso, reforça a relevância social da profissão contábil, ultrapassando os limites corporativos, para prestar informações importantes à toda aldeia global. Com as mudanças impostas pelo mundo globalizado, a importância do papel social do serviço prestado pelo profissional contábil passa a ter maior ênfase. A responsabilidade social em estar aberto às mudanças, pois são elas o reflexo do dinamismo atual do mercado. Sabemos que não há garantias de sobrevivência. Não há prognósticos quando o assunto é o futuro. Logo, a vontade de aprender coisas novas, desaprender outras e reaprender, para sempre, se faz necessário. E como diz o Contador Dr.º Olívio Koliver: A próxima década exigirá do Contador, além do conhecimento profundo, abrangente e atualizado da Contabilidade, cultura humanística e domínio das Ciências Comportamentais. Um cidadão com uma visão mais aberta do mundo, capaz de adaptar-se facilmente a cenários cambiantes e que aceite a educação continuada como condição de vida.

17 13 O investimento social empresarial é um fato muito controvertido. Primeiro, porque no nível de análise acadêmica os empresários dificilmente ocuparam o status de investidores sociais ou de mecenas 2 no combate às desigualdades. Muito pelo contrário, eles geralmente foram identificados com os interesses do lucro e do capital, e não do social. Segundo, porque vivemos hoje num período de acirramento de conflitos sociais, um acirramento muitas vezes desorganizado, no qual a maioria dos empresários são identificados com as políticas neoliberais e o desmonte dos investimentos sociais do Estado e, neste contexto, parece uma contradição a existência de investimentos empresariais no espaço das relações não-mercantis. Portanto, a globalização não determina, como alguns pensam, a adesão definitiva dos empresários às políticas neoliberais, até porque enquanto uma elite econômica ganha enormes lucros com transações econômicas multinacionais, há uma enorme maioria dos empresários que sofre prejuízos irreparáveis com as medidas de abertura do mercado econômico e, em muitos casos, são forçados a vender seus negócios por total falta de condições de competição contra empresas que, além de recursos financeiros multinacionais, contam com isenções e benefícios dos Governos das regiões onde se implantam. Em muitos casos, é nesse contexto de desestruturação das economias nacionais, que surge uma série de indícios de um maior envolvimento dos empresários com a questão social, fenômeno que vem interessando a setores da sociedade brasileira e principalmente que vem exigindo uma mudança de perfil profissional dos colaboradores internos e externos da empresa, inserindo o profissional da contabilidade nesse processo de mudanças A CONTABILIDADE SOCIAL Certamente, a Contabilidade foi que teve o maior impulso por parte das empresas no afã de buscar informações rápidas, flexibilizar dados gerenciais, agilizar a competitividade no processo de gestão, estar na frente no mercado competitivo, atender aos clientes, fornecedores e investidores e a eles demonstrar a correção da aplicação ou os eventuais riscos no mercado de investimentos. Sob a ótica de uma nova ética, a 2 do antr.mecenas, estadista romano 60 a.c.- 8 d.c

18 14 Contabilidade professa a ética da convicção e da responsabilidade pela transparência das administrações privadas e públicas. A Contabilidade é uma ciência social que estuda a riqueza patrimonial individualizada, sob os aspectos quantitativos e qualitativos, tendo entre seus objetivos a geração de informações e a explicação dos fenômenos patrimoniais, possibilitando o controle, o planejamento e a tomada de decisão no enfoque passado/presente/futuro. Tudo isso servindo aos mais diversos usuários, para que eles possam, por meio de seus atos, buscar a prosperidade da entidade e da sociedade. Esse conceito não restringe a ação da Contabilidade, à medida que discorre sobre a necessidade de suprir as expectativas informativas dos usuários a ela ligados. Porém, cabe observar a correlação existente entre tal ciência e outras formas de conhecimento, ou seja, existe uma relação internacional entre os estudos contábeis e as demais áreas do conhecimento. Nesse sentido, a visão da transdisciplinaridade é fundamental, sendo esta entendida como o encontro entre as ciências e destas com a filosofia, com a arte e com o espírito, buscando o desenvolvimento do pensar holístico e do agir localizado. O conceito reforça, entretanto, que o objeto da Contabilidade é a riqueza individualizada, e somente esta. Sem dúvida, a isso se refere Lopes de Sá quando afirma que não se pode discutir o óbvio, de que a origem dos dados contábeis é a da movimentação de uma riqueza celular social, mas, quanto ao destino do informe, também é indubitável que serve ele ao interesse geral, com validade social, pois todos somos partes de um complexo, e, continua o valoroso intelectual, o que podemos, sim, em Contabilidade realizar é um estudo das relações ambientais do patrimônio das empresas e instituições para que possam ser gerados informes úteis que por sua vez produzam um Balanço com visões do social. Concretamente, a Contabilidade não pode ficar presa à divulgação de demonstrações eminentemente financeiras, e essa afirmação comprova-se no estudo das doutrinas e das teorias contábeis. A Contabilidade, como ciência, utiliza conceitos matemáticos, sociais, sociológicos e estratégicos para planejar, organizar, controlar, comunicar, motivar e

19 15 mensurar a eficiência e a eficácia de um processo de gestão, de início, meio e fim; fornece alternativas e possibilita a verificação, mediante as contas, de quais os critérios utilizados, do grau de seriedade nos atos praticados com o fim de prestar contas, informações econômicas e sociais a seus usuários. O professor Almada Rodrigues (s.d.,p.8), apud Kroetz RBC 113/98, citando o professor Serge Launois, afirma que a empresa é um agente econômico cujo papel e lugar na sociedade são objetos de discussões, por vezes acaloradas, entre os responsáveis econômicos e políticos. A empresa representa, igualmente, uma microssociedade, com sua hierarquia, suas relações sociais e humanas e essas empresas são controladas pelas ferramentas contábeis geradoras de dados capazes de produzir informações que servem de base para as decisões dos mais diversos usuários, tanto internos como externos. Mas quem são os usuários? Os usuários mais importantes das informações contábeis dividem-se em dois grandes grupos: os internos e os externos. Usuários internos são todas as pessoas que atuam dentro das entidades, todos os colaboradores que integram o gerenciamento no processo decisório. O grupo de usuários externos é amplo, em grau de importância e de interesses, são entre outros: fornecedores, clientes, investidores, acionistas e governo. Entretanto, sob o enfoque ético, social e comportamental, os usuários são, de um lado, as empresas inseridas no contexto socioeconômico, que recolhem os impostos, as contribuições sociais e prestam contas aos governos. De outro, todo cidadão contribuinte, que paga tributos, taxas, contribuições, e, em contrapartida, não recebe retorno, com a devida demonstração do quantum arrecadado, da destinação a determinado empreendimento público: a origem e aplicação dos recursos aos clientes externos. A Contabilidade Social é vista como uma especialização da Ciência Contábil, que busca estudar as relações da riqueza organizacional com os ambientes que nela interferem e dela recebem influência. Na verdade, busca-se a verdade (impactos) sobre a circulação da riqueza entre a entidade e a sociedade - causa e efeito. Como assegura Lopes de Sá, há uma responsabilidade social inequívoca entre a empresa e a sociedade. Mas o conceito de Contabilidade Social permanece ainda muito vago ou pouco aplicável. Não é surpreendente, portanto, que poucas organizações se tenham arriscado a publicar um Balanço Social que contenha em seu espírito uma dupla intenção:

20 16 a) de prestar contas das ações benéficas e maléficas originadas pela entidade no meio em que atua; e b) de prever e controlar as ações que poderão ter conseqüência sobre a sociedade e o meio ambiente. Conclusivamente, de acordo com Silva et alii,...de momento, a Contabilidade Social apresenta ainda muitas limitações que se explicam pelo seu estado relativamente embrionário (convém notar que a Contabilidade Financeira vem evoluindo e sofrendo aperfeiçoamento desde há anos, enquanto as preocupações com os problemas sociais só aparecem na década de sessenta). Não obstante, constitui uma divisão da Contabilidade que não pode ser ignorada pelos profissionais desta área científica, em virtude das suas potencialidades para melhorar significativamente os modelos existentes de avaliação da eficácia das empresas. Genericamente, a Contabilidade Social visa criar um sistema capaz de inventariar, classificar, registrar, demonstrar, avaliar e explicar os dados sobre a atividade social e ambiental da entidade, de modo que no final de cada exercício ou a qualquer momento se possam preparar informes como o Balanço Social. Dentro desse quadro, pode-se dizer que a Contabilidade Social é a ciência que, certamente, atenderá a essas necessidades mediante demonstrativos elaborados e impressos numa metodologia criativa, capaz de certificar e mensurar as receitas, despesas, investimentos, as origens e aplicações, proporcionando a avaliação criteriosa da eficiência, da eficácia e da credibilidade das ações governamentais a favor do bem social e da cidadania. Os professores Perotoni e Cunha, Revista do CRCRS nº 89/97, afirmam que atualmente, algumas empresas, já reconhecendo a importância e os benefícios dessas demonstrações, estão divulgando, mesmo que de forma resumida e com criatividade própria e de maneira não uniforme, merecendo aplausos e reconhecimento. Urge o desenvolvimento de pesquisas na área da Contabilidade Social, pois esta especialização da Ciência Contábil surge com o propósito de contribuir, efetivamente, para a prosperidade das entidades e das nações, transformando o sistema de informações

21 17 contábeis em um conjunto mais amplo, mediante o qual se apresentam não somente demonstrações financeiro-econômicas, mas também aquelas de caráter social e ambiental, imprescindíveis para a análise, o controle, a avaliação e a tomada de decisão das e nas entidades, no contexto mundial globalizado e de constante mutação, tendo como principal instrumento de demonstração o Balanço Social OS INVESTIMENTOS SOCIAIS EMPRESARIAIS Atualmente existem vários elementos que contribuem para a caracterização de que vêm sendo abertos novos horizontes para a constituição de um maior envolvimento de parte das empresas brasileiras com a questão social que pretendem um envolvimento com processo de fortalecimento da cidadania e o combate ao crescimento da desigualdade social no Brasil. Uma dessas organizações é o Pensamento Nacional das Bases Empresariais (PNBE), que é uma organização civil que realiza várias atividades importantes na área social. O PNBE propõe: 1.O desenvolvimento econômico e a justiça social, com uma melhor distribuição de renda e liberdade individuais plenas. 2. Um Estado instrumento de realizações dos anseios sociais. 3. Uma sociedade organizada economicamente com base na livre iniciativa, na economia de mercado e num mercado interno forte e integrado competitivamente à economia internacional, na qual o lucro seja um instrumento de desenvolvimento, a eficiência econômica um meio para obtenção da qualidade de vida e onde haja respeito aos patrimônios nacionais, sejam humanos, materiais ou ambientais. Além disso, a entidade considera que a articulação entre o Estado, as Empresas e o Terceiro Setor representa a possibilidade de um avanço na organização das políticas sociais no Brasil, na medida em que amplia as perspectivas de uma melhoria da renda dos brasileiros e a conscientização sobre a responsabilidade social daqueles que geram lucros em nosso país.

22 18 Outra organização empresarial que merece destaque é o Instituto Ethos, que foi criado com a idéia de expandir a noção de responsabilidade social do empresariado brasileiro. Segundo essa organização: "As empresas são importantes agentes de promoção do desenvolvimento econômico e do avanço tecnológico que está transformando rapidamente o nosso planeta numa aldeia global. Com a crescente interdependência de todos, o bem estar da humanidade depende cada vez mais de uma ação cooperativa em nível local, regional, nacional e internacional. É fundamental que exista uma consciência global que engaje todos num processo de desenvolvimento que coloque como meta a preservação do meio ambiente, do patrimônio cultural, a promoção dos direitos humanos e a construção de uma sociedade economicamente próspera e socialmente justa. A participação do setor empresarial por sua capacidade criadora, seus recursos e sua liderança é crucial." Esta organização pretende cumprir o papel de desenvolver e organizar vários fóruns de discussão e debate nos quais o tema central é o envolvimento dos empresários com a questão social e a necessidade de que exista uma maior conscientização sobre o papel deste segmento para o desenvolvimento brasileiro. Outra entidade empresarial bastante destacada é a Fundação Abrinq, criada por iniciativa da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos, a partir da constituição da sua Diretoria de Defesa dos Direitos da Criança, em Como principal objetivo desta fundação está: "Sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre as questões da infância, promovendo o engajamento social e empresarial em propostas para a solução dos problemas da criança, através da ação política na defesa dos seus direitos e através de ações exemplares que possam ser disseminadas e multiplicadas." O caso da Fundação ABRINQ é paradigmático não somente em termos da participação de um segmento empresarial com as políticas da infância e adolescência mas, principalmente, porque é um exemplo positivo sobre o envolvimento empresarial com o financiamento de políticas sociais. Isto pode ser observado através do orçamento anual de 1998, no qual consta que 78% dos recursos orçamentários da Fundação foram obtidos por meio de doações de empresas, fato que ganha maior sentido se observarmos a própria

23 19 evolução patrimonial positiva desta instituição, que passou de U$ 127, em 1994, à U$ 643,903.80, em Os exemplos citados procuraram apresentar um aspecto importante para os estudos sobre o envolvimento social do empresariado brasileiro, que é a existência de uma série de entidades que foram criadas pelo próprio empresariado com o fim quase exclusivo de desenvolver o perfil social deste segmento. No entanto, esta é apenas uma pequena parte da questão pois, se existem várias empresas envolvidas com a produção de políticas sociais através de organizações setoriais ou fundações, existem outras, e estas quiçá sejam maioria, que se envolvem nestas questões através de uma articulação direta entre as organizações da sociedade civil e o Terceiro Setor. Aqui surge um dos elementos mais curiosos desta discussão, que é o dos empresários que se envolvem com a questão social de forma autônoma, ou seja, sem a intermediação de uma organização de classe e que aderem aos investimentos sociais de forma direta através de doação de produtos, serviço de assistência especializada, trabalho voluntário, etc. Como produto destas mudanças, surgem proposições de gerenciamento e de controle das ações administrativas, tendo como exemplo o sistema ISO (International Organization for Standardization) - uma federação mundial de entidades nacionais de normatização, com o propósito de certificar as organizações que atendem aos programas especificamente preparados, tais como: a ISO 14000, centrada na Gestão Ambiental, a ISO (em preparação) que provavelmente terá como tema central a excelência humana, entre outras. Além disso, nos EUA e na Inglaterra, inicia-se a aplicação da SA8000 (Social Accountability), uma espécie de padrão mundial na área de responsabilidade social. Já na Alemanha (precursora dos chamados rótulos ecológicos), existe o selo Anjo Azul, uma espécie de certificação ambiental para produtos ecologicamente identificáveis. Estes programas de certificação constituem poderosos mecanismos de educação, de controle e de informação ao consumidor, que utiliza as forças indutoras da oferta para exigir produtos mais saudáveis e ecologicamente corretos, cabendo à entidade que desejar permanecer no mercado adaptar-se às novas realidades e tendências.

24 20 Apesar das ações sociais praticadas e comprovadas pelas entidades acima descritas (entidades estas que aderiram ao universo das empresas cidadãs), ainda encontrase muito fragmentado o conhecimento sobre o Balanço Social, pois boa parte do empresariado ainda o desconhece. Dessa forma, no caso brasileiro, uma experiência fundamental para o fortalecimento dos investimentos sociais empresariais é a do Balanço Social, isto é, a publicação dos investimentos realizados pelas empresas na área social. Sem afastar-se muito desses objetivos, pode-se observar que as corporações possuem uma estratégia social. As transformações sobre as quais as sociedades procuram sobreviver exigem novos instrumentos de gestão compreensíveis nos campos tecnológico, econômico, mercadológico e comercial. Entretanto os instrumentos desta gestão humana e social nem sempre podem ser levados em conta na mesma compreensão, e o desequilíbrio na consideração dessas variáveis parece merecer profunda e imediata reflexão, que dependendo do seu distanciamento, pode ter um projeto de sociedade mais saudável ou mais nociva ecologicamente, com mais incluídos ou mais excluídos da sociedade. Nesse ponto, mais uma vez, ressalta-se a importância do instrumento do Balanço Social que uma vez aceito pela comunidade empresarial poderá se transformar num excelente fator de divulgação desse novo perfil empresarial, influenciando também os meios para formação de um outro perfil, também voltado ao social, que é a do futuro profissional da contabilidade, gerado a partir do meio acadêmico.

25 21 CAPÍTULO III Aqui será apresentado o Balanço Social (a demonstração contábil que deverá complementar as demonstrações já existentes na Contabilidade), o que ele representa, sua importância, finalidade, os elementos que o compõe e sua forma de apresentação BALANÇO SOCIAL O caminho do futuro passa pelo desejo da paz, da harmonia e, cada vez mais, da ligação entre o intelecto e o espírito - o homem como centro e agente (meio e fim) preparador de um novo mundo. A construção deste caminho requer a integração entre homem/tecnologia/capital, e, neste sentido, ambas as intenções devem convergir para o mesmo objetivo - a preservação da aldeia global e de seus habitantes. Este cenário presente faz com que as organizações procurem adaptar-se e/ou moldar-se às novas tendências, pois são as atitudes administrativas as grandes propulsoras das mudanças sociais e ambientais, favoráveis ou desfavoráveis. Ou, como nos ensina Lopes de Sá, a prosperidade da sociedade depende da prosperidade das células sociais, ou seja: das entidades que atuam e formam a sociedade. Como reflexo, nascem novas organizações, que têm em sua filosofia e prática o desenvolvimento da responsabilidade social e de atitudes ecologicamente corretas. O Balanço Social é considerado uma demonstração contábil originária da Contabilidade Social que tem a função de complementar as demonstrações já, tradicionalmente, extraídas dos registros contábeis. Para Lopes de Sá, o Balanço Social representa a expressão de uma prestação de contas da empresa à sociedade em face de sua responsabilidade para com a mesma, e foi, inicialmente, desenvolvido na década de 50. O Balanço Social representa a demonstração dos gastos e das influências (favoráveis e desfavoráveis) recebidas e transmitidas pelas entidades na promoção humana, social e ecológica, sendo que os efeitos dessa interação se dirigem aos gestores, aos empregados e à comunidade, no espaço temporal passado/presente/futuro, tornando-se parte integrante da Contabilidade Social, configurando uma demonstração para a sociedade, e não da sociedade.

26 22 É uma resposta da empresa à sociedade em todos os aspectos, para que ela não seja vista só como um ente que explora a atividade econômica, mas também por agir para a melhoria da qualidade de vida e diminuição das diferenças sociais; em suma, portar-se como uma empresa cidadã (Revista Brasileira de Contabilidade, l999.p.79) RELEVÂNCIA DA DEMONSTRAÇÃO As novas exigências do mercado, influenciado pela globalização, por um público mais consciente e por investidores mais exigentes e preparados, têm feito com que as organizações publiquem suas demonstrações com maior transparência e qualidade, evidenciando os aspectos qualitativos do patrimônio, e, ao mesmo tempo, a sua preocupação com o bem-estar social e ambiental. Para demonstrar a importância do Balanço Social, Posada e Ramirez, no livro Balanço Social da Empresa na América Latina, afirmam que, com o tempo, ocorrerá o que hoje se passa com a Contabilidade: ninguém pensa que possa haver uma empresa sem Contabilidade, porém todos vemos que a Contabilidade não é toda a empresa. O Balanço Social, antes de ser uma demonstração endereçada à sociedade, é considerada uma ferramenta gerencial, pois reúne dados qualitativos e quantitativos sobre as políticas administrativas, sobre as relações entidade/ambiente e outros, os quais poderão ser comparados e analisados de acordo com as necessidades dos usuários internos, servindo como instrumento de controle e de auxílio para a tomada de decisões e adoção de estratégias. O Balanço Social teria a finalidade de prestar informações sobre diversos aspectos da relação capital-trabalho de uma entidade, isto é, seria um conjunto de informações, contábeis ou não, gerenciais, econômicas e sociais capazes de proporcionar uma visão da entidade no que diz respeito aos seus aspectos relacionados à sociedade, assim, o Balanço Social presta contas aos trabalhadores do desempenho econômico e social da empresa. O Balanço Social torna-se um grande instrumento no processo de reflexão sobre as atividades das empresas e dos indivíduos no contexto da comunidade como um todo. Será um poderoso conjunto de informações nas definições das políticas de recursos

27 23 humanos, nas decisões de incentivos fiscais, no auxílio sobre novos investimentos e no desenvolvimento da consciência para a cidadania. Para Edmond Marques, no capítulo 6 de seu livro intitulado "Le Bilan Social, l homme l entreprise, la cité", lê-se o seguinte: "Em uma muito larga medida, a empresa é o seu pessoal. Fazer um balanço social, é, com efeito, em um largo sentido, descrever seu pessoal, a forma como este evolui, as diversas categorias que o compõem, as condições nas quais trabalha, como entra e como sai da empresa, a interface, enfim, desse parceiro privilegiado com os outros membros do que se qualifica de coalizão de interesses" Já Para Danziger, o "Balanço Social é um documento importante, espelho da situação social na empresa, testemunhando o clima que a rege. Plataforma de cooperação ou de reivindicação, ele inaugura de maneira implícita uma nova era nos relatórios entre a direção e os assalariados". Explicita ainda que é necessário conceder ao balanço social a mesma consideração de que se beneficiam o balanço financeiro e o balanço fiscal. Como se sabe a França é o único país do mundo onde existe uma lei sobre o balanço social, ainda que em outros países, tais como Alemanha, Espanha, Inglaterra, Portugal, Suíça e Estados Unidos, algumas empresas, ainda que não haja obrigatoriedade legal, publicam, conjuntamente com seus relatórios contábeis, informações sobre o desempenho econômico-social das mesmas. A lei francesa possui inegáveis méritos. Ela reconhece, pela primeira vez de forma institucional, a importância dos trabalhadores no seio da empresa como usuários da informação contábil. O tipo de informação que a lei compele às empresas a fornecerem aos seus trabalhadores e aos diferentes sindicatos de classe é relevante do ponto de vista social. Arrolam-se aí dados relativos a: - emprego; - remuneração e encargos acessórios; - condições de higiene e de segurança; - outras condições de trabalho; - formação profissional;- relações profissionais;- outras condições de vida relevantes na empresa. A lei estipula desde logo que as empresas, possuidoras de 300 ou mais trabalhadores, elaborem anualmente o balanço social. Esse deve vir acompanhado de informação relativa aos dois últimos anos. A lei, todavia, pelo seu ineditismo, não

28 24 contempla uma série de informações de caráter econômico que os trabalhadores e outros analistas gostariam de ver publicadas nas peças contábeis. Uma dessas informações, provavelmente a mais importante, é o valor adicionado. A noção é utilizada em macroeconomia como elemento da Contabilidade Nacional. O valor adicionado bruto ou agregado - VAB - significa que para exercer sua atividade, toda empresa deve procurar no mercado bens e serviços. Ela utiliza os equipamentos, seus capitais, o trabalho de seus assalariados para realizar outros bens e serviços, que, por seu lado, serão vendidos. A empresa se coloca, pois, entre dois mercados e agrega valor pela operação de transformação, via simples distribuição que ela opera. A informação do valor adicionado pelas empresas em muito enriqueceria a informação contábil, sendo de importância vital para todos quanto se dedicam ao mister de analisar balanços. Julga-se até que, quando os contadores do Brasil passarem a utilizar esta metodologia terão dado um grande passo, no sentido de aproximarem a contabilidade comercial (geral) da contabilidade nacional APRESENTAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL A proposta a ser apresentada tem como premissas básicas: 1. representar as demandas/interesses dos usuários; 2. demonstrar as influências, favoráveis e desfavoráveis, recebidas e transmitidas pela entidade, na concepção sistêmica que a une com a sociedade; e 3. basear-se no espaço temporal passado/presente/futuro. Sugerem assim, como espinha dorsal do Balanço Social, os sete tópicos a seguir: apresentação da entidade; demonstração das influências favoráveis e desfavoráveis, transferidas para o ambiente endógeno 3 e exógeno 4 ; 3 originado no interior de, ou por fatores internos 4 que cresce exteriormente ou para fora; que está à superfície

29 25 demonstração das influências favoráveis e desfavoráveis, recebidas do ambiente endógeno e exógeno; demonstração do valor adicionado; desenvolvimento de projetos futuros de impacto social e ambiental; indicadores de qualidade; e outras observações e informações relevantes. Na verdade, os tópicos sugeridos para a construção do Balanço Social poderão ser modificados (ampliados/reduzidos) de acordo com a realidade da entidade. Cabe ao grupo responsável pela preparação e elaboração estudar e escolher a melhor forma de apresentação, ou seja, poderão ser divulgados os dados em forma de indicadores, de gráficos representativos, de valores monetários, de descrições, entre outras possibilidades. Observa-se, ainda, que a demonstração de informações consideradas negativas não constitui prática comum entre os balanços divulgados. Entende-se, porém, que o Balanço Social, por representar o conjunto de influências recebidas e transmitidas na relação entidade/sociedade congrega informações favoráveis e desfavoráveis, sendo de vital importância seu estudo e divulgação, tanto internamente, como um instrumento gerencial, quanto externamente, por apresentar para a sociedade alguns informes sobre a realidade organizacional. Muitos administradores podem ficar com receio de divulgar indicadores que demonstrem fraquezas organizacionais, porém cabe diagnosticar tais eventos e procurar solucionar ou prevenir novas ocorrências desfavoráveis. Assim, no Balanço Social, seria possível apresentar indicadores como absenteísmo 5, número de acidentes de trabalho, multas, número de reclamações de clientes e outros, numa forma evolutiva, ou seja, demonstrando que a entidade preocupada com tais influências vem desencadeando ações com a intenção de reverter e/ou melhorar esse cenário. 5 falta de assiduidade

30 26 Mais uma vez, o Balanço Social, bem preparado pela entidade, poderá demonstrar para a sociedade sua preocupação e sua responsabilidade social/ecológica, buscando aprimorar continuamente seu relacionamento com o ambiente interno e externo, mesmo sabendo que continua a exercer influências desfavoráveis, mas com o objetivo de sanar gradualmente tais reflexos, com o apoio do quadro funcional e da sociedade envolvida, não escondendo tais ações, mas procurando debatê-las e melhorá-las. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apóia e incentiva a divulgação do Balanço Social e, devido à importância e ao crescente interesse sobre o tema, resolveu não emitir qualquer ato normativo obrigando a elaboração e divulgação dessa demonstração, transferindo o debate para o Congresso Nacional, onde o assunto terá uma análise mais ampla. Entretanto, a CVM proporá a inclusão da divulgação de informações de natureza social no anteprojeto da reformulação da Lei , além da Demonstração do Valor Adicionado. Quanto à imposição legal da demonstração do Balanço Social, acredita-se, pelos estudos e pesquisas realizados, que a obrigatoriedade não contribui efetivamente para a evolução da responsabilidade social e ecológica das entidades, sendo recomendável demonstrar a relevância de sua preparação e divulgação aos administradores e demais usuários.

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