Paradigmas e Desafios da Gestão dos RH

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1 Seminário PNPOT Território e Prospetiva 5 de abril 2017 Lisboa A água um recurso escasso Paradigmas e Desafios da Gestão dos RH Rodrigo Maia (Professor Associado da FEUP)

2 Contexto do PNPOT Lei n. 58/2007 de 4 de Setembro Aprova o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território 2 O PNPOT é um instrumento de desenvolvimento territorial de natureza estratégica que estabelece as grandes opções com relevância para a organização do território nacional, consubstancia o quadro de referência a considerar na elaboração dos demais instrumentos de gestão territorial e constitui um instrumento de cooperação com os demais Estados membros para a organização do território da União Europeia. 3 O relatório descreve o enquadramento do País no contexto ibérico, europeu e mundial, procede à caracterização das condicionantes, problemas, tendências e cenários de desenvolvimento territorial de Portugal, identificando os 24 principais problemas para o ordenamento do território, que fundamentam as opções e as prioridades da intervenção em matéria de ordenamento do território, e procede ao diagnóstico das várias regiões, fornecendo opções estratégicas territoriais para as mesmas e estabelecendo um modelo de organização espacial. ( )

3 Recursos Hídricos variabilidade espacial e temporal

4 Water Exploitation Index Para cada Região Hidrográfica (RH), apresenta-se o índice de escassez WEI+ (Water Exploitation Index), que corresponde à razão entre a média anual de água consumida e os recursos médios disponíveis. Este índice, desenvolvido pela ONU, permite avaliar o stress hídrico a que se encontra sujeito um território. Divide-se em quatro categorias: Nível de escassez WEI+ (%) Sem escassez WEI+ < 10 % Escassez reduzida 10 WEI+ < 20 % Escassez moderada 20 WEI+ < 40 % Escassez severa WEI+ 40 %

5 Gestão Integrada dos RH (GIRH) Eficiência Economica Pilares da GIRH Equidade Sustentabilidade Ambiental A resposta à variabilidade espacial e temporal dos RH assenta na GIRH, que requer a consideração das infraestruturas associadas, instrumentos de política e planeamento, etc. De acordo com o GWP Global l Water Partnership : GIRH é um processo que promove o desenvolvimento e gestão cordenados da água, solo e recursos associados de forma a maximizar a resultante económica e bem-estar de forma equitativa e sem comprometer o a sustentabilidade tab dos ecossistemas ste vitais. da GIRH s-chave Área Enquadramento Políticas definição de objetivos para uso da água, sua proteção e conservação Enquadramento legislativo as regras a seguir para cumprir políticas e objetivos Estruturas de financiamento e incentivo alocação de recursos financeiros Papeis institucionais Criação de um enquadramento organizacional formas e funções Reforço da capacidade d institucional i desenvolvimento dos recursos humanos Instrumentos de gestão Avaliação dos recursos hídricos compreensão das disponibilidades e necessidades Planos para a GIRH combinação de opções de desenvolvimento, usos dos recursos e interação humana Gestão da procura uso mais eficiente da água Instrumentos de mudança social incentivo a uma sociedade civil orientada para a água (sua preservação) Resolução de conflitos gestão de conflitos, assegurando a partilha da água Instrumentos de regulamentação alocação e limites de utilização da água Instrumentos económicos uso do valor e preço para eficiência e equidade Gestão e troca de informação melhoria do conhecimento para melhor gestão da água

6 A bacia hidrográfica como unidade de gestão Muita da integração na GIRH é feita à escala da bacia, tanto ao nível da bacia de drenagem local ou aquífero, ou ao nível da bacia partilhada entre vários estados ou países. Muitos países já organizaram, anos atrás, a sua gestão da água ao nível da bacia (e.g. Espanha). Na Europa, com a entrada em vigor da Diretiva Quadro da Água, a gestão ao nível da bacia hidrográfica tornou-se lei. A Gestão Integrada da Bacia Hidrográfica (GIBH) é o processo coordenado de conservação, gestão e desenvolvimento da água, solo e recursos associados entre os diferentes setores numa determinada bacia hidrográfica, de forma a maximizar os benefícios económicos e sociais derivados dos recursos hídricos de forma equitativa, preservando, e quando necessário restaurando, os ecossistemas.

7 GIRH e GIBH GIRH Políticas nacionais: alimentação, energia, ambiente Papéis institucionais Lei da água Cooperação internacional (no caso de rios partilhados) Alocação GIBH Controlo da poluição

8 Recursos Hídricos contexto ibérico Os rios transfronteiriços assumem grande relevância na Europa onde representam mais de 50% do território da UE (União Europeia). Portugal e Espanha partilham cinco bacias hidrográficas: Minho (Miño), Lima (Limia), Douro (Duero), Tejo (Tajo) e Guadiana. 21% da área dessa cinco bacias hidrográficas pertencem a Portugal e representam 65% do território português. 50% do recursos hídricos superficiais em Portugal são afluentes de Espanha

9 Enquadramento normativo Diretiva-Quadro da Água (Diretiva 2000/60/CE) - Estabelece um quadro de ação comunitária no domínio da política da água - Preconiza uma abordagem abrangente e integrada de proteção e gestão da água, tendo em vista alcançar o bom estado de todas águas em Lei da Água - Transpõe para o direito interno a Diretiva-Quadro da Água. - Estabelece as bases para uma gestão sustentável dos recursos hídricos, definindo um novo quadro institucional para o sector Convenção de Albufeira - Define o quadro de cooperação não só para protecção das águas (superficiais e subterrâneas) e dos ecossistemas aquáticos mas também para o uso sustentável dos recursos naturais das bacias hidrográficas dos rios partilhados.

10 Enquadramento normativo Diretiva-Quadro da Água (Diretiva 2000/60/CE) Artigo 3. Coordenação das disposições administrativas a aplicar nas regiões hidrográficas 2. Os Estados-Membros tomarão as disposições administrativas adequadas, incluindo a designação das autoridades competentes adequadas, para a aplicação das regras da presente directiva em cada região hidrográfica existente no seu território. Artigo 13. Planos de gestão de bacia hidrográfica 1. Os Estados-Membros garantirão a elaboração de um plano de gestão de bacia hidrográfica, para cada região hidrográfica inteiramente situada no seu território. 2. No caso de uma região hidrográfica internacional inteiramente situada no território da Comunidade, os Estados-Membros assegurarão a coordenação entre si, com o objectivo de realizar um único plano de gestão de bacia hidrográfica internacional. Se esse plano de gestão de bacia hidrográfica internacional não for elaborado, os Estados-Membros elaborarão planos de gestão de bacia hidrográfica que abranjam, pelo menos, as partes da região hidrográfica internacional situadas no seu território, para alcançar os objectivos da presente directiva.

11 Enquadramento normativo Lei da Água 1ª versão Lei n.º 58/2005, de 29/12 Artigo 7. Órgãos da Administração Pública 1 - As instituições da Administração Pública a cujos órgãos cabe exercer as competências previstas na presente lei são: a) A nível nacional, o Instituto da Água (INAG), que, como autoridade nacional da água, representa o Estado como garante da política nacional das águas; b) A nível de região hidrográfica, as administrações das regiões hidrográficas (ARH), que prosseguem atribuições de gestão das águas, incluindo o respectivo planeamento, licenciamento e fiscalização. ( ) 3 - A articulação dos instrumentos de ordenamento do território com as regras e princípios p decorrentes da presente lei e dos planos de águas nelas previstos e a integração da política da água nas políticas transversais de ambiente são asseguradas em especial pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR).

12 Enquadramento normativo Lei da Água 4ª versão DL n.º 60/2012, de 14/03 Artigo 7. Órgãos da Administração Pública 1-Ainstituição da Administração Pública aquemcabeexerceras competências previstas na presente lei é a Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. (APA, I. P.), que, como autoridade nacional da água, representa o Estado como garante da política nacional e prossegue as suas atribuições, ao nível territorial, de gestão dos recursos hídricos, incluindo o respetivo planeamento, licenciamento, monitorização e fiscalização ao nível da região hidrográfica, através dos seus serviços desconcentrados. ( ) 3 - A articulação dos instrumentos de ordenamento do território com as regras e princípios decorrentes da presente lei e dos planos de águas nelas previstos e a integração da política da água nas políticas transversais de ambiente são asseguradas em especial pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR).

13 Enquadramento normativo Convenção de Albufeira Objectivos - Resolver as limitações dos ainda activos Convénios sobre os rios partilhados dos dois países, essencialmente dirigidos para a partilha do potencial hidroeléctrico dos troços comuns desses rios. - Definir o quadro de cooperação nãosóparaprotecçãodaságuas (superficiais e subterrâneas) e dos ecossistemas aquáticos mas também para o uso sustentável dos recursos naturais das bacias hidrográficas dos rios partilhados. São estabelecidos (i) os domínios e mecanismos de cooperação entre os dois países, (ii) as medidas para protecção e aproveitamento sustentável das águas e ecossistemas relacionados, em situações normais e (iii) as medidas para atender a situações excepcionais (poluição acidental e situações hidrológicas extremas), para além de (iv) disposições institucionais adequadas.

14 Enquadramento normativo Convenção de Albufeira CADC Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção sobre Cooperação para a Protecção e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-espanholas Funções deliberativas, consultivas e de supervisão Secretariado Técnico Permanente (criado em 2008, para assegurar eficiência e eficácia da CADC 2 Grupos de Trabalho Conferência das Partes Orgão deliberativo, coordenação política

15 Organização institucional Portugal CADC/CP Espanha França PNA PGRH, PEGA PHN PHCuenca, PEsp SDAGE, SAGE Instrumentos de planeamento dos RH, de acordo com a DQA MA APA, I.P. MAPAMA Direccion General del Água MEEM MEF Autoridades estatais (tutelares) de administração dos RH Conselho Nacional da Água (ARH) Conselho o de Região Hidrográfica Consejo Nacional del Água Confederacíon Hidrográfica Órgãos de governo, gestão, e planeamento AFB (ONEMA) Comité National de l Eau Agence de l Eau Comité de Bassin Orgãos Consultivos Nacionais Organismos de Bacia e órgãos consultivos/ participativos Abastecimento urbano Regantes Energéticos Turismo Municípios Ensino Superior, ONG s Associações Ecológicas Agro-pecuário Outros... I&D Sectores Utilizadores /Representantes

16 Adequação institucional (nacional) Decreto-Lei 45/94 Lei da Água (Dec.-Lei 58/2005) RH1 RH2 RH3 Instituições Administrativas Regionais RH4 RH5 CCDR Norte ARH Norte CCDR Centro ARH Centro RH6 RH8 15 Bacias Hidrográficas 8 RH RH7 CCDR Lisboa e Vale do Tejo CCDR Alentejo ARH Tejo ARH Alentejo 15 Planos de Bacia Hidrográfica Planos de Gestão de Região Hidrográfica CCDR Algarve ARH Algarve 5 CCDR 5 ARH

17 Adequação institucional (nacional) Instituições Administrativas Regionais ex- ARH Norte ex-arh Centro ex-arh Tejo CCDR? ex-arh Alentejo ex-arh Algarve 5ARH (serviços descentralizados da APA, I.P.) APA, I.P. (Decreto-Lei 56/2012) Integrando serviços desconcentrados da Administração Central Estado, nomeadamente as ARH, executando as politicas do governo nos diferentes domínios (nomeadamente ambiente, recursos hídricos e ordenamento do território)

18 Adequação institucional (ibérica) Demarcaciones hidrográficas (Confederaciones hidrográficas e Administraciones Hidráulicas Autonómicas) ARH Galicia-Costa Cantabrico C.I. Pais Vasco Miño-Sil Duero Ebro Cuencas Internas de Cataluña Tajo Júcar Guadiana Guadalquivir i Segura Cuenca Atlantica Cuenca Andaluza Mediterranea Andaluza

19 Instrumentos de Ordenamento e Planeamento dos RH Âmbito Nacional Regional Local Lei da Água Sistema de Planeamento e Ordenamento do Território PNPOT Programa Nacional da Politica de Ord. do Terr. Planos setoriais (água, energia, florestas, agricultura, etc.) PROT Programa Regional de Ordenamento do Território Art Instrumentos de Intervenção O ordenamento e o planeamento dos recursos hídricos processam-se através dos seguintes instrumentos: a) Planos especiais de ordenamento do território; b) Planos de recursos hídricos; c) Medidas de protecção e valorização dos recursos hídricos. POOC Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sistema de Planeamento dos Recursos Hídricos PNA Plano Nacional da Água PGBH Plano de Gestão de Bacia Hidrográfica POAAP - Plano de Od Ordenamento de Albufeiras de Águas Públicas POAP Plano de Ordenamento das Áreas Protegidas PIOT - Plano Intermunicipal de Ordenamento do Território PDM Plano Diretor Municipal PU - Plano de Urbanização PP Plano de Pormenor POE Plano de Ordenamento de Estuário PEGA Plano Especial de Gestão da Água Adaptado de Fidélis & Roebeling (2014)

20 Instrumentos de Ordenamento e Planeamento dos RH Lei da Água Art Instrumentos de Intervenção O ordenamento e o planeamento dos recursos hídricos processam-se através dos seguintes instrumentos: a) Planos especiais de ordenamento do território; b) Planos de recursos hídricos; c) Medidas de protecção e valorização dos recursos hídricos. Art. 24 Objetivos e Instrumentos de Planeamento 2- O planeamento das águas é concretizado através dos seguintes instrumentos: a) O Plano Nacional da Água, de âmbito territorial, que abrange todo o território nacional; b) Os Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica, de âmbito territorial, que abrangem as bacias hidrográficas integradas numa região hidrográfica e incluem os respectivos programas de medidas; c) Os Planos Específicos de Gestão de Águas, que são complementares dos planos de gestão de bacia hidrográfica e que podem ser de âmbito territorial, abrangendo uma sub-bacia ou uma área geográfica específica, ou de âmbito sectorial, abrangendo um problema, tipo de água, aspecto específico ou sector de actividade económica com interacção significativa com as águas

21 Instrumentos de Ordenamento e Planeamento dos RH Lei da Água Art Instrumentos de Intervenção O ordenamento e o planeamento dos recursos hídricos processam-se através dos seguintes instrumentos: a) Planos especiais de ordenamento do território; b) Planos de recursos hídricos; c) Medidas de protecção e valorização dos recursos hídricos. Artigo 32 Tipos de medidas 1 É estabelecido um conjunto de medidas para sistemática protecção e valorização dos recursos hídricos, complementares das constantes dos planos de gestão de bacia hidrográfica. 2 Essas medidas têm por objectivo: a) A conservação e reabilitação da rede hidrográfica, da zona costeira e dos estuários e das zonas húmidas; b) A protecção dos recursos hídricos nas captações, zonas de infiltração máxima e zonas vulneráveis; c) A regularização de caudais e a sistematização fluvial; d) A prevenção e a protecção contra riscos de cheias e inundações, de secas, de acidentes graves de poluição ederoturadeinfra infra-estruturas hidráulicas.

22 Instrumentos de Planeamento Planos de gestão de risco de inundações Diretiva de Avaliação e Gestão dos Riscos de Inundações (Diretiva 2007/60/CE) Estabelecem um quadro nacional para a avaliação e gestão dos riscos de inundações Para atingir os objetivos da Diretiva, foram levadas a cabo 3 etapas: Definição das zonas críticas de inundações, em 2013; Elaboração de cartas de zonas inundáveis e de riscos de inundações, concluídas em Elaboração dos Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI), aprovados em 2016 (Resolução do 115/2010 Conselho de Ministros n.º 22-A/2016, de 18 de novembro) para o período , tendo sido elaborados para sete RH de Portugal Continental Decreto-Lei nº Artigo 10º: Quando as regiões hidrográficas ou as unidades de gestão forem partilhadas comoreinodeespanha,asautoridadescompetentesdoestadoportuguêsedoreinode Espanha devem assegurar a coordenação, tendo em vista a elaboração de um plano internacional único de gestão dos riscos de inundações ou um conjunto de planos de gestão dos riscos de inundações coordenado a nível da região hidrográfica internacional

23 Instrumentos de Planeamento Planos de gestão de risco de inundações Os Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI) são desenvolvidos e implementados em estreita articulação com os Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) PGRH 2º Ciclo PGRI 1º Ciclo

24 Instrumentos de Planeamento Planos de secas Em Portugal, em 2012, foi criada a Comissão de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos de Seca e Alterações Climáticas, de caráter permanente. Em 2015, foi tornado público uma proposta para um Plano de Prevenção, Monitorização e Contingência i parasituações õ de Seca (PSS), de nível nacional (ainda não aprovado). O Plano prevê o estabelecimento de indicadores de seca e níveis associados aos mesmos, e define algumas medidas específicas para cada um desses níveis. O PNA 2015 estabelece como objetivo implementar um Drought Early Warning System em 2021.

25 Comparação com Espanha Portugal Espanha Cooperação ibérica Planos de gestão de bacia hidrográfica Planos de gestão de riscos de inundações Planos de seca x Apresentada proposta de plano de nível nacional em 2015 (ainda não aprovado) O Real Decreto 903/2010, de 15 de julho, estabelece um quadro para a avaliação e gestão dos riscos de inundações. A maioria dos planos de gestão de riscos de inundações (16 regiões hidrográficas) foram já aprovados pelo Governo em janeiro Adotados em 2007 Planos de Seca para todas as Confederaciones Hidrografica. A revisãodestesplanosestáprevista em Espanha possui um sistema de indicadores de seca específico. Têm sido desenvolvidos PGBH s coordenados. O objetivo é serem desenvolvidos PGBH s internacionais. Os dois países cumprem a política europeia. A existência de Planos de Seca é sugerida pela União Europeia como PEGA. Está previsto (desde 2008) o desenvolvimento de indicadores comuns, no âmbito da CADC.

26 Comparação com Espanha outras questões Regime de Caudais Ecológicos (RCE) Portugal Espanha Cooperação ibérica (associados aos caudais ecológicos definidos a jusante de aproveitamentos hidroelétricos) (definidos para a maioria i dos rios) No âmbito da Convenção de Albufeira são definidos regimes de caudais mínimos anuais que devem ser garantidos para as secções de controlo selecionada, em ano normal. Apesar de Espanha apresentar sugestão de RCE para estas secções, e no antigo Plano Nacional da Água Português se sugerirem RCE para estas secções, não se tem conhecimento de um esforço coordenado entre os dois países nesta temática Efeitos das alterações climáticas nos recursos hídricos (Estratégia Sectorial de Adaptação aos Impactos das Alterações Climáticas relacionados com os Recursos Hídricos, ENAAC 2020) (Plan Nacional de Adaptación al Cambio Climático) Uma das áreas temáticas prioritárias associadas à operacionalização da ENAAC 2020 consiste na cooperação internacional, i destacando-se d a necessidade de: Estabelecer um sistema de cooperação ibérica de adaptação às alterações climáticas,,que suporte a articulação de estratégias de adaptação a Portugal e Espanha e que dinamize os atuais mecanismos de GRH das bacias partilhadas

27 Obstáculos à integração/articulação entre ordenamento do território e planeamento dos RH Os planos de recursos hídricos e os planos de ordenamento são elaborados por diferentes setores de governação Decorrem de áreas técnicas e tradições diferentes Os limites it territoriais i i raramente coincidem id Em geral, os dois sistemas de planeamento têm escalas temporais e territoriais diferentes Raramente compartilham conhecimentos, métodos e dados Os processos de participação pública envolvem atores diferentes Dificilmente conseguem assumir uma visão integrada de sustentabilidade Os objetivos e princípios de planeamento não são articulados embora com complementaridades Responsabilidade de elaboração dentro do mesmo ministério mas em organismos distintos As unidades territoriais são diferentes região plano (municípios) e região hidrográfica (bacias hidrográficas) Está prevista a necessidade de articulação vertical e horizontal entre os instrumentos de gestão territorial nomeadamente entre os de âmbito territorial e sectorial, colocada grande responsabilidade nas CCDR para articulação transversal ao nível regional Ambos preveem a existência de mecanismos de divulgação e participação pública mas com abrangência e tradições diferentes A programação dos processos de planeamento está pouco articulada, dependem de mecanismos programáticos distintos Fidélis & Rodrigues (2013)

28 Seminário PNPOT Território e Prospetiva Obstáculos à integração/articulação entre ordenamento planeamento dos RH do território e p Exemplo da Ria de Aveiro - Análise espacial da articulação entre o uso do solo e os sistemas de planeamento de recursos hídricos a nível regional Modelo de desenvolvimento regional territorial (PROT-Centro) Plano de Gestão de Bacia Hidrográfica Análise de potenciais conflitos A água um recurso escasso Rodrigo Maia Fidélis & Roebeling (2014)

29 Programa de Ação do PNPOT Avaliação 2007/2013 Novo quadro normativo e institucional de gestão da água - DL 226-A/2007, de 31 de maio Novo regime de utilização dos recursos hídricos e respetivos títulos - Portaria 1450/2007, de 12 de novembro regras de aplicação do diploma - DL 97/2008, de 11 de junho regime económico e financeiro dos recursos hídricos Criação da Taxa de Recursos Hídricos

30 Programa de Ação do PNPOT Avaliação 2007/2013 Implementação das Administrações das Regiões Hidrográficas em 2007 Fusão em 2012 das ARH na Agência Portuguesa do Ambiente

31 Programa de Ação do PNPOT Avaliação 2007/2013 Plano Nacional da Água em revisão após a publicação da Lei da Água em 2005 A revisão do PNA foi finalizada em 2015 Plano Nacional para o Uso Eficiente da Água em conclusão Concluído Plano Regional da Água Açores em execução

32 Programa de Ação do PNPOT Avaliação 2007/2013 Planos de Gestão de Bacia Hidrográfica em implementação Os PGBH revistos foram adotados em 2016 (Continente e Ilhas)

33 Programa de Ação do PNPOT Avaliação 2007/2013 Não foi implementado no território continental um Plano Nacional de Regadios mas antes uma estratégia de regadio inserida no PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural ( ) 2013) Previsto ser concluído em Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/ Medida N.º 2.42 Calendário - 1.º sem. de Dificuldades de realização: insuficiente dotação orçamental, bem como a carga burocrática/adm.

34 Questões, caminhos e dúvidas (na óptica dos RH) - Quais são os principais cenários e desafios que se colocam ao território? Descentralização de competências Articular os diferentes níveis de planeamento e ordenamento territorial (nacional, regional e local) entre si e com os restantes domínios, nomeadamente os RH - De que forma o PNPOT pode contribuir para responder a esses desafios e promover novos quadros de desenvolvimento territorial conservação do que está bem (avanços havidos) e correção progressiva do que está mal / menos bem, adotando modelos institucionais e de governação adequados ao desenvolvimento i ntegrado, multi-nível e multi-sector, de acordo, nomeadamente, com os princípios da GIRH, atenta também a realidade ibérica

35 Questões, caminhos e dúvidas (na óptica dos RH) Envolvimento mais efetivo dos Municípios na elaboração das medidas a prever nos PGRH Interligação temporal dos instrumentos de POT com os de PRH Desenvolvimento de Planos de Reabilitação Fluvial ao nível da BH/RH, com envolvimento dos municípios e agentes locais (ex. RH4, APA/ARH Centro) Adequação dos instrumentos de gestão da água ao nível da Península Ibérica nas diferentes regiões hidrográficas partilhadas Exemplo de cooperação: Projeto RISC INTERREG V, España Portugal (POCTEP) Prevención de Riesgos de Inundaciones y Sequías en la Cuenca Internacional del Miño-Limia - Modelo de descentralização? - CCDRs: - O modelo a adotar adequa-se à DQA, Lei da Água e aos modelos institucionais utilizados em Espanha e na Europa? - O modelo a adotar adequa-se aos princípios da GIRH? - Qual a relação com a Autoridade da Água (APA?)? - Como será feita a coordenação com Espanha? - Qual será o papel e funcionamento da CADC?

36 Obrigado Rodrigo Maia Professor Associado da FEUP pt

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