PGRH Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas e Agricultura Nuno Lacasta Presidente do Conselho Diretivo da APA
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- Diana Marreiro Bernardes
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1 PGRH Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas e Agricultura Nuno Lacasta Presidente do Conselho Diretivo da APA Sessão A Agricultura e o Planeamento dos Recursos Hídricos em Portugal e Espanha, organizada pela CAP, Santarém, 11 junho 2015
2 Planeamento das águas Objetivos ambiciosos de proteção e recuperação dos ecossistemas aquáticos instrumentos juridicamente vinculativo aos princípios fundamentais da gestão integrada das bacias hidrográficas, incorporando perspetivas económicas e ecológicas na gestão dos recursos hídricos Instrumentos de planeamento Garantir a sustentabilidade da utilização dos recursos hídricos.
3 Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH) instrumentos de planeamento das águas constituindo a base de suporte à gestão, à proteção e à valorização ambiental, social e económica das águas Principal unidade de gestão da DQA/Lei da Água é a região hidrográfica (RH) São instrumentos operacionais, contendo as medidas e ações que permitam alcançar o bom estado das massas de água. Os PGRH reportam à Comissão Europeia o estado de aplicação da DQA e são um instrumento de informação e consulta do público. Etapas do processo de elaboração dos PGRH
4 Ciclos de Planeamento (PGRH) Os PGRH são elaborados por ciclos de planeamento, sendo revistos e atualizados de seis em seis anos. 1 ciclo PGRH Trabalhos de preparação e revisão dos PGRH 2º ciclo PGRH dezembro Versão provisória PGRH Versão final PGRH QSiGA Calendário Implementação
5 1.º Ciclo planeamento é a primeira vez que existe tanta informação disponível sobre o estado das águas em toda a Europa, devido ao desenvolvimento dos PGRH ao abrigo da DQA. verifica-se a necessidade de uma melhor aplicação e maior integração dos objetivos da política da água noutras áreas políticas, como a política agrícola comum (PAC), os Fundos Estruturais e de Coesão e as políticas em matéria de energias renováveis, transportes e gestão integrada de catástrofes.
6 Atingir o Bom Estado das massas de água em 2015?
7 Fases de elaboração dos PGRH do 2.º Ciclo Prazos previstos em Portugal 1º FASE - Calendário e programa de trabalhos dos PGRH Participação pública da 1º fase 2º FASE - Relatórios das Questões significativas por RH Caracterização da região hidrográfica (Art. 5º) Participação pública da 2ª fase e do Art. 5º 3ª FASE - Versão provisória do 2º ciclo dos PGRH Participação pública 3ª fase Versão final do 2º ciclo dos PGRH Carregamento WISE Dezembro Janeiro - Junho Junho a Novembro Junho a Novembro Dezembro - Maio Dezembro a Maio Junho - Novembro Dezembro a Fevereiro Março
8 Caracterização da Região Hidrográfica Atualização 2º ciclo para cada região hidrográfica Caraterização da região Pressões sobre as massas de água Volume (hm 3 ) Setor TOTAL Superficial Subterrâneo Abastecimento público 233,23 158,4 391,63 Urbano Consumo particular 0,31 2,28 2,59 Disponibilidades e necessidades Industrial PCIP 35,04 Não PCIP 2,17 29,3 66,51 Agrícola Turismo Agricultura 597,50 597, Pecuária 0,2 6,63 6,83 Golfe 2,15 6,45 8,6 Hotelaria 0,03 1,50 1,53 Termoelétrica 138,00-138,00 Energia Hidroelétrica <10m Hidroelétrica >10m ( 1) 13367, ,77 Outros 0,00 35,6 35,6 TOTAL 14376,4 837, ,06 Programas de monitorização Classificação das massas de água Análise económica das utilizações Classificação Rios Rios (albufeiras) Águas de Transição Águas Costeiras TOTAL N.º N.º N.º N.º N.º % Bom e superior Inferior a Bom Estado químico Rede de vigilância Rede operacional Estado quantitativo Desconhecido TOTAL Categoria Estações Massas de água monitorizadas Estações Massas de água monitorizadas Estações Massas de água monitorizadas N.º N.º % N.º N.º % N.º N.º % Águas subterrâneas
9 Objetivos Ambientais Objetivos ambientais no 1º ciclo de planeamento previa uma evolução significativa até 2015: passar de 52% de MA classificadas em bom estado para 60%. Assumiu-se que pouco seria feito, durante o 1.º ciclo, para atingir os objetivos finais da DQA e da LA. Tal foi justificado Pelas dificuldades associadas à conjuntura económica do país, E pelo curto prazo que mediava entre a preparação dos planos (foram aprovados e publicados em 2013) e o ciclo de planeamento seguinte. 2.º CICLO N.º total massas de água (Superficial + Subterrânea): 1914 N.º de massas de água com estado Bom e superior: 1033 (54%)
10 Classificação provisória Estado Massas de Água Superficiais N.º massas de água superficiais: 1821 N.º massas de água com estado Bom e superior: 955 (52 %) Média nacional global 54%
11 Classificação provisória Estado Massas Água Subterrâneas 93 massas de água subterrâneas 78 massas de água com estado Bom 84 % Média nacional global 54%
12 Balanço disponibilidades/consumos - Índice de escassez As regiões hidrográficas com um índice de escassez inferior a 10% - RH1, RH2 (Cávado) e RH4 (Lis) Sem escassez Portugal com um índice de escassez de 16% Escassez reduzida As regiões hidrográficas com um índice de escassez entre 20% e 40% - RH3 (Leça), RH5, RH6 (Sado), RH7 e RH8 Escassez moderada Legenda: WEI+ inferior a 10% - Sem Escassez WEI+ entre 10% e 20% - Escassez Reduzida WEI+ entre 20% e 40% - Escassez moderada WEI+ superior a 40% - Escassez severa WEI - Water Exploitation Index- corresponde à razão entre a procura média anual de água e os recursos médios disponíveis a longo prazo e permite assim avaliar o stress hídrico a que se encontra sujeito um território
13 Zonas protegidas Captações Águas balneares Piscícolas Conquícolas Sensíveis nitratos Áreas protegidas (Aves e Habitats) Informação complementar à classificação do estado das massas de água
14 Importância do setor agrícola Portugal Continental Área agrícola e florestal - 70% do território Superfície Agrícola Utilizada (SAU) - 40% do território Setor económico importante Produção de alimentos Manutenção da paisagem Manutenção da população no espaço rural
15 Pressões do setor agrícola sobre os recursos hídricos Pressões qualitativas resultantes de fontes de poluição difusa - utilização de fertilizantes e de produtos fitofarmacêuticos (PF), ; Pressões qualitativas resultantes de fontes de poluição tópicas - descargas de poluentes nos recursos hídricos, por ex. de efluentes pecuários, ; Pressões quantitativas - captação de água para rega, ; Alterações hidromorfológicas - intervenções nas margens dos cursos de água,
16 Produção Agrícola - principais desafios Adotar modos de produção sustentáveis Gestão economicamente eficiente da água Melhorar a gestão e promover a eficiência no uso da água Internalização dos custos Código de Boas Práticas Agrícolas Manter e recuperar galerias ripícolas Conservação do solo Regras da Condicionalidade nas explorações agrícolas e florestais
17 Pecuária - principais desafios
18 Balanço de azoto e de fósforo no solo (incorporação remoção) (INE, 2013, 2014)
19 PGRH 2.º Ciclo - Cargas difusas e tópicas para as águas subterrâneas e superficiais Cargas difusas N total Agricultura: 50% Pecuária: 43% Cargas tópicas N total Agricultura: --- Pecuária: <0,1% Cargas difusas e tópicas N total Agricultura: 39% Pecuária: 34% Agricultura + Pecuária: 73%
20 PGRH 2.º Ciclo - Cargas difusas e tópicas para as águas subterrâneas e superficiais Cargas difusas P total Agricultura: 73% Pecuária: 25%h Cargas tópicas P total Agricultura: --- Pecuária: <0,1% Cargas difusas e tópicas P total Agricultura: 39% Pecuária: 13% Agricultura + Pecuária: 52%
21 Superfície irrigável e regada e do volume de água captado para rega (INE, 2009, 2011, 2013; INAG 2002)
22 PGRH 2.º Ciclo Volumes captados de águas subterrâneas e superficiais Usos consumptivos Agricultura: 70% Pecuária: <0,1% Agricultura: 75% Pecuária: 1% Usos consumptivos Volumes captados Agricultura: 72% Pecuária: 1% Agricultura + Pecuária: 73%
23 Programa de medidas DQA - Abordagem abrangente e integradora para a proteção e gestão sustentável dos recursos hídricos, com a finalidade de alcançar o bom estado das massas de água superficiais e subterrâneas Objetivos Ambientais Planos de Gestão de Região Hidrográfica - PGRH Programa de Medidas Medidas de Base Medidas Suplementares
24 Eixos para definição das Medidas SETORES Urbano Agricultura Pecuária Indústia Turismo Energia Pescas Aquicultura Floresta...
25 PGRH Medidas de base (requisitos mínimos) Execução da legislação Legislação Água para Consumo Humano Legislação Emissões Industriais (PCIP) Legislação Nitratos Legislação NREAP Legislação Habitats e Aves Legislação Água (DQA, LA, ) Legislação Lamas Legislação Colocação PF no mercado e Uso Sustentável PF
26 Medidas de base (requisitos mínimos)
27 PGRH 2º Ciclo Medidas de base Agricultura, Pecuária e Floresta
28 PGRH Medidas suplementares
29 Sinergias entre a Política da Água e a Política Agrícola Desafios Política da Água DQA (principal suporte legislativo) Objetivos Ambientais PGRH Programas de Medidas Prevenção da poluição das águas superficiais e das águas subterrâneas com nutrientes, produtos fitofarmacêuticos e outros poluentes; Uso eficiente da água e desenvolvimento sustentável do regadio; Melhoria das condições hidromorfológicas; Proteção dos ecossistemas. PILAR I: Política Agrícola - PAC Instrumentos Financeiros Pagamentos diretos - Condicionalidade e Greening PILAR II: PDR Promoção de medidas de proteção dos recursos hídricos Setor Agrícola
30 Regras da Condicionalidade mais relevantes para a proteção dos recursos hídricos Domínio Ambiente, alterações climáticas e boas condições agrícolas das terras Saúde pública, saúde animal e fitossanidade RLG - Requisitos Legais de Gestão, decorrentes de legislação Comunitária BCAA - normas de Boas Condições Agrícolas e Ambientais Assunto principal Requisitos e normas Água RLG 1 Diretiva Nitratos Diretiva 91/676/CEE Solos e existências de carbono BCAA 1 BCAA 2 BCAA 3 BCAA 4 BCAA 5 BCAA 6 Biodiversidade RLG 2 RLG 3 Paisagem, nível mínimo de manutenção BCAA 7 Produtos fitofarmacêuticos RLG 10 Estabelecimento de faixas de proteção ao longo dos cursos de água Respeito pelos procedimentos de autorização da utilização de água para rega Proteção das águas subterrâneas contra a poluição com substâncias perigosas enunciadas no Anexo da Diretiva 80/68/CEE (versão em vigor no último dia da sua validade) Cobertura mínima dos solos Gestão mínima das terras, refletindo as condições específicas do local, para limitar a erosão Manutenção da matéria orgânica dos solos através de práticas adequadas Diretiva Aves Diretiva 2009/147/CE Anualmente são definidas as regras da Condicionalidade a adotar em Portugal Continental. Diretiva Habitats Diretiva 92/43/CEE Manutenção das características das paisagens, incluindo sebes, lagoas, valas, árvores em linha, agrupadas ou isoladas, e orlas dos campos e socalcos, incluindo a proibição do corte de sebes e árvores durante os períodos nidícola e de reprodução, e, facultativamente, medidas para evitar plantas invasivas Regulamento Colocação PF no mercado Regulamento (CE) n.º 1107/200
31 Condicionalidade Requisitos Legais de Gestão (RLG) Legislação Água para Consumo Humano Legislação Emissões Industriais (PCIP) Legislação Nitratos Legislação NREAP Legislação Habitats e Aves Legislação Água (DQA, LA, ) Legislação Lamas Legislação Colocação PF no mercado e Uso Sustentável PF - Faz parte dos RLG; - Alguns apoios da PAC, a nível nacional, estão sujeitos a esta legislação; - Não faz parte dos RLG.
32 Desenvolvimento Rural FEADER/PDR 6 Prioridades da UE para o Desenvolvimento Rural
33 PDR 2020 Sistemas de produção sustentáveis: 7.1, 7.2; Sistemas de produção extensivos/tradicionais: 7.3, 7.6, 7.7, 7.8; Gestão da água/uso eficiente da água: 7.5, 3.2, 3.4; Conservação do solo: 7.4, 3.2; Gestão de efluentes: 3.2, 3.3; Galerias ripícolas: 7.10; Silvicultura sustentável: 8; Inovação: 1; Capacitação, divulgação e aconselhamento: 2.
34 PGRH 2º Ciclo Medidas suplementares Agricultura, Pecuária e Floresta
35 Implementação
36 Participação Pública - PGRH Planos de Gestão de Região Hidrográfica Estado das Massas de Água Identificação das Pressões Objetivos Ambientais Programa de Medidas Partilha informação Programa de medidas Inovação Partilha informação Financiamento comunitário Comunidade científica Consultores Implementação das medidas Reuniões setoriais para análise de medidas. Financiamento diluído em vários sectores. Cidadãos Administração Sectores Melhores técnicas ONG Sensibilização Complementaridade de iniciativas entre as diferentes ONG
37 Processo de participação pública Planos espanhóis Participação pública dos planos hidrológicos e dos planos de gestão de risco de inundação espanhóis durante seis meses janeiro a junho de maio a 16 junho de 2015 Avaliação ambiental dos planos hidrológicos e dos planos de gestão de risco de inundação espanhóis durante 30 dias úteis
38 3ª Fase de participação pública Sessões previstas em Portugal Região Hidrográfica (RH) Regionais Conselho Região Hidrográfica Luso-espanholas Minho e Lima (RH1) 1 22 junho Pontevedra Cávado, Ave e Leça (RH2) 1 2 Douro (RH3) 2 17 junho Régua Vouga, Mondego e Lis (RH4) 2 2 Tejo e Ribeiras do Oeste (RH5) junho Carceres Sado e Mira (RH6) 1 2 Guadiana (RH7) 1 18 junho Évora Ribeiras do Algarve (RH8) 1 2 TOTAL Data Local Total de 26 sessões: 10 sessões dos Conselhos de Região Hidrográfica (CRH) 4 sessões luso-espanholas 11 sessões regionais 1 sessão nacional de encerramento 1 sessão nacional
39 PGRH Planos de Gestão das Regiões Hidrográficas e Agricultura Nuno Lacasta Presidente do Conselho Diretivo da APA Sessão A Agricultura e o Planeamento dos Recursos Hídricos em Portugal e Espanha, organizada pela CAP, Santarém, 11 junho 2015
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