CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Profa. Jackeline F. Fares AULA 45 06/09/2017 Direito TRIBUTÁRIO ICMS parte 2 Dúvidas da aula anterior CONCEITO DE INSUMO Insumo é um gênero que engloba a matéria prima, material intermediário e o material de embalagem. Matéria prima = a mercadoria que adquiriu que se transformara no seu processo produtivo, é o essencial para a fabricação do produto final. Material Intermediário = material que sofra desgaste ou dano de forma que o material empregado deve-se incorporar ao produto final ou se desgastar pelo contato com o mesmo. OBS: Normalmente são enquadrados erroneamente como material de uso e consumo nas empresas Material de Embalagem = é uma embalagem para o produto final, porém, a embalagem apenas para o transporte do produto, não entra para o insumo. O ICMS segue muito o conceito de insumo baseado no regulamento do IPI. CONCEITO DE MATERIAL DE USO E CONSUMO Os materiais de uso e consumo caracterizam-se por não se agregarem, fisicamente, ao produto final, sendo meramente utilizados nas atividades de apoio administrativo, comercial e operacional (manutenção) CONCEITO DE CRÉDITO E DÉBITO Crédito do ICMS = direito de abater das respectivas saídas (vendas) o imposto pago na aquisição (entrada) de produtos e mercadorias e serviços. Débito do ICMS = montante do imposto a ser recolhido pelo contribuinte em suas saídas (vendas) O Débito e crédito dos tributos devem ser vistos pelo lado do contribuinte. Aquisições que permitem o crédito = insumo, ativo da empresa, frete, material intermediário, energia elétrica (apenas a respectiva parte da fabricação, parte administrativa não pode creditar), comunicação ( no acaso da comunicação deve ser feito uma proporção entre as exportações X a saída.) Exemplo:
Industrialização de Bolo pela empresa X Possível crédito do ICMS = farinha, comunicação, batedeira, energia elétrica Pergunta que temos que fazer quando nos deparamos com um possível crédito de comunicação: A empresa exporta? Sim Vendas Internas: 50% Vendas Interestaduais: 10% Exportações: 40% Desta forma, pode-se tomar 40% do crédito da nota fiscal, no caso da comunicação. A apuração do ICMS é mensal, através do SPEED FISCAL e GIA (no estado de São Paulo); Exemplo de apuração: Ago D 50 C 100 = C 50 Set D 30 C 100 CPA 50 = C 120 Suspensão = postergar o momento do pagamento; Operação de Remessa = não tem cunho mercantil, pois, é uma nota para acompanhar a circulação da mercadoria, que normalmente retornará ao contribuinte. Venda e revenda, qual a diferença? A primeira saída da fábrica é uma venda Já o comércio irá revender o produto. RETIRADA DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS é necessário o estudo das entradas e saídas para verificar se a tese é benéfica ao contribuinte. Quando a venda é realizada para não contribuinte do ICMS, se paga parte do imposto para o Estado de origem e para o Estado de destino. IMPORTANTE CFOP Código Fiscal da Operação, ao invés de colocar na nota que irá fazer uma venda interna, coloca-se um código: Códigos de Entrada = 1 (aquisição interna), 2 (interestadual) e 3 (importado) = entradas (aquisições) Códigos de Saída = 5 (interna), 6 (interestadual) e 7 (exportação) Os outros 03 números do código é o que irá completar o código da operação
CST Código de Situação Tributária = informação na nota sobre imunidade, isenção em relação ao tributo, por exemplo, com o código de não tributável. NCM Nomenclatura Comum do Mercosul = no IPI se utiliza muito o NCM. Trata-se de um código para o produto. CEST Código Especificador da Substituição Tributário, se o item de venda em algum lugar do Brasil tem o item precisa estar especificado na nota o item que tem a substituição tributária. IMPORTANTE: Através do Convênio ICMS 60/2017 foi mantido a obrigatoriedade de indicação do Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) nos documentos fiscais para 01 de julho de 2017, no caso de estabelecimentos industriais e importadores. Desta forma, o CEST será exigido a partir de: I. 1º de julho de 2017, para a indústria e o importador; II. 1º de outubro de 2017, para o atacadista; e III. 1º de abril de 2018, para os demais segmentos econômicos. PRINCIPAIS OPERAÇÕES: Compras Vendas Devoluções Industrialização por Encomenda: Transferência Interna e Interestadual Aquisição de Ativo Imobilizado/ Uso e Consumo Venda para Não Contribuinte Operação com ZFM / ALC Venda, Revenda e Exportação DEVOLUÇÕES
O seu efeito é de anular todos os efeitos da operação, ou seja, todos os impostos contidos na NF, no momento da devolução deve ser destacado exatamente igual. Exemplo: comprou um saco de farinha que estava embolorada, é preciso emitir a NF com o código de devolução e colocar a mesma BC e alíquota que estava na NF de aquisição. Não aceitar uma NF não é o mesmo que devolver a NF, não aceitar é rejeitar a NF. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA Operação de industrialização por encomenda é a operação pela qual determinado estabelecimento (autor da encomenda ou encomendante) remete insumos para outro estabelecimento (industrializador) para que este execute a operação de industrialização. Veja os códigos de CFOP na operação de industrialização por encomenda: Operação Interna O autor da encomenda remete MP, MI, ME (matéria-prima, material intermediário e material de embalagem) ao industrializador para executar a industrialização. 1- CFOP 5.901 - ICMS - Suspenso Prazo de 180 dias, podendo ser prorrogados através de um 2- CFOP 5.902 - ICMS - Suspenso Prazo de 180 dias, podendo ser prorrogados através de um 3 - CFOP 5.124 - Material Empregado (Tributado) + Mão de Obra (Diferido) ATT: Para fazer essa operação é necessário ser um industrializador Operação Interestadual O autor da encomenda remete MP, MI, ME ao industrializador para executar a industrialização. 1- CFOP 6.901 ICMS - Suspenso Prazo de 180 dias, podendo ser prorrogados através de um 2- CFOP 6.902 ICMS Suspenso Prazo de 180 dias, podendo ser prorrogados através de um
3- CFOP 6.124 - Material Empregado (Tributado) + Mão de Obra (Tributado) Industrialização por Conta de Terceiro Decisão Normativa CAT nº 3/2016 Autor da encomenda que solicita ao fornecedor a entrega direta de insumos no estabelecimento de industrializador e, posteriormente, solicita a este a entrega do produto acabado diretamente no estabelecimento do adquirente Situação 1 Regra Geral Situação 2 Fornecedor que usar a ressalva do item 2 da Decisão CAT 3/2016 Na próxima aula a professora trará os conceitos de: FORNECEDOR, ENCOMENDANTE, INDUSTRIALIZADOR E CLIENTE. BONS ESTUDOS!!! MONITORIA: CRISTINA CASARES