EPET071 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS DE ÓLEO E GÁS

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Transcrição:

Análise de Risco EPET071 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS DE ÓLEO E GÁS CAIO YURI DA SILVA MEDEIROS DANDARA MARIA DE MOURA JESUS JÉSSICA PONTES DE VASCONCELOS JOSUÉ DOMINGOS DA SILVA NETO MILENA RAQUEL ALMEIDA DE AGUIAR

Introdução Avaliar investimentos é estimar as chances econômicas de um projeto. Em condições de incerteza, essa avaliação pode ser feita por métodos tradicionais ou através de técnicas computacionais. Tomar decisões de investimentos envolve riscos e incertezas. Coordenar Dirigir Organizar Planejar Administrar Gestão de projetos

Introdução Os riscos estão associados a perdas financeiras e são impossíveis de ser totalmente eliminados. Decisões relacionadas à implantação de recursos são decisões que abrangem um maior nível de risco que só são aceitas se proporcionarem maiores retornos. Portanto, não existe uma representação ideal do equilíbrio entre risco e ganho. Também como abordagem da análise dos riscos e incertezas envolvidas em projetos, os usos de funções de utilidade são bastantes aplicáveis.

Introdução Utilidade é a forma de medir a satisfação dos desejos do consumidor. Valor atribuído ao uso de um ou maisbens. Essas funções levam em consideração todo um cenário que representam a receita financeira, como utilidade do investimento, expressando assim o perfil de risco entre as variações positivas e negativas. Isso permite a comparação de diferentes situações em termos de valor esperado da utilidade, equivalente certo, prêmio de risco e coeficiente de aversão ao risco.

Métodos de Avaliação de Projetos Para prever e minimizar os riscos e incertezas de um projeto e auxiliar na tomada de decisão utiliza-se da avaliação econômica de projetos. A avaliação pode ser feita por métodos tradicionais baseando-se na análise de dados ou indicadores determinísticos como: a) VPL b) Payback c) TIR E através de ferramentas computacionais por meio de técnicas numéricas, como é o caso da Simulação de Monte Carlo.

Métodos de Avaliação de Projetos Valor Presente Líquido (VPL) Representa os resultados dos fluxos de caixas, descontados a data zero pelo custo de capital do projeto e subtraído do investimento inicial; É a diferença entre os fluxos de caixa trazidos ao valor presente pelo custo de oportunidade do capital e o investimento inicial.

Métodos de Avaliação de Projetos Payback Representa o prazo de retorno do investimento inicial; É o prazo necessário para a recuperação do capital investido, podendo ser simples ou descontado. Payback Vantagens Desvantagens Simples - Não exige nenhuma sofisticação de cálculos; - Serve como parâmetro de liquidez e de risco. - Não considera o custo de capital; - Não considera todos os fluxos de caixa. Descontado Considera o valor do dinheiro no tempo Não considera todos os fluxos de caixa do projeto

Métodos de Avaliação de Projetos Taxa Interna de Retorno (TIR) Corresponde ao valor do custo de capital que torna o Valor Presente Líquido nulo, sendo então uma taxa que remunera o valor investido no projeto.

Métodos de Avaliação de Projetos Em virtude das limitações dos modelos de análise de risco convencionais e determinísticos, surge a Simulação de Monte Carlo (SMC); A SMC é o método mais completo de mensuração de risco dos fluxos de caixas, pois é mais dinâmico nas análises das volatilidades dos fluxos e capta de maneira mais eficiente o relacionamento entre as variáveis que compõem o fluxo de caixa da empresa.

Análise de Risco Risco é a representação da variabilidade de um valor. Riscos estão normalmente associados a possíveis perdas financeiras ou a possibilidade de não se atingir um nível de remuneração compatível com o investimento. Para projetos todas as variáveis que podem variar o resultado, possuem risco. Risco é a possibilidade de que algum acontecimento venha a ocorrer de forma diversa do esperado (Weston e Brigham, 2013).

Análise de Risco Fatores de risco: O tamanho do risco quantificado pela amplitude da variação (variância) Desvio padrão quanto maior o DP, maior o risco. Fonte: http://www.mudancasabruptas.com.br/mercadonormal.html

Análise de Risco Metodologia pela qual a incerteza das variáveis é processada para estimar o impacto do risco sobre os resultados projetados. De forma geral, submete-se um modelo matemático a várias simulações com auxilio de computação. São construídos sucessivamente vários cenários usando como entrada variáveis incertas do projeto.

Análise de Risco Tipos de Risco Risco isolado de um projeto Risco da empresa Risco de mercado

Análise de Risco Processo de análise de risco Fonte: BERTOLO, L.A.

Análise de Risco Quanto aos métodos de medição do risco isolado, podemos identificar três formas básicas: Análise de Sensibilidade Análise de Cenário Análise pela Simulação de Monte Carlo

Análise de Sensibilidade É uma técnica que indica quando o VPL mudará em função de alterações em uma variável sem que outras sejam alteradas. Tem como resultado três cenários: Mais Provável (M), Otimista (O) e Pessimista (P). O projeto que apresentar a maior diferença entre as estimativas O e P é o que tem maior risco associado.

Análise de Cenário Considera a variação de um conjunto de variáveis, tornando o processo mais intuitivo. Devem ser consideradas variáveis como inflação, variação cambial, renda dos consumidores, custo das fontes de financiamento, preços de produtos concorrentes, preços de matéria-prima, tributos etc. Constrói-se os seguintes senários: Básico, Pior (es) e Melhor (es)

Análise por Simulação de Monte Carlo É um avanço da análise de cenários. Surge em virtude das limitações dos modelos de análise de risco convencionais e determinísticos; É uma metodologia estatística que se baseia em uma grande quantidade de amostragens aleatórias para se chegar em resultados próximos de resultados reais; Permite que se faça testes com variáveis um número suficientemente grande de vezes para ter com mais precisão a chance de algum resultado acontecer.

Análise por Simulação de Monte Carlo É o método mais completo de mensuração de risco dos fluxos de caixas, pois é mais dinâmico nas análises das volatilidades dos fluxos e capta de maneira mais eficiente o relacionamento entre as variáveis que compõem o fluxo de caixa da empresa. É utilizado quando o modelo é complexo/não linear ou quando envolve um número razoável de parâmetros de incerteza. Pode ser utilizado na análise de investimento por meio da variação das variáveis críticasdofluxode caixa usadosnocálculo dovpl.

Método de Monte Carlo O MMC é uma grande ferramenta para tomada de decisão.

Referências Bibliográficas BERTOLO, L. A. Análise de Risco na Avaliação de Investimento. Disponível em: http://www.bertolo.pro.br/adminfin/analinvest/analisederisconaavaliacaodeinvestimentos.pdf. Acessado em 04 de out. de 2016; BRUNI, A. L.; FAMÁ, R.; SIQUEIRA, J. de O. Análise do Risco na Avaliação de Projetos de Investimentos: Uma Aplicação do Método de Monte Carlo. Disponível em: http://www.regeusp.com.br/arquivos/c6-art7.pdf. Acessado em 20 de out. de 2016; COSTA, A. P. A. Quantificação do Impacto de Incerteza e Análise de Risco no Desenvolvimento de Campos de Petróleo. Campinas, SP: Pós graduação Interdisciplinar de Ciências e Engenharia de Petróleo, 2003. MONTEIRO, C. A.; SANTOS, L. S. dos; Werner, L. Simulação de Monte Carlo em Decisão de Investimento para Implantação de Projeto Hospitalar. Bento Gonçalves, RS: XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção, 2012; TOBIAS, A. C. B.; FERREIRA, R. A. Como Avaliar o Risco de um Projeto Através da Metodologia de Monte Carlo. Disponível em: http://docplayer.com.br/9584517-como-avaliar-orisco-de-um-projeto-atraves-da-metodologia-de-monte-carlo.html. Acessado em 17 de out. de 2016. MAS-COLELL, Andreu; WHINSTON, Michael D. e GREEN, Jerry R. Microeconomic theory. New York: Oxford University Press, 1995. 981 páginas. ISBBN-13 978-0-19-507340-9

Referências Bibliográficas OLIVEIRA, M. R. G. de; NETO, L. B. de M. Simulação de Monte Carlo e Valuation: Uma Abordagem Estocástica. São Paulo, SP: REGE: Artigo - Finanças, 2012; PIRES Jr, F. C. M.; REZENDE FILHO, M. Análise de Opções Reais para Apoio a Decisão de Investimento em Navio: Valor de Opção e Aversão a Risco. Rio de Janeiro, RJ: 25º Congresso Nacional de Transporte Aquaviário, Construção Naval e Offshore, 2014; PORTO Jr, S. Incerteza e Risco. Rio Grande do Sul, RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Curso de Especialização em Finanças e Economia, 2009; PUC RIO: DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO. Equivalente Certo. Disponível em: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0510486_08_cap_03.pdf. Acessado em 21 de out. de 2016; PUC RIO: SISTEMA MAXWELL. Funções de Utilidade. Disponível em: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/6447/6447_6.pdf. Acessado em 21 de out. de 2016; SILVA, C. A. G da. Análise e Seleção de Projetos de Investimentos em Condições de Incerteza. Rio de Janeiro, RJ: Economia, 2015; PAMPLONA, E. de O.; MONTEVECHI, J. A. B. Análise de Riscos. Itajubá - MG: Instituo de Engenharia Mecânica, 2005; SILVA, B.N.; PEREIRA, G. S.; GOMES, L. L. Análise de Risco em Projetos de Produção Marítima de Petróleo. Foz do Iguaçu PR: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 2007.

Referências Bibliográficas http://blog.luz.vc/como-fazer/simulacao-de-monte-carlo/