Técnicas de Orçamento de Capital
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- Patrícia Marques Cabral
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1 MBA em Gestão de Negócios Universidade Federal Fluminense Gestão Financeira de Empresas Aula 4 Prof. Dr. Osiris Marques Agosto/2016 Técnicas de Orçamento de Capital Objetivos de aprendizagem 1. Compreender o papel das técnicas no processo de orçamento de capital. 2. Calcular, interpretar e avaliar o período de payback. 3. Calcular, interpretar e avaliar o valor presente líquido (VPL). 4. Calcular, interpretar e avaliar a taxa interna de retorno (TIR). 1
2 Objetivos de aprendizagem 5. Usar perfis de valor presente líquido para comparar as técnicas de VPL e TIR. 6. Discutir o VPL e a TIR em termos de classificações conflitantes e dos pontos fortes teóricos e práticos de cada enfoque. Técnicas de orçamento de capital Problema a ser discutido A Bennett Company é uma metalúrgica de médio porte que atualmente está analisando dois projetos. O projeto A exige investimento inicial de $ e o projeto B requer investimento inicial de $ As entradas operacionais de caixa relevantes projetadas são apresentadas na Tabela 9.1 e representadas nas linhas de tempo da Figura 9.1. Técnicas de orçamento de capital 2
3 Técnicas de orçamento de capital Período de payback O período do payback mede simplesmente quanto tempo (em anos e/ou meses) é necessário para a empresa recuperar o investimento inicial em um projeto. O período de payback máximo aceitável é fixado pela administração da empresa. Se o período de payback for menor do que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto deverá ser aceito. Se o período de payback for maior do que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto deverá ser rejeitado. Prós e contras dos períodos de payback O período de payback é largamente utilizado por empresas de grande porte para avaliar pequenos projetos, e por empresas de pequeno porte para avaliar a maioria de seus projetos. É simples, intuitivo e leva em conta fluxos de caixa, e não lucros contábeis. Também leva implicitamente em conta a distribuição de fluxos de caixa no tempo, sendo usado como complemento de outros métodos, como os de valor presente líquido e taxa interna de retorno. 3
4 Prós e contras dos períodos de payback Uma importante deficiência do período de payback é que o período apropriado de recuperação é um número determinado subjetivamente. Também ignora o objetivo de maximização de riqueza, pois não se baseia em fluxos de caixa descontados, e, assim, não fornece qualquer indicação de que um projeto acrescenta ou não valor à empresa. Portanto, o payback não considera integralmente o valor do dinheiro no tempo. Prós e contras dos períodos de payback Prós e contras dos períodos de payback 4
5 Valor presente líquido (VPL) O valor presente líquido (VPL) é obtido subtraindose o investimento inicial de um projeto, depois do imposto de renda, do valor presente de suas entradas de caixa, depois do imposto de renda. Valor presente líquido (VPL) O valor presente líquido (VPL) é obtido subtraindo-se o investimento inicial de um projeto, depois do imposto de renda, do valor presente de suas entradas de caixa, depois do imposto de renda. Critérios de decisão Se VPL > 0, o projeto deverá ser aceito. Se VPL < 0, o projeto deverá ser rejeitado. Se VPL = 0, é indiferente aceitar ou rejeitar o projeto. Valor presente líquido (VPL) Usando os dados da Bennett Company apresentados natabela 9.1, vamos supor que o custo de capital da empresa seja de 10%. Com base nos fluxos de caixa e no custo de capital (retorno exigido) fornecidos, o VPL pode ser calculado como é mostrado na Figura
6 Valor presente líquido (VPL) Taxa interna de retorno (TIR) A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa de desconto que iguala o valor presente líquido das saídas ao valor presente das entradas. A TIR é a taxa intrínseca de retorno do projeto. Taxa interna de retorno (TIR) A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa de desconto que iguala o valor presente líquido das saídas ao valor presente das entradas. A TIR é a taxa intrínseca de retorno do projeto. Critérios de decisão Se TIR > k, o projeto deverá ser aceito. Se TIR < k, o projeto deverá ser rejeitado. Se TIR = k, é indiferente aceitar ou rejeitar o projeto. 6
7 Taxa interna de retorno (TIR) Perfis de valor presente líquido Os perfis de VPL são gráficos que representam os VPLs de projetos em função de taxas de desconto e constituem excelente instrumento de comparação de projetos. Para preparar perfis de VPL dos dois projetos da Bennett Company, A e B, o primeiro passo é construir um conjunto de coordenadas combinando taxas de desconto e VPL e a seguir representá-los graficamente, como é mostrado na tabela e na figura a seguir. Perfis de valor presente líquido 7
8 Problemas com a TIR Você deve estar se perguntando se a TIR e o VPL conduzem a decisões idênticas. Na maioria das situações a resposta seria sim. Pode haver divergências entre as duas regras de decisão nos seguintes casos: 1) Se os fluxos de caixa são não convencionais; 2) Se os investimentos são mututamente excludentes Problemas com a TIR FLUXOS DE CAIXA NÃO-CONVENCIONAIS $ VPL 2 1 TIR = 25% TIR = 33,3% Ano Fluxo de Caixa 0-60, , , r (%) Taxa de desconto VPL 0% -5, , , , ,31-5 Problemas com a TIR FLUXOS DE CAIXA NÃO-CONVENCIONAIS Neste caso, podem ocorrer taxas múltiplas de retorno, que é a possibilidade de que mais de uma taxa de desconto faça com que o VPL de um investimento seja zero. No exemplo anterior, a regra da TIR falha completamente. Por exemplo, se o retorno exigido for de 10%, deveríamos aceitar esse investimento? 8
9 Problemas com a TIR INVESTIMENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS Mesmo que houvesse uma única TIR, poderia surgir outro problema relacionado com decisões de investimentos mutuamente exclusivos, que é uma situação em que aceitar um investimento impede que se aceite o outro. Se os projetos são mutuamente exclusivos não devemos classificá-los com base em seu retorno. Neste caso, as classificações por VPL e TIR podem ser conflitantes, como nos mostra o exemplo que discutimos no início do capítulo e que repetiremos a seguir. Problemas com a TIR INVESTIMENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS Problemas com a TIR INVESTIMENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS 9
10 Classificações conflitantes Às vezes ocorrem classificações conflitantes de dois ou mais projetos usando o VPL e a TIR por causa de diferenças em termos de magnitude e distribuição de fluxos de caixa no tempo. A causa subjacente de classificações conflitantes é a hipótese implícita a respeito do reinvestimento de entradas de caixa intermediárias entradas de caixa que ocorrem antes do final do projeto. O VPL supõe que as entradas intermediárias são reinvestidas ao custo de capital, enquanto a TIR supõe que são reinvestidas à própria TIR. Classificações conflitantes Classificações conflitantes 10
11 Classificações conflitantes Que enfoque é melhor? Em bases puramente teóricas, o VPL é melhor, porque: O uso do VPL implicitamente supõe que as entradas intermediárias de caixa são reaplicadas ao custo de capital da empresa, e a TIR supõe que são reaplicadas à geralmente elevada taxa por ela especificada. Algumas propriedades matemáticas podem fazer com que um projeto com séries não convencionais de fluxos de caixa não tenha TIR igual a zero ou tenha mais de uma TIR real. A despeito da superioridade teórica do VPL, porém, os administradores financeiros preferem usar a TIR por causa de sua preferência por taxas de retorno. Paz e Bem!!!!! 11
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