Aula 3. Planejamento de Custos em Projetos
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- Luiz Guilherme Palhares Maranhão
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1 Aula 3 Planejamento de Custos em Projetos
2 Objetivos Detalhes sobre Juros Simples e Compostos. Equivalência de taxas. Detalhes sobre Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e Payback.
3 O Valor do Dinheiro no Tempo Cenário 1: Em um cenário sem inflação e nenhuma outra forma de reajuste de preços, em que o poder de compra de R$ hoje será o mesmo daqui um ano. É sensato dizer que o dinheiro mantém o mesmo valor ao longo do tempo, já que a quantidade comprada hoje será a mesma que se comprará daqui um ano? Em uma primeira análise, parece uma ideia razoável.
4 O Valor do Dinheiro no Tempo Cenário 2: No mesmo cenário sem inflação e nenhuma outra forma de reajuste de preços, você tem R$ disponíveis e investe por um ano em uma instituição financeira. Parece razoável que seu dinheiro mantenha o mesmovaloraolongodoano? Agora, a ideia de ficar com o dinheiro indisponível por tanto tempo, sem nenhuma remuneração, não parece tão razoável.
5 O Valor do Dinheiro no Tempo Desta forma, estabelece-se o custo de oportunidade, em que o indivíduo só está disposto a poupar, e por consequência investir, se houver uma remuneração sobre o seu capital, caso contrário, ele preferirá manter seu dinheiro consigo, com liquidez imediata. Continua
6 O Valor do Dinheiro no Tempo Cada indivíduo e cada empresa têm um custo de oportunidade diferente. Para uma pessoa física, uma remuneração de 1% ao mês pode ser atrativa, mas para uma empresa que lucra 20% mensais com sua operação, é preferível investir seu dinheiro na sua produção à mantêlo investido no banco.
7 Juros Simples Desta forma: FV = PV + J Substituindo: FV = PV (1 + n.i) Onde FV é o Valor Futuro do Regime de Capitalização. As aplicações dos juros simples são restritas, mas importantes, pois são utilizados em cobrança de juros para saldos negativos de cheques especiais e conta garantida, descontos comerciais e export-note (nota promissória de exportação).
8 Juros Compostos Ao contrário do regime de capitalização de juros simples, o composto incide juros sobre juros acumulados, fazendo com que o crescimento do montante (saldo) seja mais acelerado. A capitalização dos juros compostos é feita por uma Progressão Geométrica, por isso diz-se que seu crescimento não é linear, é exponencial. Continua
9 Juros Compostos No curto prazo, a capitalização de juros simples é maior que a composta, mas em poucos períodos (em geral 30) a capitalização composta acelera mais rápido do que a simples.
10 Juros Compostos Juros Simples Juros Compostos
11 Juros Compostos A notação utilizada para as fórmulas será a mesma apresentada anteriormente, que está alinhada com a literatura internacional e a utilização de calculadoras financeiras e planilha eletrônicas. Afórmulageralé: FV = PV (1 + i) n Importante: A taxa e o período devem sempre estar na mesma unidade de tempo, ou seja, sempre em dias, meses, trimestres.
12 Taxas Equivalentes São taxas, aplicadas em regime de juros compostos, que oferecem o mesmo retorno sobre o mesmo capital em determinado período. Fórmula Geral: i q = ( 1 + i t ) ( nq / nt ) 1 Onde: i q i t = Taxa que quero. = Taxa que tenho. nq = Período que quero. nt = Período que tenho.
13 Taxas Equivalentes Como converter uma taxa de 15,8% ao ano para uma taxa mensal? Aplicando a fórmula: i q = ( 1 + i t ) (nq/nt) 1 i q = ( 1 + 0,158) (1/12) 1 i q = (1,158) 0, i q = 1, i q = 0,01230 ou 1,23%a.m.
14 Valor Presente Líquido O valor do dinheiro no tempo deve ser respeitado. Para cada oportunidade de investimento sempre há, no mínimo, duas opções: Investir. Não investir. Não fazer nada é uma opção, e deve ser analisada como um cenário possível.
15 Valor Presente Líquido Os recursos são escassos e limitados, não é possível realizar todos os projetos imaginados. Para selecionar um, dentre muitos projetos de investimento, deve-se trazê-los para a mesma data, através de uma taxa de desconto. A taxa utilizada é a Taxa Mínima de Atratividade, que é a melhor taxa que a empresa ou investidor pode obter para seus recursos.
16 Taxa Mínima de Atratividade É a melhor taxa obtida pelo investidor. Sua mensuração pode ser através da melhor aplicação bancária em instituição financeira disponível ou derivada da operação produtiva da empresa, onde ela aplica seus recursos. A TMA é única para a empresa e é utilizada em todos os projetos.
17 Valor Presente Líquido No Excel utiliza-se a função VPL: =VPL(taxa;valor1; valor2;...) Valor do Investimento Esta função é utilizada no Fluxo de Caixa Líquido (entradas custos), descontada pela TMA e subtraída do valor do investimento (valor no instante 0).
18 Valor Presente Líquido Através da calculadora HP-12C, utiliza-se: (f) (REG) Valor inicial(chs) (g) (CF 0 ) Primeiro fluxo (g) (CF j ); Demais fluxos(g) (CF j ) individual para cada um; TMA (i) (f) (NPV) para obter o VPL do fluxo de caixa.
19 Taxa Interna de Retorno A TIR é uma taxa de desconto que iguala o VPL do Fluxo de Caixa a zero. Maior facilidade de comparação com a TMA, não se fala mais em recursos monetários, e sim e grandeza de taxas. Fórmula Geral: = A TIR deve ser calculada através de calculadoras financeiras ou planilhas eletrônicas, visto seu complicado cálculo manual.
20 Taxa Interna de Retorno Cálculo da TIR usando o Excel: = TIR(valores;estimativa). OqueoExcelchamadevalores éofluxodecaixa de todos os momentos, com exceção do instante zero, pois este é chamado de estimativa. A vantagem da planilha é a possibilidade de simular diversos cenários, aproveitando-se do desenho previamente feito do fluxo de caixa, assim como alteração de seus componentes.
21 Taxa Interna de Retorno Através da calculadora HP-12C, utiliza-se: (f) (REG) Valor inicial(chs) (g) (CF 0 ) Primeiro fluxo (g) (CF j ); Demais fluxos(g) (CF j ) individual para cada um; (f) (IRR) para obter a TIR do fluxo de caixa.
22 VPL x TIR Em geral, os executivos financeiros preferem a utilização da TIR, pois discute-se taxas em relação àtma. O VPL fornece valores, que podem ser altos ou baixos, sem ter significado imediato para quem está analisando os resultados, sem que haja uma comparação com outros valores. Continua
23 VPL x TIR A TIR pressupõe o reinvestimento dos fluxos positivos à sua taxa elevada, o que não é necessariamente verdade e pode contaminar a análise, enquanto o VPL reinveste os fluxos positivos à uma taxa mais conservadora e exequível, que é a TMA.
24 Payback Payback é a mais intuitiva das análises, pois avalia em quanto tempo o valor do investimento é devolvido ao investidor. Tem como grave defeito a não consideração do valor do dinheiro no tempo, limitando-se apenas à soma dos fluxos periódicos até que iguale o valor investido, neste caso, vendo em quantos períodos eles se igualam. Continua
25 Payback Para evitar este problema, deve-se utilizar o payback descontado, que traz cada período à Valor Presente e permite comparar todos os valores em um mesmo período.
26 Payback Descontado Através da TMA, cada valor do fluxo é descontado pelo seu período e trazido até o instante zero, a fim de compará-lo com o investimento inicial. Como característica, o payback descontado tem resultados maiores que o payback convencional, pois os valores, quando trazidos a valor presente, tendem a ser menores e isso faz com que se necessite de mais períodos para zerar o investimento. Continua
27 Payback Descontado Por ser simples e não conclusivo quando analisado de forma singular, o payback éútilemcombinação com VPL ou com a TIR, pois é capaz de medir o riscodoinvestimento.
28 Plano de Projeto O plano de projeto é uma coleção de documentos que será constantemente aprimorada durante o projeto todo. Entretanto, é na fase de planejamento que o plano de projeto começa a ser detalhado de formaefetivaedentrodeumroteiroqueprocura viabilizar a sua criação. Continua
29 Plano de Projeto A função do plano de projeto é guiar a execução do projeto, pois seu conteúdo apresenta os registros adequados para o estabelecimento de uma linha de base para medida de progresso e controle do projeto.
30 Plano de Projeto O plano de projeto é o instrumento utilizado pelo gerente de projeto para facilitar e viabilizar a comunicação entre os envolvidos, definindo como serão realizadas as revisões relativas a conteúdo, amplitude e alocação de recursos em geral. O plano de projeto é composto por um conjunto de outros planos, obtidos através das técnicas, ferramentas e métodos desenvolvidos nas áreas de conhecimento associadas ao gerenciamento de projetos.
31 Plano de Projeto O escopo é tratado em quase todas as etapas do ciclo de vida do projeto, desde a etapa de iniciação, onde o Project Charter deve conter obrigatoriamente uma definição do produto do projeto. O resultado final do processo de definição do escopo é a EAP (Estrutura Analítica do Projeto), ou o termo em inglês WBS (Work Breakdown Structure), que é uma subdivisão lógica do projeto em vários níveis de detalhamento. Continua
32 Plano de Projeto A lista de atividades ou tarefas deve incluir todas as atividades que serão realizadas no projeto, sendo uma extensão da WBS; há a garantia que está completa em relação ao escopo.
33 Planejamento de Recursos O processo de planejamento de recursos determina quais recursos, tanto humanos como materiais, são necessários e em que quantidade, para a realização das atividades do projeto. O processo de planejamento de recursos, como o próprio nome indica, pertence ao grupo de processos de planejamento na versão atual do PMBOK.
34 Planejamento de Recursos Para que haja uma melhor compreensão dos processos de gestão, estes serão apresentados como entrada, ferramentas do processo e saída, conforme: Entrada Processo Saída Processo de planejamento : ENTRADAS WBS Declaração escopo Histórico Recursos Políticas FERRAMENTAS Especialistas Alternativas Software SAÍDAS Necessidades de Recursos nas Atividades
35 Planejamento de Recursos A estimativa de alocação de recursos é feita para cada atividade do projeto e, geralmente, é suportada por informações históricas obtidas em outros projetos e pelo apoio de consultores e especialistas. A alocação de recursos pode implicar na alteração da duração das atividades, na qualidade final do produto do projeto e no custo envolvido com o projeto. Continua
36 Planejamento de Recursos A quantidade de recursos necessários para cada pacote de trabalho é obtida através de consulta a especialistas dentro da própria organização, de utilização de consultorias externas e de consulta a associações ou publicações técnicas.
37 Planejamento de Recursos Exemplo de alocação de recursos: Produto XX Pesquisa de Mercado Consultoria Desenhos Engenharia Equipe = D, E Equipamentos = P, Q Materiais = U Projeto do Produto Projeto do Processo Protótipo Especificações Engenharia Equipe = A, B, C Equipamentos = M, N Materiais = U Engenharia/Produç ão Equipe = C, F, G Equipamentos = M, R Materiais = U, V Engenharia/Produç ão Equipe = C, F, H, I Equipamentos = S, T Materiais = W, X, Y
38 Estimativa dos Custos A estimativa dos custos pode ser obtida através de duas ferramentas: estimativas por analogia (topdown) e estimativas por levantamento (bottom-up). Exemplo de estimativa por levantamento:
39 Estimativa dos Custos Estimativa de custos por analogia: 2 Projeto 1.560,00 Cabeamento 3 Estudo de 840,00 Necessidades 4 Dimensionamento 660,00 5 Back-up 600,00 6 Acesso 600,00 7 Equipamento 3.000,00 8 Tubulação Elétrica 1590,00 9 Tomadas 600,00 10 Fiação Elétrica 1.500,00
40 Referências bibliográficas KAPLAN, Robert S. Custo e desempenho: Administre seus custos para ser mais competitivo. 2. ed. São Paulo: Futura, MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
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