Grupo: Andressa, Carla e Thalita. Sequência lógica de aplicação do sistemas de APPCC

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Transcrição:

Grupo: Andressa, Carla e Thalita Sequência lógica de aplicação do sistemas de APPCC Equipe responsável: A equipe destinada a aplicação de Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (APPCC) é composta de diversos membros que juntos auxiliam na segurança de produtos, como alimentos e medicamentos, através da análise e controle dos riscos físicos, químicos e microbiológicos, desde a produção da matéria-prima, manuseio até fabricação. A equipe é dividida em grupos que ficam responsáveis pela identificação de falhas no processo, uma equipe responsável para encontrar soluções viáveis para melhoria dos problemas e sua correta aplicação durante o processo, e um terceiro grupo que é responsável pela etapa final que consiste na monitoração de todas as etapas, inclusive aquelas que tiveram detecção de algum problema em etapas anteriores. Descrição do produto (Leite pasteurizado): substância nutritiva constituída da glândula mamária das vacas, que apresenta aspecto branco e opaco. Pode ser encontrado nas versões integral, semidesnatado e desnatado. A substância que está em análise é o leite integral que contém no mínimo 3% de gordura em 100 gramas de leite. Identificação da utilização do produto: A ingestão de leite é de de grande importância na dieta das pessoas por ser um produto que auxilia na construção dos tecidos, auxiliando na preservação dos músculos, pele, ossos e demais partes do corpo. É uma substância rica em cálcio e outros minerais como potássio, fósforo e magnésio, e contém vitaminas A, B e D que possuem uma série de nutrientes benéficos para a saúde. Além da utilização para a saúde dos indivíduos, é matéria prima para fabricação de diversos produtos derivados do leite como queijos, iogurtes, biscoitos, entre outros. Diagrama de fluxo da produção industrial de leite: Riscos potenciais e análise de risco: A análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC) é uma das principais ferramentas utilizadas atualmente para a

garantia da inocuidade, qualidade e integridade dos alimentos.durante a produção do leite há várias etapas que contém riscos que poderão comprometer a qualidade do produto final. Os riscos principais são definidos como uma propriedade biológica, química ou física que pode determinar que o alimento deixe de ser inócuo para o consumidor. Os riscos potenciais são respectivamente: 1) Estado de saúde dos animais que afeta diretamente a qualidade do leite, visto que qualquer alteração na saúde dos animais impactará na qualidade devido a presença de possíveis patógenos microbiológicos que colocam em risco o consumo. 2) Os antimicrobianos utilizados na profilaxia dos animais podem veicular resíduos no leite. O leite contaminado por resíduos de antibióticos é considerado adulterado e impróprio para consumo e industrialização, pois afeta o processamento dos derivados lácteos e também a sua presença, mesmo sendo em níveis baixo, pode causar efeitos tóxicos e problemas de saúde aos consumidores (seleção de cepas bacterianas resistentes, desequilíbrio da microbiota intestinal, efeitos teratogênicos, reações de hipersensibilidade e inibição da multiplicação bacteriana com redução da carga microbiana em análises laboratoriais). 3) O controle de formulação do alimento, na qual é importante a realização de estudos das substâncias utilizada para que não haja uma incompatibilidade com o leite, nem ponha em risco a qualidade e segurança do produto. 4) A presença de contaminação cruzada, que pode ser muito comum de ocorrer pois, as indústrias muitas vezes utilizam os mesmos maquinários para diferentes produtos, originando um risco microbiológico caso não haja limpeza e sanitização adequada. Por conta disso, outro os procedimentos específicos de higiene devem ser devidamente realizados de acordo com as boas práticas de fabricação (BPF) que definem os procedimentos e as substâncias utilizadas mais adequados para garantir a correta limpeza. 5) O risco microbiológico que está presente em qualquer etapa do processo, devendo-se ter as etapas muito bem definidas e planejadas. 6) Pasteurização: A pasteurização rápida é um tratamento térmico aplicado ao leite que consiste no aquecimento à temperatura de 72 a 75ºC durante 15 a 20 segundos, com objetivo de eliminar os microrganismos patogênicos que possam contaminar o leite, tornando-o um produto inócuo ao consumo humano. Para prolongar seu tempo de prateleira, realiza-se resfriamento imediato em equipamento de placas até temperatura igual ou inferior a 4ºC. O processamento térmico e refrigeração também afetam fortemente a qualidade do produto final por ter a necessidade de precisão no tempo e temperatura durante algumas etapas de produção para destruir um determinado microrganismo patogênico. 7) Formação de toxinas: manter a solução em um meio adequado é fundamental para prevenir a formação de toxinas. Determinação dos pontos críticos de controle (PCC): Os pontos críticos são etapas que têm um perigo significativamente potencial de ocorrer, sendo esses os que devem ter uma maior preocupação de se prevenir, eliminar e reduzir as

chances de ocorrer. A equipe APPCC é de grande importância na monitoração e inspeção dos riscos, sendo responsáveis pela resolução de medidas e ações preventivas. Os pontos críticos são riscos que por mais que se tomem medidas para evitar ainda pode existir chance de acontecer, sendo elas, o risco microbiológico, a formação de toxinas e pasteurização. Os demais riscos citados anteriormente podem ser facilmente resolvidos com outras medidas como o treinamento dos manipuladores no caso da falta de boas práticas de fabricação, a análise do material antes de produção no caso de animais que não apresentam um adequado estado de saúde e o o estudo mais aprofundado de substâncias que não prejudiquem ao preparo do leite. Estabelecer os limites críticos para cada PCC Risco microbiológico: Seria realizada a contagem de microrganismos presentes, seguindo a legislação que permite um máximo de microrganismos. O leite pasteurizado pode ser classificado em 3 tipos: A, B e C. De acordo com a normativa nº51 de 18/09/2002, o leite tipo A é aquele produzido, pasteurizado e envasado em indústria que fica na própria propriedade rural, sendo mantido a uma temperatura não superior a 4ºC após a pasteurização. Quanto ao número de microrganismos, se aceita no máximo 1,0x10 3UFC/mL (1000/mL) contagem padrão em placas; <1/ml para Coliformes totais; ausência de Coliformes fecais e de Salmonella spp. O leite pasteurizado tipo B é obtido através de ordenha mecânica, refrigerado em propriedade rural produtora de leite e nela mantido no máximo por 48h, em temperatura igual ou inferior a 4ºC, que deve ser atingida em até 3h após o término da ordenha, transportado para a indústria para ser processado, e deve apresentar no momento de seu recebimento temperatura igual ou inferior a 7ºC. Quanto ao número de microrganismos, aceita-se no máximo 8,0x104UFC/mL (80.000/mL) para contagem padrão em placa; 2/ml para Coliformes totais; 1/ml Coliformes fecais e ausência de Salmonella spp. Leite tipo C é o produto não submetido a qualquer tipo de tratamento térmico na propriedade rural onde foi produzido, transportado em vasilhame adequado (capacidade cinquenta litros) e entregue em estabelecimento industrial até às dez horas do dia de sua obtenção. Na indústria, o leite deve ser mantido em temperatura igual ou inferior a 4ºC. Após a pasteurização, o produto deve apresentar como contagem padrão de microrganismos um valor máximo de 3,0x105UFC/mL (300.000/mL); Coliformes totais até 4/ml; Coliformes fecais 2/ml e ausência para Salmonella spp. Pasteurização: seria considerado crítico a presença de fosfatase alcalina e/ou ausência de peroxidase após o processo de pasteurização uma vez que indicariam a deficiência nesse processo. Estabelecer um sistema de monitoramento para cada PCC Risco microbiológico: para verificar risco microbiológico utiliza o método convencional de contagem padrão em placas, ou estimativa de mesófilos aeróbios, usualmente utilizadas em indústrias de produção de leite, com o intuito de

investigar a presença ou ausência de microrganismos indesejáveis e, também, para identificar as diferentes espécies microbianas presentes. Pasteurização: Para verificar se o tempo e temperatura utilizados na pasteurização foram eficientes, são pesquisadas duas enzimas: fosfatase alcalina e peroxidase. A fosfatase alcalina é sensível à pasteurização, e sua presença no produto final indica que o processo de pasteurização não foi eficiente. A peroxidase não é inativada pela pasteurização, mas é destruída em temperaturas superiores a 80º C sendo, portanto, utilizada para verificar se ocorreu o superaquecimento durante o tratamento térmico. O superaquecimento altera a composição do leite e é utilizado quando a matéria prima é ruim, sendo um recurso para garantir a durabilidade e parâmetros microbiológicos até a data de validade. Estabelecer ações corretivas Risco microbiológico: É de extrema importância realizar um controle da temperatura, do ph e da umidade na produção do leite, no armazenamento e no transporte, evitando que ocorra proliferação de microrganismos indesejados. Pasteurização: É necessário realizar um controle constante da temperatura durante o processo de pasteurização para garantir que o processo ocorra dentro dos valores determinados. A recontaminação pós-pasteurização pode ser evitada através de um maior rigor com relação à limpeza e sanificação de tubulações e equipamentos que entram em contato com o leite após a pasteurização, para que se possa ter um produto final inócuo para o consumidor. Estabelecer os procedimentos de verificação Estabelecer procedimentos de verificação a fim de confirmar se o sistema APPCC está funcionando de forma eficaz, podendo realizar métodos de verificação e auditoria, procedimentos e testes, incluindo amostragem e análises aleatórias. Sua verificação deverá ser feita periodicamente ou permanentemente, a critério do Serviço de Inspeção Federal, de acordo com procedimentos oficialmente previstos, em função do resultado das Auditorias de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e dos Sistemas de Análise de Perigos e de Pontos Críticos de Controle (APPCC) de cada estabelecimento. Estabelecer um sistema de documentação e manutenção dos dados Deve-se obter todos os registros de forma computadorizada e também de forma impressa, em relação à descrição do produto e sua utilização, fluxograma do processo com os PCCs, perigos associados com cada PCC e medidas preventivas, limites críticos, sistema de monitoramento, ações corretivas para os desvios dos limites críticos, registros de todos PCCs e procedimentos para verificação do sistema APPCC. Dessa maneira, os arquivos devem ser mantidos para demonstrar a produção segura do produto, sendo que todas as informações devem ser mantidas para acompanhamento e revisões subseqüentes (HAJDENWURCEL, 1998; BRUM, 2004).