Estudo de parâmetros físicos, químicos e hídricos de um Latossolo Amarelo, na região Amazônica.



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Transcrição:

Estudo de prâmetros físicos, químicos e hídricos de um Ltossolo Amrelo, n região Amzônic. Jen Dlmo de Oliveir MARQUES 1, Pulo Leonel LIBARDI, Wenceslu Gerldes TEIXEIRA 3, An Mri REIS 4 RESUMO Estudou-se os tributos físicos, hídricos e químicos de um Ltossolo sob sistem de groflorestl n região Amzônic. O solo foi descrito morfologicmente e mostrs com estrutur deformd form coletds pr crcterizção físic e químic. A nálise ds proprieddes hidráulics foi relizd prtir de mostrs indeformds coletds cd cmd de 0,10 m té 1,00 m de profundidde com 5 repetições pr determinção d condutividde hidráulic do solo sturdo (K o ) pelo método do permeâmetro de crg decrescente e determinção ds curvs de retenção (φ m (θ)), utilizndo s tensões de 1, e 4 kp (funis de plc poros) e 10, 30, 50, 100, 500 e 1500 kp (câmrs de pressão com plc poros). As demis nálises form relizds té 1,50 m de profundidde. Os vlores de Ko ns cmds presentrm grnde homogeneidde estndo compreendido entre, 3,0 cm di -1, sendo relciondos com vrição d densidde do solo e porosidde. A retenção hídric demonstr que o solo tem cpcidde de reter elevd quntidde de águ, mesmo qundo submetido elevdos potenciis, indicndo um bix disponibilidde pr s plnts. As curvs de retenção não presentrm um bom juste pel equção de vn Genuchten, sugerindo um distribuição de poros bimodl. PALAVRAS-CHAVE Condutividde hidráulic sturd, curv de retenção, tributos do solo, ltossolo. Study of physicl, chemicl nd hydric prmeter of xnthic ferrlsol in the Amzon region. ABSTRACT The study of physicl, hydric nd chemicl ttributes of Oxisol under the policultivtion system in the Amzon region were studied. The soil ws described morphologicly nd deformed structure smples were collected for physicl nd chemicl chrcteriztion. The nlyses of hydrulic properties ws mde from underformed smples collected in ech 0.10 m soil lyer up to 1.00 m depth with 5 replictes for the determintion of hydrulic conductivity of stured soil (K o ) by the flling decresing hed permemeter method nd determintion of the retention curve (φ m (θ)), using the tensions of 1, nd 4 kp (porous plte funnels) nd 10, 30, 50, 100, 500 nd 1500 kp (porous plte pressure cells). Other nlysis were mde up to 1.50 m depth. The Ko vlues in the lyers presented gret homogeneity between. nd 3.0 cm dy-1, relted with the soil density vrition nd porosity.the hydric retention shows tht the soil hs the cpcity to retin gret quntity of wter, even when submitted to high potentils, indicting low vilbility to the plnts. The retention curves did not present good djustment by vn Genuchten eqution, suggesting bimodl porous distribution. KEY WORDS Sturted hydrulic conductivity, retention curve, soil ttributes, Oxisol. 1 Universidde do Estdo do Amzons/UEA. Centro de Estudos Superiores de Tbting, Avenid d Amizde, n o 74, Centro, CEP: 69.640.000, Tbting - AM. E mil: jmrques@ue.edu.br Deprtmento de Ciêncis Exts/ESALQ/USP, Av. Pádu Dis, n 11, C.P. 09, CEP: 13418-900, Pircicb, SP. E-mil: pllibrd@crp.cigri.usp.br. Bolsist CNPq 3 Embrp Amzôni Ocidentl (Centro de Pesquis Agroflorestl d Amzôni Ocidentl Mnus AM Cix Postl: 319, CEP: 69011-970. E-mil: lu@cp.embrp.br 4 Universidde do Estdo do Amzons/UEA. Centro de Estudos Superiores de Tbting, Avenid d Amizde, n o 74, Centro, CEP: 69.640.000, Tbting - AM. E mil: mreis@ue.edu.br 145 VOL. 34() 004: 145-154

INTRODUÇÃO A substituição d florest por culturs grícols cus inúmers mudnçs nos tributos do solo que, em muitos csos, conduzem perds d produtividde. Nos últimos nos, os sistems groflorestis têm sido pontdo como um lterntiv de recuperção e proveitmento ds áres degrdds ou bndonds n Amzôni. É comum ns florests tropicis produção grícol decrescer drsticmente em poucos nos pós o desmtmento d florest primári. Tl situção é tribuíd diversos ftores edáficos como pequen reserv de nutrientes, toxicidde de lumínio, bix CTC, redução n infiltrção d águ no solo, redução d mcroporosidde e destruição d estrutur do solo (Corrê, 1985; Chuvel et l., 1991). Estudos dos tributos do solo decorrentes d ção diferencid dos processos de mnejo dquirem grnde importânci n nálise do comportmento ds plnts cultivds. Do ponto de vist prático é de grnde interesse econômico o estudo desss lterções, pois ssumem relevnte importânci n recuperção ou mnutenção do seu potencil grícol (Fernndes, 198). N Amzôni brsileir os trblhos existentes té o momento tem demonstrdo vibilidde de utilizção dos consorcimentos de espécies ntivs como um form de recuperr áres bndonds (Zech et l., 1997; Teixeir, 1997). Assim, o presente estudo objetiv crcterizr informções sobre tributos físicos, químicos e, principlmente, hídricos de um perfil de solo sob um sistem groflorestl com o intuito de contribuir pr o conhecimento básico e uso rcionl ds terrs d Amzôni. MATERIAL E MÉTODOS Crcterizção d áre experimentl O presente trblho foi conduzido em um áre de terr firme n Estção Experimentl do Centro de Pesquis Agroflorestl d Amzôni Ocidentl (Embrp Amzôni Ocidentl), loclizd o 5 de ltitude sul, 59 o 59 de longitude oeste, um ltitude de 50 m, no km 30, d rodovi AM-010. As médis ds temperturs máxims e mínims mensis são de 3 o C e o C, respectivmente. Segundo clssificção de Koppen o clim d região é do tipo Afi, crcterizdo por presentr precipitção médi nul de 40 mm, com um máximo de 95 mm mensis, de mrço bril, e um mínimo de 105 mm mensis, de gosto setembro (EMBRAPA, 1984). A áre estudd fz prte de um prcel experimentl de 48 x 3 m constituinte de um sistem groflorestl (SAF) composto por Cupuçu (Theobrom grndiflorum), Urucum (Bix orelln), Pupunh (Bctris gsipes) e Cstnh do Brsil (Bertholeti excels), tendo Puerári (Puerri phseoloides). Há 11 nos florest primári foi removid e áre foi cultivd com seringueir por 3 nos sendo seguir bndon. A florest secundári emergente foi derrubd e queimd, sendo implntdo o SAF. Adubções sucessivs form relizds durnte o decorrer do desenvolvimento vegettivo ds espécies. O solo estuddo é um Ltossolo Amrelo Distrófico, extremmente profundo, presentndo bix CTC, bix tividde de rgil e lt porosidde (Mrques et 1., 1999). Amostrgem do solo e determinções Abriu-se um perfil de solo próximo s espécies cultivds n prcel, com dimensão de,5 m x,5 m x 3,0 m pr descrição morfológic (Lemos & Sntos, 1996) e crcterizção físic, químic e hídric do solo. Coletrm-se mostrs com estrutur deformd o longo dos horizontes pedogenéticos identificdos, em scos plásticos, com proximdmente 0,3 kg de solo, pr s determinções físics e químics té 1,5 m de profundidde. A densidde do solo r (kg m -3 ) foi determind prtir de mostrs indeformds, utilizndo néis volumétricos. A determinção d densidde dos sólidos r s (kg m -3 ) foi relizd pelo método do picnômetro conforme metodologi descrit no mnul de métodos de nálise físics d EMBRAPA (1997). A nálise grnulométric foi relizd pelo método do densímetro descrito por Gree & Buder (1986). Utilizrmse 50 g de solo dispersndo-o com solução quos de hexmetfosfto de sódio puro (6 kg m -3 ) e de hidróxido de sódio (4 kg m -3 ) por gitção durnte 16 hors. A frção rei foi seprd d suspensão por lvgem e peneirmento em peneirs com mlh de 0,053 mm As nálises químics form relizds de cordo com EMBRAPA (1997). Crcterizção hídric A crcterizção hídric do solo foi bsed em dus proprieddes hidráulics: curv de retenção e condutividde hidráulic do solo sturdo (Grdner, 1986; Librdi, 000). A relizção de estudos hídricos fvorece informções importntes pr um melhor mnejo de solo n Amzôni, já que nálises envolvendo esss proprieddes ind são escsss n região, sendo comum resultdos dos tributos físicos e químicos. Curv de retenção Pr o estudo d retenção de águ no solo, utilizrmse mostrs com estrutur indeformd, sendo coletdo um totl de 50 mostrs. As mostrs form coletds cd 0,10 m, té 1 m de profundidde. Utilizou-se um mostrdor de solo tipo Uhlnd, com néis volumétricos, de 0,05 m de ltur e 0,04 m de diâmetro. Após coletdos, esses néis form condiciondos em ppel lumínio pr evitr perds de umidde, sendo preprdos no lbortório. 146 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

A sturção ds mostrs foi feit com águ destild e deserd, plicd com gotejdor de Mriotte, levndo 4 hors pr complet sturção (Mores, 1991). As mostrs form vlids, utilizndo-se mes de tensão (EMBRAPA, 1997) pr os potenciis mátricos (y): 1, e 4 kp e câmr de pressão pr os seguintes (y): 10, 30, 50, 100, 500 e 1500 kp. Após entrrem em equilíbrio com tensão, s mostrs form pesds pr determinção d mss de solo úmido (m, kg), ressturds e recolocds no prelho pr tingirem o próximo ponto de equilíbrio. Após plicção d tensão de 100 kp, n câmr de pressão, s mostrs indeformds form secs em estuf 105 o C por um período de 48 hors, pr determinção d mss de sólidos (m s, kg). Com ess informção foi relizdo o cálculo d umidde grvimétric (U, kg kg -1 ), umidde volumétric (q, m 3 m -3 ) e d densidde do solo (r, kg m - 3 ). A determinção d umidde volumétric ns tensões de 500 e 1500 kp foi relizd com s mostrs com estrutur deformd, considerndo que somente às bixs tensões o teor de águ depende d estrutur do solo (Hillel, 198). As mostrs já secs pós retirds dos cilindros volumétricos form desestruturds com um rolo de mdeir e pssndo em peneirs de mm, sendo em seguid colocds em scos plásticos devidmente identificdos. A sturção ds mostrs deformds foi relizd diretmente n plc poros, lentmente. Em seguid, plicou-se tensão e pós s mostrs tingirem o ponto de equilíbrio, ests form colocds em recipientes pr obtenção d su mss úmid e cálculo d umidde grvimétric. A umidde volumétric foi clculd bsed nos ddos d densidde prente do solo. Dess form, K o foi clculd pel seguinte equção: sendo: K o L A t H H ' 1 = ln H H ' t = t -t 1 intervlo de tempo pr o nível de águ no tubo de vidro cir de H 1 pr H ; A = áre d seção trnsversl d colun de solo; L = comprimento d mostr de solo; = áre d seção trnsversl do tubo de vidro onde se mede H; H 1 e H representm potenciis totis d mostr, os quis form fixdos em dois pontos no tubo e mntidos constntes o longo ds medições; H = crg hidráulic n superfície d mostr. Considerndo que distribuição d condutividde hidráulic normlmente é log-norml (Logsdon & Jynes, 1996), médi d condutividde hidráulic sturd em cd seção do perfil estuddo foi obtid prtir d médi ritmétic do logritmo. A trnsformção logrítmic é necessári pr reduzir s vrições nos ddos de K o, ms os vlores dos coeficientes de vrição ind podem permnecer elevdos. Condutividde hidráulic A condutividde hidráulic foi determind considerndo s mostrs coletds té 1,00 m de profundidde, cd 0,10 m. A metodologi utilizd pr determinção d condutividde hidráulic do solo sturdo foi do permeâmetro de crg decrescente (Hendrickx, 1990; Youngs, 1991). Cilindros volumétricos com diâmetro 0,04 m e ltur 0,05 m e de ltur 0,04 m form inseridos em um dispositivo previmente construído composto por um tubo de vidro trnsprente colocdo em um módulo de encixe (Figur 1). As mostrs form sturds conforme os procedimentos dotdos n curv de retenção. Antes do ínicio ds medids foi delimitdo dois pontos no tubo de vidro (Figur 1) denomindos de H 1 e H de form que fosse possível compnhr os seus respectivos tempos (t 1 e t ). Miores detlhes sobre os procedimentos dotdos pr determinção de K o podem ser visto em Mrques (001). Figur 1 Desenho esquemático do dispositivo utilizdo n determinção d condutividde hidráulic do solo sturdo (Librdi, 000). sendo: Dt = t -t 1 intervlo de tempo pr o nível de águ no tubo de vidro cir de H 1 pr H ; A = áre d seção trnsversl d colun de solo; L = comprimento d mostr de solo; = áre d seção trnsversl do tubo de vidro onde se mede H; H 1 e H representm potenciis totis d mostr, os quis form fixdos em dois pontos no tubo e mntidos constntes o longo ds medições; H = crg hidráulic n superfície d mostr. 147 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

Amostrgem e nálise esttístic dos ddos Um dos grndes problems d utilizção d esttístic clássic é necessidde de ter mostrs independentes e ddos que presentm distribuição norml. Entretnto, em determinds nálises nem sempre ocorre tl situção, principlmente, qundo se trt de estudos que envolvem retenção de águ e condutividde hidráulic do solo. A nálise do comportmento hidráulico no solo estuddo foi relizd com o uxilio de nálise de vriânci e plicção do teste de Tuckey o nível de 5% de probbilidde pr observção ds médis ds umiddes volumétrics em cd potencil mátrico (θ vs φ m ) plicdo e condutividde té 1,00 m de profundidde, cd 0,10 m. Ajuste ds curvs de retenção Com os vlores ds umiddes ssocids os seus respectivos potenciis mátricos form obtidos os justes conforme os prâmetros empíricos d equção propost por vn Genuchten (1980): θ = θ + r θ θ s r [ 1 + ( α φ ) ] n m m sendo θ umidde volumétric (m 3 m -3 ), θ r umidde residul (m 3 m -3 ), θ s umidde de sturção (m 3 m -3 ), φ m o potencil mátrico (kp) e, m e n os prâmetros empíricos d equção. O juste ds curvs foi feito com utilizção do progrm SWRC desenvolvido por Dourdo Neto et l. (1990). No juste, q s, q r, e m form estimdos por regressão e n foi considerdo função de m, isto é, m = 1-1/n. Porosidde totl, micro e mcroporosidde A porosidde totl foi clculd prtir d relção entre densidde do solo (r) e densidde dos sólidos (r s ). Considerndo-se o limite de seprção entre mcro e microporos e referido pr s tensões 6 e 10 kp, considerou-se como porosidde cpilr quel que o solo present depois de submetid um tensão de 10 kp. RESULTADOS E DISCUSSÃO Crcterizção de lguns tributos físicos e químicos As tbels 1, e 3 presentm os resultdos nlíticos ds nálises físics e químics. A nálise grnulométric (Tbel 1) revelou homogeneidde n distribuição do tmnho ds prtículs o longo do perfil, hvendo um umento do teor de rgil com profundidde (0,59 kg kg -1 0,73 kg kg -1 ), sendo clssificdo como de textur rgilos o horizonte superficil (0-0,1m) e muito rgilos os demis. Os vlores de densidde ds prtículs (r s ) mostrm pequens vrições, presentndo vlor médio de 560 kg m -3. Tl comportmento tmbém foi observdo pr densidde do solo (r) com um vlor médio de 1060 kg m -3. Anlisndo os resultdos de nálise químic (Tbel ), observ-se que o ph em H O do LAd vri entre 4,07 4,3, não hvendo muit vrição entre os horizontes e crcterizndo o cráter extremmente ácido deste solo (EMBRAPA, 1999). O teor de mtéri orgânic decresce em profundidde (Tbel ), sendo o seu mior conteúdo encontrdo n superfície devido à incorporção de resíduos vegetis provenientes do sistem groflorestl. A mnutenção dos teores de mtéri orgânic no solo é um ftor essencil pr conservção ds proprieddes físics, químics e produção ds plnts em solos tropicis (Tisdll & Odes, 198; Zech et l. 1997). Apesr d mtéri orgânic diminuir com profundidde não form verificds grndes vrições nos vlores de densidde do solo (Tbel 1). O umento grdtivo do teor de rgil (Tbel 1) pode ter compensdo, de cert form, flt de vrições expressivs d densidde do solo. Tbel 1 - Distribuição grnulométric, densidde dos sólidos e do solo, e porosidde nos horizontes de um perfil de Ltossolo Amrelo loclizdo n rodovi AM-010, Mnus. P rof.(m) Hor. AreiTot l Silte Argil Totl Densidde do solo Densidde dos sólidos Totl Porosidde Mcro -1-3 ---------- kg kg ------------ ---------- kg m ---------- ---------- m 3 m 3 --------- LATOSSOMO AMARELO Distrófico Micro - - 0,00-0,1 A 0,1 0,0 0,59 1100 560 0,56 0,14 0,4 0,1-0,45 BA 0,3 0,15 0,6 1060 550 0,58 0,17 0,41 0,45-0,75 Bw1 0,18 0,1 0,69 100 570 0,59 0,19 0,40 0,75-1,00 Bw 0,15 0,1 0,73 1080 560 0,57 0,15 0,4 148 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

Tbel - Resultdos ds nálises químics de um perfil de Ltossolo Amrelo loclizdo n rodovi AM-010, Mnus. P rof. (m) Hor. HO ph KCl CCl M.O. P K 1 1 g kg + C + Mg + Al 3 + H + Al - 3 mg dm - --------------------mmolc k g -1 ------------------ SB T m V - -----% ------ 0,00-0,1 A 4, 1 3, 9 3, 5 31, 0 1, 0 4, 6 8, 5 6, 7 1, 90, 19, 8 110 5 18, 0 0,1-0,45 BA 4, 0 3, 7 3, 5 1, 0 4, 0, 3, 5, 1 17, 6 65, 7 6, 9 7, 6 7 9, 5 0,45-0,75 Bw1 4, 1 3, 9 3, 5 11, 0 1, 0 0, 6 1, 9 1, 3 10, 37, 4 3, 8 41, 73 9, 0 0,75-1,00 Bw 4, 3, 4 3, 6 8, 0 1, 0 0, 6 1, 5 1, 8, 0 3, 6 3, 3 6, 9 71 1, 0 + 1,00-1,50 Bw3 4, 5 3, 7 3, 9 5, 0 1, 0 0, 8 1, 6 1, 0 4, 3 19, 0 3, 4, 4 56 15, 0 M.O. = mtéri orgânic; T = cpcidde de troc de cátions (S+H+Al); m = sturção por lumínio (Al/S+Al).100; V = sturção por bses (100.S/T) Tbel 3 - Resultdos do tque sulfúrico em mostrs de um perfil de Ltossolo Amrelo loclizdo n rodovi AM-010, Mnus. Prof.(m) Horizontes SiO Al O 3 Fe O 3-1 g. kg Ti O 0,00-0,1 A 3,00 0,70 3,04 0,97 0,01 1,89 1,73 0,1-0,45 BA 9,10 6,5 3,75 1,0 0,01 1,87 1,71 0,45-0,75 Bw1 30,60 7,3 4,04 0,17 0,01 1,91 1,74 0,75-1,00 Bw 34,60 8,86 4,15 1,43 0,01,04 1,87 + 1,00-1,50 Bw3 35,70 30,80 4,06 1,39 0,01 1,97 1,8 MnO Ki Kr Ki = (% Si0 /%Al 0 3 ). 1,7; Kr = 1,7 % Si0 /%Al 0 3 + 0,6375% Fe 0 3 Os vlores mis elevdos de fósforo e som de bses n superfície podem ser tribuídos os miores teores de mtéri orgânic em superfície e dubções sucessivs, refletindo o efeito cumultivo d plicção de dubos (Tbel ). A cpcidde de troc de cátions (T) decresceu em profundidde, sendo que o vlor de T vriou de 110 6,9 mmol c kg -1 de solo. Aind n Tbel, observ-se bix sturção por bse (V%) e lt sturção por lumínio (m). Est condição pode limitr o enrizmento ds plnts em profundidde. Apesr d sturção por lumínio ser > 40% n cmd de 0,-0,4 m e representr um ftor restritivo o crescimento ds rízes (Hrdy et l., 1990), percebe-se que s plnts cultivds no sistem groflorestl estuddo presentm grnde cpcidde de dptção o solo, desenvolvendo um sistem rdiculr superficil (pupunheir), lterl e moderdo (Cupuçuzeiro, Urucuzeiro) ou profundo (Cstnheir), demonstrndo grnde dptção às condições físics e químics. Qundo tividde grícol substitui um florest, o solo pode exurir em poucos meses, ficndo sujeito à erosão e lixivição. Entretnto, os resultdos dos tributos do solo demonstrm que consorcição de culturs grícols dptds à região, promovem o equilíbrio d reciclgem dos nutrientes que são extrídos do solo pós decomposição d mtéri orgânic. A produção do sistem é mntid pelo estoque de nutrientes fornecids vi decomposição d liteir. As espécies do SAF presentm sistem rdiculr mis profundo que s culturs nuis, bsorvem quntiddes significtivs de nutrientes do subsolo, que são depositdos sobre superfície vi liteir, prtir d pod ou morte ds rízes superficiis (Grrity et l., 1994). Já foi demonstrd função ds árvores perenes como reservtórios de nutrientes e o seu ppel n reciclgem d biomss em sistems complexos (Burger, 1986). A prtir d Tbel 4, percebe-se grnde homogeneidde do perfil, presentndo n cmd de 0,00 0,1 m mior diferenç qunto cor e estrutur qundo comprdo com s demis. Condutividde hidráulic do solo sturdo A Tbel 5 present os resultdos d condutividde hidráulic sturd e de seu logritmo (log K o ). A nálise esttístic foi feit bsed nos vlores obtidos prtir d trnsformção logrítmic dos ddos, pois este prâmetro gerlmente present distribuição lognorml (Logsdon & Jynes, 1996). Anlisndo os vlores de log K o obtidos o longo ds cmds, percebe-se que não houve diferenç significtiv entre s cmds, presentndo grnde homogeneidde, 149 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

Tbel 4 - Crcterístics morfológics de um perfil de Ltossolo Amrelo loclizdo n rodovi AM-010, Mnus. ( 1) () E strutur C onsistênci H or. Prof (m) Textur Cor úmid Trnsição Tipo, Clsse, Gru Sec, Úmid, Molhd LATOSSOLO AMARELO Distrófico bl. sub., pequen lig. dur, friável, grdul e A 0,00-0,1 rgilos 10YR 4/ 3 estndo os vlores compreendidos entre, e médi,moderd 3,0. em pontos de mostrgem plástic e pegjos pertencentes à mesm horizontl áre Entretnto, há um tendênci muito pr os vlores do blog sub., K o pequen estudd encontrou mci, vlores friável, d K o n ordem de 6,63 difus 8,4 e BA 0,1-0,45 10YR 7/6 umentrem prtir de rgilos 0,4 m (,77) te 0,8 m lcnçndo e médi, frc cm di -1. Ess diferenç plástic pode eestr pegjos relciond vários horizontl ftores o vlor 3,17. Ess tendênci muito pode ter ocorrido devido bl sub., os pequen como: diferentes mci, pontos friável, de mostrgem, plástic volume d difus mostr, e menores Bw1 0,45 vlores - 0,75d densidde do 10YR solo 7/8 rgilos obtidos e nesss médi, frc compctção d mostr e muito e pegjos interrupção dos mcroporos, horizontl cmds (Figur ) e, portnto, os miores vlores de demonstrndo grnde vribilidde dess propriedde porosidde totl e mcroporosidde muito (Tbel 1). bl sub., pequen, (Tbel 5). Entretnto, mci, friável, o mesmo plástic utor, utilizndo difus e Bw 0,75-1,00 10YR 7/8 o rgilos frc Teixeir (001), estudndo os efeitos do uso d terr sobre infiltrometro de tensão, e muito em pegjos condições de cmpo, horizontl descreve s proprieddes hidráulics muito do solo, pelo mesmo método, bl. sub., e pequen, vlores de K o vrindo mci, de friável,,61 plástic 4,75 cm di -1, estndo difusmis e B w3 1,00-1,50+ 10YR 8/8 rgilos frcpróximos dos resultdos e muito qui pegjos encontrdos. horizontl (1) bl. sub. = bloco subngulr ; () lig. = ligeirmente Tbel 5 - Condutividde hidráulic em diferentes cmds de um perfil de Ltossolo Amrelo loclizdo n rodovi AM-010, Mnus, obtid em lbortório pelo método do permeâmetro de crg decrescente utilizndo mostrs indeformds. Cmds (m) 1 Ko em cm di Médis obtids prtir de 05 repetições Médis seguids de letrs diferentes ns coluns indicm diferenç significtiv pelo teste de Tukey o nível de 5%. - Log Ko em cm di - 1 Coeficiente de vrição(% ) 0,00-0,10 586,86,640 14,04 0,10-0,0 1008,40,6549 6,54 0,0-0,30 761,1,5156 7,03 0,30-0,40 608,03,3986 8,86 0,40-0,50 174,17,7798 8,71 0,50-0,60 446,77 3,0630 6,55 0,60-0,70 040,48 3,051 11,50 0,70-0,80 1674,90 3,175 8,30 0,80-0,90 659,70,538 6,5 0,90-1,00 318,13,9 5,67 Tbel 6 - Prâmetros de juste d equção de vn Genuchten (1980) correspondentes s diferentes cmds de um perfil de Ltossolo Amrelo loclizdo n rodovi AM-010, Mnus. Profundiddes (m) Prâmetros 0,10 0,0 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 0,773 0,578 3,408 4,69 4,915 5,735 1,744 5,398,017 0,981 m 0,014 0,011 0,014 0,080 0,105 0,091 0,079 0,133 0,07 0,131 n 1,014 1,01 1,014 1,087 1,117 1,100 1,085 1,154 1,08 1,151 qr -1,736-1,780-1,719 0,104 0,16 0,171 0,107 0,44-0,377 0,38 qs 0,566 0,545 0,5 0,601 0,614 0,595 0,588 0,605 0,569 0,580 150 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

O lto coeficiente de vrição dess propriedde é um dos principis inconvenientes n utilizção d K o como prâmetro hidráulico. Dois ftores devem ser slientdos qundo se estud ess propriedde em Ltossolos rgilosos n Amzôni Centrl.. O primeiro é volume d mostr, tendo que ser dptdo o sistem poroso estuddo, e conter um número representtivo de cd clsse de poros (Luren et l., 1988). Qundo um mostr é retird de um cmd, continuidde verticl dos mcroporos pode ser interrompid. O segundo, diz respeito à compctção d mostr durnte o processo de extrção que lido o prepro podem resultr n medição trvés de perturbções e selmento dos mcroporos (Jrvis & Meesing, 1995). Um procedimento ser seguido pr um melhor quntificção d condutividde hidráulic em solos com mcroporos, como os mzônicos, é colet de mostrs em cilindros grndes, minimizndo s influêncis negtivs citds que s pequens mostrs exercem n determinção desse prâmetro. Além disso, o processo de extrção requer um grnde cuiddo, já que o elevdo teor de rgil nesses solos elev o risco de compctção. Os vlores dos coeficientes de vrição presentdos n Tbel 4 podem ser devido s mostrs terem sido tomds bem próxims, tornndo difícil independênci espcil e originndo vlores próximos, lém d influênci d quntidde excessiv de microporos. Tomsell & Hodnett (1986), estudndo mesm clsse de solo o norte de Mnus, tmbém encontrrm lt vribilidde em profundidde, relcionndo- com mcroporosidde e estrutur. Entretnto, os resultdos diferem dos qui encontrdos qunto à ordem de grndez. De modo gerl, percebe-se que o log K o foi sensível pequens vrições n mcroporosidde, pesr d comprção entre cmds não ter presentdo diferenç esttístic significtiv, com exceção d cmd 0,8 m 0,9 m. Assim, verific-se que K o está relciond com o volume de mcroporos, bem como vrições n estrutur (Ellies et l., 1997). Retenção de águ no solo As umiddes volumétrics form reltivmente lts em todos os potenciis mátricos vlidos, presentndo um suve redução com o umento d tensão. Um provável explicção pr ess tendênci pode estr relciond mior proporção de microporos (proximdmente 41%) e menor de mcroporos (17%, Figur 1). Assim, os poros grndes perdem águ retid por cpilridde potenciis elevdos, enqunto que os pequenos, retém águ té potenciis bixos dsorvid no sistem coloidl, ocsionndo um lt tensão cso existm em mior proporção (Hillel, 1971). A pequen vrição ds umiddes entre s tensões de 500 e 1500 kp podem ser explicds pelos elevdos teores de rgil, pois conforme Hillel (198), textur e superfície específic influencim mis diretmente retenção nesss tensões. A Tbel 6 demonstr que águ retid n cpcidde de cmpo (tensão 30 kp), situou-se entre 0,35 0,41 m 3 m -3, estndo o ponto de murch permnente (tensão de 1500 kp) entre 0,7 0,33 m 3 m - 3, próximo os encontrdos por Corre, 1984 e Mrques et l., 1999. Entretnto, Teixeir (001), trblhndo com mostrs indeformds em solos d Amzôni, resslt influênci do tempo d mostr n câmr de Richrds pr obtenção d umidde 1500 kp, slientndo que nesses solos é necessário um mior tempo pr tingir o ponto de equilíbrio. Do ponto de vist gronômico, considerndo os ddos d Tbel 7, e dotndo cpcidde de cmpo como umidde correspondente à tensão de 10 kp, o solo estuddo tem cpcidde de reter um elevdo teor de umidde, mesmo qundo submetido elevds sucções, sugerindo um bix disponibilidde de águ pr s plnts sob estes potenciis. Por outro ldo, como s plnts cultivds são dptds às condições locis, não há problems de déficit hídrico, tendo águ suficiente rmzend té profundidde de 1,0 m. A prtir dess profundidde, há um tendênci de redução d águ disponível devido à elevd energi de retenção, ms que em períodos secos n Amzôni, e dependendo d espécie, podem ser utilizdos. Mrques (1999), em mostrgem relizd té,00 m de profundidde, revel esse comportmento. Plnts como Cstnheir e o Cupuçuzeiro buscm águ em cmds mis profunds (Teixeir, 1997) demonstrndo redução do stress de águ durnte períodos críticos. Curv de retenção de águ no solo N Tbel 6 são presentdos os prâmetros de juste d equção de vn Genuchten (1980). Anlisndo s curvs por horizontes (Figur ), percebe-se que lguns pontos não presentrm um bom juste pel equção. Um explicção pode estr relciond distribuição d porosidde. Esses solos em condições nturis presentm lt porosidde totl (Côrre, 1984), só que no espço poroso do LAd predomin bsicmente dus clsses de poros, tendo muitos mcroporos e quse que exclusivmente microporos (Tbel 1), evidencindo que distribuição de poros que melhor se plic é do tipo bimodl (Mllnts et l., 1997) o que concord com resultdos encontrdos por Chuvel et l. (1991) e Teixeir (001) em solos dess região. Aind qunto à lt porosidde (Tbel 1), slient-se influênci d Puerri como cobertur de solo, que pode recuperr porosidde lterd durnte o desmtmento (Chuvel, 1987; Teixeir, 001) o que ument o rmzenmento d águ, já que su disposição no solo reduz evporção (Mrques, 000). 151 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

Tbel 7 - Vlores médios obtidos de umidde volumétric (m 3 m -3 ) em diferentes tensões, por cmds, de um perfil de Ltossolo Amrelo Distrófico loclizdo n rodovi AM-010, Mnus. Cmds(m) Tensões plicds (kp) 0 1 4 10 30 50 100 500 1500 ---------------------------------------Umidde volumétric q (m 3 m 3 )--------------------------------------------- - - 00, - 0,10 0,566 0,49 0,466 0,443 0,44 0,399 0,391 0,381 0,77 0,73 0,07 0,0 0,0 0,03 0,017 0,0 0,015 0,015 4,936 4,599 4,73 5,39 4,168 5,737 5,601 5,644 5,674 5,763 0,10-0,0 0,547 0,478 0,466 0,449 0,441 0,417 0,410 0,400 0,303 0,99 0,07 0,007 0,01 0,04 0,07 0,030 0,030 0,00 0,018 5,084 1,477,781 4,791 5,616 6,586 7,350 7,733 6,781 6,016 0,0-0,30 0,561 0,460 0,44 0,47 0,4 0,410 0,405 0,391 0,310 0,306 0,08 0,03 0,018 0,0 0,019 0,06 0,05 0,018 0,019 0,019 4,989 5,005 4,14 5,146 4,671 6,378 6,84 4,651 6,415 6,484 0,30-0,40 0,604 0,455 0,431 0,40 0,395 0,376 0,371 0,364 0,93 0,86 0,03 0,066 0,046 0,031 0,034 0,03 0,033 0,034 0,04 0,06 5,3 14,649 10,796 7,875 8,670 8,611 9,151 9,358 8,35 9,371 0,40-0,50 0,617 0,438 0,41 0,393 0,384 0,358 0,353 0,346 0,8 0,78 0,05 0,03 0,04 0,03 0,03 0,05 0,017 0,017 4,089 4,866 5,171 5,965 6,398 6,419 6,714 7,31 6,45 6,353 0,50-0,60 0,600 0,440 0,43 0,405 0,400 0,381 0,376 0,369 0,303 0,97 0,010 0,007 0,007 0,011 0,009 0,009 0,011 0,013 0,008 0,008 1,804 1,606 1,868,780,84,567 3,091 3,616,713 3,013 0,60-0,70 0,588 0,487 0,455 0,48 0,418 0,387 0,380 0,371 0,316 0,309 0,009 0,016 0,01 0,014 0,004 0,006 0,00 0,003 0,006 1,591 3,305 4,775 3,018 3,53 1,7 1,744 0,779 1,5,48 0,70-0,80 0,608 0,48 0,41 0,394 0,387 0,367 0,360 0,353 0,308 0,97 0,09 0,03 0,05 0,04 0,04 0,0 0,0 4,774 4,957 5,100 5,890 6,491 6,638 6,65 6,450 7,166 7,119 0,80-0,90 0.569 0.489 0.474 0.453 0.439 0.41 0.405 0.393 0.34 0.33 0.037 0.030 0.034 0.034 0.038 0.044 0.04 0.041 0.03 0.030 6,557 6,56 7,189 7,680 8,839 10,781 10,549 10,413 9,545 9,067 0,90-1,00 0.579 0.478 0.456 0.49 0.409 0.379 0.373 0.365 0.37 0.319 0.07 0.018 0.018 0.00 0.03 0.03 0.04 0.03 0.04 0.01 4,809 3,901 4,105 4,797 5,71 6,6 6,440 6,40 7,383 6,664 = desvio pdrão (m 3 m -3 ) ; = coeficiente de vrição (%); * Vlores médios obtidos prtir de 5 repetições CONCLUSÕES O solo sobre o qul o sistem groflorestl foi estbelecido present bons tributos físicos e químicos. Os vlores de K o o longo do perfil presentrm grnde homogeneidde, sendo mis sensíveis à vrição d porosidde; As curvs de retenção não presentrm um bom juste pel equção unimodl de vn Genuchten, indicndo que pr esses solos é necessário considerr os sistems porosos inter e intrgregdos seprdmente, sugerindo que distribuição de poros sej bimodl; A retenção hídric demonstr que o solo tem cpcidde de reter elevdo teor de umidde, mesmo qundo submetido elevds sucções, indicndo nestes pontenciis bix disponibilidde pr s plnts. 15 VOL. 34() 004: 145-154 MARQUES et l.

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