GRUPO 5.4 MÓDULO 4
Índice 1. Níveis Conceituais Linguísticos...3 2. Nível 1 Pré-Silábico...3 3. Nível 2 Intermediário I...4 4. Nível 3 Silábico...5 5. Nível 4 Intermediário II ou Silábico-Alfabético...5 6. Nível 5 Alfabético...6 2
1. NÍVEIS CONCEITUAIS LINGUÍSTICOS Se perguntarmos a alguns professores sobre a forma de as crianças adquirirem a aprendizagem da leitura e da escrita, vários responderão que é pelo ajuntamento das sílabas até formar as palavras. Ainda não conseguem entender por que algumas crianças aprendem e outras não, e permanecem na aprendizagem da cartilha. Emília Ferreiro e outros pesquisadores contemporâneos contribuíram para a prática pedagógica quando estudaram as concepções que as crianças apresentam da escrita e como apresentam fases ou níveis de desenvolvimento na construção do pensamento em relação à linguagem escrita. São cinco os níveis conceituais linguísticos: 2. NÍVEL 1 PRÉ-SILÁBICO Fase pictórica: é o registro feito pela criança com garatujas, desenhos sem figuração e, mais tarde, desenhos com figuração. Iniciase aos dois anos de idade se a criança vive num ambiente urbano que a estimula desde cedo ao uso de caneta e papel. Fase gráfica primitiva: a criança mistura símbolos, pseudoletras com letras, e números com letras em seus desenhos. Costuma representar o que conhece do meio e o representa desenhando bolinhas, riscos e pedaços de letras. 3
Fase pré-silábica: a criança começa a diferenciar as letras dos números, os desenhos dos símbolos e reconhece o papel da letra na escrita. Sabe que as letras servem para escrever, mas não sabe como ocorre, ainda. Não associa o fonema com o grafema. A criança acredita que a ordem das letras e as vogais não têm importância. 3. NÍVEL 2 INTERMEDIÁRIO I Essa fase é a de conflitos, em que a criança não tem resposta para alguns questionamentos e diz que não sabe escrever. Apresenta e usa alguns valores sonoros convencionais como, por exemplo, diz que o seu nome começa com determinada letra e a conhece pelo som, mas não sabe onde fica na palavra que escreve. 4
4. NÍVEL 3 SILÁBICO A criança conta os pedaços sonoros (sílabas) e os associa com um símbolo (letra). Essa associação pode acontecer com ou sem valor sonoro convencional. Aceita palavras monossílabas, palavras com uma ou duas letras com certa hesitação. Escreve uma frase utilizando uma letra para cada palavra. 5. NÍVEL 4 INTERMEDIÁRIO II OU SILÁBICO-ALFABÉTICO É mais um momento de conflito entre uma fase e outra em que a criança precisa desconsiderar o nível silábico para pensar segundo o nível alfabético. 5
Nessa fase, o professor deve instigar a criança no sentido de reflexão sobre o sistema linguístico pela observação da escrita alfabética. 6. NÍVEL 5 ALFABÉTICO Quando a criança chega nessa fase, já reconstrói o sistema linguístico e compreende como ele funciona, consegue ler e expressar seus pensamentos e falas. Forma sílabas e palavras juntando as letras e consegue distinguir letra, sílaba, palavra e frase. Pode acontecer de a criança dividir a frase não gramaticalmente, e sim conforme o ritmo frasal. O trabalho de alfabetização em sala de aula exige do professor conhecimento, habilidade e competência para dar condições aos seus alunos para que construam seus conhecimentos. De forma alguma o professor pode se ater a transmitir conhecimentos do alfabeto, da junção de letras e palavras, sem preocupar-se com a função da escrita, sem possibilitar ao aluno o uso da linguagem escrita. As teorias pedagógicas, as investigações e as pesquisas científicas dão suporte ao professor no planejamento e na atuação em sala de aula, quando o ajudam a conhecer seus alunos, como pensam e suas hipóteses na tentativa de resolver seus conflitos. 6
Com o conhecimento científico na área educacional, o professor tem condições de elaborar aulas de forma a chamar a atenção do aluno, com propostas significativas, com jogos e atividades que instiguem o aluno a pensar e a reformular suas hipóteses. Não podemos ignorar o papel do professor em ser o mediador e o organizador da ação educativa, da construção e reconstrução dos conhecimentos de seus alunos em sala de aula. Para atuar, o professor deve conhecer seus alunos, mas também saber o que eles têm e/ou trazem de conhecimentos. Para essa atividade, o professor pode utilizar-se da sondagem de seus alunos, a fim de refletir, planejar atividades e intervir na vida deles. 7